Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

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Rui Santos
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by Rui Santos »

José wrote: April 8th, 2020, 10:55 am Revisto recentemente. Bem, apesar do filme já ter mais de 20 anos, tudo o que considero ser relevante ficará em SPOILER, não quero "estragar" nada a ninguém. É apenas a minha interpretação. Como já tinha referido algures aqui no fórum, "Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados" é uma obra tão complexa e enigmática, um thriller psicossexual repleto de camadas tão intrincadas que, a cada visionamento, construímos sempre um novo "olhar" (passo a redundância).
---

Tendo em conta os mais recentes episódios trazidos a lume pelos movimentos “Time’s Up” e “Me Too”, estes pontos temáticos ganham especial relevância – perante isto, chego a pensar ainda mais naquilo que se sempre se ouviu ou leu sobre o filme, relativamente às dificuldades que Kubrick terá enfrentado nos bastidores aquando da produção de tão fascinante objecto cinematográfico…
José, li o que escreveste... e fiquei com vontade de rever o filme com muita atenção...

É por posts assim que o fórum se mantém no ar... e irá manter durante longos anos. Obrigada.
Tirei de spoiler a última frase... confesso que nunca li nada sobre este filme e o “Time’s Up” e “Me Too”... se depois poderem desenvolver é uma boa ideia.
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José
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by José »

Rui Santos wrote: April 8th, 2020, 8:17 pm
José wrote: April 8th, 2020, 10:55 am Revisto recentemente. Bem, apesar do filme já ter mais de 20 anos, tudo o que considero ser relevante ficará em SPOILER, não quero "estragar" nada a ninguém. É apenas a minha interpretação. Como já tinha referido algures aqui no fórum, "Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados" é uma obra tão complexa e enigmática, um thriller psicossexual repleto de camadas tão intrincadas que, a cada visionamento, construímos sempre um novo "olhar" (passo a redundância).
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Tendo em conta os mais recentes episódios trazidos a lume pelos movimentos “Time’s Up” e “Me Too”, estes pontos temáticos ganham especial relevância – perante isto, chego a pensar ainda mais naquilo que se sempre se ouviu ou leu sobre o filme, relativamente às dificuldades que Kubrick terá enfrentado nos bastidores aquando da produção de tão fascinante objecto cinematográfico…
José, li o que escreveste... e fiquei com vontade de rever o filme com muita atenção...

É por posts assim que o fórum se mantém no ar... e irá manter durante longos anos. Obrigada.
Tirei de spoiler a última frase... confesso que nunca li nada sobre este filme e o “Time’s Up” e “Me Too”... se depois poderem desenvolver é uma boa ideia.
Rui, muito obrigado pelo seu comentário. Obrigado mesmo. É um verdadeiro prazer poder estar neste fórum, "ler-vos" e contribuir de qualquer maneira para o ir alimentando. É um espaço maravilhoso e imprescindível na minha vida.

Apenas quero reforçar que a ligação que faço dos movimentos "Time's Up" e "Me Too" ao "Eyes Wide Shut" prende-se com o facto
desses movimentos terem trazido à luz do dia inúmeros casos de abusos (sexuais, morais, psicológicos) praticados por pessoas em posições de poder - no meio cinematográfico e não só, claro - , contando nesse processo com a conivência e cumplicidade daqueles que estavam à sua volta, espectadores passivos e/ou possibilitadores dessas práticas tão condenáveis. Olhando com toda uma outra perspectiva e sabendo agora os "submundos" que esses movimentos sociais desvendaram, cada vez mais penso que Stanley Kubrick terá querido logo na altura criticar de forma velada, mas subtil, muito do que se passava nos "bastidores" Hollywoodianos.
Samwise
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by Samwise »

José, já tive oportunidade de ler o teu comentário interpretativo e quero parabenizar-te publicamente pelo mesmo. :mrgreen:

São de longe os melhores apontamentos sobre o filme que vieram aqui parar ao fórum. salut-) salut-) salut-)

Gostei particularmente do modo como ligas o significado dos(s) título(s) ao que depois a narrativa nos revela enquanto comentário sobre a hipocrisia - e como o modelo narrativo centrado no Cruise nos guia pela mão através desse modelo social cinicamente aceite. Mas gostei mesmo de ler toda a exposição. Agora sou eu que digo: "adorei a maneira como colocaste as coisas". Muito, muito bom!
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.

«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death

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José
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by José »

Samwise wrote: April 9th, 2020, 10:48 am José, já tive oportunidade de ler o teu comentário interpretativo e quero parabenizar-te publicamente pelo mesmo. :mrgreen:

São de longe os melhores apontamentos sobre o filme que vieram aqui parar ao fórum. salut-) salut-) salut-)

Gostei particularmente do modo como ligas o significado dos(s) título(s) ao que depois a narrativa nos revela enquanto comentário sobre a hipocrisia - e como o modelo narrativo centrado no Cruise nos guia pela mão através desse modelo social cinicamente aceite. Mas gostei mesmo de ler toda a exposição. Agora sou eu que digo: "adorei a maneira como colocaste as coisas". Muito, muito bom!
Caro Samwise: obrigado, muito obrigado pelos teus parabéns e pelo comentário! salut-) yes-) O filme é um grande marco na minha vida, ficou comigo desde que o vi com tenra idade.
Helder Fialho
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by Helder Fialho »

Muito bom, José. É também essa a minha visão. yes-)

Vinte (e um) anos após a estreia, o Eyes Wide Shut ainda é o filme geralmente menos apreciado e compreendido do Kubrick. Nada de novo. Foi sempre assim com quase todos os filmes dele. Todos foram demasiado avançados para a sua época e, com o passar do tempo, foram sendo compreendidos e vistos de outra forma, tendo-lhes sido dado o devido valor. Acontecerá o mesmo com o Eyes Wide Shut. Chegará o tempo dele. Mas talvez não nos Estados Unidos, onde os eyes estão particularmente shut, cala-se muito e consente-se ainda mais.

Pouca coisa tenho a acrescentar à exposição absolutamente perfeita que o José fez. Este filme cheio de camadas cada vez mais densas à medida que avança, é a transposição para imagens do lema oriental dos três macacos: Não vejo nada, não oiço nada, não digo nada. A odisseia do Bill leva-o a vários encontros com mulheres, cada um mais estranho do que o anterior, mas todos eles significativos. Cada cena com cada mulher é um episódio na história. Todas as personagens são más, não há um aspecto positivo e redentor.

Em defesa do Bill, acho que ele também não diz nada, sobretudo após o ritual orgiástico, porque
o Ziegler, a personagem do Pollock, e antes dele, mesmo o próprio Red Cloak (a personagem vestida de Inquisidor sentado no trono no meio do círculo formado pelas mulheres), ambos o avisam (eu diria mesmo ameaçam), o intimam para não falar do que se passa ali a ninguém. Caso contrário, é legítimo pensarmos, podem acontecer certas coisas a ele ou a quem o rodeia e a prova disso é que o recepcionista do hotel diz ao Bill que o Nick saiu de lá com um ar assustado e com marcas na cara de quem foi espancado e escoltado por dois homens de aspecto sinistro.
Isto leva-me a algo que gostava de acrescentar. Parece-me haver também um subtexto de diferença de classes no filme e de choque entre a classe alta burguesa que habita as altas esferas da sociedade e a classe média, representada pelo Bill e pela Alice.
O Ziegler, que aparece quase no final do filme, aparece também no princípio do filme. A festa de Natal do início do filme é dada pelo Ziegler, que é muito rico. Esse é o primeiro momento em que o Bill entra num mundo estranho, que não é o dele, mas que ele parece querer experimentar. Um mundo onde quem tem dinheiro pode dar-se ao luxo de todos os prazeres. Todos mesmo. E a todas as fantasias sexuais possíveis. Aquela é de facto a versão limpa da festa na mansão. Quando as duas modelos se aproximam dele, uma delas pergunta-lhe, tentando-o "do you wanna know where the rainbow ends?" e ele, percebendo a ideia, sorri, ri-se e, apesar de mostrar o anel de noivo, dá a ideia de que "não era mal pensado, não senhor". Na orgia da mansão, são provavelmente as mesmas pessoas da primeira festa, só que ali têm as máscaras. Há muito boa gente riquíssima, sobretudo na América, que não só faz parte como gere bacanais e isso não é do conhecimento público nem convém que seja. Veja-se o caso do Jeffrey Epstein, falecido no ano passado. Ele geria uma rede de prostituição de miúdas de menos de 20 anos e da lista de clientes constavam pessoas das altas esferas da sociedade como o Príncipe Andrew de Inglaterra e também políticos antigos e actuais e cardeais, entre outros. E ele mantinha tudo isto secreto, não era suposto que ninguém soubesse, para manter a sua posição respeitável de magnata e filantropo. Ele tinha tanto dinheiro que comprou uma ilha onde construiu o seu resort privado, para onde levava as meninas. O Bill julga que consegue entrar nesse mundo mas não consegue. Ele está a mais ali. É um estranho. E isso é notado na mansão, apesar do disfarce dele ser exactamente do mesmo tipo do dos outros convidados. Ele está numa posição ali igual aos outros, mas na verdade não está e nunca se encaixa.

Um detalhe interessante: A prostituta, a Mandy, que morre de overdose, é a mesma mulher mascarada que salva o Bill e redime-o. Após a conversa do Bill com o Ziegler, ficam a pairar no ar mais perguntas do que respostas. O Ziegler afirma peremptoriamente que a Mandy morreu de overdose mas eu não acredito. Para mim, uma das pessoas mascaradas matou-a por ela ter salvo o Bill. Quem sabe se não foi o próprio Ziegler? Ele estava na orgia. Aliás, ele diz isso ao Bill. Ele diz-lhe que era um dos mascarados.
Last edited by Helder Fialho on April 10th, 2020, 4:56 pm, edited 1 time in total.
José
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by José »

Helder Fialho wrote: April 10th, 2020, 2:55 am Muito bom, José. É também essa a minha visão. yes-)

Vinte (e um) anos após a estreia, o Eyes Wide Shut ainda é o filme geralmente menos apreciado e compreendido do Kubrick. Nada de novo. Foi sempre assim com quase todos os filmes dele. Todos foram demasiado avançados para a sua época e, com o passar do tempo, foram sendo compreendidos e vistos de outra forma, tendo-lhes sido dado o devido valor. Acontecerá o mesmo com o Eyes Wide Shut. Chegará o tempo dele. Mas talvez não nos Estados Unidos, onde os eyes estão particularmente shut, cala-se muito e consente-se ainda mais.

Pouca coisa tenho a acrescentar à exposição absolutamente perfeita que o José fez. Este filme cheio de camadas cada vez mais densas à medida que avança, é a transposição para imagens do lema oriental dos três macacos: Não vejo nada, não oiço nada, não digo nada. A odisseia do Bill leva-o a vários encontros com mulheres, cada um mais estranho do que o anterior, mas todos eles significativos. Cada cena com cada mulher é um episódio na história. Todas as personagens são más, não há um aspecto positivo e redentor.

Em defesa do Bill, acho que ele também não diz nada, sobretudo após o ritual orgiástico, porque
o Ziegler, a personagem do Pollock, e antes dele, mesmo o próprio Red Cloak (a personagem vestida de Inquisidor sentado no trono no meio do círculo formado pelas mulheres), ambos o avisam (eu diria mesmo ameaçam), o intimam para não falar do que se passa ali a ninguém. Caso contrário, é legítimo pensarmos, podem acontecer certas coisas a ele ou a quem o rodeia e a prova disso é que o recepcionista do hotel diz ao Bill que o Nick saiu de lá com um ar assustado e com marcas na cara de quem foi espancado e escoltado por dois homens de aspecto sinistro.
Isto leva-me a algo que gostava de acrescentar. Parece-me haver também um subtexto de diferença de classes no filme e de choque entre a classe alta burguesa que habita as altas esferas da sociedade e a classe média, representada pelo Bill e pela Alice.
O Ziegler, que aparece quase no final do filme, aparece também no princípio do filme. A festa de Natal do início do filme é dada pelo Ziegler, que é muito rico. Esse é o primeiro momento em que o Bill entra num mundo estranho, que não é o dele, mas que ele parece querer experimentar. Um mundo onde quem tem dinheiro pode dar-se ao luxo de todos os prazeres. Todos mesmo. E a todas as fantasias sexuais possíveis. Aquela é de facto a versão limpa da festa na mansão. Quando as duas modelos se aproximam dele, uma delas pergunta-lhe, tentando-o "do you wanna know where the rainbow ends?" e ele, percebendo a ideia, sorri, ri-se e, apesar de mostrar o anel de noivo, dá a ideia de que "não era mal pensado, não senhor". Na orgia da mansão, são provavelmente as mesmas pessoas da primeira festa, só que ali têm as máscaras. Há muito boa gente riquíssima, sobretudo na América, que não só faz parte como gere bacanais e isso não é do conhecimento público nem convém que seja. Veja-se o caso do Jeffrey Epstein, falecido no ano passado. Ele geria uma rede de prostituição de miúdas de menos de 20 anos e da lista de clientes constavam pessoas das altas esferas da sociedade como o Príncipe Andrew de Inglaterra e também políticos antigos e actuais e cardeais, entre outros. E ele mantinha tudo isto secreto, não era suposto que ninguém soubesse, para manter a sua posição respeitável de magnata e filantropo. Ele tinha tanto dinheiro que comprou uma ilha onde construiu o seu resort privado, para onde levava as meninas. O Bill julga que consegue entrar nesse mundo mas não consegue. Ele está a mais ali. É um estranho. E isso é notado na mansão, apesar do disfarce dele ser exactamente do mesmo tipo do dos outros convidados. Ele está numa posição ali igual aos outros, mas na verdade não está e nunca se encaixa.

Um detalhe interessante: A prostituta, a Mandy, que morre de overdose, é a mesma mulher mascarada que salva o Bill e redime-o. Após a conversa do Bill com o Ziegler, ficam a pairar no ar mais perguntas do que respostas. O Ziegler afirma peremptoriamente que a Mandy morreu de overdose mas eu não acredito. Para mim, uma das pessoas mascaradas matou-a por ela ter salvo o Bill. Quem sabe se não foi o próprio Ziegler? Ele estava na orgia. Aliás, ele diz isso ao Bill. Ele diz-lhe que era um dos mascarados.

Helder Fialho: Antes de mais, obrigado! Obrigado pelas palavras, que me deixam até sem jeito… Segundo: De acordo, absolutamente de acordo com tudo o que foi descrito, daqui até à lua!

Sempre achei
que a festa inicial, o tipo de festa que Ziegler dá todos os Natais, é basicamente um casting que ele faz anualmente para recrutar pessoas e organizar os "emparelhamentos" para as festas de orgia.

Quando as duas modelos aproximam-se de Bill e o seduzem, dizem essa frase "Do you wanna know where the rainbow ends?"; atente-se neste pormenor "delicioso": a loja de disfarces chama-se… "Rainbow". Insisto: acho que esta loja está e sempre esteve ligada às festas de sexo da mansão, não descarto a hipótese de fornecer os disfarces para essas mesmas festas.

Eu também NÃO acredito que a Mandy morreu de overdose - acredito piamente que ela quis salvar a pele ao Bill e ofereceu-se como sacrifício, mesmo com o facto de algum dramatismo da situação na festa ter sido encenado. Ela foi, pura e simplesmente, eliminada, retirada da equação para dar mais peso à intimidação que Bill sofre posteriormente.

Quanto aos paralelos com os casos que vieram a lume na vida real, cada vez mais me convenço que este filme de Kubrick mexeu na altura com muitas estruturas que usavam e se moviam no meio cinematográfico com outros fins não tão nobres; daí o filme ter tido uma produção algo atribulada, com algumas querelas com o estúdio e tudo.
Ludovico
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Re: Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999) - S. KUBRiCK

Post by Ludovico »

Olá a todos.Estive a relêr o que foi dito nos últimos posts sobre este filme e devo confessar que continuo fascinado pelas nossas conversas.Digo isto,porque apesar de concordar que este filme é muito bom,no geral,está longe de ser a obra prima como eu já vi apelidá-lo aqui.Adoro Kubrick,acho-o um dos melhores autores americanos do século XX mas DISCORDO FORTEMENTE da perfeição que muitos dizem sobre este filme.Falar sobre este filme daria pano para mangas(como está ser neste momento no fórum)e esse é o maior elogio que se pode fazer a Kubrick( e eu voltarei ao filme ao pormenor daqui a algum tempo em forma de critica profunda).Para mim,Kubrick neste filme foi "ultrapassado" qualitivamente,na época por Beleza Americana de Sam Mendes e à pouco tempo atrás com Gone Girl-Em parte Incerta de David Fincher.Para mim,esses 2 filmes é que são a maravilha narrativa que muitos acham acerca de EWS.Quer Beleza Americana mas,talvez, ainda de uma forma mais perfeita,em Gone Girl,fizeram-se os melhores filmessobre o Matrimónio na História do Cinema.
Voltar para me explicar melhor em breve.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
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