The Witcher (Netflix)

[DarkPhoenix]

Primeira temporada com 8 episódios, cerca de 9 horas no total.

Não li ainda os livros, mas joguei o segundo e terceiro videojogos da CD Project, inspirados no universo criado pelo cada vez mais famoso escritor Polaco Andrzej Sapkowski.

Esta primeira temporada não me convenceu totalmente, mas também não desiludiu.
Imaginava que seria tarefa impossível ou improvável trazer o mundo de fantasia para uma série de televisão, e logo na sua estreia.
E de facto, em termos visuais a série tem um aspecto barato, não só pela raridade e fraqueza dos efeitos digitais, mas também pela notória poupança em todos os demais departamentos.
Talvez metade do orçamento tenha sido gasto na contratação do Henry Cavill.

E se foi, os meus parabéns pelo casting!
A presença e performance do Henry Cavill, no papel do witcher Geralt, eleva esta produção.
Não que o papel seja muito exigente em termos expressivos - Geralt limita-se a grunhir ferozmente ou abanar a cabeça aborrecido durante 90% das cenas - mas o desempenho surpreende em determinados momentos onde o personagem mostra que afinal é capaz de sentimentos, mesmo se eles estão enterrados na sua mente debaixo de traumas e mutações.

Também não sou apreciador da forma como é contada a história, a partir de pontos de vista diversos, de personagens em diferentes espaços temporais.
Raramente gosto de ver misturadas diversas linhas temporais, e neste caso cria uma confusão narrativa desconfortável e desnecessária, uma aposta perdida na minha opinião.

Longe de ter ficado deslumbrado, confesso que o resultado final é positivo e deixa a esperança de que o previsível sucesso da série faça a Netflix abrir os cordões à bolsa nas futuras temporadas.
E é positivo porque apesar dos seus problemas, a série tem o coração no lugar certo e pareceu-me notório o empenho e trabalho para conseguirem o melhor com os recursos disponíveis, para mim é o mais importante.

6/10

[PanterA]

O casting é porreiro, mas chega ali á Fringilla e pára tudo. O politicamente correcto stikes again.

[DarkPhoenix]

Por acaso, não me incomodou.
Mas é mais um exemplo da woke culture, sem dúvida.

[Von Stroheim]

É uma série mediana que inclui os clichés todos do género de fantasia medieval, sem nunca os transcender. E o desempenho do monocórdico e monoexpressivo Henry Cavill como o bruxo Geralt de Rivia também não me convenceu nadinha. O homem é um canastrão de primeiríssima categoria, ao pé dele o Kit Harington até parece o Daniel Day-Lewis.

Dito isto, a série melhora a partir do 3º episódio, mas em nenhum momento chega a atingir o brilhantismo de A Guerra dos Tronos. No entanto, tenho lido diversos comentários nas redes sociais que afirmam categoricamente que esta série é tão boa ou melhor ainda que A Guerra dos Tronos, o que sinceramente me deixa estupefacto. Eu percebo que a maioria dos fãs sofreu uma enorme desilusão com a última temporada de GOT (que de facto deixou bastante a desejar), mas pelos vistos já se devem ter esquecido das temporadas anteriores, que foram geniais. Apesar de pertencerem ao mesmo género, não há comparação possível entre as duas séries, são de campeonatos diferentes.

[PanterA]

Por acaso, não me incomodou.
Mas é mais um exemplo da woke culture, sem dúvida.

Incomodou a partir do momento que vais estragar alguns arcs de várias personagens com esta mudança. O que não incomodou foram aquelas 2 negras que estavam a proteger o outro gajo por exemplo, que eram supostas serem loiras de olhos azuis. Isso foi o menos mal e quase que nem dá para entrar por aí. Já no caso da Fringilla muda tudo tendo em conta a sua importância na história.

[DarkPhoenix]

Pois, por vezes é melhor nem saber.
Eu apenas joguei, e lembro-me vagamente da Fringilla.