Um filme sensacional a muitos níveis.Uma mulher jovem com 3 filhos pequenos resolve recrutar uma ama para a ajudar a ter o último filho.Ver este filme é, talvez, das mais magistrais encenações da redescoberta da maternidade ou paternidade no cinema americano nos últimos anos.Jason Reitman,para mim, é o melhor realizador americano a par de Paul Thomas Anderson da nova geração jovem de Hollywood mas num registo completamente diferente de Anderson.Reitman é, como já li algures o herdeiro legítimo de Billy Wilder.Já vi quase todos os filmes dele e não há nenhum mau filme, nem razoável, é do sensacional para cima, só que ao contrário de Wilder, Reitman tem uma relação má com a bilheteira.
Uma jovem quase quarentona já com vários filhos Theron, contrata uma jovem empregada para ajuda-la a criar os 3 filhos enquanto ela não tem o último bébé.Assim uma amizade crescente vai-se criando e aumentando entre elas.Os sonhos da mãe vão atingindo e personalidade da empregada. O que nos é mostrado, é de uma enorme ternura e sensibilidade.De uma humanidade cinematográfica, todo o conceito materno está lá desenvolvido de uma forma a meu ver sensacional.Os laços familiares entre 2 mulheres tão diferentes e estranhas vão se unindo e fortificando.Não é meloso a mais não é excessivamente melodramático.É antes uma declaração de amor aos pais que estão a passar pela mesma situação que a personagem de Theron simboliza e representa.Theron faz mais um magistral desempenho e o mesmo se passa com a ama que nem parece a mesma que os espetadores viram em Blade Runner 2049 nom tom e registo sexy.A relação entre mãe e ama é contada de uma forma terna e com uma sensibilidade elegante que é raro ver noutras obras de outros realizadores.O grau identificação com as personagens é tão próximo seja o espetador homem ou mulher.Isso é que é gratificante.Isso é o que faz com se veja embevecido todo o desenrolar desta história.
Um filme recomendado a pais ou a pessoas sejam mulheres e/ou homens que desejam ter filhos.
Nota:8 em 10
Tinha expectativas altas mas acabou por ser uma desilusão enorme.
A primeira metade foi excelente, de uma sensibilidade incrível, a segunda parte arruinou o filme.
Acho que não faz sentido nenhum transformar um filme sobre as dificuldades da maternidade
num caso de esquizofrenia
achei absurdo e desnecessário.
Excelente desempenho da Charlize Theron.
Começa muito bem, tem grandes desempenhos das actrizes principais e traz para cima da mesa temas muito interessantes (em especial, a questão da maternidade tem aqui um tratamento crú, desencantado e realista como poucas vezes se vê em cinema). Pena é que, a partir do terceiro acto, começa a faltar-lhe unhas para tocar tanta guitarra: quando chega a altura de desenvolver a fundo aquilo que traz a lume, o filme ata tudo à pressa de forma bastante simplista e termina abruptamente, causando uma enorme frustração no espectador e uma sensação de que tinha potencial para atingir voos maiores .