Caro, temos a mesma idade... não gostaste dos filmes dos chamados Anos de Ouro do Cinema Português?! Com o António Silva e restante gang? O Leão da Estrela, o Páteo das Cantigas... não gostaste?!elfaria wrote:No meu caso trata-se de preconceito baseado em experiência pois posso dizer que vi muito cinema português dos anos 40 50 60 70 e só "meia dúzia" valeu o tempo empregue. Até tenho 6 DVDs na Minha coleção: O Cerco, Pedro Só, Uma Abelha na Chuva, Contraluz, O Lugar do Morto e Belarmino. E tenho pena que não se tenha editado em DVD mais filmes do "Novo Cinema Português" dos anos 70 do qual gosto bastante. (como por exemplo Perdido Por Cem,O Recado o A Promessa) .Mas este não me diz nada... vá-se lá saber porquê! Enfim preconceitos... mas não contra o cinema português
Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
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Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
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Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Enigma disse
"O cinema brasileiro, face ao país que é, aos apoios que disponibiliza e aos os meios que possui até nem demonstra nada de muito especial ou uma disparidade assim tão grande. Têm dois exemplos recentes de maior sucesso em estilo "cinema vérité" lá do sitio, com Cidade de Deus e o Tropa de Elite, aproveitando o que têm de mais mediático e pouco mais."
O problema é que o cinema brasileiro sobre do mal de todo o cinema que n é de origem anglo-saxonica, o preconceito. Tal como cá mtas vezes até no próprio Brasil.
Claro q se compararmos a capacidade q os brasileiros têm para produzir bem em relação à nossa, há mto mais matéria prima para o que se faz no Brasil tenha mais qualidade do que aquilo q se faz por cá, mas há um aspecto em que somos goleados de alto a baixo mesmo tendo em conta as diferenças de dimensão dos países que é na qualidade dos actores.
"O cinema brasileiro, face ao país que é, aos apoios que disponibiliza e aos os meios que possui até nem demonstra nada de muito especial ou uma disparidade assim tão grande. Têm dois exemplos recentes de maior sucesso em estilo "cinema vérité" lá do sitio, com Cidade de Deus e o Tropa de Elite, aproveitando o que têm de mais mediático e pouco mais."
O problema é que o cinema brasileiro sobre do mal de todo o cinema que n é de origem anglo-saxonica, o preconceito. Tal como cá mtas vezes até no próprio Brasil.
Claro q se compararmos a capacidade q os brasileiros têm para produzir bem em relação à nossa, há mto mais matéria prima para o que se faz no Brasil tenha mais qualidade do que aquilo q se faz por cá, mas há um aspecto em que somos goleados de alto a baixo mesmo tendo em conta as diferenças de dimensão dos países que é na qualidade dos actores.
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Claro que sim pois são filmes divertidos com ritmo mas francamente vi-os tantas e tantas vezes na TV que sou incapaz de os comprar pois conheço de cor cada plano cada diálogo. E do cinema português actual vi pouca coisa: Jaime, O Crime do Padre Amaro, A Bela e o Paparazzo, A Selva, Amália e pouco mais pois francamente disponho de pouco tempo para ir ao cinema e uso-o criteriosamente. O cinema português de hoje é em parte aborrecido, enfadonho (influências de Manuel de Oliveira?) e só depois de os amigos me garantirem que vale mesmo a pena é que decido se vejo. Já o cinema brasileiro é diferente e adiro com mais facilidade e tenho tido agradáveis surpresas. Mas recordo-me do enorme sucesso que foi O Lugar do Morto (60.000 espectadores) porque o APVasconcelos resolveu fazer uma espécie de thriller em português e toda gente quis ver e disse bem mas foi um caso único e nem o próprio APVasconcelos consegui repetir a proeza. Sobre este Florbela não tenho grande expectativas nem sei bem porquê mas quase sempre foi assim que escolhi os filmes que vi: por instinto. Vão ve-lo e escrevam sobre que eu vou ler com atenção.elfaria wrote:Caro, temos a mesma idade... não gostaste dos filmes dos chamados Anos de Ouro do Cinema Português?! Com o António Silva e restante gang? O Leão da Estrela, o Páteo das Cantigas... não gostaste?!
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
elfaria wrote:E do cinema português actual vi pouca coisa: Jaime, O Crime do Padre Amaro, A Bela e o Paparazzo, A Selva, Amália e pouco mais pois francamente disponho de pouco tempo para ir ao cinema e uso-o criteriosamente. O cinema português de hoje é em parte aborrecido, enfadonho (influências de Manuel de Oliveira?)
Desculpem insistir, mas essa do inserir Manuel de Oliveira "a martelo" também faz parte do tal preconceito.
Manoel de Oliveira é um polo do cinema português. Os Crimes dos Padre Amaro são o polo oposto.
Entre eles há bom e agradável cinema português.
Reparei que até tens alguns de APVasconcelos na bagagem, recomendava-te então Os Imortais, se ainda não viste.
Ou Alice, Coisa Ruim, Um Funeral à Chuva ou Embargo... experimenta. Pode ser que tenhas boas surpresas.
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Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
O Coisa Ruim sabe a pouco mas tem bons ambientes e ainda melhores actores. Os Imortais e Call Girl do Vasconcelos são porreiros, algo americanizados, há ali muitas referências, nada de mal aliás e parece que funciona.
O Alice deve ser o melhor filme português que vi até à data.
O Duma Vez por Todas do Joaquim Leitão também é de referir.
Estes não são enfadonhos mas confesso que do cinema mais recente contam-se pelos dedos da mão os que não o são.
E se não são enfadonhos são popularuchos, superficiais para encher o olho.
Nada de mal quanto a isso, o cinema Brasileiro moderno também tem amostras bastante secantes.
Concordo com o Guru no caso dos actores, regra geral somos cilindrados pelos Brasileiros em termos de qualidade.
O Alice deve ser o melhor filme português que vi até à data.
O Duma Vez por Todas do Joaquim Leitão também é de referir.
Estes não são enfadonhos mas confesso que do cinema mais recente contam-se pelos dedos da mão os que não o são.
E se não são enfadonhos são popularuchos, superficiais para encher o olho.
Nada de mal quanto a isso, o cinema Brasileiro moderno também tem amostras bastante secantes.
Concordo com o Guru no caso dos actores, regra geral somos cilindrados pelos Brasileiros em termos de qualidade.
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Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Na minha opinião Portugal se quiser é capaz de fazer bom cinema comercial e nem precisa de gastar muito dinheiro. Vou dar um exemplo clássico.
Quem já viu a curta-metragem "I'll see you in my dreams" de Miguel Ángel Vivas (por acaso um realizador espanhol), uma história portuguesa de zombies, percebe que quando as pessoas se empenham num projecto e quando pretendem trazer algo de novo ao cinema português até o conseguem. E não há que ter receio das co-produções com países que têm uma indústria de cinema muito mais avançada do que a nossa, como é o caso dos nossos vizinhos espanhóis por exemplo.
"I'll see You in Me Dreams" não inova em nada ás típicas histórias de zombies mas foi em 2003 um enorme avanço para o que se fazia de terror em Portugal, que era nulo, e infelizmente continua a ser nulo. Mesmo nos efeitos de maquilhagem não ficava a dever nada a outros filmes de zombies feitos com orçamentos mais pomposos e falados na língua do Tio Sam. A colabaração da empresa canadiana SFX Studio de efeitos especiais foi uma grande ajuda para o resultado final desta curta portuguesa de zombies.
Na altura ainda cheguei a ouvir na possibilidade de vir a nascer uma longa-metragem portuguesa de zombies mas se calhar não passaram de rumores. E este é apenas um pequeno exemplo. O dinheiro é um factor importante quando se fala em fazer cinema mas não é o mais importante de todos. O mais importante de todos são as pessoas, são as ideias e a forma de levar para a frente essas ideias. A forma inteligente e astuta de contornar os eventuais problemas financeiros com engenho e inventividade. E isso de certeza que os portugueses têm. Mas também tem que existir gente suficiente para querer fazer alguma coisa pelo cinema comercial português. E aí é que já tenho algumas dúvidas...
Quem já viu a curta-metragem "I'll see you in my dreams" de Miguel Ángel Vivas (por acaso um realizador espanhol), uma história portuguesa de zombies, percebe que quando as pessoas se empenham num projecto e quando pretendem trazer algo de novo ao cinema português até o conseguem. E não há que ter receio das co-produções com países que têm uma indústria de cinema muito mais avançada do que a nossa, como é o caso dos nossos vizinhos espanhóis por exemplo.
"I'll see You in Me Dreams" não inova em nada ás típicas histórias de zombies mas foi em 2003 um enorme avanço para o que se fazia de terror em Portugal, que era nulo, e infelizmente continua a ser nulo. Mesmo nos efeitos de maquilhagem não ficava a dever nada a outros filmes de zombies feitos com orçamentos mais pomposos e falados na língua do Tio Sam. A colabaração da empresa canadiana SFX Studio de efeitos especiais foi uma grande ajuda para o resultado final desta curta portuguesa de zombies.
Na altura ainda cheguei a ouvir na possibilidade de vir a nascer uma longa-metragem portuguesa de zombies mas se calhar não passaram de rumores. E este é apenas um pequeno exemplo. O dinheiro é um factor importante quando se fala em fazer cinema mas não é o mais importante de todos. O mais importante de todos são as pessoas, são as ideias e a forma de levar para a frente essas ideias. A forma inteligente e astuta de contornar os eventuais problemas financeiros com engenho e inventividade. E isso de certeza que os portugueses têm. Mas também tem que existir gente suficiente para querer fazer alguma coisa pelo cinema comercial português. E aí é que já tenho algumas dúvidas...
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
waltsouza wrote:Na minha opinião Portugal se quiser é capaz de fazer bom cinema comercial e nem precisa de gastar muito dinheiro. Vou dar um exemplo clássico.
Quem já viu a curta-metragem "I'll see you in my dreams" de Miguel Ángel Vivas (por acaso um realizador espanhol), uma história portuguesa de zombies, percebe que quando as pessoas se empenham num projecto e quando pretendem trazer algo de novo ao cinema português até o conseguem. E não há que ter receio das co-produções com países que têm uma indústria de cinema muito mais avançada do que a nossa, como é o caso dos nossos vizinhos espanhóis por exemplo.
"I'll see You in Me Dreams" não inova em nada ás típicas histórias de zombies mas foi em 2003 um enorme avanço para o que se fazia de terror em Portugal, que era nulo, e infelizmente continua a ser nulo. Mesmo nos efeitos de maquilhagem não ficava a dever nada a outros filmes de zombies feitos com orçamentos mais pomposos e falados na língua do Tio Sam. A colabaração da empresa canadiana SFX Studio de efeitos especiais foi uma grande ajuda para o resultado final desta curta portuguesa de zombies.
Na altura ainda cheguei a ouvir na possibilidade de vir a nascer uma longa-metragem portuguesa de zombies mas se calhar não passaram de rumores. E este é apenas um pequeno exemplo. O dinheiro é um factor importante quando se fala em fazer cinema mas não é o mais importante de todos. O mais importante de todos são as pessoas, são as ideias e a forma de levar para a frente essas ideias. A forma inteligente e astuta de contornar os eventuais problemas financeiros com engenho e inventividade. E isso de certeza que os portugueses têm. Mas também tem que existir gente suficiente para querer fazer alguma coisa pelo cinema comercial português. E aí é que já tenho algumas dúvidas...
Que saudades!... Já foi há 8 anos?!
Também ouvi falar nessa possibilidade de fazerem uma longa metragem. Infelizmente parece que não se concretizou. Mas quem ainda não viu este filme português, que é uma "curta" que vale por muitos filmes tradicionais, não sabe o que perde!
Cabeças
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Eu quero tanto ver este filme! Sabem quando sai o dvd?
Quanto ao cinema portugues, nos temos filmes excelentes. Ja nao vejo um filme portugues a bastante tempo, mas houve uma altura em que via e gostava bastante. Adoro o Vale Abraao e o Transe, por exemplo.
Quanto ao cinema portugues, nos temos filmes excelentes. Ja nao vejo um filme portugues a bastante tempo, mas houve uma altura em que via e gostava bastante. Adoro o Vale Abraao e o Transe, por exemplo.
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Vi hoje o filme e gostei muito. A Florbela Espanca e uma personalidade extremamente interessante e fico muito feliz que tenham feito um filme sobre ela. Portugal tem uma historia e um patrimonio incriveis, e passiveis de inspararem grandes filmes.
Sobre o filme, fiquei surpreendido com a banda sonora. E certo que ja nao via um filme portugues ha muito tempo, mas tinha noçao que esse era um dos pontos baixos do cinema portugues. Este filme e acompanhado por uma bela banda sonora que torna o filme mais interessante e nao o deixa cair no aborrecimento.
A cinematografia e muito boa, principalmente o jogo de luzes. Ha varias cenas em que a luz se vai esmorecendo, uma em particular e muito bonita: A Florbela vai diminuindo a luz do candeeiro, ate a sua cara nao se ver; a cena continua algum tempo e depois esmorece tambem.
Ha varias cenas que parecem quadros, muito bonitas mesmo.
Em termos de atores, penso que os 3 protagonistas estiveram muito bem. A Dalila Carmo representa a lendaria Florbela Espanca de forma vulneravel, revelando a sua complexa personalidade atraves do seu olhar e expressoes faciais. Mas para mim a surpresa foi o Ivo Canelas, que tem um monologo fantastico, em que da uma grande atuaçao. O Albano Jeronimo tambem esteve muito bem num papel muito simpatizavel e caloroso.
Tenho pena que este filme tenha sido tao mal recebido pela critica, porque nao merece, mesmo. O filme pode nao ser perfeito, mas tem imensas qualidades, e esta sem duvida ao nivel dos filmes do genero que se fazem la fora. Acho que ja esta na altura de os portugueses verem e gostarem do cinema nacional. Este filme e a prova viva de que se fazem bons filmes aqui.
Sobre o filme, fiquei surpreendido com a banda sonora. E certo que ja nao via um filme portugues ha muito tempo, mas tinha noçao que esse era um dos pontos baixos do cinema portugues. Este filme e acompanhado por uma bela banda sonora que torna o filme mais interessante e nao o deixa cair no aborrecimento.
A cinematografia e muito boa, principalmente o jogo de luzes. Ha varias cenas em que a luz se vai esmorecendo, uma em particular e muito bonita: A Florbela vai diminuindo a luz do candeeiro, ate a sua cara nao se ver; a cena continua algum tempo e depois esmorece tambem.
Ha varias cenas que parecem quadros, muito bonitas mesmo.
Em termos de atores, penso que os 3 protagonistas estiveram muito bem. A Dalila Carmo representa a lendaria Florbela Espanca de forma vulneravel, revelando a sua complexa personalidade atraves do seu olhar e expressoes faciais. Mas para mim a surpresa foi o Ivo Canelas, que tem um monologo fantastico, em que da uma grande atuaçao. O Albano Jeronimo tambem esteve muito bem num papel muito simpatizavel e caloroso.
Tenho pena que este filme tenha sido tao mal recebido pela critica, porque nao merece, mesmo. O filme pode nao ser perfeito, mas tem imensas qualidades, e esta sem duvida ao nivel dos filmes do genero que se fazem la fora. Acho que ja esta na altura de os portugueses verem e gostarem do cinema nacional. Este filme e a prova viva de que se fazem bons filmes aqui.
Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Não estou pessoalmente interessado no filme, mas devo dizer que encontro um particular fascínio no nome do senhor que o realizou
- Rui Santos
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Re: Florbela (2012) - Vicente Alves do Ó
Enquanto andava a procurar, encontrei este filme, em formato televisivo no Youtube.
Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=JDjwr55Zyyc
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=JTpoZIpjz_I
Parte 3:https://www.youtube.com/watch?v=k_MZkSaot0c
Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=JDjwr55Zyyc
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=JTpoZIpjz_I
Parte 3:https://www.youtube.com/watch?v=k_MZkSaot0c
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