L'odyssée (2016) - Jérôme Salle

Discussão de filmes; a arte pela arte.

Moderators: mansildv, waltsouza

Post Reply
emanuriba
Iniciado
Iniciado
Posts: 66
Joined: April 6th, 2018, 8:08 pm

L'odyssée (2016) - Jérôme Salle

Post by emanuriba »

Image



Titulo em português:
A Odisseia (IMDB: 6,7/10)

De:
Jérôme Salle

Com:
Lambert Wilson, Pierre Niney, Audrey Tautou

Género:
Aventura, Biografia

Classificação:
M/12

Outros dados:
FRA, 2017, Cores, 122 min.
Documentarista, oceanógrafo, escritor e inventor, o francês Jacques-Yves Cousteau (1910-1997) ficou mundialmente conhecido pelas suas aventuras a bordo do "Calypso", o famoso navio transformado em laboratório móvel para mergulho e filmagens marítimas com que deu a volta ao globo. Com o seu documentário "Mundo do Silêncio" (1956), co-realizado pelo cineasta Louis Malle, Cousteau foi distinguido com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com um Óscar da Academia, que voltaria a premiá-lo por "O Mundo sem Sol" (1964). Anos mais tarde, a série "O Mundo Submarino de Jacques Cousteau", que foi apresentada pelo canal BBC entre 1968 e 1975, transformou-o numa estrela televisiva que semanalmente encantava milhões de espectadores de todo o mundo com as suas histórias sobre o fundo do mar.
Escrito e realizado por Jérôme Salle ("Anthony Zimmer", "Largo Winch 2 - Conspiração na Birmânia"), "A Odisseia" relata algumas das mais importantes aventuras da carreira de Cousteau, mas também momentos cruciais da sua vida pessoal, ao longo de cerca de 30 anos. O espectador acompanha-o numa viagem intimista com a sua equipa de colaboradores, a mulher e os dois filhos de ambos. A interpretar algumas das personagens estão Lambert Wilson, Pierre Niney, Audrey Tautou, Laurent Lucas e Benjamin Lavernhe. PÚBLICO
Críticas dos leitores Cinecartaz do jornal Publico:
Pedro Brás Marques

Faltou ar ao mergulhador...
A vertigem e o colorido da vida de um dos maiores aventureiros do século XX, e um dos meus heróis de referência, prometiam um grande filme. Infelizmente, há mais energia e brilhantismo em qualquer dos documentários de Jacques Cousteau do que neste seu biopic assinado por Jérôme Salle.
A história é contada ao ritmo da relação entre Cousteau e o filho mais novo, Phillipe, o seu predilecto e em quem ele via como sucessor nas empresa e no desígnio marítimo. Desde sempre fascinado pelo risco e pela aventura, Phillipe não tinha uma relação pacífica com o progenitor, um ser orgulhoso, egocêntrico, um gestor irresponsável e um mulherengo incorrigível. Pois é, esse é o homem atrás da lenda e Phillipe sempre fora alguém para quem a verdade e a autenticidade constituíam valores de referência na sua caminhada vital. Isto, até ao momento em que estas forças opostas se cruzaram e os interesses se fundiram. Tudo aconteceu numa viagem à Antárctica, perante os crimes ambientais que por lá viram e face à imensidão branca que os fascinou, “Ulisses regressou a Ítaca” e a odisseia terminou começando uma nova era de profícua coexistência entre os dois. Como é sabido, Phillipe haveria de morrer, num desastre de aviação, no rio Tejo, já próximo de Lisboa, o que destroçou completamente o velho comandante. Foi como se a luz da vida se tivesse apagado…
Jerôme Salle não soube aproveitar e explorar a densidade da relação entre os dois, antes narrando a história através do pulsar de episódios, muitos deles espaçados no tempo. Faltou, claramente, consistência narrativa e um fio condutor mais sólido para assimilarmos os conflitos entre Jacques e Phillipe. Salle não o soube fazer, mas esta incapacidade só será desconhecida de quem não viu dois dos seus filmes anteriores, “Largo Winch” e “Largo Winch II”, onde tratou de desbaratar a complexa história do herdeiro aventuroso criada por Van Hamm, em BD. É claro que há algo impossível de errar: as cenas submarinas, algumas de uma beleza sublime. Quanto às interpretações, Phillipe ganha vida através de Pierre Niney, uma jovem estrela francesa em ascensão que contracena com dois grandes actores: Lambert Wilson, de quem sempre gostei mas passei a adorar desde o magnífico “Des Hommes et des Dieux” de Xavier Beauvois, e Audrey Tatou, a imortal “Amélie” do filme homónimo de JP Jeunet. Portanto, Jerôme Sallé tinha tudo para brilhar mas não teve arte para se elevar acima da normalidade. O que é pena. Porque Jacques Costeau merecia mais e melhor!
O cinema francês tem, por vezes, filmes: bons, interessantes, assim-assim ou maus.
O filme francês de que vou falar e do qual vi hoje de tarde em DVD, chama-se: A Odisseia, realizado por Jérôme Salle.
Para mim foi um filme bom e interessante, mas houve ali falhas no filme, por assim dizer, do qual não consigo explicar. Uma delas é que o filme esteve mais focado num dos filhos Jacques-Yves Cousteau: Philippe Cousteau, do que o outro filho: Jean-Michel Cousteau, da mulher de Cousteau: Simone Cousteau e da restante família, amigos e equipa de Cousteau.
Já nas imagens subaquáticas, a pesarem de terem sido filmados poucas vezes para este filme, estão fantásticas.
Mas mesmo assim RECOMENDO a verem este filme sobre a vida de Jacques Cousteau.
Se já viram este filme, na vossa opinião, digam o que é que acharam do filme.

Assinado por: Emanuriba.
Post Reply