Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
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Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Killing Them Softly (2012)
http://www.imdb.com/title/tt1764234/
TRAILER
Estreia nos E.U.A dia 19 de Outubro de 2012
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Estreia nos E.U.A dia 19 de Outubro de 2012
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Estreia hoje.
IMDB
Sinopse:
Três parvos armados em espertos assaltam um jogo de póquer protegido pela Máfia, causando o colapso da economia criminal local. BRAD PITT interpreta o papel de Jackie Cogan, o homem contratado para os apanhar e restaurar a ordem.
IMDB
Sinopse:
Três parvos armados em espertos assaltam um jogo de póquer protegido pela Máfia, causando o colapso da economia criminal local. BRAD PITT interpreta o papel de Jackie Cogan, o homem contratado para os apanhar e restaurar a ordem.
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
O Andrew Dominik é um realizador fenomenal ! Depois do Jesse James , outro trabalho incrível. Esqueçam os trailers , que vendem isto como um tipico gangster movie estilo guy ritchie com uns pozinhos dos irmaos coen. É outra coisa completamente diferente. A historia não podia ser mais simples , uns gajos fazem um assalto a um jogo de gangsters e é contratado um individuo para limpar-lhes o sebo . Mas o filme é muito mais do que isso. A narrativa decorre no período das eleições Obama vs Mccain e o despoletar da crise. O Dominik vai recriando um paralelo dos acontecimentos e dos operadores da historia , com o pano de fundo politico.
O lado dos gangsters , é tratado sem nenhum glamour. São simplesmente...criminosos. Do fundo da pirâmide. Existe uma imensa atenção ao lado quotidiano , mundano de tudo o que rodeiam as personagens . Grande parte do filme são pessoas a falar umas com as outras , sobre todo o tipo de situação. E em diálogos secos , simples , sem artifícios linguísticos típicos de cinema. São diálogos longos e reais. Quem já viu o Friends of Eddy Coyle , o estilo é o mesmo (o autor do livro adaptado é o george higgins) Isso resulta num filme extremamente palavroso , mas o Dominik vai recriando todo o tipo de planos que criam uma energia , um ambiente. Pode não ter aquele estilo pujante e majestoso do Jesse James , uma fotografia com umas cores e contrastes magníficos , mas a cinematografia é qualquer coisa de genial. Até nos simples diálogos , com os cortes mais simples possíveis , percebe-se a força visual do filme.
Tem seguramente uma das sovas mais incríveis e reais que já vi num filme.
O lado dos gangsters , é tratado sem nenhum glamour. São simplesmente...criminosos. Do fundo da pirâmide. Existe uma imensa atenção ao lado quotidiano , mundano de tudo o que rodeiam as personagens . Grande parte do filme são pessoas a falar umas com as outras , sobre todo o tipo de situação. E em diálogos secos , simples , sem artifícios linguísticos típicos de cinema. São diálogos longos e reais. Quem já viu o Friends of Eddy Coyle , o estilo é o mesmo (o autor do livro adaptado é o george higgins) Isso resulta num filme extremamente palavroso , mas o Dominik vai recriando todo o tipo de planos que criam uma energia , um ambiente. Pode não ter aquele estilo pujante e majestoso do Jesse James , uma fotografia com umas cores e contrastes magníficos , mas a cinematografia é qualquer coisa de genial. Até nos simples diálogos , com os cortes mais simples possíveis , percebe-se a força visual do filme.
Tem seguramente uma das sovas mais incríveis e reais que já vi num filme.
" Listen, you fuckers, you screwheads. Here is a man who would not take it anymore. A man who stood up against the scum, the cunts, the dogs, the filth, the shit. Here is a man who stood up." Travis Bickle in Taxi Driver
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Este é sem dúvida para ver.
Mas ainda não sei o que achar do Jesse James... vi-o duas vezes e não "entrou" em nenhuma.
Gostei do estilo visual e da realização, não gostei do estilo narrativo nem do conteúdo. A história parece gravitar em redor da personagem - com uma infinidade de pormenores e detalhes sem grande importância (uma boa parte em voz-off, em jeito de biografia resumida) - mas nunca a agarrar por completo. Nem ao Robert Ford, já agora. Para além disso, o filme passa o tempo a dinamitar os códigos do género, a começar pela mitologia heróica que se costuma ver aplicada tanto aos "heróis" como aos "vilões". Não que isso seja um defeito à partida, mas num filme tão "anti-climáxico" como este, a fórmula parece seguir um padrão algo desmoralizador para o espectador. (é que nem com o Peckinpah, apesar do negrume todo e do funeral antecipado do mito, nenhum dos códigos ficou esquecido, antes pelo contrário - e não era só estilo).
Mas ainda não sei o que achar do Jesse James... vi-o duas vezes e não "entrou" em nenhuma.
Gostei do estilo visual e da realização, não gostei do estilo narrativo nem do conteúdo. A história parece gravitar em redor da personagem - com uma infinidade de pormenores e detalhes sem grande importância (uma boa parte em voz-off, em jeito de biografia resumida) - mas nunca a agarrar por completo. Nem ao Robert Ford, já agora. Para além disso, o filme passa o tempo a dinamitar os códigos do género, a começar pela mitologia heróica que se costuma ver aplicada tanto aos "heróis" como aos "vilões". Não que isso seja um defeito à partida, mas num filme tão "anti-climáxico" como este, a fórmula parece seguir um padrão algo desmoralizador para o espectador. (é que nem com o Peckinpah, apesar do negrume todo e do funeral antecipado do mito, nenhum dos códigos ficou esquecido, antes pelo contrário - e não era só estilo).
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Eu concordo com tudo o que escreves. Parece existir uma bolha á volta do James e do Ford que o realizador nem se aproxima. É sobre eles mas parece existir algo extremamente impessoal. Só que eu gostei muito dessa abordagem. A construção da lenda , o lado mistico do Jesse James , que o trabalho do Dominik tão bem captura.
Se existe filme que tenho pena de não ter visto em sala foi o Jesse James.
O Jesse James tem um estilo transcendental. Este Killing Them Softly é muito mais terreno.
Se existe filme que tenho pena de não ter visto em sala foi o Jesse James.
O Jesse James tem um estilo transcendental. Este Killing Them Softly é muito mais terreno.
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Ainda tenho dever este..
Pelo que dizem parece ser interessante.
Pelo que dizem parece ser interessante.
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Apesar do sentido do nosso gosto não estar a apontar para o mesmo lado, também concordo inteiramente com isto que dizes.jimmy wrote: Parece existir uma bolha á volta do James e do Ford que o realizador nem se aproxima. É sobre eles mas parece existir algo extremamente impessoal. Só que eu gostei muito dessa abordagem. A construção da lenda , o lado mistico do Jesse James , que o trabalho do Dominik tão bem captura.
O mito e a lenda de facto estão lá, só que apresentados de uma forma bastante invulgar - é como se aquelas personagens vivessem num universo paralelo ao dos comuns mortais (mais o Jesse que o Robert), o qual apenas pode ser observado de fora (a tal bolha), um espaço transcendente e inatingível - independente de qualquer noção de bem ou de mal.
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Gostei bastante, cínico, violento e com momentos de riso.
Tem cenas filmadas de forma muito original, e Brad Pitt tem charme para nos fazer gostar da sua personagem, mesmo que esta seja condenável.
8/10
Tem cenas filmadas de forma muito original, e Brad Pitt tem charme para nos fazer gostar da sua personagem, mesmo que esta seja condenável.
8/10
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Gostei muito do filme!
Muito cómico! Excelentes interpretações! Sarcástico e cru! 7.5/10
Muito cómico! Excelentes interpretações! Sarcástico e cru! 7.5/10
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Um dos melhores filmes deste 2012 que agora termina na minha humilde opinião. Início forte com o Andrew Dominik a arriscar usar a sua grande estrela a partir dos 20 minutos, onde era exatamente necessário. Toda a cena da preparação do crime é interpretada e filmada de forma soberba, bem como são escritos os diálogos, ásperos, sinceros e, sobretudo, reais. Aqui nada há de Hollywood, nem grandes artifícios, nem grandes explosões ou frases heróicas. Há antes uma reflexão nem sempre equilibrada áquilo que de tão faccioso tem o chamado American Dream. Será um filme nos antípodas do Rocky, de Stallone.
Li algures que este Killing Me Softly seria o Scarface do sec XXI. Não andará muito longe da verdade. Sem comparações, é apenas grande.
Li algures que este Killing Me Softly seria o Scarface do sec XXI. Não andará muito longe da verdade. Sem comparações, é apenas grande.
Um clássico por semana, visto pela primeira vez, em UMA PARAGEM NO DRIVE-IN (http://umaparagem.blogspot.pt)
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Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Vou destoar um pouco, pq n gostei do filme. Achei-o sem ideias, n sendo o sumo q a personagem do BP dá ao filme suficiente para o tornar minimamente interessante. É uma obra "vazia", "despida", onde se faz um balanço final e n sobra nada.
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
É um bom filme, sem dúvida, embora longe da obra-prima que foi por aí gritada aos sete ventos. Adaptado da obra de George V. Higgins, Cogan's Trade, publicada em 1974. Um thriller económico, milimétrico na sua estrutura formal e economicista na sua temática, com leve toque de mensagem/sátira política. Enfim, uma crónica de pequenos "bons" malandros, em que nunca se sabe muito bem, a dado momento, quem é o "gato" e quem é o "rato".
Conta com determinados segmentos de floreado artístico, tão estilizados na realização, montagem e uso da banda-sonora, que quase diria que saiu de uma qualquer graphic novel contemporânea. Os actores e, por extensão, a caracterização das personagens que têm para defender são o seu grande trunfo, mais até do que a história (que é envolvente q.b., admitamos).
Só dispensava aquela tirada dita pela personagem de Pitt já no fim, que apenas confirma aquilo que o filme já vinha a sustentar o tempo todo de forma eficaz e subtil e que peca então por ser um "atar de pontas" simplista e redundante, que já nada vem a acrescentar.
Conta com determinados segmentos de floreado artístico, tão estilizados na realização, montagem e uso da banda-sonora, que quase diria que saiu de uma qualquer graphic novel contemporânea. Os actores e, por extensão, a caracterização das personagens que têm para defender são o seu grande trunfo, mais até do que a história (que é envolvente q.b., admitamos).
Só dispensava aquela tirada dita pela personagem de Pitt já no fim, que apenas confirma aquilo que o filme já vinha a sustentar o tempo todo de forma eficaz e subtil e que peca então por ser um "atar de pontas" simplista e redundante, que já nada vem a acrescentar.
Re: Killing Them Softly (2012) - Andrew Dominik
Este vi no cinema e gostei. FIquei com a sensação de que poderia ter sido um filme melhor - mais preenchido e mais explorado - mas que o realizador quis focar-se em certas particularidades das personagens, deliberadamente, e em momentos específicos de tempo dessas personagens, mesmo quando esse tempo não traz nada de significativo de acrescento à narrativa - como por exemplo a fixação no tipo que está ganzado, logo ao início. É como se fosse um exercício de dedicação às idiossincracias das personagens...
Lendo o tópico para trás, houve um outro filme que cresceu substancialmente na minha opinião: o The Assassination of Jesse James... . Não entrou à primeira nem à segunda, mas a partir daí foi sempre a subir. É um dos (poucos) grandes westerns da actualidade (i.e., desde que o Eastwood filmou o Unforgiven)
Lendo o tópico para trás, houve um outro filme que cresceu substancialmente na minha opinião: o The Assassination of Jesse James... . Não entrou à primeira nem à segunda, mas a partir daí foi sempre a subir. É um dos (poucos) grandes westerns da actualidade (i.e., desde que o Eastwood filmou o Unforgiven)
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