Não.estava.NADA.à.espera.disto! Que OVNI, é um dos filmes mais fuc*ed up que já vi na vida. Juro! E dos mais fascinantes também. Ainda tenho muito caminho pela frente para o degustar; muito, muito trilho. No imediato, como quem não quer a coisa, direi que é uma parábola conjugal, um psicodrama de horror sobre a violenta desagregação de uma família, as expectativas maritais de cada um face à crueza do real e da exposição dos desejos mais íntimos. E o impacto que tudo isso pode ter no elemento mais inocente, um filho.
Isabelle Adjani, vencedora do prémio de Melhor Actriz em Cannes com este filme, dá tudo e mais um pouco, numa interpretação assombrosa, "monstruosa" e gutural. É das interpretações femininas mais radicais que já me passaram pela vista. Pergunto-me apenas se este Possession terá inspirado Darren Aronofsky para o seu mother! (2017).
Acabei de ver, motivado pela tua critica.
Para ser sincero não é bem a minha praia este tipo de filmes, se se pode por este filme num género.
Mas compreendo que é especial e que cinematograficamente está bem feito.
Para além da Isabelle Adjani que é tudo o que descreveste também me surpreendeu um Sam Neill bem mais novo do que aquele a que me habituei.
Ainda assim aquilo de que mais gostei mais foi que tivesse acabado .
É muito surrealismo, muita coisa nonsense, muito gore e muita gente tresloucada para o meu gosto.
Não.estava.NADA.à.espera.disto! Que OVNI, é um dos filmes mais fuc*ed up que já vi na vida. Juro! E dos mais fascinantes também. Ainda tenho muito caminho pela frente para o degustar; muito, muito trilho. No imediato, como quem não quer a coisa, direi que é uma parábola conjugal, um psicodrama de horror sobre a violenta desagregação de uma família, as expectativas maritais de cada um face à crueza do real e da exposição dos desejos mais íntimos. E o impacto que tudo isso pode ter no elemento mais inocente, um filho.
Isabelle Adjani, vencedora do prémio de Melhor Actriz em Cannes com este filme, dá tudo e mais um pouco, numa interpretação assombrosa, "monstruosa" e gutural. É das interpretações femininas mais radicais que já me passaram pela vista. Pergunto-me apenas se este Possession terá inspirado Darren Aronofsky para o seu mother! (2017).
Acabei de ver, motivado pela tua critica.
Para ser sincero não é bem a minha praia este tipo de filmes, se se pode por este filme num género.
Mas compreendo que é especial e que cinematograficamente está bem feito.
Para além da Isabelle Adjani que é tudo o que descreveste também me surpreendeu um Sam Neill bem mais novo do que aquele a que me habituei.
Ainda assim aquilo de que mais gostei mais foi que tivesse acabado .
É muito surrealismo, muita coisa nonsense, muito gore e muita gente tresloucada para o meu gosto.
Eu percebo o que dizes, o filme é mesmo da ordem do bizarro. No entanto, fiquei rendido e consegui apreciar os vários subtextos. Também fiquei surpreendido com o Sam Neill, em termos da qualidade da sua interpretação e da sua aparência jovial - a verdade é que nunca o tinha visto assim, tão novito.
Ainda estou como que a processar o que vi. Dou-lhe muito mérito pela tentativa de originalidade, pelo pensamento "fora da caixa" que se tenta imprimir constantemente. De lamentar é que haja flutuações de tom não muito conseguidas, em especial no terceiro acto. O filme narra a história de Cassie, uma jovem assombrada por um enorme trauma do passado e cujo único foco é o vingar-se de todos aqueles que se cruzaram no seu caminho e restabelecer a justiça que passou ao lado.
Gostei muito da opção por uma fotografia em cores bubble gum, como que a querer dar um enganador ar de ligeireza, quando os verdadeiros temas do filme são fortes e sérios: o trauma, a depressão e a toxicidade que pode existir nas mais variadas formas de relação entre homens e mulheres. É um filme muito actual pela sua pertinência, muito em consonância com as perversidades misóginas abordadas pelos movimentos Me Too e Time's Up. Tiro o chapéu por querer ser um dramedy thriller e por conseguir durante muito tempo sustentar essa vontade. Mas o terceiro acto, caraças, faz com que o filme se vá muito abaixo das pernas. Insisto: percebo o que se transmite e as boas intenções por trás, mas a forma escolhida é bastante frouxa e trai o que se alcançou.
Ainda assim, recomendo-o, quanto mais não seja por uma Carey Mulligan impecável, a deixar passar todas as dores anímicas da personagem de forma subliminar, através da postura, das atitudes e do olhar sempre triste. Produzido por Mulligan e Margot Robbie.
Não consigo escrever tanto.
Acho que é um filme meio twisted com uma personagem meio twisted também.
Não é que seja mau e o argumento foge um bocado ao mais comum mas achei um bocado esquecível.
Vê-se bem.
p.s. no fim ela disse aos pais e ao namorado que ía numa 'work trip'
Que tipo de work trip faz alguém que trabalha num café?
nimzabo wrote: ↑March 3rd, 2021, 5:57 pm
p.s. no fim ela disse aos pais e ao namorado que ía numa 'work trip'
Que tipo de work trip faz alguém que trabalha num café?
... à fábrica onde trituram o café expresso?
O final fez-me lembrar um noir colorido chamado Leave Her to Heaven, e a história um filme do Truffaut chamado La Mariée était en noir... mas assim de longe.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Hustle é um sólido thriller policial e romântico com laivos de noir e com uma química mais do que evidente entre Burt Reynolds e Catherine Deneuve - se não me engano, a actriz estreava-se aqui em terrenos americanos. Foi um dos títulos finais da carreira de Robert Aldrich.
Achei a cena em que eles se zangam um bocado forçada.
Ela é que se queria ir embora, então acho que não fez muito sentido estar a culpá-lo a ele pela separação.
E além disso acho que faltou algum enquadramento prévio, algumas cenas em que a relação deles se fosse degradando.
Achei a cena em que eles se zangam um bocado forçada.
Ela é que se queria ir embora, então acho que não fez muito sentido estar a culpá-lo a ele pela separação.
E além disso acho que faltou algum enquadramento prévio, algumas cenas em que a relação deles se fosse degradando.
Não chega sequer aos calcanhares do (fantástico) primeiro filme. A decisão por um tipo de humor family friendly não ajuda nada ao espírito da coisa e difere imenso da alarvidade contagiante do filme de 1988. A história também não é grande espingarda, verdade seja dita, e o estilo de realização é tão frouxo e pouco inspirado que por vezes isto chega a parecer um telefilme - com bons meios de produção e um guarda-roupa exuberante, sim, mas um mero telefilme.
As poucas vezes em que nos é arrancado algum sorriso têm a ver, única e exclusivamente, com o factor nostalgia, com o reciclar das piadas e ideias que já constavam no filme original, o que é frustrante. Se é e foi para isto, peço desculpa e licença, mas vou ali ver o filme inaugural e já venho.
Não gostei nada disto. Não tem história nenhuma de jeito, não conta com desenvolvimento de personagens e não tem piada nenhuma. A química entre Grant e Sheridan é quase inexistente. Next!
Last edited by José on March 10th, 2021, 12:29 pm, edited 1 time in total.
Como é que um filme com uma temática a dar para o noir, com aquele cenário tão metafórico e com uma premissa tão sugestiva consegue ser tão morno, tão frouxo? Falta desenvolvimento de personagens, falta-lhe reviravoltas e diálogos mais espirituosos. Não ofende e vê-se bem, admito, mas não é nada de especial.