Realizador: Ridley Scott
Elenco: Michelle Williams, Christopher Plummer, Mark Wahlberg, Romain Duris, Charlie Plummer, Andrew Buchan, Timothy Hutton.
The story of the kidnapping of 16-year-old John Paul Getty III and the desperate attempt by his devoted mother to convince his billionaire grandfather Jean Paul Getty to pay the ransom.
Não gostei nada do trailer, demasiado frenético e barulhento, mas a história, e o pouco que se vê do Christopher Plummer, deixou-me curioso! Sou capaz de ir ver isto ao cinema
Realmente o trailer é muito estranho para um filme de Ridley Scott. Sendo o estilo dele nada do que se vê aí, pergunto-me até que ponto ele esteve envolvido nesse trailer... Muito estranho mesmo.
Vendo para lá do trailer, parece mais um filme sólido de um mestre veterano.
lud81 wrote: ↑February 13th, 2018, 12:52 pm
Realmente o trailer é muito estranho para um filme de Ridley Scott. Sendo o estilo dele nada do que se vê aí, pergunto-me até que ponto ele esteve envolvido nesse trailer... Muito estranho mesmo.
Vendo para lá do trailer, parece mais um filme sólido de um mestre veterano.
Neste momento já consigo confirmar que o trailer não reflecte em nada o filme! E deu para perceber, pelos comentários que ouvi, que muita gente foi para a sessão à espera de um filme de acção!
Não vi ainda (nem tenho grande vontade), mas não consigo descortinar o que atraiu o R. Scott a este projecto. Não me parece nada ajustado aos interesses passados (e presentes) deste realizador.
Assim muito por alto, parece-me que o que ele gosta mesmo, mesmo, mesmo é de violência gráfica, e do modo como isso afecta o espectador (em contraponto por exemplo com um Scorcese, que explora o modo como isso afecta as personagens, e como as molda e define). Há relativamente poucos filmes do Scott em que esta vertente não seja bastante acentuada e algo desequilibrada (o Blade Runner é uma honrosa excepção, que ainda assim, tem os seus salpicos de "bestialidade"). Pelo contrário, projectos como o Black Rain, G.I. Jane, Black Hawk Down, The Councelor, Hannibal, Prometheus, etc... independentemente dos méritos ou deméritos, são mais o evangelho do Scott. Muita violência gráfica espalhada por um punhado de sequências de acção, dentro de uma estética moderna tipo videoclip - que impacta sobretudo o espectador. O Tony partilhava da estética, mas não era tão "violentamente requintado"...
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Bem melhor do que esperava, apesar de ser uma entrada menor na filmografia do Ridley Scott.
A história, baseada em factos verídicos, cativa, os desempenhos são competentes e o ritmo é completamente diferente do trailer.
Também gostei mais do que esperava, mas mesmo assim vale pouco mais do que a soma das competências técnicas dos nomes envolvidos, ou seja: duas grandes interpretações (Plummer e Williams - e só por eles vale a pena a viagem) e uma realização apurada e esteticamente deslumbrante (nos segundos inciais parece que estamos num filme do Fellini remasterizado...), ainda que anónima e em piloto automático por parte do Scott. Continuo sem perceber o que o interessou no projecto - e lá figuram os seus x minutos de violência explícita e tensão artificialmente gerada pela edição e montagem como tanto gosta, mas isso não significa que os resultados sejam maus, visto que ele ainda segue "na frente" em relação a muitos realizadores tarefeiros que pululam por Hollywood. É um filme menor, mas parece-me a mim com bastantes mais razões de interesse e trunfos do que os dois últimos da saga Alien. Não dei o meu tempo por perdido, embora por vezes me apetecesse carregar no FF...
É um bocado irritante a mania de Hollywood de contratar bons actores estrangeiros para fazer papéis de maus da história.
Ainda me falta ver meia hora mas é fraco o filme.
Antes de mais,venho demonstrar que estou no mais total DESACORDO com o que eu li de outros companheiros de fórum sobre este filme marcante.Não vimos decididamente o mesmo filme e muito bem digo eu. .Cá vai:
O melhor filme da carreira de Ridley Scott a par de “Um Ano Especial” eis o que aconteceu finalmente.”Todo o Dinheiro do Mundo” é um drama poderosissimo até ao tutano.Na décadas de 70 um neto de milionário americano é feito refém de um grupo de terrorista e é exigido um resgate ao avô.Costuma-se dizer que as surpresas vêm de onde menos se espera e desta vez quando eu pensava que iria ver mais um drama lamechas e nada mais sai ao contrário,um dos mais definitivos e vibrantes dramas de Hollywood viu em muitos anos.Fica na história como tendo sido o filme que Kevin Spacey foi substituído por Plummer mas isso é lamentável porque ofuscou a qualidade inaudita cinematográfica o brilhantismo narrativo e o virtuosismo de situações e desempenhos.Todo o Dinheiro do Mundo é dos mais extraordinários filmes familiares, ao mesmo tempo dos mais criativos dramas históricos contemporâneos feitos até hoje.É uma fusão invulgar dessas duas coisas.Fiquei verdadeiramente siderado com o filme inteiro.É um filme raro que se vê pouco e a cada vez mesmo e mal amado por quem não está habituado a ver este tipo de filme.É um filme inteligente, narrativamente punjante e definitivo.Definitivo até ao fim do mesmo.Tem desempenhos de primeiríssima água.Não há subterfúgios gratuitos,ou cenas fora de tempo ou mal pensadas.Acontece uma lição familiar de avô para um neto.Todo o enredo é um ensaio de um realizador para o seu público e de um personagem de um avô para o seu neto. É um filme trabalhado e crescendo com um final de uma sabedoria invulgar que só está ao alcance de poucos realizadores.Williams e Walberg fazem um par cinematográfico exemplar de tão convincente e Plummer é a verdadeira estrela deste filme.Mas o filme vai se entregando e desenvolvendo muito para além dos desempenhos dos atores.É um filme típico de um realizador já veterano e não por um velhos cinematograficamente caduco.Ridley Scott neste filme trabalha,fala para o espetador como se estivesse a fazer o seu testamento familiar de cinema para o espetador de cinema.Neste filme,o luxo vê-se no conteúdo,nos desempenhos e na fabulosa componente técnica que é trabalhada de uma forma extraordinária igualmente.É um filme que Scott,para mim,deixa aos seus fãs,aos seus fãs que amam mais dramas do que ficção cientifica.É um filme marcante porque é genuíno no qual Ridley Scott ensaia o seu filme mais importante para dar aos amantes de Cinema.É um filme que Scott faz deixar e que marca para o futuro dele que é,como quem diz,“este filme é que é interessa,o que fiz antes é que me possibilitou fazer este”.Estou surpreendido por não haver edição em dvd ou blu ray em Portugal.Queria-o ter na minha coleção mas não foi editado até ao momento.Estou muito triste mas espero que um dia destes eles editem o filme num futuro próximo.
Nota:10 em 10
.Cá vai: