The Family (2013) - Luc Besson
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The Family (2013) - Luc Besson
Estreia hoje.
IMDB
Sinopse:
Um chefe da máfia e a sua família são enviados para uma pacata cidade em França, ao abrigo do Programa de Proteção de Testemunhas, após terem denunciado os seus amigos do crime. Apesar dos esforços do Agente Stansfield para os "manter na linha", Fred Blake, a sua mulher Maggie e os seus filhos, Belle e Warren, não conseguem evitar recorrer aos velhos hábitos de resolver os problemas ao estilo da "família". O caos instala-se quando os seus antigos companheiros da máfia os tentam encontrar e quando isso acontece, as situações são resolvidas da forma mais improvável...
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Sinopse:
Um chefe da máfia e a sua família são enviados para uma pacata cidade em França, ao abrigo do Programa de Proteção de Testemunhas, após terem denunciado os seus amigos do crime. Apesar dos esforços do Agente Stansfield para os "manter na linha", Fred Blake, a sua mulher Maggie e os seus filhos, Belle e Warren, não conseguem evitar recorrer aos velhos hábitos de resolver os problemas ao estilo da "família". O caos instala-se quando os seus antigos companheiros da máfia os tentam encontrar e quando isso acontece, as situações são resolvidas da forma mais improvável...
Re: The Family (2013) - Luc Besson
«Malavita» (denominado «The Family» nos states talvez para melhores resultados comerciais - tal como aconteceu, por exemplo, com a adaptação do título de «Harry Potter e a Pedra Filosofal» para o mercado americano na sua estreia original) é o regresso ao mundo da máfia do lendário Robert de Niro. Muitos anos depois de ter feito clássicos incontornáveis como «O Padrinho - Parte II» e «Tudo Bons Rapazes» (referenciado de uma forma curiosa nesta fita), de Niro parece estar de volta a uma série de papéis mais relevantes, após uma época mais morta da sua carreira cinematográfica. Depois de uma considerável surpresa com «Last Vegas», «Malavita» é mais uma prova do triunfal regresso do excelente ator. O filme de Luc Besson, realizador conhecido pela ação cinematográfica fulgurante e, muitas vezes, excessiva que rodeia as suas obras (veja-se «Nikita - Dura de Matar», ou um exemplo com muito mais qualidade, «Léon, o Profissional»), assina em «Malavita» um filme de gangsters muito decente, com bons e maus momentos técnicos onde, basicamente, se tenta desconstruir esse género de filmes contando uma história com o seu quê de desinspiração e banalidade. Com produção executiva de Martin Scorsese (daí a referência a «Goodfellas»?) e uma intrigante banda sonora, «Malavita» flutua entre a comédia (onde triunfa muito mais) e a ação a alta velocidade, no retrato de uma família disfuncional que tem de fugir da vingança de um grupo mafioso cujo líder foi denunciado pelo Pai (Robert de Niro). E mesmo que não seja mais do que um objeto de mero interesse do "culto" dos filmes da máfia, é agradável voltar a vê-la a ser retratada no Cinema de uma forma algo relevante e perspicaz.
Com algumas boas invenções de montagem e umas boas porções de diálogos engraçados e interessantes (incluídos em situações vulgares, mas que ganham "sumo" pelo determinado contexto que nos é apresentado), «Malavita» é uma obra que mostra uma violência exacerbada que tanto nos faz rir como, em certos momentos, nos causa um tédio descomunal (e principalmente no final, que parece ter sido construído usando todas as razões menos convincentes possíveis que pudessem ser inventadas, os pretextos para justificar o rumo que decidiram dar à história). Os artifícios visuais de Besson enchem a medida do ecrã, mas não as exigências do espectador que, apesar de gostar de ver a grandiosidade do Cinema, sabe que o mesmo não se faz de cenas aleatórias e incongruentes de grandeza. A justa homenagem aos gangsters do Cinema que é tentada levar a cabo com «Malavita» perde pela inconsistência da estrutura do filme, que só ganham mais "pinta" quando o argumento caricatura alguns elementos que começámos a associar à máfia do grande ecrã: os métodos radicais, as subtilezas das suas vinganças, os excessos da organização e dos seus membros... além de que de Niro brinca também um pouco com a "persona" que criou nesse tipo de fitas, o que é curioso de se contemplar. Cómico, despretensioso, rebuscado às toneladas e repleto de um falso estilo que até dá gosto de ser visto, «Malavita» poderia ter brilhantismo se o seu todo não deixasse um vazio após o visionamento. Falta muita coisa ao filme: uma história mais bem estruturada, que poderia ser tão bem explorada pela "essência" que Besson quis dar a esta trama (e que tem mesmo algo de Scorsese). Mas vê-se com prazer, e até passa muito depressa. E o melhor mesmo é ver que de Niro ainda quer mostrar aos seus milhões de fãs que continua a ser um ator cinematograficamente credível, entrando agora em projetos mais interessantes do que os elaborados anteriormente. Mas agora isto tem de prosseguir numa escalada evolutiva: esperamos obras melhores em tudo o resto, e que não se assentem só no poder do ator...
* * * 1/2
Com algumas boas invenções de montagem e umas boas porções de diálogos engraçados e interessantes (incluídos em situações vulgares, mas que ganham "sumo" pelo determinado contexto que nos é apresentado), «Malavita» é uma obra que mostra uma violência exacerbada que tanto nos faz rir como, em certos momentos, nos causa um tédio descomunal (e principalmente no final, que parece ter sido construído usando todas as razões menos convincentes possíveis que pudessem ser inventadas, os pretextos para justificar o rumo que decidiram dar à história). Os artifícios visuais de Besson enchem a medida do ecrã, mas não as exigências do espectador que, apesar de gostar de ver a grandiosidade do Cinema, sabe que o mesmo não se faz de cenas aleatórias e incongruentes de grandeza. A justa homenagem aos gangsters do Cinema que é tentada levar a cabo com «Malavita» perde pela inconsistência da estrutura do filme, que só ganham mais "pinta" quando o argumento caricatura alguns elementos que começámos a associar à máfia do grande ecrã: os métodos radicais, as subtilezas das suas vinganças, os excessos da organização e dos seus membros... além de que de Niro brinca também um pouco com a "persona" que criou nesse tipo de fitas, o que é curioso de se contemplar. Cómico, despretensioso, rebuscado às toneladas e repleto de um falso estilo que até dá gosto de ser visto, «Malavita» poderia ter brilhantismo se o seu todo não deixasse um vazio após o visionamento. Falta muita coisa ao filme: uma história mais bem estruturada, que poderia ser tão bem explorada pela "essência" que Besson quis dar a esta trama (e que tem mesmo algo de Scorsese). Mas vê-se com prazer, e até passa muito depressa. E o melhor mesmo é ver que de Niro ainda quer mostrar aos seus milhões de fãs que continua a ser um ator cinematograficamente credível, entrando agora em projetos mais interessantes do que os elaborados anteriormente. Mas agora isto tem de prosseguir numa escalada evolutiva: esperamos obras melhores em tudo o resto, e que não se assentem só no poder do ator...
* * * 1/2
Re: The Family (2013) - Luc Besson
Concordo plenamente com a tua crítica (excelente, como sempre), mas penso que te deixaste levar com tanto nome sonante ao dar a pontuação.
Este filme é medíocre, três estrelas no máximo dos máximos, imo.
Este filme é medíocre, três estrelas no máximo dos máximos, imo.
"Fear is the mind killer..."
Re: The Family (2013) - Luc Besson
Eu gostei de certas coisas no filme, principalmente o facto de me ter agarrado com certas particularidades interessantes em algumas cenas mais cómicas do argumento. Não é medíocre, apenas um filmezito interessante. :)
Re: The Family (2013) - Luc Besson
Eu disse medíocre no sentido de mediano, estilo um 2,5 em 5 estrelas.
"Fear is the mind killer..."
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- DVD Maníaco
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Re: The Family (2013) - Luc Besson
Foi dos melhorizinhos em que o RdN tem entrado ultimamente, o q tb n signfica por si só grande coisa. Aliás começo a ficar um pouco saturado das personagens do RdN, em que me parece q a sua interpretação é sempre a mesma. Os mesmos tiques, a mesma postura, dá a sensação q o homem anda em piloto automático, parecendo um pouco as personagens cómicas do J. Depp, todas baseadas nos Piratas das caraíbas.
- Ricardo Ribeiro
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Re: The Family (2013) - Luc Besson
Robert de Niro, como Al Pacino e como tantos outros terminam ingloriamente uma carreira que, num e noutro caso, atingiu os pincaros numa idade já mais avançada do que é costume. Será que se estivesse na posição deles teria a lucidez para me dedicar a outras coisas que me dessem realização e gosto e seria capaz de me retirar na altura certa?
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
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Re: The Family (2013) - Luc Besson
Essa é que é a questão Ricardo...
Sinceramente acho que muitos actores de Hollywood chegam a uma altura em que apenas se servem do seu bom nome para continuar a ganhar uns $$$. Enquanto existir gente que os queira nos seus filmes eles parece que abanam logo a cabeça a dizer que sim. Pelo menos deviam escolher melhor os seus papéis para evitarem o ridículo e de serem repetitivos.
Quando se entra nesta fase da quantidade em prol da qualidade é muito mau, principalmente para um actor como o de Niro ou um Pacino.
Outro que também deveria começar a pensar na reforma era o Scorcese.
Sinceramente acho que muitos actores de Hollywood chegam a uma altura em que apenas se servem do seu bom nome para continuar a ganhar uns $$$. Enquanto existir gente que os queira nos seus filmes eles parece que abanam logo a cabeça a dizer que sim. Pelo menos deviam escolher melhor os seus papéis para evitarem o ridículo e de serem repetitivos.
Quando se entra nesta fase da quantidade em prol da qualidade é muito mau, principalmente para um actor como o de Niro ou um Pacino.
Outro que também deveria começar a pensar na reforma era o Scorcese.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
Re: The Family (2013) - Luc Besson
Não digam assim tão mal do senhor de Niro, ele aqui está bem e na «Golpada Americana» ele aparece por pouco tempo mas... é a prova de que ainda consegue arrasar. E é tudo o que posso dizer. :)
E o Scorsese espero que nunca se reforme. Se o senhor Oliveira pode continuar a fazer filmes até depois dos 100, o Marty bem merece também essa honra.
E o Scorsese espero que nunca se reforme. Se o senhor Oliveira pode continuar a fazer filmes até depois dos 100, o Marty bem merece também essa honra.
Re: The Family (2013) - Luc Besson
O Scorsese reformar-se?? Os seus últimos 4 ou 5 filmes são todos excelentes! Bringing Out the Dead foi o último filme assim menos bom que ele fez, desde então so vêm pérolas.
Re: The Family (2013) - Luc Besson
O Lobo e o melhor Scorsese a seguir a Taxi Driver, Raging Bull e talvez mesmo Goodfellas. Pico de forma inacreditável para quem ja passou os 70 e nao estou a ver outro realizador americano a aproximar- se sequer no panorama atual.
CC - 174 MoC - 73 BFI - 21
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Re: The Family (2013) - Luc Besson
Esqueci-me de referir outro ponto q me chateia e que é comum a vários filmes. O mesmo é passado em frança, e desde o humilde canalizador aos putos na escola, toda a gente sabe falar inglês...LOL
Re: The Family (2013) - Luc Besson
Vi ontem e gostei bastante!
Pareceu-me uma comédia bem conseguida, pelo menos a mim embora não me tenha feito rir (é muito difícil), deixou-me bastante bem disposto.
O Robert De Niro está a meu ver num modo algo contido que lhe aumenta a credibilidade, e a barba e o ar mais velho afastam um bocado a imagem algo estereotipada que tem tido quanto a mim nos últimos anos.
A Michelle Pfeiffer, que sempre achei uma das mulheres mais bonitas do mundo, está francamente velhota, custou-me bastante vê-la assim, embora tenha gostado muito da interpretação que fez.
Os actores que fizeram de miúdos estiveram em grande, tive pena que o Luc Besson não tivesse desenvolvido mais as aventuras deles na escola. A actriz, já é um caso sério em termos femininos!
No meu caso o filme funcionou muito bem. Achei-o uma comédia bem conseguida, refrescante! Se podia estar mais bem estruturada? Sem dúvida, e é pena que não esteja. Mas penso que quem gosta dos actores envolvidos e está familiarizado com os filmes de máfia protagonizados pelo De Niro, achará o filme giro.
Quanto a mim o Luc Besson tem feito uns filmes fantásticos, os meus preferidos continuam a ser o Big Blue, o Angel-A, o 5º Elemento, e claro, o Léon. Estes quatro para mim estão num patamar à parte na filmografia dele.
Pareceu-me uma comédia bem conseguida, pelo menos a mim embora não me tenha feito rir (é muito difícil), deixou-me bastante bem disposto.
O Robert De Niro está a meu ver num modo algo contido que lhe aumenta a credibilidade, e a barba e o ar mais velho afastam um bocado a imagem algo estereotipada que tem tido quanto a mim nos últimos anos.
A Michelle Pfeiffer, que sempre achei uma das mulheres mais bonitas do mundo, está francamente velhota, custou-me bastante vê-la assim, embora tenha gostado muito da interpretação que fez.
Os actores que fizeram de miúdos estiveram em grande, tive pena que o Luc Besson não tivesse desenvolvido mais as aventuras deles na escola. A actriz, já é um caso sério em termos femininos!
No meu caso o filme funcionou muito bem. Achei-o uma comédia bem conseguida, refrescante! Se podia estar mais bem estruturada? Sem dúvida, e é pena que não esteja. Mas penso que quem gosta dos actores envolvidos e está familiarizado com os filmes de máfia protagonizados pelo De Niro, achará o filme giro.
Quanto a mim o Luc Besson tem feito uns filmes fantásticos, os meus preferidos continuam a ser o Big Blue, o Angel-A, o 5º Elemento, e claro, o Léon. Estes quatro para mim estão num patamar à parte na filmografia dele.
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