Blu-Ray

Discussão sobre lançamentos BR, Assuntos relacionados com equipamento devem contudo ser abordados no fórum Hardware.

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Ricardo Ribeiro
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Blu-Ray

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O texto que se segue foi um artigo que redigi para a extinta revista DVD Review em Abril de 2003. Suponho que algumas passagens estarão desactualizadas, enquanto outros manterão o interesse.

Blu-Ray

Quando, em Fevereiro do ano passado, nove grandes nomes da indústria de electrónica de consumo anunciaram a criação de um novo formato de discos ópticos, denominada Blu-Ray, os adeptos de todo o mundo ficaram curiosos. Mas depois, quando as especificações começaram a ser divulgadas, o mero interesse deu lugar ao extâse.

O nome Blu-Ray foi inspirado na tonalidade azul violeta do feixe laser, bem diferente dos utilizados na leitura dos formatos de discos ópticos actualmente comercializados, que é encarnado. Isto pode parecer irrelevante, mas não o é: um laser azul permite um comprimento de onda menor (405 nanometros contra 650 dos actuais sistemas de DVD), resultando num estreitamento do ponto de focagem do feixe de laser na área de leitura: enquanto o DVD usa uma abertura numérica de 0,60, o Blu-Ray oferece 0,85, representando cerca de 40% de ganho. Desta forma é possível condensar espacialmente a informação gravada na superfície de um disco, colocando mais dados na mesma área física de gravação, conseguindo-se chegar aos 27 Gb num disco utilizado em apenas uma face.

Para se ter uma noção do que significam estes números em termos de gravação de video, podemos dizer que num destes discos será possível guardar mais de duas horas de emissão de televisão de alta definição, ou cerca de treze horas de conteúdos com a qualidade do actual VHS. O grupo de trabalho que criou o formato continua a investigar soluções que permitam um aumento deste valor, considerando-se a fasquia dos 30 Gb para um disco de uma face e uma camada, e dos 50 Gb para um disco de uma face e duas camadas.

Para além da quantidade, a qualidade é também incrementada: ao usar uma estrutura de disco com um optical transmittance protection layer de 0,1 mm, o Blu-Ray reduz a distorção provocada pela vibração do disco no decorrer da leitura. Bom, isto já para não falar do princípio lógico de que mais espaço de armazenamento permite menor compressão, logo, maior qualidade final de imagem e de som. Ou seja, o incremento do espaço disponível pode opcionalmente ser utilizado para um aumento quantitativo ou qualitativo.

O Blu-Ray utiliza a mesma norma de compressão que o DVD, o MPEG-2, e aumenta a taxa de transferência de dados para 36 Mbps, sendo que nos actuais DVD esta taxa é de 10 Mbps, permitindo também aqui um ganho de qualidade.

Os discos ópticos Blu-Ray serão inicialmente comercializados com três capacidades diferentes: 23,3 Gb, 25 Gb e 27 Gb. O tamanho físico mantém-se nos 12 cm, igual aos CD’s e DVD’s. Teoricamente um disco Blu-Ray pode albergar 50 Gb de informação se utilizado em duas camadas, mas para já o grupo de trabalho que se encontra na base do desenvolvimento do formato optou por estas três variedades de discos, atribuindo o motivo para esta heterogeneidade de soluções ao factor económico: algumas das empresas defendem a produção de discos mais baratos, fabricados com materiais de custos reduzidos, que, por esse motivo, conseguiriam gravar um pouco menos de informação, enquanto outras preferem um fabrico que permita o total aproveitamento técnico do formato. Assim, numa atitude que preserva a consensualidade do grupo, e sublinha o bom ambiente de trabalho, foram aceites as três opções indicadas.

Estes discos Blu-Ray terão um aspecto exterior bem diferente dos actuais CD’s e DVD’s, visto que, dada a delicadeza da superfície gravada, serão colocados no interior de um cartucho de protecção, um pouco como acontece com as ainda actuais disquetes de computador. Já o DVD apresentava uma maior sensibilidade a danos superficiais na superfície de gravação, relativamente ao CD, visto que a densidade de dados era superior. No caso do Blu-Ray, essa densidade é tão elevada que a menor irregularidade impediria a normal leitura do feixe de laser. Apesar de tudo, o cartucho não seria tecnicamente obrigatório, até porque na fase inicial de produção de protótipos os discos Blu-Ray foram apresentados também sem o invólucro protector.

O enorme espaço de armazenamento que um disco Blu-Ray oferece poderá abrir as portas a uma série de melhorias funcionais, baseadas na introdução de novo software e na adição de componentes suplementares. Podemos desde já imaginar algumas situações: pense num equipamento com ligação integrada à Internet; a informação sobre o filme que se está prestes a ver deixa de estar limitada aos materiais adicionais incluidos, e passa a ser consultada em um ou mais sites na Internet, sem necessidade de nos deslocarmos até ao computador mais próximo. Se um disco rígido for incluido, como acontece de resto com alguns gravadores DVD actualmente no mercado, essa informação pode ser guardada para posterior consulta, e os conteúdos gravados podem ser editados. Enfim, estamos perante todo um leque de possibilidades, cujo limite é a imaginação e que é proporcionado pelas vantagens de se estar a começar algo de novo, algo que potencialmente pode vir a oferecer possibilidades nunca antes sonhadas.

Porquê apenas agora, o surgimento do Blu-Ray? Talvez a resposta a esta questão se encontre em dois pontos distintos: em primeiro lugar, apesar dos fundamentos do laser azul serem já conhecidos desde há algum tempo, só recentemente se encontrou uma forma de manter um destes feixes a funcionar a uma temperatura ambiente e por períodos de tempo prolongados. Depois, existe a questão dos custos. Quando o Blu-Ray foi apresentado, em Fevereiro de 2002, um diodo de laser azul custava cerca de €1000. Isso não permitiria uma introdução no mercado doméstico de produtos baseados em laser azul, apesar do início de 2001 ter sido marcado pelos primeiros equipamentos experimentais baseados neste tipo de feixe. Aliás, já desde 1995 que engenheiros de diversas companhias têm vindo a estudar a aplicação no segmento de video doméstico do laser azul. Apenas recentemente os elevados preços deste material foram drasticamente reduzidos quando a companhia nipónica Nichia, o mais importante fabricante a nível mundial, iniciou a sua produção em larga escala, ainda no decorrer do ano transacto. E foi com este passo, ao qual a Sony não é alheia, que se abriram as portas para o fabrico em série de máquinas Blue-Ray.

De qualquer modo, a chegada a Portugal destes equipamentos surge ainda bem longe no horizonte. Neste momento, os analistas estimam que a entrada do Blu-Ray no mercado norte-americano ocorrerá apenas em 2004, passando a tornar-se mais vulgar no ano seguinte. Quanto à Europa, um porta-voz da Philips declarou já que “serão ainda necessários muitos anos para a chegada do Blu-Ray ao Reino Unido”. Com base nestas previsões cada um de nós tirará as suas ilações referentes ao momento em que ocorrerá a introdução dos primeiros destes equipamentos no nosso país, e, não menos importante que isso, os preços a que surgirão nos primeiros tempos. Decidamente, apenas os japoneses terão por enquanto o privilégio de usufruir das maravilhas do laser azul, para já com o Sony BDZ-S77. Segundo tudo indica alguns outros fabricantes ultimam os seus preparativos para o lançamento de modelos próprios: Hitachi, JVC, Panasonic, Philips, Pioneer, Samsung, Sharp e Zenith. Ainda nao existem grandes grandes detalhes sobre estes equipamentos ou sobre as datas da sua disponibilização, mas espera-se que ainda este ano sejam oferecidas no mercado nipónico alguma alternativas ao modelo da Sony.

O sistema de segurança contra cópias ilegais promete revelar-se um desafio digno aos piratas interessados na sua violação, tendo sido criado pela Sony, Matsushita e Philips. Para tornar a vida mais díficil à duplicação e comercialização de cópias, o Blu-Ray prevê a inscrição de um número de série único em cada disco. Por outro lado, no segmento de conteúdos pré-gravados, a qualidade disponibilizada servirá como um tónico que poderá encorajar as pessoas a adquirir os originais, em detrimento de cópias em formatos de compressão elevada, com a perda de qualidade inerente, como o DIVX. É incontornável que conteúdos de 27 Gb, encontrados num disco Blu-Ray, colocarão mais dificuldades à pirataria do que os habituais 4,7 Gb dos DVD’s. Pelo menos enquanto se mantiverem os actuais padrões de transferência de dados através da Internet. De qualquer modo esta problemática talvez venha a perder importância: é bem possível que o Blu-Ray seja confinado a uma função de gravação doméstica, mantendo-se o DVD como meio preferencial para comercialização e aluguer de conteúdos pré-gravados. Pelo menos o DVD Forum deliberou nesse sentido.

A retrocompatibilidade com os actuais discos DVD parece estar assegurada nos equipamentos Blu-Ray. Não que as normas estabelecidas para o formato o obriguem. Na realidade, para que um DVD seja lido por uma máquina Blu-Ray, esta tem que ser equipada com um laser encarnado suplementar. Mas a verdade é que neste momento o DVD se revela demasiado forte para ser desafiado, e, como se começou já a verificar no único modelo de Blu-Ray à venda, os fabricantes devem assegurar-se que os adeptos do DVD que decidirem investir no novo formato não terão que arrumar as suas colecções a um canto. Quanto aos CD’s, os equipamentos Blu-Ray deverão também possuir capacidade para os ler. Porém é preciso não tomar como um dado adquirido que um modelo capaz de ler DVD não terá problemas com o formato CD. Tudo depende dos dispositivos laser integrados na máquina. É que o Blu-Laser funciona com um comprimento de onda de 405 nm, enquanto o laser encarnado precisa de um comprimento de onda de 780 nm para DVD e de 650 nm para CD.

Agora que apresentámos os factos, passemos às conjecturas. As opiniões dos analistas sobre o futuro do Blu-Ray varia significativamente, mas a maioria é dominada pelo optimismo. Alguns antevêem a morte do DVD; outros defendem que o Blu-Ray virá acabar de vez com o já moribundo VHS, tornando-se o novo standard para gravações de emissão televisiva e de câmaras de filmar. Mas o problema aqui, que todos parecem ignorar, é que se adivinha um enorme hiato temporal: se o espaço de tempo que nos separa da chegada efectiva do Blu-Ray ao mercado se mede em anos, será possível que os consumidores estejam dispostos a esperar, mantendo-se presos ao já completamente ultrapassado VHS? Será complicado. Numa época marcada pela febre digital, com o DVD a manter a sua espiral vertiginosa de penetração no mercado, as pessoas têm cada vez menos paciência para as debilidades da gravação VHS. É bem possível que o Blu-Ray seja vítima de um timing desastroso, e que chegue tarde de mais a um mercado no qual as pessoas entretanto penderão para um dos vários formatos de gravação DVD que neste momento disputam a supremacia.

Quanto à eventual tomada do lugar do DVD, parece-nos fora de questão, até porque nem foi concebido com esse objectivo. Suspeito que a quase totalidade das opiniões que apontam nesse sentido provêm de pessoas de algum modo relacionadas com a informática. Nesse mundo que se rege por regras muito próprias, fundamentadas em mecanismos algo perniciosos, a constante renovação tecnológica é uma realidade do dia a dia. E quem lida permanentemente com isso, poderá cair na tentação de julgar pelos mesmos princípios algo tão distinto como o mercado doméstico de audio-visuais. É que aqui os tempos de permanência de tecnologias e formatos são infinitamente mais longos, e quem comanda o ritmo da renovação são mais os consumidores do que a própria indústria, ao contrário do que sucede no mundo dos computadores. Ora não será de esperar que um mercado completamente rendido ao DVD, que venera ainda o recém-chegado conquistador, se deixe agora seduzir, nos próximos anos, por um novo candidato. O Audio CD reina há cerca de 17 anos, e, apesar de “atacado” durante esse tempo por vários pretendentes ao trono, incluindo o próprio DVD e Audio-DVD, mantém-se relativamente seguro. O VHS apenas agora, volvidos mais de 25 anos, parece prestes a cair, com o nosso DVD a preparar o assalto final à sua posição, no segmento de conteúdos pré-gravados.

Por tudo isto parece muito pouco provável que o Blu-Ray coloque em risco a predominância do DVD nas funções recentemente adquiridas pelo formato. Pode até ser que chegue a tempo de ocupar a liderança como método de gravação, com todas as dificuldades inerentes ao atraso temporal que leva. Por outro lado, pode-se conjecturar uma chegada vitoriosa ao mundo da informática, onde a sua enorme capacidade de armazenamento, capaz de competir com grande parte dos actuais discos rígidos, seria certamente muito bem acolhida. Mas também aqui se coloca um condicionante: se não vingar nas outras frentes de combate a que se apresenta, será o Blu-Ray capaz de garantir uma presença confinada a esse segmento de mercado?

Uma coisa apenas é certa: sobre tudo isto só o futuro nos poderá esclarecer.




Cronologia do Blu-Ray

19 de Fevereiro de 2002
Nove gigantes da indústria de electrónica de consumo anunciam que chegaram a acordo quanto às especificações de uma nova geração de discos ópticos de alta capacidade, a que chamaram Blu-Ray: Hitachi, LG Electronics, Matsushita Electric Industrial, Pioneer Corporation, Royal Philips Electronics, Samsung Electronics, Sharp Corporation, Sony Corporation e Thomson Multimedia.

20 de Maio de 2002
As nove companhias anunciam, num comunicado conjunto à imprensa, que divulgarão as especificações do Blu-Ray em Junho, para cativar opiniões favoráveis ao novo formato.

10 de Junho de 2002
A revista Wired publica um artigo revelando os detalhes do Blu-Ray, que inclui um estudo comparativo com o Red-Laser, no qual se baseia o actual formato DVD.

1 de Outubro de 2002
Abertura do certame CEATEC, em Chiba, no Japão. A Sony apresenta protótipos de gravadores Blu-Ray que são muito semelhantes ao seu modelo BDZ-S77, actualmente à venda no país do sol nascente. Na mesma ocasião a JVC, que tinha estado ausente do consórcio inicial, apresentou também um modelos baseado no Blu-Ray, assim como a Matsushita e a Pioneer.


27 de Novembro de 2002
O DVD Forum, comité constituido por mais de 200 empresas do ramo da electrónica de consumo que tem como missão principal definir os standards dos formatos, anuncia que ainda não chegou a uma posição definitiva sobre o Blu-Ray ou sobre o AOD (um formato concorrente, também baseado em laser azul). Informa também que em Junho constituiu duas comissões para o estudo detalhado destes formatos.

13 de Fevereiro de 2003
As nove empresas criadoras anunciam que o processo de licenciamento do formato regravável de discos Blu-Ray se iniciará nos próximos dias.

3 de Março de 2003
A Sony anunciou a eminente comercialização do primeiro gravador Blu-Ray, o BDZ-S77, que será colocado no mercado nipónico, vocacionado para gravação de emissões de televisão de alta definição (HDTV). Na mesma ocasião, a Sony informou que para “alimentar” este equipamento, será disponibillizada a primeira geração de discos Blu-Ray de 23 Gb. Este anúncio apanhou os analistas de surpresa, visto que a Sony nunca tinha mostrado sinais de que a comercialização do equipamento poderia estar tão próxima.



10 de Abril de 2003
Surgem nas lojas japoneses os primeiros gravadores Sony BDZ-S77. O preço deste equipamento, que inclui um sintonizador de sistemas digitais de satélite, ronda os €3500. Os discos de 23 Gb custam €30, um valor mais baixo do que os €42 apontados aquando da sua apresentação no decorrer da CEATEC de 2002. A compatibilidade com discos gravados nos formatos DVD-R e DVD-RW está assegurada, mas o equipamento não lê discos gravados em DVD-RAM ou DVD+RW. Sublinhe-se que os formatos assegurados são aqueles que foram homologados pelo DVD Forum, enquanto o DVD+RW, sendo tradicionalmente apoiado pela Sony fica de fora, deixando antever a quebra do seu suporte por parte da empresa.
Ricardo Ribeiro
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Cinebanco
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Re: Blu-Ray

Post by Cinebanco »

Ricardo Ribeiro wrote:Estes discos Blu-Ray terão um aspecto exterior bem diferente dos actuais CD’s e DVD’s, visto que, dada a delicadeza da superfície gravada, serão colocados no interior de um cartucho de protecção, um pouco como acontece com as ainda actuais disquetes de computador. Já o DVD apresentava uma maior sensibilidade a danos superficiais na superfície de gravação, relativamente ao CD, visto que a densidade de dados era superior. No caso do Blu-Ray, essa densidade é tão elevada que a menor irregularidade impediria a normal leitura do feixe de laser. Apesar de tudo, o cartucho não seria tecnicamente obrigatório, até porque na fase inicial de produção de protótipos os discos Blu-Ray foram apresentados também sem o invólucro protector.
Isto é uma parte que para um clube de vídeo e penso eu também para quem compra tem a sua importância, qual é a diferença a nível da " robustez " entre o Blu-Ray e o HD DVD alguém sabe?
Como vão resistir estes formatos nas mãos do utilizador comum?

Se eu percebi bem o Blu-Ray é uma super disquete no tamanho do DVD, agora tenho uma duvida , é que as disquetes a pesar da tal protecção tinham muitos problemas de perda e danificação dos dados .
Skywatcher
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Post by Skywatcher »

Esta parte está desactualizada. A ideia do cartucho, desde 2003 até agora foi entretanto abandonada. É uma rodela plástica idêntica a um CD/DVD. O polímero, dizem eles é, no entanto, muito mais resistente que o dos CD/DVD de forma a minimizar o risco de... riscos. :-)

Um abraço,
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Post by Cinebanco »

Skywatcher wrote:Esta parte está desactualizada. A ideia do cartucho, desde 2003 até agora foi entretanto abandonada. É uma rodela plástica idêntica a um CD/DVD. O polímero, dizem eles é, no entanto, muito mais resistente que o dos CD/DVD de forma a minimizar o risco de... riscos. :-)

Um abraço,
Ainda fiquei com mais receio Sky , conhecendo a capacidade sem limites de algumas pessoas para obter o risco perfeito que impede a leitura do DVD e sabendo agora que esta tecnologia é mais "sensivel" estou agora curioso de saber qual dos dois formatos fornece a maior segurança em termos de resistencia aos riscos e também ao tempo ( me lembrando agora de alguns tópicos deste fórum sobre problermas de manchas no formato DVD actual).

parte de um artigo de um forum brasileiro:

A guerra está em pleno andamento. E se você se deixou iludir pelo número e peso dos defensores do Blu-ray, assim como por sua maior capacidade de armazenamento, e isso lhe leva a presumir que eles não terão dificuldade para se assenhorear do mercado, cuidado. Pois os defensores do HD-DVD contam com uma vantagem que pode vir a ser decisiva. Seguinte: a distância entre espiras e o tamanho do ressalto adotados pelo padrão Blu-ray são tão pequenos que os 0,6 mm de espessura da camada protetora acima da superfície refletora podem provocar desvios do raio laser violeta que tornam a leitura impossível. Por isso eles foram obrigados a reduzir a espessura da camada protetora para apenas 0,1mm, o que exigiu o emprego de um tipo de material transparente de maior dureza (para resistir a riscos) e portanto mais caro. Já o padrão HD-DVD manteve o mesmo tipo de plástico e a mesma espessura, o que além de tornar o processo de fabricação de discos mais barato, permite a adaptação da maquinaria existente, hoje usada para fabricar DVDs convencionais, para integrar a linha de fabricação de discos HD-DVD. Portanto, não se deixe enganar: a guerra ainda está longe de terminar.


o artigo completo : http://www.forumpcs.com.br/coluna.php?b=98761
Last edited by Cinebanco on April 10th, 2006, 1:30 pm, edited 1 time in total.
Skywatcher
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Post by Skywatcher »

Atenção que há muita contra-informação.
Sim, a espessura da camada protectora do BRD é menor que a do HD-DVD (que mantém a mesma espessura e material do DVD). No entanto, o polímero utilizado pelo BRD é muito mais duro e resistente que o dos DVDs.
Em termos de preços, como poderás verificar pelos preços que já aqui pus, era "conversa" do lado do HD-DVD (a contra-informação de ambos os lados é mais que muita). O processo de fabrico fica sensivelmente ao mesmo preço, tanto em termos de BRD como HD-DVD, sendo que o HD-DVD leva vantagem pois as maquinas actuais de produção de DVD podem ser adaptadas para produção de HD-DVD, ao passo que o BRD exige máquinas novas.

Resta saber se um polímero bastante mais resistente, mas mais fino se porta melhor que o que já conhecemos dos DVDs, e que se vai manter igual nos HD-DVD.

Um abraço,
Oblivion
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Post by Oblivion »

Um dos factos que a meu vêr poderá ajudar e muito o Blu-Ray é o facto já oficial de que a PS3 será um leitor de BRD.

Como é obvio a consola será vendida aos milhões por todo o mundo, isto só por si poderá ajudar a difundir o formato.
PEACE !!!

Bruno Valério
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Skywatcher
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Post by Skywatcher »

A Sony está a rezar para que assim seja :mrgreen:

Cinebanco:

A TDK esteve a mostrar os seus BRDs, e pedia ao público para os tentar riscar. Tinha canetas, moedas, palha d'aço :shock: e outras coisas disponíveis. Não conseguiram sequer deixar uma marca na superfície!
O tipo que o conseguiu riscar foi de... canivete suíço!

Fim de pub.: Agora resta saber se os que vão vir nos filmes vão ser desta qualidade ou se os estúdios vão preferir uma versão mais baratinha e menos "Indestrutível" :twisted:

Um abraço,
Cinebanco
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Post by Cinebanco »

Skywatcher wrote:A Sony está a rezar para que assim seja :mrgreen:

Cinebanco:

A TDK esteve a mostrar os seus BRDs, e pedia ao público para os tentar riscar. Tinha canetas, moedas, palha d'aço :shock: e outras coisas disponíveis. Não conseguiram sequer deixar uma marca na superfície!
O tipo que o conseguiu riscar foi de... canivete suíço!

Fim de pub.: Agora resta saber se os que vão vir nos filmes vão ser desta qualidade ou se os estúdios vão preferir uma versão mais baratinha e menos "Indestrutível" :twisted:

Um abraço,
Exacto Sky, lembro-me que os primeiros DVDs os de cor dourada também eram mais solidos e agora até se nota defeitos de fabrica como a famosa marca redonda nos DVDs da LNK.
Os primeiros quase de certeza vão ter uma boa qualidade caso contrario seria arriscar o futuro do produto.
Skywatcher
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Post by Skywatcher »

Ora a Panasonic apresentou o seu primeiro produto Blu-Ray. Custa 1300 dólares e é um... sistema home-cinema :shock:
A meu ver, uma má aposta. E isto porque? Nesta altura quem compra equipamento blu-ray será gente mais desafogada financeiramente, já com um bom sistema de imagem (o que nos leva à probabilidade de um bom sistema de som para os filmes). Não estou a ver muitos "early-adopters" serem do tipo do cliente do sistema do tudo-em-um com leitor e colunas 5.1 como o da Panasonic. Mas ... eles lá sabem.


Entretanto. Estive hoje com um Blu-Ray na mão. Ah pois é. Não meu, claro :mrgreen:
5th. element.:

- 2.35:1
- 1920 x 1080p
- Legendas em Inglês, Inglês HOH, Francês, Chinês, Português, Espanhol, Tailandês
- Audio: Inglês DD5.1, Francês DD5.1 e Inglês PCM 5.1 (sem compressão!!) pato-)
- Extras: faixa audio com "trivia" ao longo do filme.

Acabou a discussão sobre que compressão é melhor, DD ou DTS :-)))

Um abraço,
Nuno Guerreiro
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Post by Nuno Guerreiro »

Ja vi algumas reviews a dizerem que a imagem desse filme tinha muitas imperfeições
Video: LG OLED55C9PLA, Xbox One S, PS3, Nvidia Shield Android TV 16GB, Wii
Som: Onkyo TX-NR808, Cambridge Audio Azur 640C, Wharfedale Diamond 9.4 / 9 CS / 9.1; BK Gemini; 1mt QED P-75; 3mt QED P-SW; 0.5mt QED Qunex
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Post by Skywatcher »

Não me posso manifestar. Nem o dono, porque também não tem leitor :-)))

Um abraço,
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Cabeças
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Post by Cabeças »

Na Fnac do Chiado já há vários títulos disponíveis. :-D

Fiquei chateado por as caixas serem mais pequenas do que as dos dvds. :-(
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Tojal City
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Post by Tojal City »

É para diferenciarem-se do DVD normal, mais pequenas e finas. Já o HD-DBD também tem o mesmo tamanho, só muda a cor, vermelha no HD-DVD e azul...ahhh.. no Blue Ray.
E ainda bem na minha opinião, duas caixas destas faz uma de DVD e isto significa mais espaço na prateleira. Só espero é que num futuro próximo apareçam digipacks nestes formatos também do mesmo tamanho.
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Post by Skywatcher »

Teve de ser. Os estúdios estão sobre uma pressão terrível nos estados unidos, por parte dos grande comerciantes porque... não têm espaço!
A verdade é essa. As prateleiras estão cheias de DVDs e algumas das grandes cadeias de supermercados (responsáveis por uma grande fatia das vendas de filmes) ameaçaram mesmo deixar de vender uma percentagem significativa dos títulos se os estúdios não resolvessem o problema do espaço.
O facto de irem coexistir 3 formatos (DVD, HD-DVD e Blu-Ray) pelo menos durante algum tempo tem estado a criar um reavivar dessas ameaças. O Vice-Presidesnte da Warner ter-se-à "passado" um pouco no final de uma conferência com as perguntas sobre isso e terá respondido "Deixem de vender livros. Pronto, assim já têm espaço!" :twisted:
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Post by Cabeças »

Não me parece lógico, pois a caixa é menor sobretudo em altura, a largura e a espessura parecem ser praticamente idênticas. Como o armazenamento em termos de exposição é frontal, não vejo o que tem uma coisa a ver com a outra. O espaço ocupado é o mesmo. Talvez numa "parede" consigam meter mais uma fila. Não me parece significativo.
Cabeças
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