Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

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José
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by José »

É curioso, um dos aspectos que mais aprecio no filme é o facto de não existirem factores externos para ameaçar o romance deles; aquele tipo de recursos dramáticos já batidos como uma doença, preconceito familiar/social, etc. O que sinto concretamente é que a personagem do Armie Hammer é o primeiro a "dramatizar" o romance e a (im)possibilidade do futuro deste, muito por culpa do seu background familiar e educacional - há uma determinada altura que ele refere, após o primeiro beijo, que eles não fizeram ainda nada de grave mas que quer continuar a ser "bom"; depois, perto do final, na cena do telefonema, ao dizer a Elio que ele tem uns pais espectaculares, admite que se o pai dele soubesse daquele amor, ele seria rapidamente institucionalizado. Para mim, estas breves cenas são suficientes para perceber o "mundo" dele e isto resume a sua insegurança sentimental, o preconceito que ele vive interiormente, embora o sentimento amoroso entre as personagens esteja todo lá. Mas lá está, no caso particular do Oliver, existe uma auto-censura enorme, uma sabotagem emocional, a ideia de que tem que seguir um determinado rumo de vida para agradar à família e projectar um certo papel social. Tudo isto junto, acho que impede que ambos pensem a longo prazo na possibilidade de uma relação de pedra e cal.

P.S.: Um excelente 2019 para todos os foristas, repleto de bons e memoráveis filmes!
No Angel
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by No Angel »

José wrote: January 2nd, 2019, 5:56 pm É curioso, um dos aspectos que mais aprecio no filme é o facto de não existirem factores externos para ameaçar o romance deles; aquele tipo de recursos dramáticos já batidos como uma doença, preconceito familiar/social, etc. O que sinto concretamente é que a personagem do Armie Hammer é o primeiro a "dramatizar" o romance e a (im)possibilidade do futuro deste, muito por culpa do seu background familiar e educacional - há uma determinada altura que ele refere, após o primeiro beijo, que eles não fizeram ainda nada de grave mas que quer continuar a ser "bom"; depois, perto do final, na cena do telefonema, ao dizer a Elio que ele tem uns pais espectaculares, admite que se o pai dele soubesse daquele amor, ele seria rapidamente institucionalizado. Para mim, estas breves cenas são suficientes para perceber o "mundo" dele e isto resume a sua insegurança sentimental, o preconceito que ele vive interiormente, embora o sentimento amoroso entre as personagens esteja todo lá. Mas lá está, no caso particular do Oliver, existe uma auto-censura enorme, uma sabotagem emocional, a ideia de que tem que seguir um determinado rumo de vida para agradar à família e projectar um certo papel social. Tudo isto junto, acho que impede que ambos pensem a longo prazo na possibilidade de uma relação de pedra e cal.

P.S.: Um excelente 2019 para todos os foristas, repleto de bons e memoráveis filmes!
Para mim nunca ficou claro que ele vinha de uma família conservadora... e mesmo que viesse, ele podia ficar em Itália, ele já era adulto e formado, não precisava de regressar. É que nada o obrigava a voltar, não tem sentido.
Samwise
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by Samwise »

No Angel wrote: January 2nd, 2019, 6:37 pm ... ele podia ficar em Itália, ele já era adulto e formado, não precisava de regressar. É que nada o obrigava a voltar, não tem sentido.
Não. Nada sabemos sobre a vida que ele tinha montada. Estás apenas a supor. Em todo o caso, a tua crítica ao final deve colocar-se não ao filme, mas à própria vida. É a vida, e as situações amorosas (com mais ou menos amor :-))) ) que podem ser (e frequentemente são) "parvas", não é o argumento do filme por ter optado por esse final.

Para mim a grandeza das histórias de amor não se mede pelo tempo de duram as relações retratadas (seja um dia e uma noite, como no Before Sunset, seja uns dias, como no The Bridges of Madison County, seja um verão, como este Call My By You Name), nem pela "tipologia" da forma como terminam (se ficam juntos ou não ficam juntos). Valorizo muito mais a forma como os sentimentos e emoções são filmados/sugeridos/explicitados (sendo que não há "uma fórmula" concreta - isto depende de maneira como cada um de nós aceita aquilo que é mostrado, e das formulações narrativas de cada cineasta) e como estes impactam nas personagens envolvidas.

Tenho uma tendência para ficar mais "tocado" pelos finais trágicos, em que a dor da perda impacta devastadoramente um ou os dois protagonistas (e, convenhamos, a Tragédia, por razões óbvias, é a formatação de longe mais escolhida para fechar as grandes histórias de amor, a começar pelo Romeu e Julieta), mas também aceito bem finais felizes (sem considerar que estragam o que está para trás), como é o caso do Punch Drunk Love.

Não vi o Maurice, e não posso comentar ou comparar, mas pelo menos é um filme que também foi trabalhado a nível de argumento também pelo mesmo James Ivory, que por este Call Me By Your Name recebeu o Oscar.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.

«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death

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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by No Angel »

Samwise wrote: January 2nd, 2019, 8:17 pm
No Angel wrote: January 2nd, 2019, 6:37 pm ... ele podia ficar em Itália, ele já era adulto e formado, não precisava de regressar. É que nada o obrigava a voltar, não tem sentido.
Não. Nada sabemos sobre a vida que ele tinha montada. Estás apenas a supor. Em todo o caso, a tua crítica ao final deve colocar-se não ao filme, mas à própria vida. É a vida, e as situações amorosas (com mais ou menos amor :-))) ) que podem ser (e frequentemente são) "parvas", não é o argumento do filme por ter optado por esse final.

Para mim a grandeza das histórias de amor não se mede pelo tempo de duram as relações retratadas (seja um dia e uma noite, como no Before Sunset, seja uns dias, como no The Bridges of Madison County, seja um verão, como este Call My By You Name), nem pela "tipologia" da forma como terminam (se ficam juntos ou não ficam juntos). Valorizo muito mais a forma como os sentimentos e emoções são filmados/sugeridos/explicitados (sendo que não há "uma fórmula" concreta - isto depende de maneira como cada um de nós aceita aquilo que é mostrado, e das formulações narrativas de cada cineasta) e como estes impactam nas personagens envolvidas.

Tenho uma tendência para ficar mais "tocado" pelos finais trágicos, em que a dor da perda impacta devastadoramente um ou os dois protagonistas (e, convenhamos, a Tragédia, por razões óbvias, é a formatação de longe mais escolhida para fechar as grandes histórias de amor, a começar pelo Romeu e Julieta), mas também aceito bem finais felizes (sem considerar que estragam o que está para trás), como é o caso do Punch Drunk Love.

Não vi o Maurice, e não posso comentar ou comparar, mas pelo menos é um filme que também foi trabalhado a nível de argumento também pelo mesmo James Ivory, que por este Call Me By Your Name recebeu o Oscar.
Só posso supor mesmo, visto que o guião do filme é tão superficial que não dá profundidade nenhuma a essa personagem, certo?

Eu gosto do The Bridges of Madison County, nada a ver com este filme. Nesse foi muito bem explicado o porque deles não ficarem juntos, aí eu entendi. Sim, eles amavam-se muito, mas ela sacrificou-se em prol da família. Além do mais, divorcio nos anos 60 era tabu para as mulheres, ficavam muito mal vistas e eram marginalizadas. Era um contexto muito diferente.

Não tenho problema com um final trágico, se for bem feito e justificado. O Titanic é um dos meus filmes favoritos, e querem um filme mais trágico que esse?!

Recomendo que vejas o Maurice, que dá 10 a 0 este filme! yes-)
Samwise
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by Samwise »

No Angel wrote: January 2nd, 2019, 8:34 pm Só posso supor mesmo, visto que o guião do filme é tão superficial que não dá profundidade nenhuma a essa personagem, certo?
[/quote]

:-))) Algum sentido de humor é bem-vindo ao debate.

O estranho nessa suposição é que seja feita em sentido contrário à intenção do guião - que é separar deliberadamente o par. Nota que não teria sido nada difícil preencher esse espaço com um contexto qualquer de peso na vida do Oliver que justificasse a partida (como penso que haja no livro original), mas não creio que tanto o Ivory como o Guadagnino tivessem achado que o filme necessitava de fazer a papinha toda para aqueles espectadores que não entendem que há frequentemente condicionantes de peso que impedem uma relação de ir para a frente. A julgar pela recepção generalizada que o filme teve, foi uma boa aposta.
Eu gosto do The Bridges of Madison County, nada a ver com este filme. Nesse foi muito bem explicado o porque deles não ficarem juntos, aí eu entendi. Sim, eles amavam-se muito, mas ela sacrificou-se em prol da família. Além do mais, divorcio nos anos 60 era tabu para as mulheres, ficavam muito mal vistas e eram marginalizadas. Era um contexto muito diferente.

Não tenho problema com um final trágico, se for bem feito e justificado. O Titanic é um dos meus filmes favoritos, e querem um filme mais trágico que esse?!

Recomendo que vejas o Maurice, que dá 10 a 0 este filme! yes-)
"Eles amavam-se muito."

Então e no Call Me By Your Name eles não se amavam muito também?
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No Angel
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by No Angel »

Samwise wrote:
:-))) Algum sentido de humor é bem-vindo ao debate.

O estranho nessa suposição é que seja feita em sentido contrário à intenção do guião - que é separar deliberadamente o par. Nota que não teria sido nada difícil preencher esse espaço com um contexto qualquer de peso na vida do Oliver que justificasse a partida (como penso que haja no livro original), mas não creio que tanto o Ivory como o Guadagnino tivessem achado que o filme necessitava de fazer a papinha toda para aqueles espectadores que não entendem que há frequentemente condicionantes de peso que impedem uma relação de ir para a frente. A julgar pela recepção generalizada que o filme teve, foi uma boa aposta.

Mas é o trabalho do guionista escrever a história e desevolver as personagens. Claro que por vezes há ambiguidades para haver reflexão e debate, mas isso só vai até certo ponto, e pode cair facilmente no vazio (como neste caso).

Nao acho, pra mim foi mais sexo que outra coisa, foi um affair. Amor é algo mais intenso e firme, o filme não me passou isso. Não acho que tenha sido Amor, não.

Olha, cada um com a sua opinião, não é mesmo?

Mas gostava de ler a tua opinião sobre o Maurice, se um dia o vires.
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by mansildv »

A verdade é que o filme explica a separação.

Retirado da wikipedia
During Hanukkah, Oliver telephones Elio's family to tell them he is engaged to be married.
Provavelmente, o Oliver já se encontrava num relacionamento e não estaria preparado para largar tudo e assumir o relacionamento com o Elio.
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by José »

mansildv wrote: January 2nd, 2019, 11:38 pm A verdade é que o filme explica a separação.

Retirado da wikipedia
During Hanukkah, Oliver telephones Elio's family to tell them he is engaged to be married.
Provavelmente, o Oliver já se encontrava num relacionamento e não estaria preparado para largar tudo e assumir o relacionamento com o Elio.
Sim, sim, sim! É isto que penso, sem tirar nem pôr. O Oliver admite no telefonema que vai casar na próxima Primavera e o Elio diz que ele nunca disse nada, ao que o outro responde que se trata de uma relação intermitente que dura há já alguns anos. O que interpretei desde logo é que, mais do que as convenções sociais e as expectativas familiares, o Oliver é o primeiro a achar que tem que seguir um modelo de conduta que ele considera "moralmente aceitável", daí nem sequer pensar na hipótese de alimentar a sobrevivência daquela relação. Ele já tinha uma estrutura de vida minimamente montada e planeada antes de partir para aquelas férias, disso não tenho dúvidas... Não é de descurar a frase que ele utiliza muito subtilmente ao longo do filme mas que eu acho importantíssima para definir a sua personalidade, que começa com "I Know myself..." (por exemplo, quando come os ovos atabalhoadamente e logo após o primeiro beijo), que acaba por revelar uma espécie de auto-controlo rígido e absoluto, que o impossibilita de deixar-se ir naturalmente nas coisas. Isto para além de eu achar também que naquele Verão, ele decidiu soltar-se de todas as amarras de controlo parental e viver tudo intensamente (daí a maneira como bebia, comia e dançava com toda aquela intensidade e sofreguidão), antes de voltar aos EUA e entrar definitivamente na vida adulta. Insisto: mais até do que pensar no "julgamento" que a família e as pessoas em geral poderiam formar, o Oliver é o primeiro a sabotar a hipótese de algo a longo prazo naquela relação; ele reduz não a dimensão daquele amor, mas sim a importância central que ele deveria ocupar na sua vida estruturada e "socialmente correcta e impoluta".
Last edited by José on January 3rd, 2019, 2:06 pm, edited 1 time in total.
Samwise
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by Samwise »

José wrote: January 3rd, 2019, 11:08 am
mansildv wrote: January 2nd, 2019, 11:38 pm A verdade é que o filme explica a separação.

Retirado da wikipedia
During Hanukkah, Oliver telephones Elio's family to tell them he is engaged to be married.
Provavelmente, o Oliver já se encontrava num relacionamento e não estaria preparado para largar tudo e assumir o relacionamento com o Elio.
Sim, sim, sim! É isto que penso, sem tirar nem pôr. O Oliver admite no telefonema que vai casar na próxima Primavera e o Elio diz que ele nunca disse nada, ao que o outro responde que se trata de uma relação intermitente que dura há já alguns anos. O que interpretei desde logo é que, mais do que as convenções sociais e as expectativas familiares, o Oliver é o primeiro a achar que tem que seguir um modelo de conduta que ele considera "moralmente aceitável", daí nem sequer pensar na hipótese de alimentar a sobrevivência daquela relação. Ele já tinha uma estrutura de vida minimamente montada e planeada antes de partir para aquelas férias, disso não tenho dúvidas... Não é de descurar a frase que ele utiliza muito subtilmente ao longo do filme mas que eu acho importantíssima para definir a sua personalidade, que começa com "I Know myself..." (por exemplo, quando come os ovos atabalhoadamente e logo após o primeiro beijo), que acaba por relevar uma espécie de auto-controlo rígido e absoluto, que o impossibilita de deixar-se ir naturalmente nas coisas. Isto para além de eu achar também que naquele Verão, ele decidiu soltar-se de todas as amarras de controlo parental e viver tudo intensamente (daí a maneira como bebia, comia e dançava com toda aquela intensidade e sofreguidão), antes de voltar aos EUA e entrar definitivamente na vida adulta. Insisto: mais até do que pensar no "julgamento" que a família e as pessoas em geral poderiam formar, o Oliver é o primeiro a sabotar a hipótese de algo a longo prazo naquela relação; ele reduz não a dimensão daquele amor, mas sim a importância central que ele deveria ocupar na sua vida estruturada e "socialmente correcta e impoluta".
salut-)

Estou a ver que necessito mesmo de tornar a ver o filme. Há muita coisa de que já não me recordo. O bom destas conversas é abrirem perspectivas de entendimento que nos possam ter escapado e com as quais podemos complementar/confrontar as ideias que já tínhamos.
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by José »

Samwise wrote: January 3rd, 2019, 12:42 pm Estou a ver que necessito mesmo de tornar a ver o filme. Há muita coisa de que já não me recordo. O bom destas conversas é abrirem perspectivas de entendimento que nos possam ter escapado e com as quais podemos complementar/confrontar as ideias que já tínhamos.
É óptimo este tipo de interacção, troca de ideias, opiniões e interpretações. Permite um novo olhar sobre coisas que nos possam ter passado ao lado ou até mesmo um aprofundamento daquilo que já construímos individualmente. Muito interessante e prazeroso, ainda por cima com respeito e integridade. yes-)
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by mansildv »

José wrote: January 3rd, 2019, 2:12 pm
Samwise wrote: January 3rd, 2019, 12:42 pm Estou a ver que necessito mesmo de tornar a ver o filme. Há muita coisa de que já não me recordo. O bom destas conversas é abrirem perspectivas de entendimento que nos possam ter escapado e com as quais podemos complementar/confrontar as ideias que já tínhamos.
É óptimo este tipo de interacção, troca de ideias, opiniões e interpretações. Permite um novo olhar sobre coisas que nos possam ter passado ao lado ou até mesmo um aprofundamento daquilo que já construímos individualmente. Muito interessante e prazeroso, ainda por cima com respeito e integridade. yes-)
Nem mais! E é por isso que não há sítio como este para quem gosta de cinema :-)))
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by Samwise »

No Angel, irei ver o Maurice nos próximos tempos. yes-)

Os primeiros dez minutos são algo surpreendentes e intrigantes. Nada que eu estivesse à espera de ver num filme de "época", e deixaram-me pelo menos com muito mais interesse pela obra.

Ando a ver um outro filme de época sobre uma "história de amor" (supostamente), o As Melhores Intenções, que tem também uma forte componente social, com o peso e a pressão castradora do contexto social e familiar a ter uma influência determinante nas escolhas que os protagonistas fazem. É uma história baseada na realidade, foi escrita pelo Bergman, e é sobre a vida dos seus pais.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Best_Intentions

https://www.imdb.com/title/tt0104350/?r ... flmg_dr_23
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by nimzabo »

Dentro do tema de histórias de amor entre homens o filme de gostei mais talvez tenha sido o Contra a Corrente.
https://www.imdb.com/title/tt1368491/?ref_=nv_sr_2
https://www.rottentomatoes.com/m/undertow_2009
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by No Angel »

Samwise wrote: January 7th, 2019, 6:15 pm No Angel, irei ver o Maurice nos próximos tempos. yes-)

Os primeiros dez minutos são algo surpreendentes e intrigantes. Nada que eu estivesse à espera de ver num filme de "época", e deixaram-me pelo menos com muito mais interesse pela obra.
O filme é muito bom. Já vi há uns anos, então há certas coisas que não me recordo bem.

Mas para atiçar a curiosidade, o filme não é o que parece ao inicio...digamos que há uma reviravolta, mais não digo :lol:
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Re: Call Me by Your Name (2017) - Luca Guadagnino

Post by mansildv »

O Maurice é excelente!
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