The Revenant (2015) - Alejandro G. Iñárritu

[PanterA]

Há uns anos eu gostava dos filmes do Iñarritú. Nos dias de hoje já olho para essa trilogia com outros olhos. Não consigo gostar daquelas histórias e da fragilidade das suas ligações emocionais... e o The Revenant vai um pouco atrás disso, com as pseudo-filosofias à mistura.

Eu olho com os mesmo olhos, e não é por nada que faz parte do meu top 100, e cada vez que a revejo delicio-me sempre. Ao contrário do Revenant, esta conseguiu criar uma "filosofia" (entre comas porque não é bem isto) bastante pertinente e muito própria como todas as temáticas foram bem tratadas/desenvolvidas que tornou toda a experiência bastante sensorial. Ao contrário deste Revenant que quis ser tudo e acabou por ser algo, não diria banal, mas fraquinho nesse ponto de visto.

[mansildv]

Lá fui eu ver o filme, e escrevi um pequeno comentário no meu blog, que aqui transcrevo:

Di Caprio chora, Di Caprio respira, Di Caprio sofre, Di Caprio tem frio, Di Caprio sonha com os traumas do passado. Apesar de todos estes sentimentos, não se sente humanidade em «The Revenant». A culpa não é do actor (nem do fabuloso Tom Hardy), mas da realização de Iñarritú, que se em «Birdman» ainda atenuou alguns dos principais problemas dos seus filmes anteriores, aqui volta atrás e espalha-se ao comprido. E convém também lembrar que não é a filmar a natureza que se tem uma boa cinematografia. Se há planos belos no filme, não o são por causa do cineasta e do seu director de fotografia, mas por causa das paisagens. A imagem não acrescenta nada ao ambiente, apenas o expõe para daí retirar, injustamente, mérito de uma aparente "tentativa de transcendentalidade" (absolutamente falhada, diga-se). É algo tão meritório como o que faz qualquer documentário da BBC. No entanto, alguns momentos do filme conseguem funcionar quando o "virtuosismo" do realizador, mais a sua filosofia pirosa de terceira categoria (nem sei se o Chagas Freitas conseguiria tamanha proeza), não se sobrepõe ao que aqui verdadeiramente interessa: as falhas humanas, o dilema das personagens, o instinto de sobrevivência. São raros, esses momentos, mas quando acontecem (quando a câmara acalma a sua hiperactividade de querer mostrar tudo e todos ao mesmo tempo, quando deixamos de ouvir aquelas vozinhas interiores que empatam tudo, quando o urso já não está lá - e este é um momento acidentalmente hilariante no meio de toda a disparidade de situações em que Leo se envolve), parece que vemos um rasto de luz. «The Revenant» poderia ter sido um grande filme, se Iñarritú não tivesse tentado fazer uma espécie de rebento saído de uma hipotética relação amorosa entre Terrence Malick e Christopher Nolan. De ambos retira alguma coisa má. Do primeiro, é a metafísica existencial de vão de escada, que em nada favorece o cineasta, mas que mostra a preguiça do mesmo para utilizar outros métodos, que não os mais previsíveis e vazios, para falar do divino e do Homem. Do segundo, é a "seriedade" excessiva do material, que seria óbvia já que estamos a falar de vingança, e mortes, e eteceteras, mas o facto de se ser sério nas coisas mais banais, nos pormenores parvos e dispensáveis, tira toda a subtileza que poderia ser obtida nos momentos de verdadeira tensão (que acontecem no confronto entre Hardy e Di Caprio, e na constante involução ética do antagonista), e dá a «The Revenant» alguns momentos de verdadeira galhofa. Mas coitado do Di Di, ele está muito bem no papel, tem muitos arranhões e deita bastante sangue do corpo inteiro, vamos dar o Oscar porque quando ele verdadeiramente merecia (n'«O Lobo de Wall Street» por exemplo) não nos lembrámos de lhe atribuir tal prestigiosa aclamação.

rui sousa, na maioria das vezes escreves excelentes críticas, que gosto bastante de ler, mas esta mais parece ter saído do correio da manhã! Não digo isto por ter gostado do filme e não concordar minimamente com a crítica, apenas transmite a ideia que te deixaste arrastar por esta onda negativa contra o filme e não passaste para o texto aquela imparcialidade que costuma estar nas tuas críticas, e limitaste-te a descascar no filme!

[THX]

rui sousa[...] limitaste-te a descascar no filme!

Se calhar o filme merece realmente essa "descasca" mansildv.
Pessoalmente não podia estar mais de acordo com tudo o que o Rui escreveu porque ele foi ao encontro de muita coisa que eu achei do filme. E acho que aqui não se trata de perseguição nem de ódiozinhos para com o realizador, trata-se de um filme que quis ser uma coisa e no fim saiu outra, muito mais fraca.
Do género, mas muito melhor, tens este clássico do Pollack :

http://www.imdb.com/title/tt0068762/?ref_=nv_sr_1

Por exemplo, uma das cenas que eu mais gostaria de ter visto em "The Revenant" era a tal em que Hugh Glass usou larvas vivas para lhe sarar as feridas do ataque da ursa. Trata-se de um episódio que aconteceu mesmo na realidade, testemunho do próprio sobrevivente, mas o certo é que essa cena NÃO entra no filme. Até no "Gladiator" do Scott, um filme feito com base em ficção, eu vi uma cena dessas com larvas, e no entanto num filme que foi baseado em factos verídicos, népia.
Ao invés vimos ele a colocar pólvora na garganta ao estilo "Rambo".

Temos antes muitas outras cenas inventadas sendo que algumas delas mais pareciam ter saído de uns comics sobre super-heróis da Marvel. Se Iñàrritu fosse o realizador de "Everest" quase que aposto como iríamos ver o DiCaprio em bermudas no pico da célebre montanha, a despir a sua t-shirt para fazer de bandeira .

[Cabeças]

Eu gostei de ler a crítica do Rui Sousa, tal como gosto de ler todas as suas críticas de filmes.

O Rui escreve excelentes críticas há anos, e a tal "imparcialidade" que foi referida como necessária nas críticas que eu saiba não está escrita em sarças ardentes... sou completamente a favor da possibilidade dos críticos se expressarem de uma forma absolutamente livre tanto relativamente aos filmes de que gostam, como em relação aos que não gostam. Têm é que consubstanciar em termos de argumentos o que acham, algo que o Rui faz perfeitamente.

E caros, está-me a custar ver o rumo que estas conversas "Revenant x Fury Road" estão a tomar. Estamos a conversar sobre Cinema, não sobre futebol. Há uns anos o tópico do futebol foi eliminado - e a meu ver muito bem - por causa da escalada de tons e argumentos clubistas. Fico triste quando no meu entender se começa a passar essa barreira em termos de filmes.

As pessoas são livres de gostarem ou não dos filmes que quiserem. Uma vez expostos os argumentos, não vejo qualquer necessidade em estar a prolongar discussões tentando convencer os outros da nossa razão.

O Cabeças está a ficar triste. Querem que o Cabeças fique triste?!

[THX]

Outras coisas que foram exageradamente adulteradas sobre os relatos originais de Hugh Glass :

- Quando ele foi atacado não estava sozinho. Seguia em grupo.
- Não foi uma ursa. Foi um urso que o atacou.
- Não foi só ele que o matou. Os seus companheiros deram uma grande ajuda também.
- Ao que parece não tinha filhos, nem nunca se casou.
- Foi ele que, quando se encontrou sozinho e abandonado, colocou a sua perna partida no lugar.
- E ele nunca conseguiu levar avante a sua vingança pois não chegou a matar Fitzgerald.
- Uns anos mais tarde Hugh Glass acaba por ser morto por um bando de índios. Não se vê no filme.

Agora, e para quem viu o filme, vejam as diferenças. Algumas delas são abismais e alteradas apenas para dar mais "sumo" ao filme. Acredito que se a produção e o realizador fossem um pouco mais fiéis à história original, o filme poderia ter ficado muito mais sério e credível no final.

[DarkPhoenix]

Dark, não é meu objectivo ser comparado com os críticos do Público (principalmente com o Vasco Câmara, que mais não faz do que publicidade aos filmes que são distribuídos por amigos dele, e a filmes "trendy" duvidosos). E eu não desgostei totalmente do filme... o maravilhamento é que não me surgiu, nem mesmo o ódio - nestes filmes que polarizam tanto opiniões, em 90% dos casos acabo sempre por ficar no meio, indiferente. O comentário escrito foi feito em três tempos, sem grandes preocupações.

Rui Sousa, eu estive ausente por uns anos aqui do fórum, mas vinha cá dar a espreitadela ocasional, e tu és um dos novos membros que aprendi a respeitar devido à tua postura sensata, amor pelo cinema e um talento assinalável na forma como escreves.
E é precisamente por isso que me surpreendi com este teu rant, este teu texto menos feliz do que é habitual (obviamente, é a minha opinião) de quem entrou na sala de cinema para fazer o frete, já com ideias pré-concebidas e bagagem a reboque, mais empenhado em cimentar e a tua desilusão pessoal com o trabalho do Iñarritu do que em analisar o filme em questão, como objecto isolado que o é.
A própria linguagem que utilizas revela esse facto, desde o "espalhou-se ao comprido" até ao "coitado do DiDi", expressões que não honram o cuidado e o respeito habitual que vejo nos teus textos.

Dito isto, os filmes podem ser paixões, e como tal estão sujeitos a polarizações de opinião (eu próprio sou um habitué na arte de "descascar" no que não gosto) e dificultam a necessidade de manter um distanciamento e uma imparcialidade salutares no exercício da crítica.
Basta olhar para o lixo que o Luis Miguel Oliveira escreveu no Público para percebermos o ridículo a que o ódio contra determinado realizador pode levar um crítico que deveria ter mais juízo, tendo em conta os anos que leva de experiência e a suposta cultura cinéfila associada.

[Rui Santos]

Fechado para reflexão. Reabre amanhã

[nimzabo]

O Renascido
http://www.imdb.com/title/tt1663202/?ref_=nv_sr_1
http://www.rottentomatoes.com/m/the_revenant_2015

Pois é..
Parece que ainda não havia um tópico para este filme!
Será que alguém já viu?
Eu confesso que ainda não.

[No Angel]

Já há tópico, mas "desapareceu"...

[technicolor]

Da primeira vez que o vi no cinema fiquei um pouco "desiludido" ?; Enfim achei-o um pouco difícil de compreender, e no entanto não me pareceu um mau filme de todo; Boa realização, bons desempenhos, excelente fotografia, boa montagem, boa OST, prémios, etc, mas aquele ambiente em que a história se desenrolava era-me desconhecido e ainda por cima tinha bastantes "elipses narrativas" :)

Há uma semana resolvi voltar à carga e aprofundar o assunto. Comprei o romance de Michael Punke, depois de ler o currículo do senhor e ter ficado bem impressionado. E em boa hora o fiz pois o livro "agarrou-me" de tal maneira que o li de um folego, coisa que em mim não é muito frequente; Embora seja 95% ficção achei-o muito bem escrito, rico em detalhes, muito minucioso nas descrições dos locais e das actividades e das tecnologias da época, realista no relato do episódio de sobrevivência de Glass, uma história bem mais abrangente e um pouco diferente da versão do filme e sobretudo para mim bem mais fácil de entender. Enfim uma excelente tradução, coisa rara de que gostei imenso e recomendo. Voltei então a rever o filme, agora equipado com o conhecimento fornecido pela leitura obra de Punke e desta vez gostei muito mais do filme, sobretudo porque me terei concentrado mais nas imagens . Vi-o não tanto como um filme de aventura de per si mas como uma ilustração do romance; era de todo impossível condensar em 2 h de cinema tudo que está nas 267 páginas da obra literária mas o essencial está lá. Obviamente filme não substitui o livro nem vice versa,até porque as "versões" da história de Hugo Glass divergem um pouco mas ambos se completam como aliás acontece com outras adaptações cinematográficas de grandes romances como por exemplo O Perfume, história de um assassino e muitos outros clássicos. Se era possível o filme ser diferente, mais "fácil"? era, caso tivesse sido o Roland Emmerich a realizar ou o Mel Gibson ou até quem sabe o Kevin Costner, Eastwood ou Malick mas não sei se fariam melhor. Iñárritu estudou os grandes mestres e domina a arte e não "facilita" só para obter mais retorno financeiro; Faz o melhor que sabe e quem quiser que se esforce (tal como Kubrick e outros). Deste segundo visionamento já mais confortável destaco para além do que é notório, a subtileza dos vários "still shots" que enriquecem a beleza estética do filme mas não só, também fornecem informação visual sobre o cenário. A crueza da narrativa recordou-me ainda que muito vagamente o Black Robe do Bruce Beresford.

Resumindo, acabei por não escrever crítica nenhuma, deixo isso para quem sabe. Limitei-me a relatar a minha experiência com esta obra. Tenho a intenção de comprar o BD logo que ele esteja disponível a um preço mais acessível e colocá-lo entre os meus 100 melhores filmes sem qualquer pudor. A minha classificação 8.5/10.

Deixo agora uma curiosidade que não sei incluir de outra forma: https://vimeo.com/153979733

P.s.: Aguardo então as perguntas do José Miguel a que tentarei responder com todo o gosto

[DarkPhoenix]

Apagaram o outro tópico?
A ser verdade, deixo aqui o meu mais sincero descontentamento, pois o máximo que poderiam fazer era apagar o lixo que por lá andava, e que nem era nada demais.

Em relação a esse video que compara The Revenant à obra de Tarkovsky...
Eu nunca vi um filme de Tarkovsky, no entanto já filmei planos semelhantes a esses, e nas minhas "realizações virtuais"muitos outros estão presentes.
Acho que é mais um exemplo da má vontade, pura birra elitista que circula por essa net fora contra o filme do Iñarritu.

[JoséMiguel]

DarkPhoenix, tem lá calma porque eu também não assisti ao que se passou.

Eu li num tópico noutra secção (aquele em que era anunciado o regresso do fórum), que o Rui Sousa perguntou o que tinha acontecido ao tópico inicial do Revenant, e o Rui Santos explicou que o tópico foi desactivado "para limpeza". Presumo que tenha ocorrido trocas de insultos entre os membros do fórum, e mais uma vez o Rui Santos, tentou apagar o fogo, e terá feito ele muito bem se tiver sido esse o caso. Já assisti a situações semelhantes, e com a tal limpeza, "ficaram todos amigos".

Eu não assisti a nada, porque nessa semana nem tinha acesso à internet, e se houve alguma chatice, eu pelo menos estou inocente, pois nunca escrevi nada no tópico inicial do "The Revenant".

DarkPhoenix, atenção porque o technicolor, além de ser um membro novo, deu-se ao trabalho de ler o livro em que o filme se baseia, e aposto que se calhar é o único membro do fórum que o fez. Fui eu pessoalmente que lhe pedi para ele copiar o comentário para o tópico do filme (antes de saber que tinha sido suspenso), pois haverá interesse em saber por exemplo se o erro do filme ser passado no inverno (em que as pessoas morrem de hipotermia mergulhadas no rio, e contrário aos eventos históricos serem passados no verão) também consta no livro.

Olha, eu também não gosto nada do Tarkovsky, e nem vi ainda o vídeo que comentaste, mas no tópico original o Samwise já tinha lançado um lamiré em que gostaria de saber a minha reacção sobre os diversos aspectos técnicos de filmagem, que até tenho medo de responder, porque o Samwise "é tramado" (no bom sentido de dar luta a nível de discussão lógica), mas irei responder com muito gosto.

Rui Santos: consegues fundir este tópico nº2 com o original (depois de limpo)? É que senão temos logo aqui um novo membro que fica assustado com essa confusão...

technicolor: Já lancei a minha questão acerca do livro ter a acção passada no inverno com o super-herói com super-poderes mergulhado nas águas gelados do rio (que não morre de hipotermia ao contrário dos seres humanos), versus a realidade dos eventos terem ocorrido no verão. Aguardo o teu comentário com curiosidade (até pode ser que o livro omita a estação do ano).

[No Angel]

Eu do Tarkosvsky só vi o Solaris e o The Sacrifice... não gostei do Solaris (quase que morri de tédio a ver esse filme, nem sei como o consegui acabar), mas até gostei do The Sacrifice (mas esse foi basicamente uma copia do estilo do Bergman, que eu gosto). Já estive pra ver o Andrei Rublev, mas ainda não calhou...

[technicolor]

technicolor: Já lancei a minha questão acerca do livro ter a acção passada no inverno com o super-herói com super-poderes mergulhado nas águas gelados do rio (que não morre de hipotermia ao contrário dos seres humanos), versus a realidade dos eventos terem ocorrido no verão. Aguardo o teu comentário com curiosidade (até pode ser que o livro omita a estação do ano).

@JoséMiguel

A história narrada no livro tem início em 21 de Agosto de 1823 e acaba por volta de 7 de Março de 1824. O ataque da ursa a Glass terá ocorrido por volta de 24 de agosto de 1823 e a sua odisseia solitária terá terminado por volta de 5 de Outubro de 1823 quando encontra uma tribo amigável que o ajuda. Obviamente que se trata de uma obra de ficção (assumida) em que o autor devidamente documentado e apoiado por especialistas no tema dá largas à sua criatividade para elaborar uma narrativa mais "truculenta"!? do que poderá ter sido este episódio supostamente verídico mas sobre o qual existe escassa informação.
Mal comparado será um pouco como a narrativa do Prof Hermano Saraiva sobre a padeira de Aljubarrota e a forma como a valorosa mulher terá derrotado 7 (sete) soldados castelhanos bem armados e treinados equipada apenas com a pá do forno :)

E Iñárritu terá feito mesmo: tomou as liberdades criativas que bem entendeu para produzir uma notável obra cinematográfica (de ficção) inspirada nos acontecimentos narrados no livro

[JoséMiguel]

Technicolor, muito obrigado pelo esclarecimento.

É que no tópico anterior (que se encontra suspenso), houve alguns membros do fórum que fizeram uma grande apresentação sobre a história verídica, em que o livro e filme se baseiam, e por isso tenho a certeza de que o Rui Santos, irá repor pelo menos essa parte do tópico.

Eu já tinha lido que o livro é ficção especulativa, mas queria saber se essa ideia abusiva de mudar a acção para o inverno (em violação das leis da física, com a questão do gajo mergulhado em águas geladas) já provinha do livro ou foi "criatividade" do realizador do filme.

Sendo assim, para já, só irei colocar na minha lista negra o realizador Alejandro G. Iñárritu, mantendo em aberto a possibilidade de ver outros filmes baseados em livros do escritor Michael Punke, que agora ficou famoso e é bem possível que venham a surgir mais filmes baseados em livros dele.

No meu caso, não gostei do filme devido ao problema do enredo do filme ter a tal fórmula e equação previsível, de que os estúdios de Hollywood tanto gostam, para agradar ao maior número possível de pessoas. Eu já me enjoei disso... Igualmente grave foi a falta de realismo do filme.

Reparei até, que a minha opinião é muito semelhante ao que o THX escreveu na altura sobre o filme.

Com isto não quer dizer que eu ache que seja um mau filme, e até vou dar uma nota de 85 % (bastante alta).

Existe uma sequência com encenação interessante (similar aquele "staging" e "circular staging" soviético de que eu tenho falado, e se calhar inédita no cinema americano), no ataque inicial dos índios, de que eu vou ter de comentar mais tarde, juntamente com a resposta à questão que o Samwise me colocou, acerca das condições naturais de filmagem, que a meu ver foram mal aproveitadas.

Mas fiquem descansados que não será para dizer mal do filme (pelo menos não muito) e até farei alguns elogios.