The Village - Alguem já viu?!?!
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Mas há aqui alguém que ache que existem realizadores intocáveis ?!
Eu adorei o filme e continuo a gostar muito deste realizador pois até agora nunca me desiludiu.
Intocáveis para mim são coisa que não existem. Eu tanto falo mal de um filme do Roger Corman como do Kubrick. Farto-me de rir quando atribuiem genialidade a algum realizador, pois não ha nada mais subjectivo.
Por mim tanto pode ser genial o Corman no seu pior, como o Shyamalan no seu melhor, como o Kubrick ou outro gajo qualquer desde que no seu filme exista algo que me toque pessoalmente, seja a nivel visual, seja a nivel de narrativa, seja a nivel de efeito-piroso e por falar nisso um filme de terror genial é o remake do Dawn of the Dead que anda por aí http://www.juicycerebellum.com/200410.htm. Achei isto tão fantastico como o melhor filme do Kubrick por exemplo. Simplesmente porque atingiu tudo aquilo que me diverte dentro de um filme e porque não foi mais nem menos do que devia ser, tudo aliado a um bom sentido visual.
O mesmo achei do filme do Shyamalan. Achei o filme eficaz e gosto de saber que ainda existem realizadores nos EUA com um estilo pessoal.
Intocáveis, só a série e mesmo essa era uma merda...isto para não falar daquela desgraça do Brian De Palma em que o Sean Connery ganhou um Oscar por andar a passear pelo cenário (e como pedido de desculpas por não lhe terem ligado a quando do Nome da Rosa).
Eu adorei o filme e continuo a gostar muito deste realizador pois até agora nunca me desiludiu.
Intocáveis para mim são coisa que não existem. Eu tanto falo mal de um filme do Roger Corman como do Kubrick. Farto-me de rir quando atribuiem genialidade a algum realizador, pois não ha nada mais subjectivo.
Por mim tanto pode ser genial o Corman no seu pior, como o Shyamalan no seu melhor, como o Kubrick ou outro gajo qualquer desde que no seu filme exista algo que me toque pessoalmente, seja a nivel visual, seja a nivel de narrativa, seja a nivel de efeito-piroso e por falar nisso um filme de terror genial é o remake do Dawn of the Dead que anda por aí http://www.juicycerebellum.com/200410.htm. Achei isto tão fantastico como o melhor filme do Kubrick por exemplo. Simplesmente porque atingiu tudo aquilo que me diverte dentro de um filme e porque não foi mais nem menos do que devia ser, tudo aliado a um bom sentido visual.
O mesmo achei do filme do Shyamalan. Achei o filme eficaz e gosto de saber que ainda existem realizadores nos EUA com um estilo pessoal.
Intocáveis, só a série e mesmo essa era uma merda...isto para não falar daquela desgraça do Brian De Palma em que o Sean Connery ganhou um Oscar por andar a passear pelo cenário (e como pedido de desculpas por não lhe terem ligado a quando do Nome da Rosa).
46 anos no planeta e ainda não fui expulso.
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Artefactos Arqueológicos em Marte ?
Cinema Oriental
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- DarkPhoenix
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Bem, voltando ao tema do tópico...
Eu estou completamente de acordo com a facção que gostou do filme e o entende como uma fábula bastante bem conseguida.
Na minha opinião, é o segundo melhor Shyamalan, logo depois do fantástico "Signs".
Ainda bem que desta vez não houve nenhum twist final bombástico, pois a sua necessidade é inexistente.
Eu estou completamente de acordo com a facção que gostou do filme e o entende como uma fábula bastante bem conseguida.
Na minha opinião, é o segundo melhor Shyamalan, logo depois do fantástico "Signs".
Ainda bem que desta vez não houve nenhum twist final bombástico, pois a sua necessidade é inexistente.
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

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- Ricardo Ribeiro
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Olá Amiguinhos! Espero que não levem a mal as tesouradas que dei neste tópico. Mas que estou eu a dizer... neste tópico nem se passou nada, foi um sonho mau. End of discussion.
Sobre o filme... bem, a seu tempo hei-de o ver. Como alguns sabem, não vou ao cinema, pelo que terei que esperar mais um pouco até ter oportunidade de ver a última obra do Night Nome-esquisto. Mas gostava de apoiar algo que foi escrito por alguém, de forma implicita: o tipo é sem dúvida o realizador mais narcisista que nasceu para o cinema nos EUA. Guardei essa impressão assim que peguei no DVD de O Sexto Sentido. Uma belissima colecção de extras... sucede é que eram todos sobre o Night, a sua vida e a sua genialidade. Eh pá, os extras até estavam bem conseguidos... mas confraqueza. Anyway, já que e filme está tão polémico, e para não vir o pessoal aqui só para dizer "gosto" ou "não gosto", vou criar, acto imediato, uma poll de votação para o filme, no fórum do costume.
Sobre o filme... bem, a seu tempo hei-de o ver. Como alguns sabem, não vou ao cinema, pelo que terei que esperar mais um pouco até ter oportunidade de ver a última obra do Night Nome-esquisto. Mas gostava de apoiar algo que foi escrito por alguém, de forma implicita: o tipo é sem dúvida o realizador mais narcisista que nasceu para o cinema nos EUA. Guardei essa impressão assim que peguei no DVD de O Sexto Sentido. Uma belissima colecção de extras... sucede é que eram todos sobre o Night, a sua vida e a sua genialidade. Eh pá, os extras até estavam bem conseguidos... mas confraqueza. Anyway, já que e filme está tão polémico, e para não vir o pessoal aqui só para dizer "gosto" ou "não gosto", vou criar, acto imediato, uma poll de votação para o filme, no fórum do costume.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
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Ricardo, a poll para este filme não está um pouco esquisita??
Chegando lá deparo-me com 4 hipóteses de voto:
-Ainda não vi
-Não vi nem quero ver
-Não vale nada
-Enfim... Vê-se
E quem gostou mesmo do filme ( como é o meu caso ), não tem direito a voto?
Obrigado pelas tesouradas. Já se respira.
Chegando lá deparo-me com 4 hipóteses de voto:
-Ainda não vi
-Não vi nem quero ver
-Não vale nada
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E quem gostou mesmo do filme ( como é o meu caso ), não tem direito a voto?

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- Ricardo Ribeiro
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Hum.. eu coloquei uma outra... vou ver o que aconteceu.
Ricardo Ribeiro
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Fui ver o filme na sexta, e gostei bastante. É claro que o primeiro twist é obvio, embora o segundo não seja assim tanto. Pelo menos não na sua totalidade...
*** SPOILERS *** SPOILERS ***
O que os anciãos pretenderam construir foi uma espécie de "paraiso", onde todos fossem felizes. Uma espécie de tribo perdida (o que está de acordo com o background do mentor da ideia: Professor de História Natural), sem contacto nenhum com o exterior. Ora mas isso é uma utopia, pois por mais que eles estivessem isolados, e se respeitassem uns aos outros (é obvio que o personagem do William Hurt gosta da personagem de Sigourney Weaver, mas no entando nada se passa entre eles), também é obvio que mais tarde ou mais cedo, os mais novos iam começar e questionar as regras (o Julius desde o principio que queria ir até às cidades). Ora a curiosidade, a ganância, o "eu sou melhor que os outros", o "eu é que sei" são parametros inerentes à própria raça humana, e mais cedo ou mais tarde um deles ia fazer qualquer coisa como o Noah fez.
O que eu não percebi foi quem (e mais importante, porquê?) andava a dar cabo dos animais? Alguns aqui disseram que era o Noah... Não me lembro disso. E porque razão iria ele fazer isso? Ele não era cruel... No filme foi dito que era um dos anciãos... Porquê? Neste caso a própria "sociedade" já estava condenada...
*** FIM DE SPOILERS *** FIM DE SPOILERS ***
*** SPOILERS *** SPOILERS ***
O dinheiro vem do avô da Ivy... Lembram-se quando o pai (William Hurt) vai mostrar a mascara à Ivy, ele vai-lhe explicando que o avô dela transformava 1 dolar em 5 em quinze dias... Daqui depreende-se que o avô era, ou melhor, fez-se rico. Daqui também se compreende que a proposta da construção de toda a vila veio do Mr. Walker. Há uma linha de dialogo (penso que é mais ou menos quando nos é mostrada o fotografia do grupo à porta do centro de aconselhamento) onde se houve mais ou menos isto: "My name is ... Walker. I'm a professor of Natural American History in the University of Pensilvannya. I've got a proposition for you."lud81 wrote:Por outro lado podemos interrogar-nos sobre como é possível que tal coisa seja levada a cabo... tal como pagar para que a área não seja sobrevoada por aviões... de onde vem tal dinheiro e influência??
É claro que é por ciume. É transparente que o Noah gosta da Ivy, e quando eles anunciam que gostam um do outro, o Noah fica destroçado, e defende o seu amor como pode e/ou sabe. Mesmo quando ele tente impedir a Ivy, o que ele quer é impedi-la de salvar o seu rival.Chloê wrote:Achei forçado demais o facto do pers. do Brody tentar matar o Joaquim à facada. Tá bem que ele era meio maluco/deficiente mas até não era mau pelo contrário. Terá sido por ciúmes?? Pela fixação pelo vermelho??
O que os anciãos pretenderam construir foi uma espécie de "paraiso", onde todos fossem felizes. Uma espécie de tribo perdida (o que está de acordo com o background do mentor da ideia: Professor de História Natural), sem contacto nenhum com o exterior. Ora mas isso é uma utopia, pois por mais que eles estivessem isolados, e se respeitassem uns aos outros (é obvio que o personagem do William Hurt gosta da personagem de Sigourney Weaver, mas no entando nada se passa entre eles), também é obvio que mais tarde ou mais cedo, os mais novos iam começar e questionar as regras (o Julius desde o principio que queria ir até às cidades). Ora a curiosidade, a ganância, o "eu sou melhor que os outros", o "eu é que sei" são parametros inerentes à própria raça humana, e mais cedo ou mais tarde um deles ia fazer qualquer coisa como o Noah fez.
O que eu não percebi foi quem (e mais importante, porquê?) andava a dar cabo dos animais? Alguns aqui disseram que era o Noah... Não me lembro disso. E porque razão iria ele fazer isso? Ele não era cruel... No filme foi dito que era um dos anciãos... Porquê? Neste caso a própria "sociedade" já estava condenada...
*** FIM DE SPOILERS *** FIM DE SPOILERS ***
Pedro Guerreiro
* * SPOILERS * *
E depois de Lucius admitir publicamente de que tinha entrado nos bosques, dá-se o ataque nocturno, com os animais mortos e os riscos vermelhos nas portas. Logo, esses avisos serviram não só para demover a vontade de Lucius, como também demonstrou a toda a vila o que podia acontecer se a fronteira fosse quebrada.
Quanto ao facto de Noah ter tentado matar Lucius, é para mim também bastante claro que Noah gostava de Ivy. Ele até podia não entender como amor, mas sim como possessão, pois Ivy era a única que o entendia, que brincava com ele e lhe fazia companhia. Noah tinha mente de criança e na sua mente de criança, Lucius punha em risco a sua amizade com Ivy que, por casar com Lucius, deixaria de lhe dar atenção. Mais do que um crime deliberado, vejo o ataque de Noah como uma chamada de atenção para Ivy, para lhe dizer que ela é dele, que só deve estar com ele.
* * FIM DE SPOILERS * *
Não acredito na teoria de que o culpado era o Noah, acredito sim que foi ou a personagem do William Hurt ou outro dos anciãos. Porquê? Simples... a sociedade que defendiam e criaram estava a ser ameaçada pela insistência do Lucius querer ir às cidades. O segredo estava a ser posto em risco. Logo era preciso fazer acreditar o Lucius de que a sua tentativa e a sua vontade punham em risco o delicado pacto que tinham feito com as criaturas.digito wrote:O que eu não percebi foi quem (e mais importante, porquê?) andava a dar cabo dos animais? Alguns aqui disseram que era o Noah... Não me lembro disso. E porque razão iria ele fazer isso? Ele não era cruel... No filme foi dito que era um dos anciãos... Porquê? Neste caso a própria "sociedade" já estava condenada...
E depois de Lucius admitir publicamente de que tinha entrado nos bosques, dá-se o ataque nocturno, com os animais mortos e os riscos vermelhos nas portas. Logo, esses avisos serviram não só para demover a vontade de Lucius, como também demonstrou a toda a vila o que podia acontecer se a fronteira fosse quebrada.
Quanto ao facto de Noah ter tentado matar Lucius, é para mim também bastante claro que Noah gostava de Ivy. Ele até podia não entender como amor, mas sim como possessão, pois Ivy era a única que o entendia, que brincava com ele e lhe fazia companhia. Noah tinha mente de criança e na sua mente de criança, Lucius punha em risco a sua amizade com Ivy que, por casar com Lucius, deixaria de lhe dar atenção. Mais do que um crime deliberado, vejo o ataque de Noah como uma chamada de atenção para Ivy, para lhe dizer que ela é dele, que só deve estar com ele.
* * FIM DE SPOILERS * *
Frances Farmer
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
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Vi o filme este fim-de-semana e venho desiludido.
Partindo de uma premissa interessante, em 1897 os moradores de uma pequena vila, vivem isolados do resto do mundo, rodeados por um bosque habitado por criaturas fantásticas, Shyamalan através de um espantoso trabalho de som, e de belíssimos enquadramentos, consegue criar uma atmosfera verdadeiramente assustadora. Shyamalan é diga-se de passagem, um mestre neste domínio, utilizando sombras que atravessam a tela rapidamente, uma neblina quase sempre presente, e claro, os longos momentos de silêncio, uma das suas marcas autorais, Shyamalan consegue mesmo na fase inicial, dar ao filme um ar de história (de conto) infantil assustadora.
Entre algumas cenas muito bem conseguidas existe uma que é memorável. Estou a pensar no ataque a vila por "aqueles-de-quem-não-falamos", e na angústia que sentimos, quando Ivy fica à mercê de um dos “monstros” junto a porta de casa. É uma tensão quase insuportável... e de repente surge Lucius que agarra na mão de Ivy (esta última parte filmada em câmara lenta), e o que era uma cena e suspense, transforma-se subitamente numa cena romântica... genial.
Possíveis Spoilers
Infelizmente, a medida que vamos “conhecendo” algumas revelações, todos os elementos fantásticos vão caindo por terra, e ficamos perante um filme politizado, (com claras “piscadelas” de olho a 'cultura do medo' desenvolvida pelo governo Bush) uma “metáfora” sobre o medo. Ou melhor, sobre a “fabricação” do medo, sobre a utilização do medo como instrumento de controle.
Desta forma o filme perde grande parte da sua magia e do seu encantamento... (e Shyamalan perde um pouco “o norte”, chegando a cometer alguns erros básicos. Não deixo de concordar com o Kyle Jaspers, o flashback da conversa entre Edward e a filha deveria ter sido incluído depois da perseguição final, e não antes – algo que aumentaria a suspense da perseguição).
Além do mais, o filme transmite ainda, uma certa apologia “daquele” estilo de vida... Tenho para mim que nunca será através de paredes e de isolamento que poderemos chegar a uma “sociedade utópica”, mas sim exactamente ao invés, através da construção de pontes e da aproximação.
Partindo de uma premissa interessante, em 1897 os moradores de uma pequena vila, vivem isolados do resto do mundo, rodeados por um bosque habitado por criaturas fantásticas, Shyamalan através de um espantoso trabalho de som, e de belíssimos enquadramentos, consegue criar uma atmosfera verdadeiramente assustadora. Shyamalan é diga-se de passagem, um mestre neste domínio, utilizando sombras que atravessam a tela rapidamente, uma neblina quase sempre presente, e claro, os longos momentos de silêncio, uma das suas marcas autorais, Shyamalan consegue mesmo na fase inicial, dar ao filme um ar de história (de conto) infantil assustadora.
Entre algumas cenas muito bem conseguidas existe uma que é memorável. Estou a pensar no ataque a vila por "aqueles-de-quem-não-falamos", e na angústia que sentimos, quando Ivy fica à mercê de um dos “monstros” junto a porta de casa. É uma tensão quase insuportável... e de repente surge Lucius que agarra na mão de Ivy (esta última parte filmada em câmara lenta), e o que era uma cena e suspense, transforma-se subitamente numa cena romântica... genial.
Possíveis Spoilers
Infelizmente, a medida que vamos “conhecendo” algumas revelações, todos os elementos fantásticos vão caindo por terra, e ficamos perante um filme politizado, (com claras “piscadelas” de olho a 'cultura do medo' desenvolvida pelo governo Bush) uma “metáfora” sobre o medo. Ou melhor, sobre a “fabricação” do medo, sobre a utilização do medo como instrumento de controle.
Desta forma o filme perde grande parte da sua magia e do seu encantamento... (e Shyamalan perde um pouco “o norte”, chegando a cometer alguns erros básicos. Não deixo de concordar com o Kyle Jaspers, o flashback da conversa entre Edward e a filha deveria ter sido incluído depois da perseguição final, e não antes – algo que aumentaria a suspense da perseguição).
Além do mais, o filme transmite ainda, uma certa apologia “daquele” estilo de vida... Tenho para mim que nunca será através de paredes e de isolamento que poderemos chegar a uma “sociedade utópica”, mas sim exactamente ao invés, através da construção de pontes e da aproximação.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Por acaso...DarkPhoenix wrote:Ricardo, a poll para este filme não está um pouco esquisita??
Chegando lá deparo-me com 4 hipóteses de voto:
-Ainda não vi
-Não vi nem quero ver
-Não vale nada
-Enfim... Vê-se
E quem gostou mesmo do filme ( como é o meu caso ), não tem direito a voto?![]()
Obrigado pelas tesouradas. Já se respira.


- Ricardo Ribeiro
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Humm, não isso das ponntuações era com o Insano... estou mais virado para a informalidade desta fórmula.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
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Esta cena e a cena da declaração de amor à noite são as melhores do filme que eu considero uma linda história de amor.alan_smithee wrote: Entre algumas cenas muito bem conseguidas existe uma que é memorável. Estou a pensar no ataque a vila por "aqueles-de-quem-não-falamos", e na angústia que sentimos, quando Ivy fica à mercê de um dos “monstros” junto a porta de casa. É uma tensão quase insuportável... e de repente surge Lucius que agarra na mão de Ivy (esta última parte filmada em câmara lenta), e o que era uma cena e suspense, transforma-se subitamente numa cena romântica... genial.
Quanto ao resto, claro que o pessoal se sente um pouco defraudado quando afinal não existem monstros nenhuns e não há nada de sobrenatural no filme, mas não deixa de ser um filme fantástico e que não me desiludiu nem um pouco. Costumo estar sempre a pensar no que vai acontecer a seguir, e adivinhei um pouco antes da grande revelação que os monstros eram inventados (só a mim é que me lembraram o monstro do Pacte des Loups com aqueles espigões nas costas?), mas isso não impede o suspense da viagem pela floresta, até porque a Ivy é cega!!! Quanto à época em que realmente viviam, só me apercebi quando vi o carro do guarda florestal... confesso que me caiu oqueixo... se calhar sou muito ingénua. Achei um filme genial, como todos os outros do sr. Night.
Tenho é que deixar de ir ao cinema tão perto da estreia. Os putos são muito barulhentos

Olá a todos,
só agora vi o filme, e portanto não quis nem chegar perto de um tópico que me pudesse fazer estragar o prazer de ver o filme sem nada dele saber.
**SPOILER**
Gostei imenso de ler o tópico de seguida, porque quer os simpatizantes quer os detractores do filme, exprimiram as suas opiniões de forma tão fundamentada e inteligente (embora tenha percebido que houve algumas picardias que tenho pena de ter perdido
). Também acho interessante que as criticas não sejam unanimes: enquantos uns acham o filme vazio, sacrificado ao twist final, outros vêm um quadro dos anos Bush; uns queriam mais acção, outros mais reflexão; uns acham que só o brody é que se safa como actor, outros acham um típico papel-de-tolinho-feito-à-medida-para-os-oscares.
Em relação a algumas questões aqui levantadas, eis a minha opinião:
Pergunta: Trinity, quem é que achas que esfolou os cães?
Trinity: Who cares? Se fosse suposto ter alguma certeza tinha-se visto, ou alguém o diria, de forma clara. IMHO, foi o Noah, porque quando o William Hurt e a Sigouney Weaver estão a falar sózinhos ao pé do celeiro, estão a comentar que não pode ter sido um coiote, ou seja eles não fazem ideia de quem terá sido, logo não deve ter sido um ancião; e também parece-me que quando descobrem que o noah se travestia de 'coisa' alguém comenta algo sobre os pobres cães que ele esfolou. Os loucos não têm a noção de bem e mal, por isso esfolar uns cães não lhe devia fazer grande diferença. Além do fascínio qu ele sentia pela cor vermelha. Mas também pode ter sido um grupo de 'rogue' anciões, ou até o noah, mas manipulado por alguns anciões.
P: Estavas à espera do twist?
T: Não, apesar de saber que ele tenta sempre puxar-nos o tapete, consegui ver o filme e viver o ambiente, sem tentar antecipar nada. Aliás, quando a Ivy salta o muro e aparece o Jipe, eu ainda pensei "Hey, como é que este carro apareceu de repente no sec.XIX"?
P: Agora a sério, quem é que pagava a factura daquela brincadeira toda?
T: O Walker, claro! Para além de que, como já aqui foi dito, o avô da Ivy poder transformar 1 dolar em 5 em menos que nada, e de a vedação e os rangers do parker terem Walker escrito por todo o lado (aquele rapaz é que é, portanto, o verdadeiro ranger walker), pode-se ler fugazmente, quando o William Hurt abre o seu bau de segredos, que numa das noticias de jornal está lá escrito "bilionário..." na noticia acerca do crime violento que a familia dele sofreu.
P: Quem é que acredita em monstros depois de eles se desmistificarem? Por outras palavras, o Night não devia ter mostrado a conversa do Walker com a Ivy DEPOIS de esta ter morto o Noah, para aumentar o suspense?
T: Pois não poderia estar mais em desacordo com essa opinião, e acho que isso é que banalizaria o filme. Com a revelação de que os 'the ones...yadayada" eram na verdade os anciãos disfarçados, além de, se não puxar, pelo menos mexer o tapete por debaixo do espectador, o realizador permitiu que a viagem da Ivy fosse uma viagem de luta interior, contra os seus próprios medos; até ver o cadáver no fundo da ravina e voltarmos para um plano da vila onde se descobre que o Noah tinha encontrado um fato, eu primeiro pensei que de facto podia haver criaturas no bosque, que tinham servido de inspiração para os anciãos, e depois pensei, sobretudo quando o monstro passa por ela e não a consegue agarrar, que não está lá ninguém e que, sendo cega, estamos a ver o que a Ivy pensa que está lá. Acho que esse jogo é propositado, e só é possível porque foi sugerido ao espectador que esses monstros não existem (or do they?). É que, ao contrário dos visionários que adivinharam o filme todo assim que ouviram os primeiros acordes do genérico
, eu não imaginei que um rapaz traumatizado, trancado numa sala e vigiado pela aldeia pudesse de repente aparecer no bosque a pregar-nos sustos.
P: Se pudesses descrever o filme como uma mistura de outros dois, quais escolherias?
T: Sleepy Hollow (A lenda do cavaleiro sem cabeça) e Blair Witch Project.
P: Porque é que agora o teu nick é TrinityA e não trinity?
T:
Porque houve outro membro do forum que, apesar de ser mais recente do que eu, se registou primeiro neste novo forum com um nome parecido (Trïnïty) e este novo sistema não reconhece acentos, por isso não me pude registar como trinity. <raios e coriscos!>
só agora vi o filme, e portanto não quis nem chegar perto de um tópico que me pudesse fazer estragar o prazer de ver o filme sem nada dele saber.
**SPOILER**
Gostei imenso de ler o tópico de seguida, porque quer os simpatizantes quer os detractores do filme, exprimiram as suas opiniões de forma tão fundamentada e inteligente (embora tenha percebido que houve algumas picardias que tenho pena de ter perdido

Em relação a algumas questões aqui levantadas, eis a minha opinião:
Pergunta: Trinity, quem é que achas que esfolou os cães?
Trinity: Who cares? Se fosse suposto ter alguma certeza tinha-se visto, ou alguém o diria, de forma clara. IMHO, foi o Noah, porque quando o William Hurt e a Sigouney Weaver estão a falar sózinhos ao pé do celeiro, estão a comentar que não pode ter sido um coiote, ou seja eles não fazem ideia de quem terá sido, logo não deve ter sido um ancião; e também parece-me que quando descobrem que o noah se travestia de 'coisa' alguém comenta algo sobre os pobres cães que ele esfolou. Os loucos não têm a noção de bem e mal, por isso esfolar uns cães não lhe devia fazer grande diferença. Além do fascínio qu ele sentia pela cor vermelha. Mas também pode ter sido um grupo de 'rogue' anciões, ou até o noah, mas manipulado por alguns anciões.
P: Estavas à espera do twist?
T: Não, apesar de saber que ele tenta sempre puxar-nos o tapete, consegui ver o filme e viver o ambiente, sem tentar antecipar nada. Aliás, quando a Ivy salta o muro e aparece o Jipe, eu ainda pensei "Hey, como é que este carro apareceu de repente no sec.XIX"?

P: Agora a sério, quem é que pagava a factura daquela brincadeira toda?
T: O Walker, claro! Para além de que, como já aqui foi dito, o avô da Ivy poder transformar 1 dolar em 5 em menos que nada, e de a vedação e os rangers do parker terem Walker escrito por todo o lado (aquele rapaz é que é, portanto, o verdadeiro ranger walker), pode-se ler fugazmente, quando o William Hurt abre o seu bau de segredos, que numa das noticias de jornal está lá escrito "bilionário..." na noticia acerca do crime violento que a familia dele sofreu.
P: Quem é que acredita em monstros depois de eles se desmistificarem? Por outras palavras, o Night não devia ter mostrado a conversa do Walker com a Ivy DEPOIS de esta ter morto o Noah, para aumentar o suspense?
T: Pois não poderia estar mais em desacordo com essa opinião, e acho que isso é que banalizaria o filme. Com a revelação de que os 'the ones...yadayada" eram na verdade os anciãos disfarçados, além de, se não puxar, pelo menos mexer o tapete por debaixo do espectador, o realizador permitiu que a viagem da Ivy fosse uma viagem de luta interior, contra os seus próprios medos; até ver o cadáver no fundo da ravina e voltarmos para um plano da vila onde se descobre que o Noah tinha encontrado um fato, eu primeiro pensei que de facto podia haver criaturas no bosque, que tinham servido de inspiração para os anciãos, e depois pensei, sobretudo quando o monstro passa por ela e não a consegue agarrar, que não está lá ninguém e que, sendo cega, estamos a ver o que a Ivy pensa que está lá. Acho que esse jogo é propositado, e só é possível porque foi sugerido ao espectador que esses monstros não existem (or do they?). É que, ao contrário dos visionários que adivinharam o filme todo assim que ouviram os primeiros acordes do genérico

P: Se pudesses descrever o filme como uma mistura de outros dois, quais escolherias?
T: Sleepy Hollow (A lenda do cavaleiro sem cabeça) e Blair Witch Project.
P: Porque é que agora o teu nick é TrinityA e não trinity?
T:

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Annina: Monsieur Rick, what kind of a man is Captain Renault?
Rick: Oh, he's just like any other man, only more so.
Annina: Monsieur Rick, what kind of a man is Captain Renault?
Rick: Oh, he's just like any other man, only more so.
Cheguei agora do cinema e estou, por bem dizer, encantado. A minha análise coincide inteiramente com a do TrinityA. A Reserva florestal "Walker" (como se vê no boné do guarda) e na vedação é propriedade do pai de Ivy, que utiliza o dinheiro do seu pai para criar este "paraíso". Acho também que a confissão feita a Ivy pelo seu pai antes da perseguição é de mestre: estava verdadeiramente convencido que o monstro não era real e que aquilo foi uma forma de ela exorcizar os seus medos. O Adrian Brody está muito bom (e acho que é ele quem mata e esfola os animais, movido não por maldade, mas sim pelo seu fascínio pela cor vermelha, que é visível durante todo o filme). Tecnicamente, o filme é genial: a cor, o guarda roupa, a música e (principalmente) a alternância som-silêncio (que arrepia)... Surpresa mesmo só o facto de o filme se passar nos dias de hoje (ao contrário do que nos dá a entender a cena inicial do funeral em 1897). Muito, muito bom (mas não para quem gostar de acção a rodos). Só um aparte: estive de férias no Brasil e o filme estreou lá no dia 05 de Setembro, se não estou em erro; ora bem, toda a publicidade que vi (em jornais, revista e TV) continha um pedido formal para que ninguém contasse qualquer pormenor da história após ver o filme. Achei curioso...