A young man must stop the Lord of Darkness from both destroying daylight and marrying the woman he loves.
Director: Ridley Scott
Writer: William Hjortsberg
Stars: Tom Cruise, Mia Sara, Tim Curry
Um filme a comentar em breve porque há muito para falar.
Vi esse filme numa época muito especial para mim, em 1985 no Cinema Império, com a minha primeira namorada "a sério", mas a verdade é que, independentemente disso ter contribuído na altura para o encanto, sempre gostei imenso deste filme. Em todos os anos que se seguiram, é para mim não só um filme que me traz muito boas recordações, como é um filme de que continuo a gostar imenso.
Tenho a edição americana dvd em digipack e a edição inglesa bluray com legendas pt.
Também o vi no Império, gostei na altura e continuo a gostar, aliás posso dizer que é um clássico intemporal porque da minha coleção é dos que a minha filha mais gosta.
Como disse quando criei este tópico tinha muito que falar sobre este filme.
Antes de uma critica mais profunda tenho que falar de outras coisas.
Quando era uma criança, via este filme nos clubes de vídeo, via-o mas não tinha maturidade para o perceber, depois desapareceu do meu radar, deixei de ter interesse nele.Passados uns valentes anos, começou a dar algumas vezes na televisão mas eu não tinha interesse nele novamente.Até que no ano passado vi-o na TV Cabo de uma forma não planeada e fiquei DESARMADO,LITERALMENTE!!! diga-se de passagem.Quero com isto dizer, que há muitos filmes que só passados muitos anos de existir é que temos a noção do que são.Mesmo depois de os termos visto várias vezes em diversas ocasiões possíveis,em anos diferentes. A minha surpresa neste "Legend",por isso, FOI GRANDE muito mais do que pensava.
Bem, com esta pequena introdução tenho mais capacidade, para agora, dentro de pouco tempo fazer uma critica mais profunda.
Cabeças wrote: ↑July 31st, 2018, 6:32 pm
Vi esse filme numa época muito especial para mim, em 1985 no Cinema Império, com a minha primeira namorada "a sério", mas a verdade é que, independentemente disso ter contribuído na altura para o encanto, sempre gostei imenso deste filme. Em todos os anos que se seguiram, é para mim não só um filme que me traz muito boas recordações, como é um filme de que continuo a gostar imenso.
Ludovico wrote: ↑February 2nd, 2019, 4:21 pm
Até que no ano passado vi-o na TV Cabo de uma forma não planeada e fiquei DESARMADO,LITERALMENTE!!! diga-se de passagem.Quero com isto dizer, que há muitos filmes que só passados muitos anos de existir é que temos a noção do que são.Mesmo depois de os termos visto várias vezes em diversas ocasiões possíveis,em anos diferentes. A minha surpresa neste "Legend",por isso, FOI GRANDE muito mais do que pensava.
siroco wrote: ↑August 1st, 2018, 10:28 am
gostei na altura e continuo a gostar, aliás posso dizer que é um clássico intemporal porque da minha coleção é dos que a minha filha mais gosta.
Já o vi há muitos anos e, na altura, não me encantou. Gostei dos visuais, mas a história, da qual já não me recordo, não me encheu as medidas...
Mas ao ler os vossos comentários, fiquei decidido a comprar a edição em bluray e a revê-lo com a minha filha! Depois virei aqui dizer "da nossa justiça"
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!
Um filme de fantasia serena.É a expressão que mais apetece dizer depois de ver esta magnifica obra de Ridley Scott.
Num Mundo paralelo ao nosso, há dois personagens Cruise e Sara jovens e amantes que habitam numa floresta onde existe um monstro chamado Senhor das Trevas.Pois bem, este é o principio da intriga, a proposta central que vai desaguar num dos mais fabulosos filmes que estrearam no década de 80.O que na realidade de destaca neste estupendo filme, é que ao contrário de outros do género daquele tempo e deste também, a aposta não foi nos efeito especiais e só depois a história que quer contar.Neste Legend,as coisas estão equilibradas de uma maneira, a meu ver, surpreendente. Ridley Scott realiza de uma forma calma e poética um filme que quase maravilha os sentidos do espetador.Não é robuscado no que conta, nem é sensacionalista na forma.É um filme que nos transmite uma grande paz de espirito, num universo que seria fácil subverter/adulterar por completo se o realizador quisesse seguir esse caminho.Scott fez o difícil de uma forma simples.Tem uma atmosfera quase religiosa.Uma atmosfera onírica,isto é, é como se fosse um sonho criado por Deus mas um sonho radioso e ao mesmo tempo sereno.Gabo Ridley Scott pela coragem em ter feito este filme, tendo ido por caminhos que hoje me dia são raros os cineastas irem também.Legend é um filme tão bom que os mais novos precisam de o descobrir e admirar e os mais velhos precisam de o redescobrir.Porque a sua mensagem global é mesmo intergeracional.
Nota:8 em 10
Ludovico wrote: ↑February 12th, 2019, 4:28 pm
Tem uma atmosfera quase religiosa.Uma atmosfera onírica,isto é, é como se fosse um sonho criado por Deus mas um sonho radioso e ao mesmo tempo sereno.
Foi com um daqueles unicórnios que o Deckard (julga que) sonhou...
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Lorde X wrote: ↑February 3rd, 2019, 12:38 pm
ao ler os vossos comentários, fiquei decidido a comprar a edição em bluray e a revê-lo com a minha filha! Depois virei aqui dizer "da nossa justiça"
Engraçado que me tinha esquecido completamente desta minha promessa... mas, há 2 dias, finalmente vi, com a minha filha, o Legend.
Não fiz uma pesquisa preliminar, pelo que fui surpreendido quando, no menu do bluray, me deparei com a opção de ver a Director's Cut ou a Theatrical Cut...
Não me recordando já de nada do primeiro visionamento, de há muitos anos atrás, acabei por me decidir pela Director's Cut, mas, sabendo o que sei hoje, teria visto primeiro a TC e só depois a DC.
O filme, como muitos tem justamente dito, é como que um poema onírico, visualmente deslumbrante, com momentos e desempenhos memoráveis.
Apesar de estar datado em termos de efeitos especiais, tal não prejudica a experiência. O argumento algo simplista para mim também não constitui um ponto negativo, já que a experiência é elevada mais por imagens e sons do que propriamente pelos diálogos ou enredo.
Desde logo, tenho que salientar que fiquei completamente encantado pela Mia Sara...
Apenas após pesquisei na internet acerca das diferenças entre as duas versões (que não serão as únicas existentes...).
Tal como aconteceu com a DC do Blade Runner, a do Legend não me satisfez totalmente... Melhor dizendo, em ambos os filmes, muitas das alterações que o estúdio imprimiu ao filme, contra a vontade do Ridley Scott, foram ao encontro das minhas preferências.
Na DC do Blade Runner não consigo deixar de sentir falta da voz off e do final em aberto, em que o Deckard e a Rachael rumam em direcção a um futuro desconhecido, sendo tal salientado pela voz off que nos diz que a Rachael não tem o prazo de validade de 2 anos e por isso não sabem quanto tempo têm juntos, mas que isso é o que sucede com todos os relacionamentos... Este é um dos finais de filme que mais me marcaram!
Também a DC do Legend tem pormenores em que perde face à TC. Desde logo pela banda sonora. A do Jerry Goldsmith é belíssima, mas a dos Tangerine Dream oferece-nos uma sonoridade mais condizente com o ambiente mágico da história. Contendo, ainda, uma canção, para mim desconhecida e que adorei quando a ouvi no youtube, a "Loved by the Sun" do Jon Anderson & Tangerine Dream. Julgo que, quando vi o filme pela primeira vez, ainda não tinha descoberto os Yes, o Jon & Vangelis... pelo que essa música não me impressionou como agora.
Mas noutro importante aspecto a TC se sobrepõe à DC e é no facto de que esta apesar de ter uma duração superior em 25 minutos (muito graças a cenas estendidas, com linhas de diálogo adicionais ou mais ângulos de filmagem), tem, incompreensivelmente, algumas cenas a menos... uma delas ressaltou logo aquando do visionamento. Depois de o Senhor das Trevas ter sido derrotado, vemos os habitantes da floresta juntos e felizes, acompanhados de 2 unicórnios... nesse momento, perguntou-me, surpreendida, a minha filha: "mas o outro unicórnio não tinha morrido?"... Respondi-lhe que provavelmente teriam usado o corno para o ressuscitar, mas nada vimos ou foi indiciado nesse sentido. E realmente há uma cena na TC em que vemos o corno a ser devolvido e o unicórnio a voltar à vida. Ora, essa é uma cena essencial em termos de continuidade e a sua ausência é para mim incompreensível.
Bem, este filme marcou-me tanto neste visionamento que pretendo, já de seguida, revê-lo mais duas vezes, em primeiro lugar a TC e depois novamente a DC, mas desta vez com auscultadores para conseguir ouvir o mais minuciosamente possível as suas bandas sonoras. Aliás, a música, tal como os visuais, assumem uma relevância tão grande neste filme, que ele deve obrigatoriamente ser visionado em alta resolução e com o audio bem perceptível.
Para já, dou-lhe 9/10 (muito bom), enquanto que, quando o vi na primeira vez, terei dado, julgo, apenas 7/10. Vou tentar lembrar-me de vir aqui comentar a impressão que ficar com o novo visionamento das suas duas versões e diferenciar, se assim se justificar, a classificação que cada uma merece.
PS: aqui está a música do Jon Anderson & Tangerine Dream, a qual me entrou no ouvido de tal forma que nessa noite adormeci com ela a entoar na minha cabeça...
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!
mas, há 2 dias, finalmente vi, com a minha filha, o Legend.
