Desabafos... (Off-TopiC)
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Technicolor, não sei se ainda vão a tempo, mas aqui estão as minhas 10 sugestões, todas elas com um pitada, senão mais, de romance:
Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão
Watching the Detectives - Diabolicamente Sedutora
Body Heat - Noites Escaldantes
Wicker Park - O Apartamento
White Palace - Loucos de Paixão
O Tigre e a Neve
Groundhog Day - Feitiço do Tempo
Lake House - Casa da Lagoa, A
Perfect Sense - O Sentido do Amor
Adjustment Bureau, The - Os Agentes do Destino
Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão
Watching the Detectives - Diabolicamente Sedutora
Body Heat - Noites Escaldantes
Wicker Park - O Apartamento
White Palace - Loucos de Paixão
O Tigre e a Neve
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Lorde X wrote:Technicolor, não sei se ainda vão a tempo, mas aqui estão as minhas 10 sugestões, todas elas com um pitada, senão mais, de romance:
Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão
Watching the Detectives - Diabolicamente Sedutora
Body Heat - Noites Escaldantes
Wicker Park - O Apartamento
White Palace - Loucos de Paixão
O Tigre e a Neve
Groundhog Day - Feitiço do Tempo
Lake House - Casa da Lagoa, A
Perfect Sense - O Sentido do Amor
Adjustment Bureau, The - Os Agentes do Destino
Já agora agradeço também ao Lord X a sua colaboração. Como tenho 2 títulos da minha lista em dúvida (se os vou conseguir ou não) esta lista e a do waltsouza (como todas as outras) estão recheadas de excelentes sugestões. Depois das férias irei escrutinar todos os títulos sugeridos no conjunto pois vêm de gente que vê cinema há muito tempo e já tem um gosto apurado ao contrário de mim que até agora tenho visto cinema sem grandes preocupações e quero mudar um pouco isso
Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Estas listas são boas para toda a gente, ao fim ao cabo. Eu já estive a tirar "anotações"...
Extra-concurso (hehe), deixo mais uma sugestão que vi há dois ou três dias e que me encheu as medidas de cima a baixo, o Her, do Spike Jonze, a contrapartida lógica e emocional ao Lost in Translation (e por falar nisso, eis outro título que sugiro sem reservas), feito pelo ex-parceiro da Sophia Coppola à data em que o filmou, chega-nos com quase 20 anos de "atraso", e parece uma espécie de upgrade tecnológico do outro.
Só tenho bem a dizer deste filme - como a maioria das grande obras de FC, consegue espelhar com grande nitidez o panorama da nossa sociedade actual através de apropriações ao nosso imaginário tecnologico-futurista (um futuro não muito distante, a ponto que quase lhe podermos tocar) impondo-nos uma reflexão severa sobre o rumo das relações sociais e amorosas numa sociedade em que cada vez mais olhamos para ecrãs, e, enquanto o fazemos, nos alheamos de tudo o resto que nos rodeia. É um novo padrão de isolamento e solidão, em que a falsa proximidade providenciada pelo universo dentro da rede nos faz afastar cada vez mais do contacto e do calor humano. Este novo "Perdido na tradução" refere-se pois ao que se perde na transposição entre a carne e o digital quando a proximidade toma proporções obsessivas, ou compulsivas. Soberbas interpretações de Joaquim Phoenix e Scarlett Johanson (no papel de musa em formato digital, e de quem nunca vemos a cara). Todo o design visual deste filme foi minuciosamente pensado e executado, fazendo de cada espaço e de cada cenário uma contrapartida "misé-en-scene" dos estados emocionais interiores. Junte-se a isto a escolha das objectivas e das profundidades de campo (curtas em interiores, com os fundos todos desfocados, e infinitas em exteriores) e temos um dos mais fascinante objectos de FC dos últimos anos. Como filme romântico, também vai bastante longe - é de uma honestidade e espontaneidade a toda a prova.
Extra-concurso (hehe), deixo mais uma sugestão que vi há dois ou três dias e que me encheu as medidas de cima a baixo, o Her, do Spike Jonze, a contrapartida lógica e emocional ao Lost in Translation (e por falar nisso, eis outro título que sugiro sem reservas), feito pelo ex-parceiro da Sophia Coppola à data em que o filmou, chega-nos com quase 20 anos de "atraso", e parece uma espécie de upgrade tecnológico do outro.
Só tenho bem a dizer deste filme - como a maioria das grande obras de FC, consegue espelhar com grande nitidez o panorama da nossa sociedade actual através de apropriações ao nosso imaginário tecnologico-futurista (um futuro não muito distante, a ponto que quase lhe podermos tocar) impondo-nos uma reflexão severa sobre o rumo das relações sociais e amorosas numa sociedade em que cada vez mais olhamos para ecrãs, e, enquanto o fazemos, nos alheamos de tudo o resto que nos rodeia. É um novo padrão de isolamento e solidão, em que a falsa proximidade providenciada pelo universo dentro da rede nos faz afastar cada vez mais do contacto e do calor humano. Este novo "Perdido na tradução" refere-se pois ao que se perde na transposição entre a carne e o digital quando a proximidade toma proporções obsessivas, ou compulsivas. Soberbas interpretações de Joaquim Phoenix e Scarlett Johanson (no papel de musa em formato digital, e de quem nunca vemos a cara). Todo o design visual deste filme foi minuciosamente pensado e executado, fazendo de cada espaço e de cada cenário uma contrapartida "misé-en-scene" dos estados emocionais interiores. Junte-se a isto a escolha das objectivas e das profundidades de campo (curtas em interiores, com os fundos todos desfocados, e infinitas em exteriores) e temos um dos mais fascinante objectos de FC dos últimos anos. Como filme romântico, também vai bastante longe - é de uma honestidade e espontaneidade a toda a prova.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Samwise wrote:Estas listas são boas para toda a gente, ao fim ao cabo. Eu já estive a tirar "anotações"...
Extra-concurso (hehe), deixo mais uma sugestão que vi há dois ou três dias e que me encheu as medidas de cima a baixo, o Her, do Spike Jonze, a contrapartida lógica e emocional ao Lost in Translation (e por falar nisso, eis outro título que sugiro sem reservas), feito pelo ex-parceiro da Sophia Coppola à data em que o filmou, chega-nos com quase 20 anos de "atraso", e parece uma espécie de upgrade tecnológico do outro.
Só tenho bem a dizer deste filme - como a maioria das grande obras de FC, consegue espelhar com grande nitidez o panorama da nossa sociedade actual através de apropriações ao nosso imaginário tecnologico-futurista (um futuro não muito distante, a ponto que quase lhe podermos tocar) impondo-nos uma reflexão severa sobre o rumo das relações sociais e amorosas numa sociedade em que cada vez mais olhamos para ecrãs, e, enquanto o fazemos, nos alheamos de tudo o resto que nos rodeia. É um novo padrão de isolamento e solidão, em que a falsa proximidade providenciada pelo universo dentro da rede nos faz afastar cada vez mais do contacto e do calor humano. Este novo "Perdido na tradução" refere-se pois ao que se perde na transposição entre a carne e o digital quando a proximidade toma proporções obsessivas, ou compulsivas. Soberbas interpretações de Joaquim Phoenix e Scarlett Johanson (no papel de musa em formato digital, e de quem nunca vemos a cara). Todo o design visual deste filme foi minuciosamente pensado e executado, fazendo de cada espaço e de cada cenário uma contrapartida "misé-en-scene" dos estados emocionais interiores. Junte-se a isto a escolha das objectivas e das profundidades de campo (curtas em interiores, com os fundos todos desfocados, e infinitas em exteriores) e temos um dos mais fascinante objectos de FC dos últimos anos. Como filme romântico, também vai bastante longe - é de uma honestidade e espontaneidade a toda a prova.
O amor e as relações na era digital é um tema muito interessante para reflectir, isso aconteceu comigo após ter visto o filme (magnífico filme); a forma como a net, que cresceu exponencialmente nos últimos 25 anos (quase metade da minha vida ), nos aproxima do mundo ...e nos isola ao mesmo tempo.
Um computador nunca poderá substituir o cheiro da terra molhada após a chuva
http://www.elmundo.es/ciencia/2015/10/1 ... b4627.html
a frase não é minha mas sim do explorador e pensador espanhol Miguel de Quadra-Salcedo
Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Não sei se ficaste com a mesma impressão que eu, mas penso que o filme, para além de tudo o resto que tem de bom, consegue subverter positivamente esta noção de que o digital não é substituto válido enquanto parceiro de relacionamento. Parece-me que o a Samantha, apesar de ser uma IA e de ter comportamentos obrigatoriamente diferentes de um humano (incluindo estádios de evolução imensamente mais rápidos), serve para replicar na perfeição as situações típicas (boas e más) pelas quais uma relação pode passar - a fase da atracção, a fase da paixão, a fase da experimentação, a fase do conhecimento gradual mútuo, a fase da habituação, a fase da negação e da dúvida, a fase do ciúme, etc, etc. - essa é aliás uma das componentes fortes do filme. Ou seja, não é por ela ser digital que a relação não atinge a plenitude (que quase atinge, de diversas maneiras), é antes por serem mundos com interesses muito distantes (e os tais estádios de evolução a movimentarem-se em espaços temporais diferentes) - algo que sucede, de resto, nas relação humano-humano...technicolor wrote: O amor e as relações na era digital é um tema muito interessante para reflectir, isso aconteceu comigo após ter visto o filme (magnífico filme); a forma como a net, que cresceu exponencialmente nos últimos 25 anos (quase metade da minha vida ), nos aproxima do mundo ...e nos isola ao mesmo tempo.
Um computador nunca poderá substituir o cheiro da terra molhada após a chuva
http://www.elmundo.es/ciencia/2015/10/1 ... b4627.html
a frase não é minha mas sim do explorador e pensador espanhol Miguel de Quadra-Salcedo
São temáticas que sem dúvida puxam pela nossa reflexão.
De tudo aquilo que está ali representado, penso que só nos falta chegar às IA's. Tudo o resto já existe, de uma maneira ou de outra, mesmo que a tecnologia ainda não esteja tão refinada. É assustador.
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Relações (mais ou menos íntimas) entre humanos e máquinas com sentimentos (mais ou menos "humanizados") é já um tema bem antigo no cinema, todavia este Her traz algo de novo, algo mais verosímil em função do que já se passa no "nosso" quotidiano. Do monocórdico e maquiavélico HAL 9000 até à jovial "Samantha" muito mudou. Efectivamente a AI está a um passo (quem sabe nas próximas décadas?!). Deslumbrante ou assustador? para mim no início foi fascinante (era muito jovem e ingénuo) agora com o passar dos anos e já com um grau de maturidade maior começa a ser... preocupante, sobretudo quando comparo a minha infância e adolescência e juventude nos anos 70 e 80 com a dos adolescentes de hoje a nível de proximidade vs afastamento da mãe natureza e quem sabe das implicações que isso poderá ter no seu equilíbrio emocional. No que diz respeito a relações amorosas, embora tenha conhecimento de alguns (poucos)relacionamentos que começaram digitalmente e evoluíram para envolvimento físico com "sucesso" é algo que nunca experimentei nem faço tenções de experimentar. Porquê? não sei, acho que sou um bocado "old fashion" ...no entanto interesso-me pelo tema, direi mesmo,"apaixona-me" ,desde que muito jovem ainda (anos 80) me dei ao trabalho de ler um pequeno livro sobre Cibernética que andava lá por casa (dos meus pais) E ser se for em formato cinema e feito com "inteligência" como me parece ser o caso deste belo filme do Spike Jonz, não perco mesmo.Samwise wrote:
São temáticas que sem dúvida puxam pela nossa reflexão.
De tudo aquilo que está ali representado, penso que só nos falta chegar às IA's. Tudo o resto já existe, de uma maneira ou de outra, mesmo que a tecnologia ainda não esteja tão refinada. É assustador.
O Lost in Translation vi-o, gostei, tenho-o, mas não "mexeu" muito comigo ou pelo menos não tanto quanto mexeu com os meus amigos (mas ... já As Virgens Suicidas gosto muito )
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Encerraram os cinemas Vivacine da Maia, Guarda e Caldas da Rainha
As salas de cinema Vivacine, nas cidades da Maia, Guarda e Caldas da Rainha, fecharam portas esta semana. O encerramento foi confirmado por fonte ligada à gerência de um dos multiplexes que adiantou também não existir data prevista de reabertura.
A 14 de abril, o jornal Terras da Beira já tinha dado conta das intenções da Vivacine Multimedia de proceder ao despedimento de 29 funcionários. Segundo a mesma notícia, a carta a oficializar o despedimento coletivo foi recebida pelos trabalhadores a 31 de maio.
Os três centros comerciais onde as salas estão localizadas pertenciam ao grupo FDO, falido desde 2012. Foram comprados pela ECS Capital, sociedade gestora de fundos de capital de risco e de restruturação, e entregues à Widerproperty que passou a gerir os espaços em novembro de 2015 sob as novas insígnias La Vie (nas Caldas e na Guarda) e Mira Maia (na cidade da Maia).
No caso da Guarda, a Widerproperty está, segundo declarações citadas no jornal O Interior, "a trabalhar numa alternativa de qualidade (...), para assegurar aos guardenses o acesso a sessões de cinema beneficiando das infraestruturas únicas e de grande qualidade existentes no centro comercial". Intenções semelhantes foram manifestadas no caso das Caldas da Rainha. Desconhecem-se, de momento, os planos da gerência do Shopping Mira Maia.
http://filmspot.pt/artigo/encerraram-os ... inha-8808/
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
O que me custa mais no Her é o grau de identificação que consigo sentir com o personagem do Joaquin Phoenix. Como ele, já fui muito tímido e com uma taxa de sucesso com o sexo oposto muito reduzida. Como ele, de uma forma ou de outra, já recorri à alternativa virtual com resultados diversos. as coisas mudaram, para mim, radicalmente nos últimos 10 anos. Mas é inacreditavelmente real o que ali está exposto e que deriva, naturalmente, da necessidade que temos de que outros nos valorizem. Mesmo que virtualmente. Assustador, sim.
Um clássico por semana, visto pela primeira vez, em UMA PARAGEM NO DRIVE-IN (http://umaparagem.blogspot.pt)
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
O meu desabafo de hoje vai para os casos recentes de revolta colectiva nas redes sociais, especialmente no que se refere aos casos do Ghostbusters e do Suicide Squad (já nem falo no José Cid).
Eu sei que isto é provavelmente sintomático da sociedade altamente cibernética em que vivemos, mas será que toda a gente se passou dos carretos? como é possível haver uma revolta tão grande (petições incluídas, ameaças racistas e afins) contra um filme que nem estreado tinha? De repente vale tudo?
Será que ninguém se dignou a gastar 1 minuto a pensar que o Rotten Tomatoes é apenas um agregador de críticas de outros sites e que mesmo esses críticos têm direito à sua própria opinião? E será que é assim tão impossível que o filme seja mau?
Conclusão: não estaremos perante casos de abuso da liberdade de expressão?
Eu sei que isto é provavelmente sintomático da sociedade altamente cibernética em que vivemos, mas será que toda a gente se passou dos carretos? como é possível haver uma revolta tão grande (petições incluídas, ameaças racistas e afins) contra um filme que nem estreado tinha? De repente vale tudo?
Será que ninguém se dignou a gastar 1 minuto a pensar que o Rotten Tomatoes é apenas um agregador de críticas de outros sites e que mesmo esses críticos têm direito à sua própria opinião? E será que é assim tão impossível que o filme seja mau?
Conclusão: não estaremos perante casos de abuso da liberdade de expressão?
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Como dás a entender, e bem, as redes sociais são um fenómeno bem presente e temos de saber lidar com esse fenómeno e o que se passa é que se calhar nem todos estamos ainda totalmente preparados para saber lidar com ele.p_alucinado wrote:O meu desabafo de hoje vai para os casos recentes de revolta colectiva nas redes sociais, especialmente no que se refere aos casos do Ghostbusters e do Suicide Squad (já nem falo no José Cid).
Eu sei que isto é provavelmente sintomático da sociedade altamente cibernética em que vivemos, mas será que toda a gente se passou dos carretos? como é possível haver uma revolta tão grande (petições incluídas, ameaças racistas e afins) contra um filme que nem estreado tinha? De repente vale tudo?
Será que ninguém se dignou a gastar 1 minuto a pensar que o Rotten Tomatoes é apenas um agregador de críticas de outros sites e que mesmo esses críticos têm direito à sua própria opinião? E será que é assim tão impossível que o filme seja mau?
Conclusão: não estaremos perante casos de abuso da liberdade de expressão?
Por mim podem chover críticas e opiniões negativas à vontade sobre um filme (sejam em redes sociais ou não) que não será isso que me fará ir na conversa, ou ir na mesma onda. Também não me parece ser essa a questão que metes aqui em causa mas antes o tema que gira à volta da liberdade de expressão e daquilo que devo (ou não) afirmar. Sobre isso tenho uma opinião bem vincada. Tudo o que se estique para lá do eticamente/moralmente aceitável (questões anti-raciais, xenofobia, homofobia, incitação ao terrorismo, etc) deve ser reprovado e deve mesmo merecer uma forte reprimenda por parte de quem é dono e controla as redes sociais. Não deve ser um trabalho fácil mas é algo que para mim é sagrado. Existem valores humanos que para mim são intocáveis. Sobre isso acho que não tenho muito mais a dizer.
Sobre o resto, das pessoas que perdem o seu tempo a criar petições contra (ou a favor) de um filme (sem ofender os tais príncipios e valores), esse é o tipo de liberdade de expressão (que mesmo que me possa parecer por algumas vezes absurdo) que tem que continuar a existir, e temos de saber (aprender) a viver com ela. Se eu (acho que) tenho bom senso tenho de ser mais inteligente e não cair no erro daquele que para mim demonstra não o ter.
Porque seja dentro ou fora das redes sociais, os ódios de estimação sobre determinados filmes irão continuar. O que aconteceu é que as redes sociais potenciaram esse ódio, deram-lhe mais força, ou maior visibilidade. Mas eu não devo chacinar esse ódio. Porque a liberdade expressão (respeitando certas regras e limites, porque em tudo existem limites) tem várias faces, desde as mais moderadas, às mais extremas. E a minha liberdade de expressão (que eu considero que se insere numa liberdade de expressão mais assertiva e moderada) não deve exterminar uma liberdade de expressão que se encontre na ponta oposta. Tem que aceita-la na sua existência, mesmo não concordando com ela. Mesmo achando-a um absurdo.
Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Tenho andado distraído deste tópico...
Já vi que vou ter que ler muita coisa que ficou para trás.
Já vi que vou ter que ler muita coisa que ficou para trás.
Re: Desabafos... (Off-TopiC)
O NaufragoImaginem o seguinte cenário: este verão, vocês e a(o) vossa(o) namorada(o) estavam a planear passar 2 semanas "isolados" no forte da Berlenga, a nadar, apanhar sol e a cozinhar petiscos, e como à noite por ali não há muito que fazer estavam a pensar em levar o portátil e uns quantos filmes para umas sessões de cinema nocturnas (digamos que aí uns 10 filmes). A pergunta (a dúvida) é quais seriam os 10 filmes que vocês levariam para uma ilha? Todo o tipo de sugestões serão bem vindas
A Praia
O Senhor das Moscas
Castaway on the Moon
A Lagoa Azul
6 Dias 7 Noites
Robinson Crusoe
A Vida de Pi
Talvez algum provasse ser útil
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
nimzabo wrote:O NaufragoImaginem o seguinte cenário: este verão, vocês e a(o) vossa(o) namorada(o) estavam a planear passar 2 semanas "isolados" no forte da Berlenga, a nadar, apanhar sol e a cozinhar petiscos, e como à noite por ali não há muito que fazer estavam a pensar em levar o portátil e uns quantos filmes para umas sessões de cinema nocturnas (digamos que aí uns 10 filmes). A pergunta (a dúvida) é quais seriam os 10 filmes que vocês levariam para uma ilha? Todo o tipo de sugestões serão bem vindas
A Praia
O Senhor das Moscas
Castaway on the Moon
A Lagoa Azul
6 Dias 7 Noites
Robinson Crusoe
A Vida de Pi
Talvez algum provasse ser útil
Agradeço as sugestões, infelizmente as férias já terminaram. Não conhecia esse Castaway on the Moon e pareceu-me interessante. Vai para a minha lista thanks!
Re: Desabafos... (Off-TopiC)
É bom.
Eu gostei muito, pelo menos.
Uma vez que já foste de férias tens aqui outras sugestões, então.
Eu gostei muito, pelo menos.
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Re: Desabafos... (Off-TopiC)
Narcos /NETFLIX
Acabei de ver a 1ª temporada e vou agora iniciar a 2ª. Eu que não grande fã de séries achei-a excelente e a sua qualidade parece reflectir a liberdade criativa vigente na Netflix. Daí talvez o seu sucesso (e da produtora/distribuidora). A ideia de que as séries de televisão são obras de qualidade inferior aos filmes de cinema é algo que começa a não fazer sentido. O desempenho de Wagner Moura é 5* ; o actor evoluiu bastante desde Tropa de Elite e este trabalho poderá projecta-lo para um nível bem mais elevado. E enquanto a Netflix com essa política de liberdade criativa soma sucessos (e clientes) os grandes estúdios de hollywood somam desastres; este ano, embora com resultados financeiros globais ligeiramente superiores aos do ano passado a quantidade de flops é enorme! Em oposição a esta cenário em Abril deste ano (2016), a Netflix declarou ter 81,6 milhões de assinantes em 190 países. Com o anúncio da evolução do serviço para o patamar 4K será que estamos a assistir ao inicio da morte das tradicionais salas de cinema? ou será que a tecnologia 4DX (e upgrades) ainda as poderão salvar?
Acabei de ver a 1ª temporada e vou agora iniciar a 2ª. Eu que não grande fã de séries achei-a excelente e a sua qualidade parece reflectir a liberdade criativa vigente na Netflix. Daí talvez o seu sucesso (e da produtora/distribuidora). A ideia de que as séries de televisão são obras de qualidade inferior aos filmes de cinema é algo que começa a não fazer sentido. O desempenho de Wagner Moura é 5* ; o actor evoluiu bastante desde Tropa de Elite e este trabalho poderá projecta-lo para um nível bem mais elevado. E enquanto a Netflix com essa política de liberdade criativa soma sucessos (e clientes) os grandes estúdios de hollywood somam desastres; este ano, embora com resultados financeiros globais ligeiramente superiores aos do ano passado a quantidade de flops é enorme! Em oposição a esta cenário em Abril deste ano (2016), a Netflix declarou ter 81,6 milhões de assinantes em 190 países. Com o anúncio da evolução do serviço para o patamar 4K será que estamos a assistir ao inicio da morte das tradicionais salas de cinema? ou será que a tecnologia 4DX (e upgrades) ainda as poderão salvar?