The Wolf of Wall Street (2013) - Martin Scorsese

[n0odles]

http://www.imdb.com/title/tt0993846/

A New York stockbroker refuses to cooperate in a large securities fraud case involving corruption on Wall Street, corporate banking world and mob infiltration.



gostei do trailer.....a vibe goodfellas é mais que muita.

[tyler durden]

Estou mortinho para ver este filme :) Adoro a dupla Di caprio Martin scorsese.. Pelo trailer reparei que a luminosidade está diferente do habitual de scorsese.. Promete. Será que é desta que o di caprio vai receber oscar? :)

[Samwise]

Está quase... só mais duas semanas...

[lud81]

Promete. Será que é desta que o di caprio vai receber oscar? :)

Epá, merece! E se ganhar Melhor Filme (que também merece!) o DiCaprio é produtor, logo também leva Oscar.

Estamos na presença de um puro Scorsese, na linha de Goodfellas e Casino, retratando a ascenção e queda de um grupo de mafiosos, com montagem rápida e uma excelente banda sonora. Scorsese tem sempre feito bons filmes, mas este é o seu melhor desde The Departed, na minha opinião, e vai tornar-se um clássico obrigatório da sua filmografia (mais um).

O homem continua em excelente forma. Consegue fazer bons filmes diferentes como Hugo, mas também consegue ainda fazer filmes alucinantes como há 20 ou 30 anos! Não perdeu nada com a velhice, Scorsese é um bom vinho.

[nimzabo]

Gostei menos do que o lud81 gostou.
É um filme longo de quase 3 horas mas cheio de ritmo e com algumas partes engraçadas (e mais ou outra pateta).
Como entretenimento é bom mas já a história não é nada de especial.
É um filme típico de Hollywood, com muita ação e muito show off mas com pouco sumo.
Suponho que terá tido um orçamento bastante alto. Aquela cena do barco na tempestade, cena que seria dispensável para a história, e os cinco minutos (ou coisa que o valha) que durou devem ter custado uma nota.
Vê-se bem e é divertido mas para melhor filme preferia algo com mais realismo ou pelo menos outro género de filme.
Gostei muito quer do Di Caprio quer do Jonah Hill e a atriz que contracena com o Di Caprio (a 2ª esposa) também merecia ser destacada naquele tópico das mulheres mais atraentes. Chama-se Margot Robbie e é lindíssima.

[rui sousa]

Vi hoje, é o regresso do Marty às origens: os que dizem que ele devia reformar-se que vão ver o filme. Espero que mudem de opinião. São poucos os que chegam à idade dele e ainda conseguem filmar com esta rebeldia.

Realismo? Isto é baseado numa história verídica! Num mundo de sexo abusivo, drogas e alucinações, o que poderias estar à espera que não isto?

Filme típico de Hollywood, com muito show-off e pouco sumo? O sumo está no show-off, nos delírios e nos problemas em que o Jordan Belfort e os seus "amigos" se metem. São situações da vida de Wall Street, de uma vida para eles "banal", mas que é completamente chocante para o cidadão comum. Tentem espreitar o livro, talvez não haja assim tanto "floreado" cinematográfico naquilo que poderão ver neste Lobo...

A história não é nada de especial? Claro que não, fala de coisas mundanas do dia a dia, que toda a gente conhece mas que poucos têm a coragem de expor em filme. Aconteceu o mesmo com Goodfellas, com Casino, com Raging Bull...

Scorsese ainda tem muito para dar. E o DiCaprio tem aqui uma interpretação espetacular, talvez a mais surpreendente de toda a sua carreira.

[Grande Guru]

Tenho dificuldade em ver um filme com o di caprio, o homem n tem "culpa" mas é um adulto no corpo de um adolescente, o q descridibiliza as suas personagens.

Lembro do Ralph Macchio, q aparentava ter menos uns 10 anos do que tinha na realidade, mas havia a preocupação de lhe dar papeis da idade q aparentava e n da real.

O DiCaprio, tem cara de miudo de 16 anos a fazer papeis de adulto, e isto n me "entra".

N está em causa a sua capacidade ou falta dela de representação, é mesmo o ar teen do gajo q n combina com os papeis q tem feito.

[Ludovico]

Acabei agora de chegar de ver o filme.
Numa expressão: Obra-Prima!!!.
Scorsese misturou Tudo Bons Rapazes, Casino e Wall Street e o resultado é estupendo.
Ainda bem que Scorsese ganhou o Óscar pelo "The Departed" porque assim possibilitou-o de fazer filmes verdadeiramente assombrosos como Shutter Island, A Invenção de Hugo e agora O Lobo de Wall Street. Scorsese parece ter a energia, a vivacidade e a criatividade de um realizador de inicio de carreira, de 30 e 40 anos. Foi consagrado, na minha opinião, por um dos piores filmes da carreira dele mas está melhor do que nunca agora, ele e Spielberg estão numa fase BRILHANTE das carreira deles.
Estão ambos sem pressão nenhuma e isso é uma maravilha de se ver.
Estou de acordo com muitas criticas especializadas, este filme é um delírio:
Prodigiosamente escrito, interpretado e realizado.
Só não gostei do final, como acaba tudo mas tirando isso são 3 horas que passaram a correr, (tive uma experiência parecida recentemente com "A Vida de Ádele" mas este último não é a obra prima que muitos apregoam por aí).Agora DiCaprio tem aqui o seu melhor desempenho isoladamente da carreira dele a par de Apanha- me Se Puderes. Ele já merecia o Óscar por este último e se ganhasse agora era, além de ser justíssimo, era um magnifico coroar de uma carreira quase impar até ao momento.Se Kate Winslet foi coroada porque não é DiCáprio?.
A questão é que a Academia costuma premiar transfomações fisícas arrojadas e aí joga contra ele Maconaguey. Acho que a Academia tem o preconceito do Grande Guru demonstrou no último post. O que parece não fazer sentido nenhum, para mim. Que culpa ele tem de ter na mesma a cara de miúdo de sempre?. Já ganharam óscares interpretações sofriveis de atores feios sejam eles homens sejam mulheres e ele não ganha porquê?. Por puro preconceito, é isso mesmo.
Este ano vai ser a mesma coisa, penso eu, como da vez que ganhou Brody em lugar de Nicholson.
Em relação a "O Lobo de Wall Street" estamos perante a mais uma interpretação memorável de DiCaprio e o filme no seu todo é igualmente prodigioso.
9/10
Agora espero por "Silêncio" .

[bisard]

Faço minhas as palavras do Ludovico. Que espetáculo de filme. Adorei, adorei, adorei!

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Também reforço tudo aquilo que o Ludovico disse. São 3 horas que deslizam como manteiga, um filme completamente lascivo, louco do início ao fim, despido de qualquer tipo de medo ou receio em mostrar a vida daqueles gajos da bolsa tal como ela é. Mais um filme excelente para a coletânea de filmes excelentes do Scorsese, um dos melhores da sua carreira, a aliar-se a obras-primas como Goodfellas, Casino e Shutter Island. Leonardo DiCaprio não faz um mau filme, ele não consegue. Para mim é junto do Christian Bale o melhor ator da sua geração. Versatilidade incomparável, o gajo já fez de tudo. Concordo com o Ludovico com o preconceito da cara do homem, acho que está na altura de desligar a imagem do puto do Titanic e ver o grande ator que está por de trás disso. A Academia já o reconhecia por este filme de uma vez por todas.

Parabéns ao Martin, ao Leo e ao restante elenco e equipa de produção por esta magnífica experiência.

[nimzabo]

Agora DiCaprio tem aqui o seu melhor desempenho isoladamente da carreira dele a par de Apanha- me Se Puderes

Como disse lá atrás também gostei muito do Di Caprio neste filme, agora o melhor desempenho da carreira já não sei.
Fez um filme em que contracenou com o Johnny Depp chamado Gilbert Grape, onde fez o papel de um miúdo com atraso mental.
Dos filmes que vi com ele foi certamente um dos daqueles em que o seu desempenho foi mais notável.
Tinha 18 anos e foi nomeado para o oscar de melhor actor secundário.

Para mim é junto do Christian Bale o melhor ator da sua geração.

Por acaso não é actor que aprecie muito. Para dar um exemplo achei a sua actuação no filme Rescue Dawn muito má (tal como o filme).
É um filme realizado pelo Werner Herzog sobre um piloto abatido e capturado no Vietname.
Fica a milhas do excelente documentário também realizado pelo mesmo Werner Herzog sobre a verdadeira história - Little Dieter Needs to Fly: http://www.imdb.com/title/tt0145046/?ref_=nv_sr_1

[lud81]

O DiCaprio, tem cara de miudo de 16 anos a fazer papeis de adulto, e isto n me "entra".

N está em causa a sua capacidade ou falta dela de representação, é mesmo o ar teen do gajo q n combina com os papeis q tem feito.

Há pessoas assim na "vida real", não conheces nenhuma? Não quer dizer que com quase 40 anos ainda andem no liceu! Qual o problema do DiCaprio retratar gajos da idade dele, só porque não parece tê-la?

Uma coisa similar se passou com o Daniel Craig, com toda a gente a dizer que tem cara de soviético. Até pode ter, sim, mas é um gajo que nasceu em Inglaterra, descendente de ingleses/galeses, logo, se há ingleses com aquela cara, o Bond também a pode ter!

[rui sousa]

Crítica que escrevi a pedido do Espalha Factos (porque precisam de opinações sobre todos os nomeados aos Oscares e nenhum dos colaboradores pôde ir ao visionamento de imprensa do Lobo):

O Lobo de Wall Street – Não há limites para a ganância

O regresso de Martin Scorsese ao grande ecrã faz-se com grande pompa e circunstância neste O Lobo de Wall Street, o filme mais longo da sua carreira, e que é um regresso às origens do realizador e aos temas que tornaram célebres alguns dos seus projetos mais famosos, como Tudo Bons Rapazes e Casino.

Esta é a história de Jordan Belfort, onde a ganância e a ambição são denominadores comum. A partir da autobiografia do próprio, acompanhamos o percurso de Belfort, que recusou valores morais e éticos para garantir a sua ascensão em Wall Street e o declínio na vida pessoal e familiar, tal como os crimes financeiros em que esteve envolvido e os grandes golpes de vigarice que criou e que lhe deram “fama” nos EUA.

Está nomeado para 5 Oscars, e infelizmente, nenhum deles reconhece o exemplar trabalho de montagem da já habitual partner de Martin Scorsese, Thelma Schoonmaker. É dos rodopios da câmara e do impacto que a edição das imagens provoca nos espectadores que encontramos uma das maiores e mais eficientes particularidades de O Lobo de Wall Street (algo semelhante à explosão cinematográfica de The Departed – Entre Inimigos), que utiliza o choque e o descontrolo das situações em que encontramos Jordan Belfort e companhia para nos oferecer um retrato muito sarcástico e cínico da América contemporânea e da alta finança.

Podia ser o terceiro capítulo de uma trilogia que, para o cineasta, nunca foi propositadamente elaborada, mas as semelhanças entre a história da ascensão e queda de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), acompanhado pelo seu sidekick Donnie Azoff (uma interpretação surpreendente de Jonah Hill) e as abordagens de Scorsese à vida destrutiva de um gangster (em Tudo Bons Rapazes) e aos negócios milionários da máfia no mundo do jogo (Casino). São três histórias de crime, corrupção, egoísmos e excessos, onde as personagens desempenham alegorias desconcertantes sobre os erros da sociedade americana.

Mas as parecenças entre os três filmes não se ficam só por aí, nem apenas pela estrutura do argumento (com a decadência crescente dos protagonistas em grande plano), pelo estilo da narrativa e pela linguagem utilizada (onde se inclui por muitas – talvez demasiadas – vezes a “f-word“). Há também uma desconsideração e ridicularização intencional dos protagonistas pelo mundo “real”, pela vulgaridade onde se movimentam as pessoas “desinteressantes” e entediantes. Mas nunca essa falta de respeito foi tão grandiosa e excessiva (no bom sentido) na filmografia de Scorsese como n’ O Lobo de Wall Street.

O espetador poderá sentir-se insultado, humilhado, chantageado e inferiorizado pela narração feita na primeira pessoa por Belfort, e que quebra ainda mais as barreiras entre o espectador e o ecrã do que nos anteriores filmes mencionados de Martin Scorsese (que se recordem os fabulosos momentos finais de Goodfellas, em que Henry Hill olha para a câmara e sai do seu lugar para nos falar daquilo que viria a ser a condenação pela sua vida de crime, luxúria e irresponsabilidade). O Lobo de Wall Street é também o seu trabalho mais corrosivo e potencialmente ofensivo e repugnante. Mas poucos são os cineastas deste mundo (e mais propriamente, quantos realizadores americanos) que têm a coragem de filmar uma obra destas no nosso tempo.

É uma película alucinante que nos deixa chocados, mas também entusiasmados pelo rumo dos acontecimentos, e pela constante inventividade de Scorsese que, apesar do fabuloso argumento de Terence Winter ser bastante fiel ao que Jordan Belfort conta no seu livro autobiográfico, proporciona alguns toques de originalidade na execução das cenas e em alguns truques narrativos e cinematográficos que são cozinhados com uma grande mestria. Nunca vimos Leonardo DiCaprio como aqui, numa performance que arrasa tudo e todos, e que é, talvez, a sua mais provocadora e exuberante interpretação.

Torna-se difícil saber se será este filme uma comédia sem moralismos, ou um drama que pretende disfarçar-se de peça humorística. Rimo-nos de algumas situações, pelo ridículo que transportam e pelo excesso que representam, mas não nos sentimos culpados das nossas próprias gargalhadas? Árdua esta questão, mas a máscara de farsa não esconde as intenções que Scorsese quer passar, e a constante obsessão do seu Cinema em dissecar o lado profano da espécie humana.

Jordan Belfort não é um herói e nem é retratado como tal (uma das críticas mais “populares” ao filme que têm vindo a surgir ultimamente), mas ficamos com essa ideia porque esquecemo-nos de uma coisa: sendo esta uma história egocêntrica, talvez seja óbvio o desejo do narrador em heroicizar-se e colocar-se num patamar superior em relação aos “míseros” espectadores, que seguem atentamente os seus passos sem poderem impedir o anti-herói de fazer as coisas que vemos no ecrã.

Não há nenhuma glorificação real da personalidade, mas uma glorificação irónica, que ao ser tão crua, dura e (aparentemente) verdadeira, consegue criar melhor uma visão do lado terrível da vida que Belfort e os seus colegas de “trabalho” e de boémia levam no quotidiano. Ao brincar com o argumento, Terence Winter faz com que a personagem de DiCaprio faça pouco com o espetador, gozando com a ignorância do cidadão comum em relação ao universo complexo da economia e da finança. Mas toda a vida da sua personagem é uma comédia trágica, à qual ele só pode escapar recolhendo-se na sua (disfarçada) superioridade.

O Lobo de Wall Street não precisa de ser uma obra moralista, porque todos nós sabemos qual é a mensagem ética a retirar desta história, tal como soubemos em Goodfellas e Casino. O problema é que, sendo o mais recente filme de Martin Scorsese muito mais excessivo e sumptuoso que os dois anteriores, talvez seja mais fácil para o espectador dispersar-se ainda mais, pensando sempre naquilo que o nosso bom senso nos diz, e que é posto constantemente em contradição por cada nova cena que visionamos.

A sinceridade das personagens, que sabem perfeitamente as asneiras que estão a fazer, e que pouco se importam com elas, pode ser uma afronta à honestidade e ao papel do espectador na sociedade em que está inserido, mas é esse o propósito de todo este festival anárquico e quase surreal de sexo, drogas e vigarices.

A transformação rápida e incisiva de Belfort é apenas um reflexo da veloz metamorfose da humanidade, polvilhada por uma utilização massiva de canções pop, que podem ser vistas como um exercício de fraca imaginação e de vulgar e insípido sentido estético - mas talvez a sua presença não seja assim tão casual: a banalidade dos atos desprezíveis das personagens é acompanhada pela máscara de banalidade de cada tema escolhido para a banda sonora, que reflete o estado de espírito e os valores da sociedade contemporânea.

Uma lição de economia e de falsas prepotências num mundo cada vez mais manhoso e astuto, O Lobo de Wall Street é a loucura de um homem e de um sistema que come mais e mais dinheiro. Não é um manifesto político, um panfleto que expõe esta ou aquela ideologia, mas uma denúncia das falhas do Homem, o mais transformável de todos os seres. Num festim de ganância e de barbaridades sociais e éticas, onde não parecem haver limites nem bom senso, vemos as personagens moverem-se e caírem no vazio que nem a maior das quantias monetárias conseguirá encobrir.

São três horas que passam a correr, tal como os acontecimentos da fita e a perplexidade cada vez maior em que nos deixa esta história. Não é “só” um autêntico murro no estômago – é mais forte do que isso, trespassando o outro lado do nosso corpo e deixando uma marca que dificilmente poderá sair. Acompanhamos os momentos em que tudo estava bem e, como a vida nos ensina a todos que é inevitável, vemos a escalada para a ruína de Belfort. Apesar de ter alcançado o sucesso em tempos mais recentes (os seus livros são best-sellers no mundo inteiro), nunca conseguirá apagar todas as falhas gravíssimas que cometeu na sua vida, e o caos que as mesmas originaram.

E quanto mais vemos, mais arrasados ficamos com o poder das imagens do filme, e o choque chega não tanto pela carga insuportável dos (diversos) momentos hardcore, mas porque constatamos que muito daquilo que nos é contado é incrivelmente real. E onde pensamos estar a ser repetitivo e a ir pelos mesmos caminhos que as suas anteriores investidas, Scorsese sabe sempre inovar e dar a volta. Pelo choque, pela controvérsia, pelo lado selvagem e totalmente reprovável de Belfort e seus amigos.

O Lobo de Wall Street é um grito de guerra e uma acusação visceral de uma mentalidade consumista, irracional e arrogante, e um dos retratos mais animalescos da humanidade jamais feitos em Cinema, com um elenco excecional e uma fotografia deslumbrante. E foi preciso voltar aos temas de corrupção e manipulação para Martin Scorsese fazer a sua grande obra prima do século XXI.

10/10

In http://www.espalhafactos.com/2014/01/19 ... -ganancia/

[advdgeek]

E ainda bem que põem o DiCaprio a fazer papeis apesar dele não ter o "look" indicado, era só que faltava a aparência vir antes do talento.

[paupau]

Boa critica Rui. O ultimo parágrafo fez-me lembrar o Scarface, em que o Tony Montana se justificava perante a sociedade pois esta precisa dos bad guys para continuar a sua existência. O Lobo vai ainda mais longe na personagem que apresenta, que e real e nao obra de ficao. Estamos realmente a falar de um next level em termos de imoralidade. Nao ha necessidade de dizer i'm the bad Guy, essa noção nem existe para jordan. Tudo isso passa a ser tao virtual como o discurso do Matthew lhe diz quando chega a firma.
Este filme põe um espelho perante a nossa sociedade e o reflexo e deveras retorcido.
Esta crise atual deriva do que esta malta começou a fazer por esta altura e o fairy dust dos números nao chateou ninguém ate se começar a precisar de tornar em € real os extratos virtuais.
Conseguir transformar isso numa viagem alucinante, divertida e autoreflexiva ja e mérito do Scorsese. Adorei ver o mestre inovar em algumas coisas e sair um pouco da sua zona de conforto.
Eu considero o filme uma comedia claramente, o Jordan e tao maior do que a vida que o drama sai a voar pela janela. Comedia muito negra e com laivos de sadismo, mas comedia.
O uso da musica e bem diferente de muitos filmes do Scorsese, nao ha Paint it Black ou outros staples do realizador. Musica erudita como na trip da personagem do Jonah Hill (de desmanchar a rir), e aquela espécie de tribalismo no discurso as hostes sao novidades.
E nunca a saída de um clube foi exatamente como neste filme, uma sequência diferente do que ja se viu finalmente.
Sem mudanças na temática, saiu um filme único na filmografia e com bastantes novidades, mesmo a nivel da edicao: a forma como o testarossa passa a branco parade saído dos transformers do Bay.
Nao tenho dividas que vai ser o filme de 2013 a deixar maior legado e influencia para o futuro.