Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Moderators: waltsouza, mansildv
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Ainda bem que estás a gostar. Mesmo tendo visto o filme, ainda te esperam umas quantas surpresas saborosas, por conta dessa diferença acentuada entre a abordagem mais para a cultura Pop do filme e os videojogos no livro (isto colocando de parte a questão da maturidade-alvo, que me parece também diversa no caso dos dois suportes).
Eu tive a felicidade de ler o livro primeiro e a infelicidade de ver o filme depois.
Eu tive a felicidade de ler o livro primeiro e a infelicidade de ver o filme depois.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
É melhor ver os filmes primeiros e só depois os livros.Samwise wrote: ↑August 17th, 2019, 12:37 am Ainda bem que estás a gostar. Mesmo tendo visto o filme, ainda te esperam umas quantas surpresas saborosas, por conta dessa diferença acentuada entre a abordagem mais para a cultura Pop do filme e os videojogos no livro (isto colocando de parte a questão da maturidade-alvo, que me parece também diversa no caso dos dois suportes).
Eu tive a felicidade de ler o livro primeiro e a infelicidade de ver o filme depois.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Eu lembro-me de salão de jogos, sempre. Mesmo antes de ter idade para entrar num.Rui Santos wrote: ↑August 16th, 2019, 8:45 pm basta pensar que nos anos 80 de dizia Salões de Máquinas.... e nos anos 90 passou-se a usar mais por influência do Templo dos Jogos.. o termo Salões de Arcadas
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
É claramente uma questão de escolha individual para cada pessoa.
E mesmo para mim é algo que não tem uma resposta óbvia nem directa. Diria que, dada a estatística qualitativa favorável à obra literária (em 99% dos casos, os livros são melhores do que os filmes, mesmo considerando as diferenças entre os meios), e dado que também quase sempre o livro antecede cronologicamente o filme (sendo o filme uma adaptação dessa obra que já existe), nos casos em que posso escolher prefiro ler primeiro e ver depois.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
A questão é: então porque é que as pessoas vêm filmes?em 99% dos casos, os livros são melhores do que os filmes
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Bom, na minha opinião muitas pessoas não sabem que determinados filmes são baseados em livros... outras pessoas não gostam de ler... e há outras, como eu, que gostam de ler e de ver filmes, claro.
Cabeças
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Acho que começando pelo livro vamos sempre desejar que o filme tivesse sido como a imagem mental que criamos do que estivemos a ler, e vendo primeiro o filme vamos associar sempre o que vimos à medida que vamos lendo... acho que não vale a pena comparar, são experiências diferentes
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Porque cada produto apela a canais sensoriais e a necessidades intelectuais diferentes. Mesmo quando tratam do mesmo assunto, não são produtos sucedâneos. Um não substitui o outro e cada um fornece estímulos diferentes, com tempos de consumo diferentes, necessidades de atenção e estados de espírito também diferentes. O que não impede que possam ser directamente comparados, nos casos em que tratem da mesma coisa, e que se apanhem grande desilusões quando as expectativas criadas por um dos meios não correspondem ao concretizado depois no outro.
Diria até que o consumo de um dos meios convida ao consumo do produto equivalente no outro meio, nas pessoas que apreciam ambos os meios, e mesmo sabendo do efeito das "expectativas provavelmente goradas". Comigo funciona assim. Já perdi a conta aos pares/conjuntos de livro+filme por que passei os olhos, mas devem acima das duas centenas, assim por alto.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
- Rui Santos
- Site Admin
- Posts: 6163
- Joined: June 4th, 2001, 11:42 pm
- Location: Portugal - Lisboa / MAC
- Contact:
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Terminei o livro há vários dias... e depois de o ler... adoro ainda mais o filme e o livro.
Por norma, recomendarei sempre a visualização do filme antes do livro, pois é raro ter experiências positivas depois de ver um livro transposto ao cinema. Todos nós criamos um filme na nossa cabeça, que dificilmente poderá ser transposto num filme que agrade a todos e caiba em 120 minutos :)
Mas voltemos ao livro, o mesmo é completamente diferente nos desafios, muito mais geek e nerd... até para um tipo geekerrimo na área como eu, se Spielberg tem sido literal na adaptação do livro, o mesmo seria um filme muito mais limitado em termos de público.
O que Spielberg fez é genial, porque pega no conceito de história do livro e o adapta ao cinema com um twist de aventura que os filmes dele têm. Mas respeita integralmente o livro em termos do estilo de desafio, ou da forma como Halliday é retratado. E isso é o mais importante.
O livro tem no entanto duas sequências giras em livro e que seriam mais clássicas num filme... (possível spoiler do livro mas sem qq gravidade).
Alguns desafios no livro, é Parzival entrar dentro de um filme e fazer as vozes de um personagem... isso acontece com três filmes... (WarGames, Blade Runner e Monty Python and the Holy Grail)
Além da dificuldade em termos de direitos de pegar em imagens de 3 filmes e colocar lá um personagem... é algo que já vimos algumas vezes... por isso Spielberg segue um caminho diferente, mas que também respeita o livro.
Recomendo o livro a todos os amantes de jogos, e de cinema da altura... é muito difícil conseguirem entrar no mesmo de forma mais profunda sem um conhecimento relativamente grande dos anos 80. Mesmo eu, que jogo desde 1982... não conheço ou joguei alguns dos jogos da Atari... porque na Europa vingaram mais os Spectrums e Commodore 64...
Mas ainda assim é sempre um excelente livro, que ficará para sempre no meu coração e compreendo bem os elogios que recebeu, e agradeço a recomendação que me fizeram dele.
Sintetizando, vejam o filme e só depois leiam o livro.
--
Voltando à discussão dos livros vs filmes, um dos livros da minha vida, é o relativamente básico um dia. Detesto o filme... fui ver ao cinema e não gostei da adaptação.... imaginava-o muito mais profundo e menos pipoca.... muito maior e mais denso. Já o comprei para tentar ver de novo, e ver se a azia do cinema me passou.
Mas adorei ler a Insustentável leveza do ser, que é um livro dificílimo de passar ao cinema, e que foi genialmente transposto em cinema pelo Philip Kaufman. Recomendo os dois, conseguiram ambos comoverem-me e tocarem-me.
Por norma, recomendarei sempre a visualização do filme antes do livro, pois é raro ter experiências positivas depois de ver um livro transposto ao cinema. Todos nós criamos um filme na nossa cabeça, que dificilmente poderá ser transposto num filme que agrade a todos e caiba em 120 minutos :)
Mas voltemos ao livro, o mesmo é completamente diferente nos desafios, muito mais geek e nerd... até para um tipo geekerrimo na área como eu, se Spielberg tem sido literal na adaptação do livro, o mesmo seria um filme muito mais limitado em termos de público.
O que Spielberg fez é genial, porque pega no conceito de história do livro e o adapta ao cinema com um twist de aventura que os filmes dele têm. Mas respeita integralmente o livro em termos do estilo de desafio, ou da forma como Halliday é retratado. E isso é o mais importante.
O livro tem no entanto duas sequências giras em livro e que seriam mais clássicas num filme... (possível spoiler do livro mas sem qq gravidade).
Alguns desafios no livro, é Parzival entrar dentro de um filme e fazer as vozes de um personagem... isso acontece com três filmes... (WarGames, Blade Runner e Monty Python and the Holy Grail)
Além da dificuldade em termos de direitos de pegar em imagens de 3 filmes e colocar lá um personagem... é algo que já vimos algumas vezes... por isso Spielberg segue um caminho diferente, mas que também respeita o livro.
Recomendo o livro a todos os amantes de jogos, e de cinema da altura... é muito difícil conseguirem entrar no mesmo de forma mais profunda sem um conhecimento relativamente grande dos anos 80. Mesmo eu, que jogo desde 1982... não conheço ou joguei alguns dos jogos da Atari... porque na Europa vingaram mais os Spectrums e Commodore 64...
Mas ainda assim é sempre um excelente livro, que ficará para sempre no meu coração e compreendo bem os elogios que recebeu, e agradeço a recomendação que me fizeram dele.
Sintetizando, vejam o filme e só depois leiam o livro.
--
Voltando à discussão dos livros vs filmes, um dos livros da minha vida, é o relativamente básico um dia. Detesto o filme... fui ver ao cinema e não gostei da adaptação.... imaginava-o muito mais profundo e menos pipoca.... muito maior e mais denso. Já o comprei para tentar ver de novo, e ver se a azia do cinema me passou.
Mas adorei ler a Insustentável leveza do ser, que é um livro dificílimo de passar ao cinema, e que foi genialmente transposto em cinema pelo Philip Kaufman. Recomendo os dois, conseguiram ambos comoverem-me e tocarem-me.
Rui Santos - 54 Anos | 22 Anos DVDMania
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Uma orgia épica de enormes proporções é o que Steven Spielberg propõe ao espetador desta vez.
"Jogador 1" é um filme do presente que ecoa para um futuro que mais ou menos próximo de uma forma avassaladora.
Que Spielberg é um dos melhores cineastas a filmar ficção cientifica toda a gente já sabia mas que se aprimora-se esmera-se desta maneira estava muita gente pouco crente nisso.Pois bem isso aconteceu de uma forma extraordinária.
"Jogador 1"é um épico de ficção científica que consegue ser um tributo e referencia aos filmes da década de 80 sem nunca ser copista desenfreado.Ele tem filmes de ficção cientifica extraordinários mas desta envergadura e temática faltava mesmo ter.”Jogador 1”é um filme que,para mim,irá persistir e ser glosado e imitado dentro de vários anos porque a realidade que lá está retratada é de um futuro que prevejo existirá mesmo a médio prazo.Acho também que para além profético é um filme originalmente extraordinário de todas as maneiras,no conteúdo e na forma.O filme não é um videojogo é mais uma fusão inacreditavelmente perfeita do nosso Mundo Real com o Mundo Virtual.Toda a componente técnica é de luxo:A montagem de Michael Khan e a forma como encaixa o filme e as componentes real e virtual é a meu ver incrível de tão fantástica.Há a originalidade e inovação boa e menos boa e quanto a mim estamos perante uma história e um filme que além ser extraordinária inovação,perdurará e muito no tempo.Daqui a muito anos ainda se falará dele,prevejo.É um filme que promete e cumpre todos seus preceitos e as suas consequências práticas.É ambíguo e ambicioso de uma maneira assombrosamente antecipante.É uma ficção cientifica que é tratada com amor grandioso e arrebatador.Não li o livro nem o quero ler mas Ernest Cline faz um trabalho de verdadeira magia e ao qual Spielberg dá o seu cunho majestático no grande espetáculo que oferece aos jovens da década de 80 e que são brindados aqui numa história que é um perfeito e exemplar retrato do que será o mundo num futuro médio.É um "bom-bom"uma aventura cinematográfica de grande espetáculo que Spielberg realiza com verdadeira genialidade artística e de uma grandiosidade narrativa impar.Vários são os momentos de verdadeira glória suprema,sendo a homenagem a Shining das melhores homenagens alguma vez filmadas de um filme para outro filme.Essa homenagem é a verdadeira coroa de glória do filme e que o eleva a algo de pouco visto.Tecnicamente é perfeito em todo os domínios de análise,Janusz Kaminsky faz um trabalho de fotografia exemplar,pinta-o,ilumina-o,tornando o filme visceralmente estilizado e tem efeitos especais verdadeiramente especiais de tão marcantes e únicos que foram explorados de uma forma artisticamente rica e poderosa.Os desempenhos são os ideais para o filme com Sheridan,Mendelshon e Cook e Rylance a ser um quarteto interpretativo completamente à altura do que retratado.O pior talvez e que o impede da nota máxima é talvez não haver mais momentos de pausa para respirar e esse é o grande defeito a apontar,porque arranca a história e apesar de ser um regalo aos sentidos não há práticamente momentos para respirar de uma forma sensata e credível.Nesse sentido é demasiado tenso e esse é um erro que nunca é convincentemente corrigido.Mesmo assim,para a complexidade narrativa e o brilhantismo arrebatador de guião e realização,mantem o poder do filme em altíssimo nível cinematográfico que o torna qualitativamente épico com coração.Em suma, o melhor filme de ficção cientifica em muitos anos e que fará escola daqui e pouco tempo.Na globalidade,uma obra- prima.
Nota:9 em 10
"Jogador 1" é um filme do presente que ecoa para um futuro que mais ou menos próximo de uma forma avassaladora.
Que Spielberg é um dos melhores cineastas a filmar ficção cientifica toda a gente já sabia mas que se aprimora-se esmera-se desta maneira estava muita gente pouco crente nisso.Pois bem isso aconteceu de uma forma extraordinária.
"Jogador 1"é um épico de ficção científica que consegue ser um tributo e referencia aos filmes da década de 80 sem nunca ser copista desenfreado.Ele tem filmes de ficção cientifica extraordinários mas desta envergadura e temática faltava mesmo ter.”Jogador 1”é um filme que,para mim,irá persistir e ser glosado e imitado dentro de vários anos porque a realidade que lá está retratada é de um futuro que prevejo existirá mesmo a médio prazo.Acho também que para além profético é um filme originalmente extraordinário de todas as maneiras,no conteúdo e na forma.O filme não é um videojogo é mais uma fusão inacreditavelmente perfeita do nosso Mundo Real com o Mundo Virtual.Toda a componente técnica é de luxo:A montagem de Michael Khan e a forma como encaixa o filme e as componentes real e virtual é a meu ver incrível de tão fantástica.Há a originalidade e inovação boa e menos boa e quanto a mim estamos perante uma história e um filme que além ser extraordinária inovação,perdurará e muito no tempo.Daqui a muito anos ainda se falará dele,prevejo.É um filme que promete e cumpre todos seus preceitos e as suas consequências práticas.É ambíguo e ambicioso de uma maneira assombrosamente antecipante.É uma ficção cientifica que é tratada com amor grandioso e arrebatador.Não li o livro nem o quero ler mas Ernest Cline faz um trabalho de verdadeira magia e ao qual Spielberg dá o seu cunho majestático no grande espetáculo que oferece aos jovens da década de 80 e que são brindados aqui numa história que é um perfeito e exemplar retrato do que será o mundo num futuro médio.É um "bom-bom"uma aventura cinematográfica de grande espetáculo que Spielberg realiza com verdadeira genialidade artística e de uma grandiosidade narrativa impar.Vários são os momentos de verdadeira glória suprema,sendo a homenagem a Shining das melhores homenagens alguma vez filmadas de um filme para outro filme.Essa homenagem é a verdadeira coroa de glória do filme e que o eleva a algo de pouco visto.Tecnicamente é perfeito em todo os domínios de análise,Janusz Kaminsky faz um trabalho de fotografia exemplar,pinta-o,ilumina-o,tornando o filme visceralmente estilizado e tem efeitos especais verdadeiramente especiais de tão marcantes e únicos que foram explorados de uma forma artisticamente rica e poderosa.Os desempenhos são os ideais para o filme com Sheridan,Mendelshon e Cook e Rylance a ser um quarteto interpretativo completamente à altura do que retratado.O pior talvez e que o impede da nota máxima é talvez não haver mais momentos de pausa para respirar e esse é o grande defeito a apontar,porque arranca a história e apesar de ser um regalo aos sentidos não há práticamente momentos para respirar de uma forma sensata e credível.Nesse sentido é demasiado tenso e esse é um erro que nunca é convincentemente corrigido.Mesmo assim,para a complexidade narrativa e o brilhantismo arrebatador de guião e realização,mantem o poder do filme em altíssimo nível cinematográfico que o torna qualitativamente épico com coração.Em suma, o melhor filme de ficção cientifica em muitos anos e que fará escola daqui e pouco tempo.Na globalidade,uma obra- prima.
Nota:9 em 10
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Que pena dizer isto assim, mas que desilusão. A caderneta de referências é um festim saudosista e nostálgico que ganha logo capital de simpatia junto do espectador mais inclinado pelo decifrar destas coisas. Essa componente está bem maquinada e é, de facto, de encher o olho - a "veteranos" dos anos 80, curiosos dessa década, etc, etc, etc.
O que lamento é que a essa overdose de citações da pop culture - que, a espaços, acaba por saturar um bocado - não corresponda um argumento devidamente elaborado. Não há muito mais para ver nem para desbravar, na realidade. A história é pífia e alguns diálogos expositivos também não ajudam nada ao fluir do ritmo. O elenco é bastante desequilibrado e até Ben Mendelsohn - quanto a mim um dos maiores actores contemporâneos - não se sai muito bem na fotografia; a personagem dele é de cartão, tão espessa quanto uma folha de papel A4 e com impacto reduzido.
Não encontro aqui a verdadeira verve de Spielberg, o equilíbrio entre forma e conteúdo. Se tivesse que dar um tiro no escuro, sem saber nada de antemão, até diria que este filme tinha sido realizado pelas irmãs Wachowski.
O que lamento é que a essa overdose de citações da pop culture - que, a espaços, acaba por saturar um bocado - não corresponda um argumento devidamente elaborado. Não há muito mais para ver nem para desbravar, na realidade. A história é pífia e alguns diálogos expositivos também não ajudam nada ao fluir do ritmo. O elenco é bastante desequilibrado e até Ben Mendelsohn - quanto a mim um dos maiores actores contemporâneos - não se sai muito bem na fotografia; a personagem dele é de cartão, tão espessa quanto uma folha de papel A4 e com impacto reduzido.
Não encontro aqui a verdadeira verve de Spielberg, o equilíbrio entre forma e conteúdo. Se tivesse que dar um tiro no escuro, sem saber nada de antemão, até diria que este filme tinha sido realizado pelas irmãs Wachowski.
- Rui Santos
- Site Admin
- Posts: 6163
- Joined: June 4th, 2001, 11:42 pm
- Location: Portugal - Lisboa / MAC
- Contact:
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
José compreendo e respeito tudo o que dizes. Mas repara que o argumento é baseado num livro e traduz na perfeição o mesmo.
Boa parte da critica que escreves é sobre o livro, e os anos 80, a "pop culture" e sobretudo a arte dos videosjogos não nos tocam a todos da mesma forma.
Posso-te garantir que o livro onde é baseado a overdose ainda é maior...
Mas concordo com o que dizes das irmãs Wachowski, embora ache que está mais próximo dos irmão Wachowski (pelo ritmo dos Matrix).
Boa parte da critica que escreves é sobre o livro, e os anos 80, a "pop culture" e sobretudo a arte dos videosjogos não nos tocam a todos da mesma forma.
Posso-te garantir que o livro onde é baseado a overdose ainda é maior...
Mas concordo com o que dizes das irmãs Wachowski, embora ache que está mais próximo dos irmão Wachowski (pelo ritmo dos Matrix).
Rui Santos - 54 Anos | 22 Anos DVDMania
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Rui, quero apenas ressalvar que não li o livro que está na origem desta adaptação cinematográfica. A opinião que expressei baseia-se única e exclusivamente no filme.Rui Santos wrote: ↑June 9th, 2020, 1:05 pm José compreendo e respeito tudo o que dizes. Mas repara que o argumento é baseado num livro e traduz na perfeição o mesmo.
Boa parte da critica que escreves é sobre o livro, e os anos 80, a "pop culture" e sobretudo a arte dos videosjogos não nos tocam a todos da mesma forma.
Posso-te garantir que o livro onde é baseado a overdose ainda é maior...
Mas concordo com o que dizes das irmãs Wachowski, embora ache que está mais próximo dos irmão Wachowski (pelo ritmo dos Matrix).
Quanto à família Wachowski, apenas posso dizer que AMO o magnífico thriller noir "Bound - Sem Limites" - a meu ver, o lugar ao sol da dupla; quanto ao resto da filmografia, é melhor nem me pronunciar
- Rui Santos
- Site Admin
- Posts: 6163
- Joined: June 4th, 2001, 11:42 pm
- Location: Portugal - Lisboa / MAC
- Contact:
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Gosto muito de Bound e de Matrix.... muito mesmo. Não da trilogia, mas do primeiro.
O livro, segue o meu conselho, não o leias :) eu percebi que não o tinhas lido. Mas diria que ainda é mais cheiro de referências que todo o filme.
Eu ai estou no lado oposto... adoro o livro, que li depois do filme e penso ter escrito por aqui a minha opinião.
O livro, segue o meu conselho, não o leias :) eu percebi que não o tinhas lido. Mas diria que ainda é mais cheiro de referências que todo o filme.
Eu ai estou no lado oposto... adoro o livro, que li depois do filme e penso ter escrito por aqui a minha opinião.
Rui Santos - 54 Anos | 22 Anos DVDMania
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
Re: Ready Player One (2018) - Steven Spielberg
Obrigado pelo conselho, Rui. Eu já tinha concluído isso e agora saio mais reforçado na minha convicção: ou muito me engano, ou o livro não será mesmo a minha praia. Tenho que confessar que foi a tua crítica apaixonada - bem como a do Ludovico - que me fez visionar este filme; gravei-o quando passou no canal Hollywood e decidi pôr-lhe a vista em cima.Rui Santos wrote: ↑June 9th, 2020, 5:50 pm Gosto muito de Bound e de Matrix.... muito mesmo. Não da trilogia, mas do primeiro.
O livro, segue o meu conselho, não o leias :) eu percebi que não o tinhas lido. Mas diria que ainda é mais cheiro de referências que todo o filme.
Eu ai estou no lado oposto... adoro o livro, que li depois do filme e penso ter escrito por aqui a minha opinião.