Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

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rui sousa
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Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

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Jersey Boys - Clint Eastwood [2014]

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http://www.imdb.com/title/tt1742044/

Sinopse (Cinecartaz)
“Jersey Boys” conta a história da formação, ascensão e queda de um dos mais emblemáticos grupos musicais da década de 1960: os Four Seasons. Oriundos de famílias problemáticas de Nova Jérsia (EUA) e desde cedo envolvidos em pequenos delitos, quatro jovens decidem criar uma banda. O filme, cuja narração é acompanhada por algumas das suas mais conhecidas canções, segue não apenas o percurso musical destes rapazes mas também o código de honra com que sempre se regeram nas suas lutas pessoais, dentro ou fora do palco. Os clássicos "Sherry", "Big girls don’t cry", "Walk like a man", "Dawn", "Rag doll", "Bye bye baby" ou "Who loves you" estão agora a ser redescobertos por uma nova geração de fãs através do musical da Broadway vencedor de um Tony que, desde 2004, tem corrido algumas das mais importantes salas de espectáculo de todo o mundo e que é agora adaptado ao grande ecrã.
Com assinatura do veterano Clint Eastwood ("Cartas de Iwo Jima", "Gran Torino", "Invictus"), uma cinebiografia sobre os quatro rapazes de Nova Jérsia e a sua busca pela música. Conta com a participação dos actores John Lloyd Young, Vincent Piazza, Christopher Walken, Erich Bergen, Michael Lomenda, Joey Russo, Donnie Kehr e Erica Piccininni, entre outros.
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by rui sousa »

Jersey Boys: glórias e derrotas do sonho americano

É a celebração cinematográfica, assinada pelo veterano Clint Eastwood, de uma das bandas americanas mais famosas de sempre. Baseado no musical homónimo de grande sucesso da Broadway que passou por vários outros palcos do mundo, Jersey Boys é uma delícia visual que tem causado opiniões várias e extremas, mas não há dúvida que o filme merece ser descoberto. Estreia esta semana.

Acompanhamos o percurso dos elementos dos The Four Seasons, e todos nos contam, à sua maneira e em monólogos com a câmara, as circunstâncias e problemáticas que rodearam o sucesso e evolução do grupo, começando por Tommy DeVito (Vincent Piazza, da série Boardwalk Empire), um jovem vigarista que dedica parte do seu tempo aos concertos da sua pequena banda. Tommy irá convidar o talentoso Frankie Valli (John Lloyd Young) para se juntar à banda, e mais tarde entrará o compositor Bob Gaudio (Erich Bergen), que será o responsável por muitos dos maiores êxitos dos Seasons. A completar o conjunto está Nick Massi (Michael Lomenda), formando este quarteto uma das bandas mais bem sucedidas da cena musical norte-americana das décadas de 60 e 70.

O regresso de Clint Eastwood à realização faz-se com um filme que, tal como alguns dos anteriores, foi recebido pelo público e pela crítica sem conseguir gerar nenhum consenso. Esta é uma situação que se tem vindo a tornar constante, e alguns dos casos em questão tornam essa tão grande variedade de opiniões num fenómeno interessante (o que se sucedeu com Hereafter – Outra Vida e J. Edgar é disso exemplo). Contudo, talvez Jersey Boys, mesmo que se enquadre numa linha de estilo semelhante a todos os filmes que se sucederam ao magnífico Gran Torino, possa ser visto como um objeto de estudo à parte, diferente dos seus pares.

Isto porque esta adaptação do musical da Broadway é dificilmente associável a outras obras de Eastwood, já que este parece não ser um filme assinado pelo lendário cineasta americano, responsável pelo arrasador western Indomável e pelo conto de crime e relações/perturbações humanas de Mystic River. Apesar de manter alguns elementos fundamentais do aspeto visual e narrativo do seu cinema, como a fotografia de Tom Stern (que colabora com o realizador há mais de dez anos, mais precisamente desde Bloodwork – Dívida de Sangue), os planos, a grandiosa reconstituição de uma época perdida nas memórias de quem a viveu, o relato de uma história tipicamente americana (de sucesso, decadência e crescimento), como outros pequenos mas essenciais detalhes da fita, e que tornaram Eastwood inconfundível no cinema do nosso tempo, Jersey Boys aposta na diferença – e isso pode causar agrado a uns e descontentamento a outros.

É que, no fim de contas, a narrativa aposta num fio condutor convencional. Mas a essa convencionalidade são acrescentados alguns mecanismos que a conseguem tornar mais interessante. É o caso, a título de exemplo, da escolha de múltiplos narradores que contam, na primeira pessoa e na sua perspetiva, os prós e os contras de cada um dos problemas e triunfos com a banda terá que saber lidar (sendo que os quatro membros dos The Four Seasons terão o seu tempinho para desabafarem com a câmara, e aumentarem a proximidade com o espectador). E à forma como se desenvolve a procura pelo sucesso é acrescentada uma interessante simbologia relacionada com o crescimento da música e da sociedade americanas.

E não deixa de ser relevante, e ao mesmo tempo desconcertante, o resultado final que Eastwood faz com estas subtilezas, através de um produto que tem tanto de clássico como de alternativo, ao contar todos os passos de um grupo de músicos e do seu vocalista que ambicionava ser maior do que Sinatra. Há uma forte aposta num tom sarcástico e com uma certa comicidade em relação aos dramas das personagens. Mas em cada cena, a opinião que temos de Frankie, Tommy, Bob e Nick pode ser radicalmente alterada – porque, se Tommy, primeiro narrador do filme (que nos guia pelos meandros de um bairro italo-americano nos primórdios dos anos 50), e que até ao início dos Four Seasons acaba por ser o equilíbrio entre a ingenuidade do protagonista e o mundo de vigarice e egoísmo que o rodeia, já algum tempo depois as coisas mudam completamente, e é ele o desgraçado, dependente da vontade dos seus colegas para suportar os seus atos que acabarão por, em parte, destruir o grupo.

Jersey Boys liga passado e presente quebrando por múltiplas ocasiões a quarta parede e a normal continuação do percurso físico e psicológico das personagens, numa história que reflete as tendências culturais de uma época e os excessos que, infelizmente, não se restringem apenas aos anos 60. E se não conseguimos precisar bem, às tantas, se a história é mais sobre Valli ou sobre os Seasons, também podemos ficar atónitos, ou maravilhados (consoante os gostos de cada um), com a mistura entre o drama e o grande espetáculo hollywoodesco, cheio de glamour, festa e muita música. Ouvimos os êxitos com outra roupagem, mas que se coaduna sempre muito bem com o filme.

O visual de Jersey Boys está impecável, como já é habitual em Clint Eastwood. E o filme, no seu todo – e apesar de algumas incongruências e buracos do argumento -, consegue tornar-se numa peça de brilhante entretenimento, que segue as regras dos clássicos da indústria e que nos faz lembrar como fazem falta mais filmes assim a chegarem às salas. Filmes onde o cuidado técnico e sensorial estão acima de todas as coisas, e apesar das diferentes apreciações que o filme possa gerar, é algo que não consegue ser menosprezado por ninguém.

Sendo um biopic astuto, divertido e, em parte, original, Jersey Boys não interessa somente pelos factos que retrata, como também pelas fragilidades que atribui aos seus heróis (algo também comum a outros protagonistas de Eastwood, que escondem com a atitude um lado mais delicado). Essas figuras tornam-se espectadoras e avaliadoras das suas próprias desgraças, recuando e avançando no tempo e relembrando as vitórias, as derrotas, as feridas e os que ficaram pelo caminho na batalha pelo estrelato, e na luta pela conquista da América. Um exuberante espetáculo emocional e musical, com grandes interpretações, onde a História do rock se confunde com a História de um país, ilustrando todas as armadilhas que isso possa proporcionar.

8.5/10
In http://www.espalhafactos.com/2014/09/18 ... americano/
rui sousa
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by rui sousa »

Uma conversa muito interessante entre os membros do À Pala de Walsh sobre este filme. Vale a pena ouvir!

Grande Guru
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Grande Guru »

N imagiva nada como possível q o CE fosse realizar um filme com esta premissa....
Samwise
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Samwise »

Grande Guru wrote:N imagiva nada como possível q o CE fosse realizar um filme com esta premissa....
Porquê?

Pelo que o Rui escreveu, parece-me bem dentro de alguma das temáticas mais representativas do cinema que o caracteriza enquanto realizador - com a música em primeiro plano, e o retrato sócio-cultural da America a ser traçado a partir de "dentro" dos protagonistas...
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Grande Guru »

Ok, a música como primeiro plano? que outro filme ele realizou tendo esse tema como premissa? a segunda parte é mto comum a mtos filmes seja de que realizador for, pelo q na essência o filme é acima de tudo a parte musical....
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by rui sousa »

Grande Guru wrote:Ok, a música como primeiro plano? que outro filme ele realizou tendo esse tema como premissa?
Honkytonk Man? Bird?

A música não é o primeiro plano, nestes dois filmes e no Jersey Boys. Mas se os filmes falam de músicos... obviamente que vão meter música. Mas aqui não tem uma função de "musical"...
Samwise
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Samwise »

Há ainda um documentário (ou um episódio) que ele realizou sobre Blues e uma série de composições e de bandas sonoras que assinou nesta última década também.

Fora deste registo meramente factual, é estar atento ao papel que a música desempenha nos seus filmes, a começar logo pelo início, no Play Misty for Me. :wink:
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Samwise »

Lindo! Lindo! Lindo!

Durante não sei quanto tempo andei a ignorar/evitar este filme até que, numa conversa com o Cabeças, o título veio à baila. Compreendo que não seja fácil acompanhar um filme se não se gostar da música ou dos intérpretes, da voz... - mas eu por acaso até gosto bastante dos Four Seasons, da voz de falseto do Valli, e sobretudo do fantástico Can't Take My Eyes Off You - a tal música que está a passar na televisão enquanto a rapaziada joga snooker na cena do bar em O Caçador. Foi nesse filme que a ouvi pela primeira vez, muito antes de saber quem era o Valli, mas ficou-me marcada desde então...

Depois de em 2008 ter realizado o The Changeling e o Gran Torino, em 2014 o Master Clint repete a proeza e mete cá fora dois grandes filmes! Confesso que não achei nada por aí além nenhum dos outros filmes que ele realizou nos entretantos. Só me faltava ver este, e devido a esses outros andei a protelar. Big Mistake!

Não te ofendas, THX, não é nada de pessoal, mas tenho de dar um 9/10 a este Jersey Boys. salut-) salut-) salut-)

O final deste filme é mágico - caiu-me no goto. E achei muita piada ao Joe Pesci, que entra como... personagem! "Funny how?!" :lol:
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Samwise »

A "tal cena":



O Christopher Walken faz de gangster no Jersey Boys, e de "anjo da guarda" de Frankie Valli ... :mrgreen:

(e o Clint Eastwood participou no filme do Cimino que antecedeu o The Deer Hunter como?-) )
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by rui sousa »

A crítica do LMO também expõe esse paralelo com o Deer Hunter:
Jersey Boys é demasiado estranho para ser banal

O mais interessante, e a vários títulos o mais misterioso, dos filmes deste último período eastwoodiano.

Se, como tudo o que Clint rodou desde Gran Torino, parece um filme “desligado” (e “desligado”, antes do mais, da obra do seu autor), é também o mais interessante, e a vários títulos o mais misterioso, dos filmes deste último período eastwoodiano.

É a estranheza da narração, e da reconstituição, pois quase parece (New Jersey, os ítalo-americanos, a máfia) um filme de Scorsese “decomposto”, em sucessivas cenas sem marcação cronológica e sem grande cuidado “verista”, como o mostra a falta de preocupação com a maquilhagem dos actores e com outros instrumentos “realistas” de sinalização da passagem do tempo – o que dá um resultado bastante bizarro, bastante singular. Depois há aquela auto-citação estranhíssima – um televisor mostra o jovem Clint, nos tempos em que era protagonista da série Rawhide – e uma série de círculos intrigantes. Como este: a primeira presença de Christopher Walken num filme de Clint Eastwood, ele que foi actor no Caçador de Cimino, onde uma canção dos Four Seasons (“biografados” em Jersey Boys) tinha lugar de destaque, e sem esquecer o “padrinho” de Cimino em Hollywood foi… Clint Eastwood. Não se acredita em coincidências, e tudo isto é demasiado estranho para resultar num filme banal.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/no ... al-1670717
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by Samwise »

Mas que crítica tão "desligada" por parte do LMO. Desta vez sou eu que tenho vontade de desancar um crítico: o texto parece ter sido elaborado (eufemismo) segundo o princípio do menor esforço, e de forma a poder ocupar o cantinho da página que sobrou no jornal impresso.

É uma pena, porque o LMO até costuma fazer uns textos jeitosos sobre o Eastwood, inclusivamente para a Cinemateca.

Eu sei porque é que o filme parece "estranho" - é porque já ninguém em Hollywood faz filmes "destes", sobre uma banda dos anos 50/60/70, sobre o "sonho americano que quase chegou a sê-lo," uma montra cénica ao mesmo tempo conservadora e moderna (o look é "retro", mostra o antigo como que retocado pelas tecnologias modernas - fazendo depois inclusivamente a transfiguração do antigo para o novo nos últimos momentos de fita, usando um mecanismo que apenas o cinema permite), e com uma abordagem ultra-cândida, ternurenta e "feel-good". Os temas "difíceis" são tratados com pinças e o tom é de fábula encantadora, temperada com "pop-and-roll".

Dizendo de outras forma, é uma fita de puro entretenimento dentro da melhor tradição narrativa americana e que, não sendo para levar a sério, conta uma história que foi a sério.

Mas ajuda de facto gostar da música... :mrgreen:
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José
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Re: Jersey Boys (2014) - Clint Eastwood

Post by José »

Maravilha de filme, maravilha de filme!

Retrato musicado sempre bem disposto e de cabeça erguida sobre os The Four Seasons - a sua formação, existência musical e eventual derrocada. Que Eastwood domina bem as matérias musicais, não há grandes dúvidas - o notável "Bird - Fim do Sonho" bastaria para servir de exemplo; quase que não é preciso evocar a excelência das composições musicais que ele elaborou para as suas próprias realizações cinematográficas.

Que ele assuma tudo isto de forma tão jovial, aparentemente ligeira e desempoeirada é que é refrescante. Adorei tudo, das confissões de toada humorística a quebrar a 4th wall, do ritmo vibrante e festivo do filme, das interpretações do excelso elenco e da metódica reconstituição de época - primorosa, na verdade.

Uma nota particularmente cómica é a da inclusão do próprio Eastwood numa cena lá pelo meio: ele aparece na televisão, na sua série Rawhide, como que a tipificar que naquela época já tinha existência mediática e que estava a participar naquela famosa série televisiva.

A rever, a rever - ainda para mais tendo descoberto que, afinal, conhecia mais canções do grupo do que aquelas que pensava. Jersey Boys merecia ter tido outra atenção aquando da altura do seu lançamento e ocupa, desde já e quanto a mim, particular destaque no magnífico cânone Eastwoodiano.
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