Oscars 2021

[PanterA]

Com o passar dos filmes vistos é mesmo desilusão atrás de desilusão. Depois do Nomadland e Minari onde tinha alguma expectativa quanto a eles tendo em conta a critica e feedback, até tenho medo de ver o resto. :x

[TheLimey]

Já os vi mas não sei qual escolheria para melhor filme.
O Mank não de certeza.
Talvez o Minari mas achei a história, mais concretamente a relação entre o casal, mal contada.
Acho que há vários filmes mais ou menos ao mesmo nível.
Talvez o do pai seja o mais polido mas ao mesmo tempo não faz muito o meu género.
Gostei da novidade do tema no Sound of Metal e o Judas achei bem feito e com boas interpretações.
Nomadland e os 7 de Chicago são bons sem serem muito marcantes.
Promising Young Women penso que corre por fora, é um filme de segunda linha (ou de terceira e os outros são de segunda).
O Sound of Metal e o o Nomadland têm em comum serem escapistas tal como o Judas e o dos 7 de Chicago são sobre a luta pelos direitos civis, mais ou menos na mesma época, nos EUA.

Vou agora procurar ver os docs, filmes estrangeiros e animações.
Tenho alguma expetativa em relação ao doc sobre o polvo

O Nomadland é o melhor dos nomeados (seguido do Minari) e de certeza que vai ganhar os Oscares de Melhor Filme, Realização e Argumento. A Frances McDormand também pode vencer na categoria de Melhor Atriz, mas aqui está tudo em aberto.

Em relação ao Mank, é uma das maiores desilusões do ano e provavelmente não vai ganhar nenhum Oscar, apesar de ter 10 nomeações. Tinha potencial para ser um grande filme (tanto o tema da escrita do argumento e produção do Citizen Kane como aquele período da história de Hollywood são fascinantes), mas o David Fincher não soube aproveitar nada disso e realizou um pastelão que está precisamente nos antípodas do Citizen Kane, filme que continua a ser uma maiores obras-primas da história do cinema e absolutamente insuperável.
Aliás, há um excelente documentário sobre o confronto entre o William Randolph Hearst e o Orson Welles por causa do Citizen Kane que é mil vezes mais interessante do que o Mank: The Battle Over Citizen Kane.

[nimzabo]

Um pormenor do Judas and the Black Messiah é que apesar de ter 6 nomeações só pode ganhar 5 Oscares devido a ter dois atores nomeados para o mesmo Oscar. Não me admirava que ganhasse um deles.

[nimzabo]

O melhor argumento original deve ir para o Sound of Metal

[mansildv]

Um pormenor do Judas and the Black Messiah é que apesar de ter 6 nomeações só pode ganhar 5 Oscares devido a ter dois atores nomeados para o mesmo Oscar. Não me admirava que ganhasse um deles.

Best Actor

1935 — Mutiny on the Bounty. Clark Gable, Charles Laughton and Franchot Tone. All three lost to Victor McLaglen.
1944 — Going My Way. Bing Crosby and Barry Fitzgerald. Fitzgerald was also nominated for Best Supporting Actor for the same performance and won that category. Crosby won this one.
1953 — From Here to Eternity. Montgomery Clift and Burt Lancaster. Both lost to William Holden.
1956 — Giant. James Dean and Rock Hudson. Both lost to Yul Brynner.
1958 — The Defiant Ones. Tony Curtis and Sidney Poitier. Both lost to David Niven.
1961 — Judgment at Nuremberg. Maximilian Schell and Spencer Tracy. Schell won.
1964 — Becket. Richard Burton and Peter O’Toole. Both lost to Rex Harrison.
1969 — Midnight Cowboy. Dustin Hoffman and Jon Voight. Both lost to John Wayne.
1972 — Sleuth. Michael Caine and Laurence Olivier. Both lost to Marlon Brando.
1976 — Network. Peter Finch and William Holden. Finch won.
1983 — The Dresser. Tom Courtenay and Albert Finney. Both lost to Robert Duvall.
1984 — Amadeus. F. Murray Abraham and Tom Hulce. Abraham won.

Best Actress

1950 — All About Eve. Anne Baxter and Bette Davis. Both lost to Judy Holliday.
1959 — Suddenly, Last Summer. Katharine Hepburn and Elizabeth Taylor. Both lost to Simone Signoret.
1977 — The Turning Point. Anne Bancroft and Shirley MacLaine. Both lost to Diane Keaton.
1983 — Terms of Endearment. Shirley MacLaine and Debra Winger. MacLaine won.
1991 — Thelma & Louise. Geena Davis and Susan Sarandon. Both lost to Jodie Foster.

Best Supporting Actor

1939 — Mr. Smith Goes to Washington. Harry Carey and Claude Rains. Both lost to Thomas Mitchell.
1951 — Quo Vadis. Leo Genn and Peter Ustinov. Both lost to Karl Malden.
1953 — Shane. Brandon de Wilde and Jack Palance. Both lost to Frank Sinatra.
1954 — On the Waterfront. Lee J. Cobb, Karl Malden and Rod Steiger. All three lost to Edmond O’Brien.
1957 — Peyton Place. Arthur Kennedy and Russ Tamblyn. Both lost to Red Buttons.
1959 — Anatomy of a Murder. Arthur O’Connell and George C. Scott. Both lost to Hugh Griffith.
1961 — The Hustler. Jackie Gleason and George C. Scott. Both lost to George Chakiris.
1967 — Bonnie and Clyde. Gene Hackman and Michael J. Pollard. Both lost to George Kennedy.
1971 — The Last Picture Show. Jeff Bridges and Ben Johnson. Johnson won.
1972 — The Godfather. James Caan, Robert Duvall and Al Pacino. All three lost to Joel Grey.
1974 — The Godfather Part II. Robert De Niro, Michael V. Gazzo & Lee Strasberg. De Niro won.
1976 — Rocky. Burgess Meredith and Burt Young. Both lost to Jason Robards.
1977 — Julia. Jason Robards and Maximilian Schell. Robards won.
1980 — Ordinary People. Judd Hirsch and Timothy Hutton. Hutton won.
1983 — Terms of Endearment. John Lithgow and Jack Nicholson. Nicholson won.
1986 — Platoon. Tom Berenger and Willem Dafoe. Both lost to Michael Caine.
1991 — Bugsy. Harvey Keitel and Ben Kingsley. Both lost to Jack Palance.

Best Supporting Actress

1939 — Gone With the Wind. Olivia de Havilland and Hattie McDaniel. McDaniel won.
1941 — The Little Foxes. Patricia Collinge and Teresa Wright. Both lost to Mary Astor.
1942 — Mrs. Miniver. Dame May Whitty and Teresa Wright. Wright won.
1943 — The Song of Bernadette. Gladys Cooper and Anne Revere. Both lost to Katina Paxinou.
1945 — Mildred Pierce. Eve Arden and Ann Bltyh. Both lost to Anne Revere.
1947 — Gentleman’s Agreement. Celeste Holm and Anne Revere. Holm won.
1948 — I Remember Mama. Barbara Bel Geddes and Ellen Corby. Both lost to Claire Trevor.
1949 — Come to the Stable. Celeste Holm and Elsa Lanchester. Both lost to Mercedes McCambridge.
1949 — Pinky. Ethel Barrymore and Ethel Waters. Both (and those two above this) lost to Mercedes McCambridge.
1950 — All About Eve. Celeste Holm and Thelma Ritter. Both lost to Josephine Hull.
1954 — The High and the Mighty. Jan Sterling and Claire Trevor. Both lost to Eva Marie Saint.
1956 — The Bad Seed. Eileen Heckart and Patty McCormack. Both lost to Dorothy Malone.
1957 — Peyton Place. Hope Lange and Diane Varsi. Both lost to Miyoshi Umeki.
1959 — Imitation of Life. Susan Kohner and Juanita Moore. Both lost to Shelley Winters.
1963 — Tom Jones. Diane Cilento, Edith Evans & Joyce Redman. All three lost to Margaret Rutherford.
1965 — Othello. Joyce Redman and Maggie Smith. Both lost to Shelley Winters.
1970 — Airport. Helen Hayes and Maureen Stapleton. Hayes won.
1971 — The Last Picture Show. Ellen Burstyn and Cloris Leachman. Leachman won.
1973 — Paper Moon. Madeline Kahn and Tatum O’Neal. O’Neal won.
1975 — Nashville. Ronne Blakley and Lily Tomlin. Both lost to Lee Grant.
1979 — Kramer vs. Kramer. Jane Alexander and Meryl Streep. Streep won.
1982 — Tootsie. Teri Garr and Jessica Lange. Lange won.
1985 — The Color Purple. Margaret Avery and Oprah Winfrey. Both lost to Anjelica Huston.
1988 — Working Girl. Joan Cusack and Sigourney Weaver. Both lost to Geena Davis.
1989 — Enemies, a Love Story. Anjelica Huston and Lena Olin. Both lost to Brenda Fricker.
1994 — Bullets over Broadway. Jennifer Tilly and Dianne Wiest. Wiest won.
2000 — Almost Famous. Kate Hudson and Frances McDormand. Both lost to Marcia Gay Harden.
2001 — Gosford Park. Helen Mirren and Maggie Smith. Both lost to Jennifer Connelly.
2002 — Chicago. Queen Latifah and Catherine Zeta-Jones. Zeta-Jones won.
2006 — Babel. Adriana Barraza and Rinko Kikuchi. Both lost to Jennifer Hudson.
2008 — Doubt. Amy Adams and Viola Davis. Both lost to Penélope Cruz.
2009 — Up in the Air. Vera Farmiga and Anna Kendrick. Both lost to Mo’Nique.
2010 — The Fighter. Amy Adams and Melissa Leo. Leo won.
2011 — The Help. Jessica Chastain and Octavia Spencer. Spencer won.

[Samwise]

...
tal como o Judas e o dos 7 de Chicago são sobre a luta pelos direitos civis, mais ou menos na mesma época, nos EUA.
...

Eu acho que os 7 de Chicago é sobre muita coisa ao mesmo tempo - e a questão dos "direitos civis" nem é a mais destacada.

Não sendo um filme absolutamente indispensável, e que talvez nem tenha atributos para estar nos nomeados para melhor filme do ano, tem pelo menos um óptimo argumento, que junta bastantes vertentes relacionadas com "as liberdades", pega num caso real e faz da intemporalidade dos temas também um manifesto contra o momento "politico" que se vive hoje em dia na America. O Sorkin nem está nos seu "absolute best", e parece ter decidido desacelerar ligeiramente o ritmo dos diálogo que são uma característica definidora nos seus trabalhos, mas o filme resulta pelo conjunto, mesmo quando as coisas são demasiado pão-pão queijo-queijo (e nem sempre são, felizmente). Vê-se bem e não insulta a inteligência.

É um 8/10

Até agora vi 4 dos nomeados e, tendo gostado maio ou menos de todos, não indicaria nenhum em particular para receber o galardão máximo.

[nimzabo]

Só reparei depois de ver, que o Collectiv está nomeado em simultâneo para melhor documentário e melhor filme estrangeiro.
Não concordo. Acho bizarro estar a comparar um documentário com filmes normais.
Para mim devia concorrer apenas a documentário.

Já vi os 5 documentários e na minha opinião, o Time e o El Agente Topo são inferiores aos restantes.
O do polvo conta a história de um homem que conseguiu estabelecer uma relação com um polvo no habitat natural deste.
O Crip Camp é sobre a luta pelos direitos dos deficientes nos EUA (e não só, mas é bastante sobre isso).
E o Collectiv é sobre o sistema de saúde podre da Roménia.
Acho que qualquer um destes três tem argumentos para poder ganhar.

[TheLimey]

Acabei de ver o Another Round do Thomas Vinterberg, que está nomeado nas categorias de Melhor Realização e Melhor Filme Estrangeiro.

Apesar de não atingir o nível de excelência de A Caça (a parceria anterior entre o Thomas Vinterberg e o Mads Mikkelsen), é melhor do que a maioria dos filmes que estão nomeados para Melhor Filme.

Recomendo vivamente!

[nimzabo]

Também já vi.
Não é mau mas acho que falta algum interesse à história.
Não é que o filme seja desinteressante mas achei alguma falta de finalidade à história.
What's the point?

[TheLimey]

Também já vi.
Não é mau mas acho que falta algum interesse à história.
Não é que o filme seja desinteressante mas achei alguma falta de finalidade à história.
What's the point?

A moral da história é que o álcool, quando consumido de forma moderada, dá saúde, faz crescer e é o melhor remédio para as depressões e crises de meia-idade!

[nimzabo]

Falta-se só ver o da Tunísia.
Acho que nos últimos anos houve nomeados mais fortes do que este, o que não admira porque foram anos excepcionais.
O Collective** vale a pena ver mas como é um doc parece um pouco à parte. Acharia estranho se ganhasse.
E os outros também não são maus mas pronto, não sei se serão para ganhar.
O Better Days é asiático de mais e o Quo Vadis, Aida?, que é uma espécie de Shooting Dogs passado na Bósnia*, tem umas coisas melhores que outras.
Gostei da atriz principal. O do Vinterberg acho que não devia ganhar por causa da história não ter nexo.

* o melhor filme sobre a guerra na Jugoslávia continua a ser o Krugovi de 2013.
** e já agora o Collectiv lembrou-me do, já me esquecia, A Morte do sr. Lazarescu. Não parece ser um bom sitio para ficar doente, a Roménia.

[PanterA]

No Another Round Custou aceitar a premissa base que aquelas 4 pessoas com toda a responsabilidade que tinham, foram fazer um estudo tão estúpido como aquele. Mesmo que isto seja com vertente cómica lá pelo meio e levar aquilo no gozo, a verdade é que o drama é real e por vezes bem dark e essas as 2 combinações não assentaram lá grande coisa. Fica a mensagem final que ainda é o auge do filme.

Quanto ao The Trial of the Chicago é aquele filme todo bonitinho, com os temas certos, que sai naquela altura especial do ano e principalmente numa atura que se fala bastante dos direitos civis. Mas historicamente até foi interessante e acima de tudo não tenta enfiar certos conteúdos pela garganta abaixo como muitos fazem, só porque é a verdade deles e extrapolam as coisas á sua mercê. Só por isso leva pontos extras.

Realmente está bastante difícil encontrar alguma coisa que me encha as medidas nesta lista. Quando aquele que mais engracei foi o Borat, que nem sequer o achei nada demais, está tudo dito.

[mansildv]

'Minari' Star Youn Yuh-jung Makes History at SAG Awards

https://www.hollywoodreporter.com/news/ ... sag-awards

[mansildv]

SAG Awards: Netflix Wins Big During Pandemic Year With ‘The Crown,’ ‘Chicago 7’ and ‘Ma Rainey’

https://variety.com/2021/film/news/sag- ... 234944064/

[TheLimey]

A Academia de Hollywood rivaliza com o Nobel da literatura em pontaria: por cada uma que acerta, atira dez ao lado.

Por exemplo, em 1955, ano de obras-primas como The Night of the Hunter de Charles Laughton, East of Eden de Elia Kazan, Rebel Without a Cause de Nicholas Ray, All That Heaven Allows de Douglas Sirk e Bad Day at Black Rock de John Sturges, os nomeados para Melhor Filme foram:

- Marty
- Picnic
- Love Is a Many-Splendored Thing
- The Rose Tattoo
- Mister Roberts

Mais de 60 anos depois, nenhum dos filmes que foram nomeados para Melhor Filme em 1955 aparece nas listas dos melhores filmes de sempre ou é estudado nas escolas de cinema, ao contrário dos títulos que referi no parágrafo anterior.

E no ano seguinte, em que o vencedor foi o esquecido Around the World in 80 Days, The Searchers de John Ford, um dos filmes mais importantes e influentes da história do cinema americano, não teve qualquer nomeação!

Por estas e por outras, é que nunca levei os Óscares muito a sério e acho que tentar ver todos os nomeados antes da cerimónia é pura e simplesmente uma enorme perda de tempo. A maioria dos filmes oscarizáveis são obras menores que não vão resistir à corrosão inexorável desse implacável juiz que é o Senhor Tempo, como a história do cinema o comprova.