[HQ Gold] Lendas

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kon-el
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[HQ Gold] Lendas

Post by kon-el »

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Depois da mega saga Crise nas Infinitas Terras, a DC decidiu lançar uma mini-série em 6 edições que ajudasse a cimentar as mudanças que foram feitas nas origens de alguns heróis, e ao mesmo tempo lançar novas séries que ajudaram a relançar o novo universo da editora.

Nos desenhos iríamos ter a super estrela canadiana John Byrne, que estava a começar uma grande reformulação em Superman, enquanto que no argumento os competentes Len Wein e John Ostrander deram bem conta do serviço, sendo que Karl Kesel completava a equipa criativa, colocando a tinta por cima do lápis de Byrne. Foram 6 edições desde Novembro de 1986 a Maio de 1987, que podiam ser lidas individualmente como uma versão condensada de todos os acontecimentos, ou então podiam-se ler em conjunto com os tie-ins que foram publicados nas diversas revistas da companhia fazendo esta série ter afinal cerca de 22 capítulos.

A primeira vez que li isto foi na mini série que a editora Abril lançou, onde colocou alguns desses 22 capítulos em conjunto com os 6 números da mini, ajudando a compreender um pouco melhor a história. Para além disso, conseguimos ler os capítulos passados no título do Superman onde Byrne caprichou na arte, e colocou o nosso herói em alguns apuros provocados pelo principal vilão desta saga, o Deus Darkseid.

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É daquelas histórias que tenho em mais que uma edição, já que tenho também o TPB original e o Brasileiro da Panini. É de lamentar que em ambos os casos, não estejam reunidas as histórias do Superman, e seja preciso para isso adquirir o segundo volume dos TPB Man of Steel. São bastante aconselháveis, já que podemos ver um Superman a ser controlado mentalmente por Darkseid e vestido como um gladiador Romano, o que origina umas páginas fantásticas do fenomenal John Byrne.

No início vemos Darkseid a apostar com o misterioso Vingador Fantasma em como iria conseguir que a humanidade se virasse contra os seus heróis, e para isso iria utilizar um dos seus súbitos: o Glorioso Godfrey. Este Deus tinha o dom da palavra, conseguia com os seus discursos incentivar as pessoas ao ódio e mal chegou ao planeta Terra começou a espalhar esse discurso por diversos programas televisivos, e em discursos perante grandes plateias completamente viciadas neste carismático personagem.

Mas Darkseid sabia que só os discursos não seriam suficiente, e então arranja esquemas e cria vilões para complicar a vida aos nossos heróis. Envia uma criatura com poder suficiente para dar muito trabalho à debilitada Liga de Justiça (versão “Detroit”) e arranja forma de um ingénuo Capitão Marvel ser acusado da morte de um vilão, e deixando-o assim preso no seu alter-ego Billy Batson, indefeso perante as acusações e traumatizado com todos estes acontecimentos.

A arte de Byrne dava um grande dinamismo à saga, e a história era feita de forma a dar destaque a todos os sub-plots que aconteciam, para além de nos prender com alguns momentos emocionantes como o espancamento do Robin por uma multidão enfurecida, ou ver o Superman a encontrar-se com o presidente Ronald Reagan e este a pedir para todos os heróis pararem com as suas actividades.

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Foi aqui que o plano de Darkseid ganhou fôlego e onde os argumentistas aproveitaram para nos darem a conhecer um novo grupo, o Esquadrão Suicida e a sua chefe, a impetuosa Amanda Waller. Esta equipa de vilões ajudou a colmatar a falta que os heróis faziam, mas rapidamente alguns heróis começaram a quebrar a directiva do Presidente, sendo que se dava destaque a personagens que iriam aparecer na nova Liga da Justiça como era o caso do herói Besouro Azul. No final vemos o Sr. Destino a entrar em acção e convocar um grupo de heróis para ajudar a proteger a cidade de Washington da horda de lunáticos controlados por Godfrey, e de como foi preciso a ajuda das crianças (que não eram afectadas pelos seus discursos) para o deter. Foi quando este perdeu o controlo e deu um estalo a uma criança, que o resto da multidão se libertou do seu controle e as coisas começaram a voltar ao normal.

Foi a série que ajudou a lançar as novas revistas do Flash, do Esquadrão Suicida e da Liga da Justiça de Giffen e DeMatteis, para além de ajudar a percebermos melhor a nova posição da Mulher Maravilha e do Capitão Marvel no universo DC pós-Crise. É bastante aconselhável a todos que gostem da arte de John Byrne e de uma história agradável, ajudando a entender melhor o Universo DC daquela altura.


Texto meu Retirado do blog Leituras de BD http://bongop-leituras-bd.blogspot.com/#ixzz21e7CN69R
Boas Leituras

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