Ad Astra (2019) - James Gray
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Ad Astra (2019) - James Gray
.
Brad Pitt está em grande, agora numa saga espacial dirigida por James Gray com estreia prevista (nos USA) para 20 de setembro de 2019
A informação ainda é escassa; para além de Pitt, Tommy Lee Jones, Liv Tyler e Donald Sutherland
O trailer
Mais informações
https://www.imdb.com/title/tt2935510/
https://en.wikipedia.org/wiki/Ad_Astra_ ... es_Joins-2
Brad Pitt está em grande, agora numa saga espacial dirigida por James Gray com estreia prevista (nos USA) para 20 de setembro de 2019
A informação ainda é escassa; para além de Pitt, Tommy Lee Jones, Liv Tyler e Donald Sutherland
O trailer
Mais informações
https://www.imdb.com/title/tt2935510/
https://en.wikipedia.org/wiki/Ad_Astra_ ... es_Joins-2
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Re: Ad Astra (2019) James Gray
Novo trailer.
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Promete!
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Re: Ad Astra (2019) James Gray
Mais um trailer que a estreia é já em Setembro
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Re: Ad Astra (2019) James Gray
As primeiras reacções da critica após a apresentação no festival de Veneza.
In a five-star review in The Guardian, critic Xan Brooks raves, “Pitt embodies McBride with a series of deft gestures and a minimum of fuss. His performance is so understated it hardly looks like acting at all
.................
Rafaela Gomes /CinePop
“Essa é uma narrativa avulsa e mítica; quanto mais expansiva sua visão se torna, mais voltado para o interior seu foco se t1orna. Mesmo com uma narrativa linear que nunca diminui a velocidade, uma sequência de perseguições que parece a Estrada da Fúria na lua e uma visão suspensa da galáxia que abre espaço para inúmeras surpresas inesperadas (cuidado com as marcas de garras dentro de uma nave espacial aparentemente abandonada), Ad Astra ainda é uma das odisseias mais ruminativas, retraídas e curiosamente otimistas deste lado do Solaris. É também uma dos melhores”. – David Ehrlich (IndieWire)
“Por mais potente que seja essa premissa, com sua dinâmica de Marlow-Kurtz entre o filho narrador e o pai fora da grade que ele presumiu estar morto há muito tempo, ela se desenrola de uma maneira que facilita mais a admiração do que o arrebatamento total da audiência. Talvez porque os tropos de gênero de Ad Astra, por mais impressionantes que sejam, também são familiares – um pouco de Gravidade aqui, os inevitáveis acenos de 2001: Uma Odisséia no Espaço por lá. Essa saga episódica parece arrancada por eles, em vez de habitar totalmente o terreno. Indo de uma provação homérica para outra, o filme pode ser teimosamente sem envolvimento”. – Sheri Linden (The Hollywood Reporter)
“Em Ad Astra, Apocalypse Now é o quadro em que Gray está pendurado … outro quadro. Ainda estamos falando sobre Apocalypse Now, 40 anos depois, mas não tenho certeza de que falaremos sobre Ad Astra em quatro semanas… o que ajudaria mais seria se o filme tivesse um fator uau genuíno gravado em sua ficção científica retrô. Espero que James Gray, como diretor, continue a explorar mundos desconhecidos, mas mesmo o seu culto de fãs pode achar difícil ficar muito empolgado com um filme que, por trás de suas aparências espaciais, é convencional. ” – Owen Gleiberman
(Variety)
“Assim como o último filme de Gray, A Cidade Perdida de Z, Ad Astra pode parecer um conto de aventura tradicional, mas, na realidade, é uma jornada interior intelectualmente sofisticada e meticulosamente trabalhada, na qual um homem solitário luta com seus demônios. Para ter certeza, há uma familiaridade com essa configuração do Heart Of Darkness – e a voz sussurrada de Roy geralmente acrescenta outro nível de convencionalidade. Mas, apesar dessas limitações – e do fato de [Liv] Tyler ser relegada a um papel esquelético de Amante desapontada -, este filme cativante se aprofunda nos temas de pai e filho”. -Tim Grierson (Screen Daily)
“Emocionalmente, o filme opera em uma área cinzenta clássica, com redemoinhos quase imperceptíveis que se transformam em uma poderosa chave existencial. Tudo isso, deve-se dizer, repousa sobre os ombros de Pitt – que parecem ombros muito diferentes, de alguma forma, daqueles que se arrastaram de maneira tão atraente em Era Uma Vez em Hollywood. Seu desempenho aqui é tão emocionante e intimidador quanto seu trabalho para Tarantino foi espirituoso e amplo – é o verdadeiro estrelato do cinema e preenche uma tela do tamanho de um sistema estelar”. – Robbie Collin (The Telegraph)
“O último longa-metragem de Gray, o deslumbrante e triste drama de exploração A Cidade Perdida de Z, exibia obras de arte igualmente impressionantes. Mas em Ad Astra, Gray é capaz de trabalhar em uma escala muito maior. Claro, muitas das estéticas do filme lembram outras aventuras sombrias no espaço – mas Gray afirma sua própria voz, sua própria perspectiva. Gray está cutucando algo como Roy McBride, arranhando o uivo do universo para ver o que está fazendo barulho”. – Richard Lawson (Vanity Fair)
“Existencial, mas também íntimo, Ad Astra é uma exploração impressionante e sensível do espaço deixado por um pai ausente – e o vazio infinito do espaço real”. – John Nugent (Empire)
[/quote]
https://www.indiewire.com/2019/08/ad-as ... 202169692/
In a five-star review in The Guardian, critic Xan Brooks raves, “Pitt embodies McBride with a series of deft gestures and a minimum of fuss. His performance is so understated it hardly looks like acting at all
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Rafaela Gomes /CinePop
“Essa é uma narrativa avulsa e mítica; quanto mais expansiva sua visão se torna, mais voltado para o interior seu foco se t1orna. Mesmo com uma narrativa linear que nunca diminui a velocidade, uma sequência de perseguições que parece a Estrada da Fúria na lua e uma visão suspensa da galáxia que abre espaço para inúmeras surpresas inesperadas (cuidado com as marcas de garras dentro de uma nave espacial aparentemente abandonada), Ad Astra ainda é uma das odisseias mais ruminativas, retraídas e curiosamente otimistas deste lado do Solaris. É também uma dos melhores”. – David Ehrlich (IndieWire)
“Por mais potente que seja essa premissa, com sua dinâmica de Marlow-Kurtz entre o filho narrador e o pai fora da grade que ele presumiu estar morto há muito tempo, ela se desenrola de uma maneira que facilita mais a admiração do que o arrebatamento total da audiência. Talvez porque os tropos de gênero de Ad Astra, por mais impressionantes que sejam, também são familiares – um pouco de Gravidade aqui, os inevitáveis acenos de 2001: Uma Odisséia no Espaço por lá. Essa saga episódica parece arrancada por eles, em vez de habitar totalmente o terreno. Indo de uma provação homérica para outra, o filme pode ser teimosamente sem envolvimento”. – Sheri Linden (The Hollywood Reporter)
“Em Ad Astra, Apocalypse Now é o quadro em que Gray está pendurado … outro quadro. Ainda estamos falando sobre Apocalypse Now, 40 anos depois, mas não tenho certeza de que falaremos sobre Ad Astra em quatro semanas… o que ajudaria mais seria se o filme tivesse um fator uau genuíno gravado em sua ficção científica retrô. Espero que James Gray, como diretor, continue a explorar mundos desconhecidos, mas mesmo o seu culto de fãs pode achar difícil ficar muito empolgado com um filme que, por trás de suas aparências espaciais, é convencional. ” – Owen Gleiberman
(Variety)
“Assim como o último filme de Gray, A Cidade Perdida de Z, Ad Astra pode parecer um conto de aventura tradicional, mas, na realidade, é uma jornada interior intelectualmente sofisticada e meticulosamente trabalhada, na qual um homem solitário luta com seus demônios. Para ter certeza, há uma familiaridade com essa configuração do Heart Of Darkness – e a voz sussurrada de Roy geralmente acrescenta outro nível de convencionalidade. Mas, apesar dessas limitações – e do fato de [Liv] Tyler ser relegada a um papel esquelético de Amante desapontada -, este filme cativante se aprofunda nos temas de pai e filho”. -Tim Grierson (Screen Daily)
“Emocionalmente, o filme opera em uma área cinzenta clássica, com redemoinhos quase imperceptíveis que se transformam em uma poderosa chave existencial. Tudo isso, deve-se dizer, repousa sobre os ombros de Pitt – que parecem ombros muito diferentes, de alguma forma, daqueles que se arrastaram de maneira tão atraente em Era Uma Vez em Hollywood. Seu desempenho aqui é tão emocionante e intimidador quanto seu trabalho para Tarantino foi espirituoso e amplo – é o verdadeiro estrelato do cinema e preenche uma tela do tamanho de um sistema estelar”. – Robbie Collin (The Telegraph)
“O último longa-metragem de Gray, o deslumbrante e triste drama de exploração A Cidade Perdida de Z, exibia obras de arte igualmente impressionantes. Mas em Ad Astra, Gray é capaz de trabalhar em uma escala muito maior. Claro, muitas das estéticas do filme lembram outras aventuras sombrias no espaço – mas Gray afirma sua própria voz, sua própria perspectiva. Gray está cutucando algo como Roy McBride, arranhando o uivo do universo para ver o que está fazendo barulho”. – Richard Lawson (Vanity Fair)
“Existencial, mas também íntimo, Ad Astra é uma exploração impressionante e sensível do espaço deixado por um pai ausente – e o vazio infinito do espaço real”. – John Nugent (Empire)
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https://www.indiewire.com/2019/08/ad-as ... 202169692/
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Este filme não vou ver por um motivo:
Não gosto dos filmes deste realizador,para mim,é um mero tarefeiro,nada mais.
Não gosto dos filmes deste realizador,para mim,é um mero tarefeiro,nada mais.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Tomara Hollywood ter mais destes chamados "tarefeiros", seria certamente uma grande momento e anos para recordar de grande cinema.
Os 100 filmes da minha vida. (New link)
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Não achei nada demais, bom efeitos apenas.
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Tem algumas cenas muito mal filmadas e a história também achei perfeitamente esquecível.
Há uma cena na parte inicial em que ele aterra um foguete que vai a cair que é de fugir. Mesmo mal feito.
E há muitas cenas filmadas da forma mais fácil, tecnicamente.
Achei um bocado perda de tempo o filme.
Há uma cena na parte inicial em que ele aterra um foguete que vai a cair que é de fugir. Mesmo mal feito.
E há muitas cenas filmadas da forma mais fácil, tecnicamente.
Achei um bocado perda de tempo o filme.
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Re: Ad Astra (2019) James Gray
A aterragem de foguetes dessa forma é uma novidade do último ano, com o "Falcon Heavy" da SpaceX (https://en.wikipedia.org/wiki/Falcon_Heavy), ver o tempo 0m25s:nimzabo wrote: ↑December 4th, 2019, 9:51 pm Tem algumas cenas muito mal filmadas e a história também achei perfeitamente esquecível.
Há uma cena na parte inicial em que ele aterra um foguete que vai a cair que é de fugir. Mesmo mal feito.
E há muitas cenas filmadas da forma mais fácil, tecnicamente.
Achei um bocado perda de tempo o filme.
Isto é agora possível apenas de forma automática, com computadores e algoritmos muito avançados.
No filme, a cena de que falas é feita de forma completamente manual, e aí sim, há espiga e é suspeito. Parece o jogo vectorial de máquinas de 1979 "Lunar Lander":
Eu acrescentaria que a parte final
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Se bem me lembro o que ele fez no filme foi contar 3,2,1 e já está!
Bem vindo de volta ao forum!
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Re: Ad Astra (2019) James Gray
Hmmm... não sei bem se hei-de beijar o Gray ou dar-lhe um par de estalos.
Até 3/4 do filme, quase tudo impecável, isto se conseguirmos evitar pensar nos inúmeros erros e incongruências a nível de ciência (estruturas de betão na lua? e em Marte? escadas rolantes e gravidade normal? ), depois vem o "último acto" e borra a pintura por todos os lados. O encontro entre as partes é curto, despachado à pressa e uma desilusão face ao que se esperaria da narrativa que vinha sendo arquitectada até aí (e que faz alguns desvios desnecessários, de modo a proporcionar que esse encontro seja apenas entre pai e filho).
A fotografia e a estética estão imaculadas - e uma pena que haja tantos detalhes "errados" por onde pegar, porque a nível visual está aqui uma das mais deslumbrantes fitas de FC dos últimos anos (aquele passeio na lua é ) , senão mesmo de sempre. Os efeitos especiais também são excelentes, e são-nos mostrados de forma ponderada, sem fogo-de-artifício.
Também gostei muito do Brad Pitt - colocaria esta interpretação à frente da do Once Upon a Time in Hollywood, é um papel de muita contenção e equilíbrio, e algum trabalho de construção psicológica da personagem. No outro filme parece-me que ele não tem trabalho nenhum, basta fazer de si próprio.
7/10. (aqueles 30 minutos finais... )
Até 3/4 do filme, quase tudo impecável, isto se conseguirmos evitar pensar nos inúmeros erros e incongruências a nível de ciência (estruturas de betão na lua? e em Marte? escadas rolantes e gravidade normal? ), depois vem o "último acto" e borra a pintura por todos os lados. O encontro entre as partes é curto, despachado à pressa e uma desilusão face ao que se esperaria da narrativa que vinha sendo arquitectada até aí (e que faz alguns desvios desnecessários, de modo a proporcionar que esse encontro seja apenas entre pai e filho).
A fotografia e a estética estão imaculadas - e uma pena que haja tantos detalhes "errados" por onde pegar, porque a nível visual está aqui uma das mais deslumbrantes fitas de FC dos últimos anos (aquele passeio na lua é ) , senão mesmo de sempre. Os efeitos especiais também são excelentes, e são-nos mostrados de forma ponderada, sem fogo-de-artifício.
Também gostei muito do Brad Pitt - colocaria esta interpretação à frente da do Once Upon a Time in Hollywood, é um papel de muita contenção e equilíbrio, e algum trabalho de construção psicológica da personagem. No outro filme parece-me que ele não tem trabalho nenhum, basta fazer de si próprio.
7/10. (aqueles 30 minutos finais... )
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Ad Astra (2019) James Gray
Depois do que li por aqui, comecei a ver o filme com as expectativas controladas e acabei por gostar bastante.
Penso que o único defeito é o final, apressado e inverosímil - aquela deslocação da estação do Lima Project até à Cepheus
O Brad Pitt está excelente, penso que merecia uma nomeação!
8/10
Penso que o único defeito é o final, apressado e inverosímil - aquela deslocação da estação do Lima Project até à Cepheus
O Brad Pitt está excelente, penso que merecia uma nomeação!
8/10
Re: Ad Astra (2019) - James Gray
5/10 e muito decepcionado... Amanhã comentarei
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!
Re: Ad Astra (2019) - James Gray
Atenção: contém Spoilers!
O Ad Astra é um filme relativamente ao qual eu tinha algumas expectativas. Isto porque, embora nada soubesse do enredo, já tinha lido comentários positivos de pessoas cuja opinião em termos cinematográficos muito prezo e que me fizeram acreditar que, pelo menos em termos visuais, iria ficar saciado
Como já tenho referido, a FC é o meu género de eleição e, por isso mesmo, muitas vezes lhe desculpo algumas falhas, quando, em contrapartida, me transporta para deslumbrantes mundos ou me faz vagar pelos meandros de surpreendentes teorias...
Infelizmente o Ad Astra, do princípio ao fim, apenas me suscitou alguns bocejos e vários cochilos, o que me obrigou a inúmeros rewind para apanhar o fio à meada do enredo. Embora na verdade não fosse necessário porque, durante a maior parte do filme, nada, mas mesmo nada!!! de relevante acontece...
Convém antes de mais referir que, de FC, este filme tem muito pouco ou nada. Trata-se de um drama disfarçado de filme de exploração espacial. Passa-se no espaço, mas seria possível trocar esse ambiente por uma montanha no Tibet e manter a história praticamente a mesma...
A duração de aproximadamente 2 horas fez-me crer que o enredo teria muitas voltas e um ou outro twist, mas nada disso sucedeu. O filme arrastaaaaaaaa-se mesmo muito! Logo no início ficamos a saber que o pai do Brad Pitt está vivo e que será ele que estará por detrás das explosões de energia que colocam em perigo o nosso planeta.
E depois disso temos mais de uma hora de película em que basicamente sucedem duas cenas metidas à pressão, nitidamente para “encher o chouriço” e que são uma perseguição na lua por parte de uns piratas que não se sabe de onde apareceram, os quais nunca mais são referidos no filme e uma operação de salvamento a uma nave de pesquisa cientifica em que uns macacos enraiveceram e mataram toda a tripulação, nada sendo avançado para o explicar… É demasiado notório que tais cenas apenas serviram para preencher tempo e dotar o trailer de momentos que enganassem incautos e os motivassem a ver ou comprar o filme…
Uma vez que referi que, essencialmente, estamos perante um drama, o que dizer do arco narrativo do quase único personagem do filme (já que os restantes são descartados logo que cumprem a sua função)?
Ora, um arco pressupõe uma linha curva, uma evolução gradual, porém nada disso sucede com o personagem do Brad Pitt. A sua personalidade mantém-se constante durante todo o filme, até que, já perto do final, quando se apercebe que o seu pai não é o herói que acreditava ser, rapidamente se modifica… Para disfarçar essa ausência de arco de evolução da personagem, o realizador/argumentista vai nos revelando lentamente (como o faz com tudo o resto) que afinal o astronauta, que em qualquer situação de perigo mantém a sua frequência cardíaca inalterada, é uma pessoa conturbada e marcada pela ausência do pai.
Os restantes personagens revelaram-se completamente olvidáveis, tendo sido descartados ao longo do filme, por vezes com o recurso a mortes ou outros acontecimentos muito forçados.
Um dos poucos momentos que fez valer o tédio de duas horas a visionar este filme foi a presença do saudoso e sempre marcante Donald Sutherland!
Numa das várias pausas que tive de fazer, para evitar adormecer de vez, ingenuamente ainda pensei que a cena dos macacos enraivecidos, provavelmente alvo de experiências científicas, poderia ser para fazer a ligação à forma como nós seriamos vistos e tratados pelos extraterrestres. Bem como pensei que o twist final poderia consistir no facto de alguma inteligência extraterrestre ter contactado a estação espacial de Saturno e ter controlado, ou mesmo substituído (daí a presença do Donald Sutlerland neste filme e um eventual piscar de olhos ao Invasion of the Body Snatchers de 1978…) o pai do Brad Pitt de forma a que ele omitisse a sua existência à Terra e executasse um plano prejudicial aos seus habitantes, o qual passaria pelas tais emissões de feixes de energia…
Não podia estar mais enganado… Não houve twist nenhum. Apenas a esperada mudança de comportamento do Brad Pitt depois do encontro com o seu pai, a qual, para que o expectador a percebesse, teve de ser muito bem explicadinha com mais um dos inúmeros e dispensáveis monólogos em voz off que nos foram presenteados ao longo do filme…
Em suma, um drama de 2 horas que podia ser reduzido a um episódio de 30 minutos sem que nada de substancial se perdesse…
Muito pobre em termos de de ficção científica (nenhuma ideia sobressai além da que estaremos sozinhos no universo), em termos de drama (apenas um personagem é minimamente caracterizado, o do Brad Pitt, o qual ao fim de duas horas de película, após um encontro breve com o seu pai, sofre uma transformação radical na sua personalidade) e em termos visuais (muito comedidas as cenas do espaço não me tendo nunca encantado…Aliás, são vários os filmes, já com vários anos, que de repente me ocorrem e que cilindram este em termos visuais, como o Sunshine Missão Solar, Solaris, Supernova…).
Nem vale a pena falar das inúmeras situações pouco credíveis que sucedem ao longo do filme… Mais chocante para mim foi a do Brad Pitt se encontrar debaixo de um foguetão após a ignição dos seus motores e nada lhe ter acontecido… Nem moreno ficou…
Eu até costumo ser benevolente com as falhas científicas apresentadas pelos filmes deste gênero cinematográfico, mas esta é demasiado gritante (sim, a falha científica gritou bem alto, quando quem devia ter gritado era o Brad Pitt enquanto era incinerado... ) e, mais uma vez, trata-se de uma cena metida à pressão para dar alguma vivacidade a um filme em que nada se passa…
Em suma, 5/10, porque, como drama, é mediano. Como filme de FC é mesmo muito fraco…
O Ad Astra é um filme relativamente ao qual eu tinha algumas expectativas. Isto porque, embora nada soubesse do enredo, já tinha lido comentários positivos de pessoas cuja opinião em termos cinematográficos muito prezo e que me fizeram acreditar que, pelo menos em termos visuais, iria ficar saciado
Como já tenho referido, a FC é o meu género de eleição e, por isso mesmo, muitas vezes lhe desculpo algumas falhas, quando, em contrapartida, me transporta para deslumbrantes mundos ou me faz vagar pelos meandros de surpreendentes teorias...
Infelizmente o Ad Astra, do princípio ao fim, apenas me suscitou alguns bocejos e vários cochilos, o que me obrigou a inúmeros rewind para apanhar o fio à meada do enredo. Embora na verdade não fosse necessário porque, durante a maior parte do filme, nada, mas mesmo nada!!! de relevante acontece...
Convém antes de mais referir que, de FC, este filme tem muito pouco ou nada. Trata-se de um drama disfarçado de filme de exploração espacial. Passa-se no espaço, mas seria possível trocar esse ambiente por uma montanha no Tibet e manter a história praticamente a mesma...
A duração de aproximadamente 2 horas fez-me crer que o enredo teria muitas voltas e um ou outro twist, mas nada disso sucedeu. O filme arrastaaaaaaaa-se mesmo muito! Logo no início ficamos a saber que o pai do Brad Pitt está vivo e que será ele que estará por detrás das explosões de energia que colocam em perigo o nosso planeta.
E depois disso temos mais de uma hora de película em que basicamente sucedem duas cenas metidas à pressão, nitidamente para “encher o chouriço” e que são uma perseguição na lua por parte de uns piratas que não se sabe de onde apareceram, os quais nunca mais são referidos no filme e uma operação de salvamento a uma nave de pesquisa cientifica em que uns macacos enraiveceram e mataram toda a tripulação, nada sendo avançado para o explicar… É demasiado notório que tais cenas apenas serviram para preencher tempo e dotar o trailer de momentos que enganassem incautos e os motivassem a ver ou comprar o filme…
Uma vez que referi que, essencialmente, estamos perante um drama, o que dizer do arco narrativo do quase único personagem do filme (já que os restantes são descartados logo que cumprem a sua função)?
Ora, um arco pressupõe uma linha curva, uma evolução gradual, porém nada disso sucede com o personagem do Brad Pitt. A sua personalidade mantém-se constante durante todo o filme, até que, já perto do final, quando se apercebe que o seu pai não é o herói que acreditava ser, rapidamente se modifica… Para disfarçar essa ausência de arco de evolução da personagem, o realizador/argumentista vai nos revelando lentamente (como o faz com tudo o resto) que afinal o astronauta, que em qualquer situação de perigo mantém a sua frequência cardíaca inalterada, é uma pessoa conturbada e marcada pela ausência do pai.
Os restantes personagens revelaram-se completamente olvidáveis, tendo sido descartados ao longo do filme, por vezes com o recurso a mortes ou outros acontecimentos muito forçados.
Um dos poucos momentos que fez valer o tédio de duas horas a visionar este filme foi a presença do saudoso e sempre marcante Donald Sutherland!
Numa das várias pausas que tive de fazer, para evitar adormecer de vez, ingenuamente ainda pensei que a cena dos macacos enraivecidos, provavelmente alvo de experiências científicas, poderia ser para fazer a ligação à forma como nós seriamos vistos e tratados pelos extraterrestres. Bem como pensei que o twist final poderia consistir no facto de alguma inteligência extraterrestre ter contactado a estação espacial de Saturno e ter controlado, ou mesmo substituído (daí a presença do Donald Sutlerland neste filme e um eventual piscar de olhos ao Invasion of the Body Snatchers de 1978…) o pai do Brad Pitt de forma a que ele omitisse a sua existência à Terra e executasse um plano prejudicial aos seus habitantes, o qual passaria pelas tais emissões de feixes de energia…
Não podia estar mais enganado… Não houve twist nenhum. Apenas a esperada mudança de comportamento do Brad Pitt depois do encontro com o seu pai, a qual, para que o expectador a percebesse, teve de ser muito bem explicadinha com mais um dos inúmeros e dispensáveis monólogos em voz off que nos foram presenteados ao longo do filme…
Em suma, um drama de 2 horas que podia ser reduzido a um episódio de 30 minutos sem que nada de substancial se perdesse…
Muito pobre em termos de de ficção científica (nenhuma ideia sobressai além da que estaremos sozinhos no universo), em termos de drama (apenas um personagem é minimamente caracterizado, o do Brad Pitt, o qual ao fim de duas horas de película, após um encontro breve com o seu pai, sofre uma transformação radical na sua personalidade) e em termos visuais (muito comedidas as cenas do espaço não me tendo nunca encantado…Aliás, são vários os filmes, já com vários anos, que de repente me ocorrem e que cilindram este em termos visuais, como o Sunshine Missão Solar, Solaris, Supernova…).
Nem vale a pena falar das inúmeras situações pouco credíveis que sucedem ao longo do filme… Mais chocante para mim foi a do Brad Pitt se encontrar debaixo de um foguetão após a ignição dos seus motores e nada lhe ter acontecido… Nem moreno ficou…
Eu até costumo ser benevolente com as falhas científicas apresentadas pelos filmes deste gênero cinematográfico, mas esta é demasiado gritante (sim, a falha científica gritou bem alto, quando quem devia ter gritado era o Brad Pitt enquanto era incinerado... ) e, mais uma vez, trata-se de uma cena metida à pressão para dar alguma vivacidade a um filme em que nada se passa…
Em suma, 5/10, porque, como drama, é mediano. Como filme de FC é mesmo muito fraco…
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!