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Obrigado, já rectifiquei.Helldr wrote:Cabeças, uma retificação: o argumento do "Coisa Ruim" foi escrito pelo Rodrigo Guedes de Carvalho.
Certo. Como referi mais atrás, não pretendo condicionar ninguém nas suas escolhas. Penso que seria partir do princípio errado, e gerar depois uma série de debates com "ruído" sobre aquilo que seria ou não aceite como terror. Como já se viu aqui (e em inúmeros outros tópicos), não é possível chegar a um consenso.paupau wrote:Muito curiosa (ou nao) a inclusao do night and fog. Junto com o salo, talvez os dois filmes mais horrificos que vi ate hoje, mesmo nao os considerando terror.
Samwise wrote:...paupau wrote:Muito curiosa (ou nao) a inclusao do night and fog. Junto com o salo, talvez os dois filmes mais horrificos que vi ate hoje, mesmo nao os considerando terror.
Diria também que o terror presente no Night and Fog e no Saló é literalmente real, e que em vez de nos arrepiar de "susto", arrepia-nos de revolta e de incredulidade (e também, para ser completamente franco, de indiferença, pois apenas podemos "encaixar", não podemos "alterar", não podemos fazer nada contra aquele terror, e então como que esquecemos as atrocidades - mesmo que um determinado mecanismo de defesa fique montado contra futuras hipóteses) - é um estádio emocional a que ficção nunca poderá alcançar, penso.
Mas afinal de que tipo de horror estamos a falar aqui? Cinema que assusta ou Cinema que nos horroriza por falar de coisas que realmente aconteceram? Ou é uma miscelânea? É que nunca na vida conseguiria associar um filme como o Nuit Et Bruillard a este "horror". Senão vou alterar a minha lista e colocar esse e outros fortíssimos documentários sobre o Holocausto (como o "A German Life", que vi ontem no DocLisboa).Telmo R. wrote:Samwise wrote:...paupau wrote:Muito curiosa (ou nao) a inclusao do night and fog. Junto com o salo, talvez os dois filmes mais horrificos que vi ate hoje, mesmo nao os considerando terror.
Diria também que o terror presente no Night and Fog e no Saló é literalmente real, e que em vez de nos arrepiar de "susto", arrepia-nos de revolta e de incredulidade (e também, para ser completamente franco, de indiferença, pois apenas podemos "encaixar", não podemos "alterar", não podemos fazer nada contra aquele terror, e então como que esquecemos as atrocidades - mesmo que um determinado mecanismo de defesa fique montado contra futuras hipóteses) - é um estádio emocional a que ficção nunca poderá alcançar, penso.
Gosto pouco de etiquetar filmes em géneros, parece que ao fazermos isso limitamos e retiramos força ao próprio filme.
Night and Fog (e também Blood of the Beasts) são dois filmes que pelo seu carácter documental da realidade, de visões da realidade me ficaram a ressoar na memória por muito tempo, são para mim a forma mais autêntica e pura (embora tudo seja passível de manipulação, o que não me parece o caso nestes filmes) do horror, algo mais interior e mental. Boa parte dos filmes da minha lista seguem precisamente essa linha de um terror mais psicológico e meditativo, embora claro por vezes alguns sustos. Nunca vi o Salò mas conheço a sua fama... estava para colocar o Come and See (1985) de Elem Klimov, precisamente por ser ficção não o considerei.
Eu já sabia que isto acabaria por nos dividir em relação ao que nós entedemos como terror.rui sousa wrote:
Mas afinal de que tipo de horror estamos a falar aqui? Cinema que assusta ou Cinema que nos horroriza por falar de coisas que realmente aconteceram? Ou é uma miscelânea? É que nunca na vida conseguiria associar um filme como o Nuit Et Bruillard a este "horror". Senão vou alterar a minha lista e colocar esse e outros fortíssimos documentários sobre o Holocausto (como o "A German Life", que vi ontem no DocLisboa).
), não se enquadram de todo neste género. 
Ou ainda filmes dentro do subgénero do "Body Horror". "Human Centipede", e outros. É como disse o rui sousa, os filmes de terror tentam assustar, meter medo, causar impressão, e tentam fazer isso de diversas formas. Não existe apenas uma receita para o cinema de terror. 
Sim, cada um que se horrorize com o que mais gosta mas existem conceitos estabelecidos que tentam limitar fronteiras (e sei que em determinados filmes isso não é uma tarefa fácil, eu que o diga), mas temos que tentar conhecer esses conceitos, são quase como normas que tentam dar uma maior organização a um mundo da 7ª arte, que caso contrário seria uma autêntica "selva", sem rei, nem roque. Ninguém se entendia.Cabeças wrote:Por mim é pacífico, que cada um se aterrorize com aquilo que mais gosta!...
Por isso aliás é que tive o cuidado de no meu post explicitar bem o que eram filmes de Terror para mim. Penso que não vale a pena começarmos mais uma sessão de batatada a tentar-nos convencer uns aos outros acerca do que é terror ou não.
Cada um abrace o horror ao seu modo!
E tanto existe isto no cinema, como na música. Também a música está dividida em géneros e subgéneros. E por vezes também não é fácil definir claramente o som de uma banda, e onde ela se enquadra. No Angel wrote:Deixo aqui a minha nova lista, melhor organizada e com algumas alterações:
1 - Alien (1979)
2 - The Shinning (1980)
3 - Psycho (1960)
4 - Aliens (1986)
5 - The Ring (2002)
6 - The Others (2001)
7 - Rosemary's Baby (1968)
8 - Repulsion (1965)
9 - Twin Peaks: Fire Walk With Me (1992)
10 - Paranormal Activity (2009)
11 - Isolados (2014)
12 - Dracula (1992)
13 - The Mist (2007)
14 - The Conjuring (2013)
15 - Audition (1999)
16 - A tale of Two Sisters (2003)
17 - Haute Tension (2003)
18 - Martyrs (2008)
19 - Insidious (2010)
20 - A l'interieur (2007)
Mas gostei da lista. Muitos daí terão de fazer parte da minha lista que pelos vistos não vai chegar para 20, irão ser mais. 
