I, Tonya (2017) - Craig Gillespie

[Evil_Djinn]

‘Eu, Tonya’ é baseado no escândalo que abalou o mundo da patinagem em 1994, quando a maior
rival de Tonya Harding, Nancy Kerrigan, foi atacada num joelho a mando do marido de Tonya,
pondo em risco a sua participação nas Olimpíadas de Inverno desse ano.
Kerrigan acabaria por recuperar e ficar em 2º lugar, enquanto Tonya, envolvida em suspeitas e num
processo de investigação, ficaria em 8º lugar. Tonya, conhecida pela sua força e por ser a primeira
americana a conseguir fazer o triple axe em competições, passaria de estrela a vilã perante a
opinião pública.
O filme já vencedor de 1 Globo de Ouro e de 2 Hollywood Film Awards, incluindo Melhor Atriz
Secundária, está nomeado para 3 Óscares da Academia: Melhor Atriz (Margot Robbie, no papel de
Tonya Harding), Melhor Atriz Secundária (Allison Janney no papel de mãe de Tonya) e ainda
Melhor Montagem. Realizado por Craig Gillespie (‘Horas Decisivas’, ‘O Rapaz do Milhão de
Dólares’), o filme conta ainda com Sebastian Stan (‘Capitão América’) no papel de marido de Tonya
Harding.
‘Eu, Tonya’, uma história verídica, é uma das mais cruéis, irónicas e subversivas comédias do ano,
com personagens tão excêntricos e desagradáveis que dificilmente seriam criados por alguém.

ESTREIA PREVISTA PARA DIA 22 DE FEVEREIRO

[Rui Santos]

Anda por ai um documentário sobre este caso que passa na bola tv.

Tenho ideia de ser este:


Por acaso o caso passou-me completamente ao lado... apesar de tudo, tenho tendência em ficar do lado da mais pobre. Fiquei com muitas dúvidas que fosse verdadeiramente culpada, e os media fazem o resto, ao escolher a princesa em detrimento da atleta.
Mas não percebo também a necessidade de um filme... cheira a drama barato.

[José]

Anda por ai um documentário sobre este caso que passa na bola tv.

Tenho ideia de ser este:


Por acaso o caso passou-me completamente ao lado... apesar de tudo, tenho tendência em ficar do lado da mais pobre. Fiquei com muitas dúvidas que fosse verdadeiramente culpada, e os media fazem o resto, ao escolher a princesa em detrimento da atleta.
Mas não percebo também a necessidade de um filme... cheira a drama barato.

Rui Santos, esse é o telefilme de 1994, que conta com a mítica Heather Langenkamp (a Nancy Thompson dos filmes "Pesadelo em Elm Street") no papel de Nancy Kerrigan...

Isto para dizer que já tive oportunidade de ver o filme de Craig Gillespie, "I, Tonya" e que gostei bastante. Não estava à espera de ficar tão surpreendido com este filme. Tenho ainda uma declaração a fazer: está aqui aquela que é, quanto a mim, a melhor interpretação feminina do ano; já fico contente que Robbie tenha sido nomeada ao Óscar de Melhor Actriz, mas acho mesmo que ela é que deveria arrebatar essa estatueta na noite de entrega dos prémios da Academia! "I, Tonya" assume desde o início o seu perfil de "falso-documentário", permitindo que tenhamos acesso às perspectivas de todas as personagens envolvidas na trajectória da atleta caída em desgraça, Tonya Harding. Desde o seu ambiente familiar disfuncional e de grande austeridade emocional, passando por um casamento marcado por imensos episódios de violência doméstica, vamos sendo testemunhas da evolução da mulher que, a certa altura, foi a vilã preferida dos Estados Unidos da América. A esperança olímpica que as pessoas adoravam odiar ou a "Cinderela on the making" que tantos outros idolatravam... Harding conjuga a ambição desmedida à sua imensa paixão pela patinagem no gelo, ao mesmo tempo em que tenta ela própria soltar-se das amarras de uma existência paupérrima à qual nem os laços familiares parecem sobreviver. O filme nunca cai no facilitismo panfletário de idealizar ou demonizar Harding, da mesma forma que nunca cede à tentação de fazer a papinha toda para o espectador sair saciado do cinema; na verdade, cada um é que deverá apurar do real envolvimento ou não da atleta no "incidente" que se abateu sobre Nancy Kerrigan. Gillespie é particularmente interessante na abordagem do confronto entre a percepção social e esfera individual da personagem de Robbie. O elenco secundário é excelente, incluindo a veterana Allison Janney, se bem que a sua personagem quase corra o risco de cair na caricatura, mas enfim, a actriz consegue contornar essa armadilha muito bem. Do princípio ao fim ficamos presos na história e, curiosamente, o filme tem um visual sujo e algo granuloso quase como a bússola moral das personagens que retrata. Outro ponto forte: está super bem editado, muito bem mesmo.

[mansildv]

I, Tonya (2017) - 7.5/10

Não é o Goodfellas da patinagem artística, como está no poster mas a verdade é que não estava à espera de um filme tão bom! Os desempenhos são impecáveis (Margot Robbie e a Allison Janney merecem destaque, com dois dos melhores desempenhos femininos do ano), e a montagem fabulosa.

[Rui Santos]

Depois das opiniões aqui lidas, e outras ouvidas... ando a ficar extremamente curioso com o filme. Parece bem melhor do que à partida esperava.

[mansildv]

Depois das opiniões aqui lidas, e outras ouvidas... ando a ficar extremamente curioso com o filme. Parece bem melhor do que à partida esperava.

É um bom filme! Se tiveres oportunidade, vê, vale a pena

[PanterA]

Boa surpresa. O cinema está cheio de biopics, e mesmo esta não ser transcendente, consegue criar uma estrutura entre os factos, ficção e comédia muito boa. A simbiose que ocorre nesses 3 modos, foi o que deu a verdadeira alma ao filme. Tanto que muitos dos aspectos cómicos que pensei que fossem pura ficção apenas para um "break the ice" afinal ocorreram mesmo na realidade. Sim, uma das cenas foi mesmo o suposto guarda-costas que foi difícil de acreditar que existiu mesmo naquele preparos.

Um pormenor que não gostei nada foi aquela mistura de maquilhagem, body doubles e CGI manhoso para fazerem as cenas de patinagem. Não tem um orçamento de um blockbuster, nem lá perto, mas este resultado final e tendo em conta que o filme ia ter os momentos mais altos também ali foi um bocado penoso. Basicamente tive que ir rever as cenas ao youtube para ter uma melhor percepção do que se passou ali.

7.5/10

[drakes]

Adorei o filme, roteiro muito bem feito sem querer tomar partido, já que o importante é contar bem feito, com personagens muito fortes que são maximalizados por ótimas atuações, dos filmes do oscars desse ano, achei o melhor montado em termos de sequências e ritmo, ótima escolha de música, valeu a pena ir ao cinema .

[Samwise]

Também gostei bastante. Não será propriapmente o Goodfellas dos filmes de patinagem, como diz o mansidldv (até porque não há uma tradição de filmes de patinagem, ou sequer exemplares de relevo, portanto este fica em primeiro numa competição de 1... ), mas para mim também foi uma boa surpresa. Quando soube deste projecto pela primeira vez torci o nariz, porque nada nele me interessava. Nem o tema, nem a abordagem, nem sequer os actores - ou, pelo menos, não era por eles que ia perder tempo a ver o filme. Depois com o hype todo decidi tentar.

O filme é tanto um recontar dos acontecimentos na "primeira pessoa" (as personagen falam para a câmara - e vão intercalando esse diálogo com a encenação narrativa ficcionalizada) como um retrato crítico de uma américa sedenta de ídolos, quer para amar, quer para odiar, a reboque da comunicação social que está sempre à espera do próximo grande "evento" (não necessariamente no plano desportivo *). A perspectiva é humorística quase ao ponto do delírio, e a montagem das sequências de patinagem quase sempre espectacular (Pantera, siceramente, não dei por nenhuma falha ou efeito CGI manhoso - para mim tudo pareceu tecnicamente impecável, sendo estive com atenção a esses pormenores). Nas interpretações, e como comentei no tópico dos Oscares, mais três exemplos em grande plano, todos excelentes: a Margot Robbie, o Sebastian Stan (que é o Bucky dos filmes do Capitão América e que mostra aqui que tem talento para dar e vender) e a Allison Janney, que levou para casa uma estatueta.

Craig Gillespie, mais um nome para seguir.

8/10

* achei piada ao momento em que os reporteres, à porta de um dos personagens, começam a arrumar o equipamento, e na televisão vêem-se imagens do O.J. Simpson... acaba a exploração sensacionalista de um caso, mudam de pouso para o próximo, como abutres...

[emanuriba]

Eu, ontem à noite, estive a ver o filme: EU, TONYA.
Devo-lhes dizer que o filme foi interessante. (Esta foi a minha opinião em relação a este filme)
Com uma agradável trilha musical, anos setenta, nostálgica e interventiva, dois excelentes desempenhos femininos, principalmente o de Allison Janney.
É uma tragicomédia, com uma aspirante improvável ao estrelato na olímpica patinagem artística, rodeada de “feios, porcos e maus”, do seu meio sociofamiliar, que é tentada a fazer batota… Só que as regras há muito eram viciadas… Um história de vida com “mural ao fundo”…
Este biopic de Tonya Harding é assinado por Craig Gillispie que optou por dar ao filme um tom que tanto remete para a comédia negra, como para o drama pessoal, algures entre o “Fargo” dos Cohen e “Despojos de Inverno” de Debra Granik. Optando-se por intercalar a acção com entrevistas individuais a cada protagonista, o espectador vai formando a sua visão do que realmente terá acontecido e, principalmente, se Harding terá tido alguma relação directa com o ataque a Kerrigan. Se o desempenho da lindíssima Margot Robbie é merecedor de rasgados elogios, a verdade é que verdadeiramente excepcional está a inesquecível “C.J.” de “West Wing”, Allison Janney, aqui no papel da malévola La Vona. A frieza, a maldade, a distância, a insensibilidade da personagem estão de tal modo retratados na sua composição da mãe de Tonya que seria uma injustiça não lhe entregar imediatamente o Óscar e quantos prémios mais houver… Quatro estrelas.
FONTE: Cinecartaz do Jornal Público.

[Samwise]

Eu, ontem à noite, estive a ver o filme: EU, TONYA.
Devo-lhes dizer que o filme foi interessante.
Com uma agradável trilha musical, anos setenta, nostálgica e interventiva, dois excelentes desempenhos femininos, principalmente o de Allison Janney.
É uma tragicomédia, com uma aspirante improvável ao estrelato na olímpica patinagem artística, rodeada de “feios, porcos e maus”, do seu meio sociofamiliar, que é tentada a fazer batota… Só que as regras há muito eram viciadas… Um história de vida com “mural ao fundo”…
Este biopic de Tonya Harding é assinado por Craig Gillispie que optou por dar ao filme um tom que tanto remete para a comédia negra, como para o drama pessoal, algures entre o “Fargo” dos Cohen e “Despojos de Inverno” de Debra Granik. Optando-se por intercalar a acção com entrevistas individuais a cada protagonista, o espectador vai formando a sua visão do que realmente terá acontecido e, principalmente, se Harding terá tido alguma relação directa com o ataque a Kerrigan. Se o desempenho da lindíssima Margot Robbie é merecedor de rasgados elogios, a verdade é que verdadeiramente excepcional está a inesquecível “C.J.” de “West Wing”, Allison Janney, aqui no papel da malévola La Vona. A frieza, a maldade, a distância, a insensibilidade da personagem estão de tal modo retratados na sua composição da mãe de Tonya que seria uma injustiça não lhe entregar imediatamente o Óscar e quantos prémios mais houver… Quatro estrelas.

emanuriba, vou reforçar o pedido que o José Miguel ter dirigiu no outro tópico: quando publicares um texto (ou uma parte de um texto) que não te pertence, deves indicar a proveniência. É de mau tom não o fazer, e para além disso a coisa piora se tentas camuflar o embuste, adicionando antes e depois frases tuas.

http://cinecartaz.publico.pt/Critica/38 ... ?cid=26979

[emanuriba]

Eu, ontem à noite, estive a ver o filme: EU, TONYA.
Devo-lhes dizer que o filme foi interessante.
Com uma agradável trilha musical, anos setenta, nostálgica e interventiva, dois excelentes desempenhos femininos, principalmente o de Allison Janney.
É uma tragicomédia, com uma aspirante improvável ao estrelato na olímpica patinagem artística, rodeada de “feios, porcos e maus”, do seu meio sociofamiliar, que é tentada a fazer batota… Só que as regras há muito eram viciadas… Um história de vida com “mural ao fundo”…
Este biopic de Tonya Harding é assinado por Craig Gillispie que optou por dar ao filme um tom que tanto remete para a comédia negra, como para o drama pessoal, algures entre o “Fargo” dos Cohen e “Despojos de Inverno” de Debra Granik. Optando-se por intercalar a acção com entrevistas individuais a cada protagonista, o espectador vai formando a sua visão do que realmente terá acontecido e, principalmente, se Harding terá tido alguma relação directa com o ataque a Kerrigan. Se o desempenho da lindíssima Margot Robbie é merecedor de rasgados elogios, a verdade é que verdadeiramente excepcional está a inesquecível “C.J.” de “West Wing”, Allison Janney, aqui no papel da malévola La Vona. A frieza, a maldade, a distância, a insensibilidade da personagem estão de tal modo retratados na sua composição da mãe de Tonya que seria uma injustiça não lhe entregar imediatamente o Óscar e quantos prémios mais houver… Quatro estrelas.

emanuriba, vou reforçar o pedido que o José Miguel ter dirigiu no outro tópico: quando publicares um texto (ou uma parte de um texto) que não te pertence, deves indicar a proveniência. É de mau tom não o fazer, e para além disso a coisa piora se tentas camuflar o embuste, adicionado antes e depois frases tuas.

http://cinecartaz.publico.pt/Critica/38 ... ?cid=26979

Vou já rectificar. Obrigado pelo aviso.

[Samwise]

emanuriba, vou reforçar o pedido que o José Miguel ter dirigiu no outro tópico: quando publicares um texto (ou uma parte de um texto) que não te pertence, deves indicar a proveniência. É de mau tom não o fazer, e para além disso a coisa piora se tentas camuflar o embuste, adicionado antes e depois frases tuas.

http://cinecartaz.publico.pt/Critica/38 ... ?cid=26979

Vou já rectificar. Obrigado pelo aviso.

Mais um reparo, se me permites: "indicar a proveniência" significa colocar um link directo para o texto original, se este estiver publicado na Internet.

Certo?

É que "FONTE: Cinecartaz do Jornal Público." não revela quem é o autor nem onde se encontra o texto, e isso é que importa realmente.

[emanuriba]

emanuriba, vou reforçar o pedido que o José Miguel ter dirigiu no outro tópico: quando publicares um texto (ou uma parte de um texto) que não te pertence, deves indicar a proveniência. É de mau tom não o fazer, e para além disso a coisa piora se tentas camuflar o embuste, adicionado antes e depois frases tuas.

http://cinecartaz.publico.pt/Critica/38 ... ?cid=26979

Vou já rectificar. Obrigado pelo aviso.

Mais um reparo, se me permites: "indicar a proveniência" significa colocar um link directo para o texto original, se este estiver publicado na Internet.

Certo?

É que "FONTE: Cinecartaz do Jornal Público." não revela quem é o autor nem onde se encontra o texto, e isso é que importa realmente.

Como assim: http://cinecartaz.publico.pt/Filme/380079_eu-tonya ?

[Samwise]

Vou já rectificar. Obrigado pelo aviso.

Mais um reparo, se me permites: "indicar a proveniência" significa colocar um link directo para o texto original, se este estiver publicado na Internet.

Certo?

É que "FONTE: Cinecartaz do Jornal Público." não revela quem é o autor nem onde se encontra o texto, e isso é que importa realmente.

Como assim: http://cinecartaz.publico.pt/Filme/380079_eu-tonya ?

Não. Isso não é um link directo para o texto que copiaste.

Ante assim: http://cinecartaz.publico.pt/Critica/38 ... ?cid=26979