Beyond Good & Evil HD, a minha análise

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Glorioso
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Beyond Good & Evil HD, a minha análise

Post by Glorioso »

Estamos numa época onde os remakes em alta definição estão na moda. Fruto da falta de imaginação, da tentativa de espremer mais algum lucro do trabalho feito ou de revitalizar um jogo, a verdade é que temos sido inundados de remakes. Com mais ou menos qualidade e com maior ou menor justificação, a verdade é eles têm aparecido. Partindo desse pressuposto, agarrei neste jogo, relembrado a aclamação do original que eu, por uma razão ou outra, nunca lhe dei a devida atenção. Apesar de ter começado várias vezes a versão original na Xbox, nunca lhe dei o tempo devido, não tendo sequer completado um terço do jogo, ou seja, comecei Beyond Good & Evil sem saber o que me esperava.

O ano é 2435; a localização é o planeta Hillys, situado no Sector Quatro – um local recondito na galáxia. Tomámos controlo da heroína do jogo, Jade, uma fotojornalista que vive com o Tio adoptivo, um porco, de nome Pey'j que, em conjunto, acolhem orfãos da guerra que devasta o planeta. O local está sobre ataque dos DomZ e são, supostamente, defendidos pelos Alpha Section, digo supostamente porque ao longo do jogo vamos perceber que nem todos os personagens são aquilo que parecem.

A jogabilidade é a estrela aqui, sendo incrível como a simplicidade não faz escola e hajam tantos jogos que continuam a cair na tentação de elaborar os comandos e a jogabilidade, estando apenas a criar experiências frustrantes. Há que ter em conta que o criador do jogo é o mesmo de Rayman, outra das obras de referência da Ubisoft.

Parece contraditório, mas o jogo apresenta uma simplicidade de processos tal, que contrasta com a variedade de experiências, que vão desde corridas a voos pelo espaço a mini-jogo, passando por combates furtivos dignos de Sam Fisher. Quando tudo o resto falha: Hack n'Slash. Este jogo de aventura leva-nos a percorrer uma história de espionagem ao serviço de uma resistência secreta que luta contra os DomZ e contra o poder dos Alpha Section. Vamos ter de andar de ponto em ponto, descobrindo pistas e lutando contra inimigos de maneira a salvar os habitantes de Hillys e libertar os prisioneiros retidos na Lua que orbitra o planeta natal.

Tecnicamente, os gráficos e a sonoplastia, o jogo tem de ser visto num enquadramento especial, e nessa premissa esta obra cumpre em toda a linha. Agarrando no jogo original as texturas foram revistas e adaptadas ao Hardware actual. Os ambientes estão detalhados e, apesar de terem pouca vida, rapidamente nos embrenhámos no ambiente do jogo. Em terms sonoros, além do excelente trabalho das vozes, o jogo vem acompanhado de uma banda sonora de luxo que nos acompanha e marca o ritmo sem nunca cansar. Uma verdadeira obra de arte.

Quando cheguei a cerca de metade do jogo já me estava a martirizar por não ter agarrado no jogo na primeira vez que joguei em 2003, é uma obra imprescindível a todos, e que ao preço actual se torna quase criminoso passar ao lado.

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Análise publicada no XTP:
http://www.xboxteamportugal.com/index.p ... &Itemid=60
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DarkPhoenix
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Re: Beyond Good & Evil HD, a minha análise

Post by DarkPhoenix »

Eu joguei BGAE no seu hey-day ( versão XBox ) e foi para mim um dos marcos da geração 128bit.
Há uma deliciosa melancolia naqueles cenários, algo que transcende as limitações do hardware.
A Jade é adorável, como personagem principal e o porco é demais! yes-)

Acho que a caracterização dos locais e personagens deve imenso ao clássico "Porco Rosso" do Myiazaki.
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Re: Beyond Good & Evil HD, a minha análise

Post by Glorioso »

DarkPhoenix wrote:Eu joguei BGAE no seu hey-day ( versão XBox ) e foi para mim um dos marcos da geração 128bit.
Há uma deliciosa melancolia naqueles cenários, algo que transcende as limitações do hardware.
A Jade é adorável, como personagem principal e o porco é demais! yes-)

Acho que a caracterização dos locais e personagens deve imenso ao clássico "Porco Rosso" do Myiazaki.
O jogo ao preço que está é oferecido, joguei +10 horas e não apanhei tudo nem fiz tudo o que era possível, fantástico mesmo.
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