Qual foi o último filme que viram ?

[No Angel]

Não deixando isso de ser verdade, a intenção do filme vai muito para lá disso, designadamente a denuncia das práticas de eugenia durante o período da Alemanha Nazi, que visavam a "purificação" da raça ariana através do assassinato em massa de elementos considerados inferiores. No caso da rapariga, de nada lhe serviu a beleza a partir do momento em que a família a levou ao médico por causa de um distúrbio mental...

Eu não vi o filme, mas por curiosidade estive a ler esse artigo da wikipedia, e o que me surpreendeu foi a posição da Igreja Católica... pelo que li os católicos eram totalmente contra a eugenia, isto numa época em que esta até era bem vista pela elite (nomeadamente no mundo artistico). Incrível como a Igreja ainda me surpreende com as suas posições que me parecem tão ambiguas e por vezes contraditórias ao longa dasua história de 2 mil anos! Numas coisas consegue ser humana e à frente do seu tempo, noutras completamente retrógrada... suponho que também dependa do Papa.

[José]

A Place in the Sun - Um Lugar ao Sol (1951), de George Stevens
https://www.imdb.com/title/tt0043924/?r ... f_=nv_sr_1

Digamos, para início de conversa e para simplificar, que se trata, mais coisa, menos coisa, do "Match Point" de 1951. Jovem rapaz de origens humildes tem a oportunidade de crescer profissionalmente no negócio de sucesso de um tio abastado. Ao início, apaixona-se por uma jovem de raízes também ela humildes, mas com o passar do tempo começa a encantar-se por uma socialite amiga da família. Um acontecimento inesperado irá colocar tudo em causa e comprometer para sempre os destinos destas personagens. Grande realização, grandes interpretações (Elizabeth Taylor, Montgomery Clift e Shelley Winters) e uma história triste e devastadora sobre o desejo, ambição e culpa fazem deste filme um clássico imperdível.

[nimzabo]

Eu não vi o filme, mas por curiosidade estive a ler esse artigo da wikipedia, e o que me surpreendeu foi a posição da Igreja Católica... pelo que li os católicos eram totalmente contra a eugenia, isto numa época em que esta até era bem vista pela elite (nomeadamente no mundo artistico). Incrível como a Igreja ainda me surpreende com as suas posições que me parecem tão ambiguas e por vezes contraditórias ao longa dasua história de 2 mil anos! Numas coisas consegue ser humana e à frente do seu tempo, noutras completamente retrógrada... suponho que também dependa do Papa.

Não me surpreende nada a igreja ser contra a eugenia...
Já o resto que referes... podes concretizar?

[No Angel]

Eu não vi o filme, mas por curiosidade estive a ler esse artigo da wikipedia, e o que me surpreendeu foi a posição da Igreja Católica... pelo que li os católicos eram totalmente contra a eugenia, isto numa época em que esta até era bem vista pela elite (nomeadamente no mundo artistico). Incrível como a Igreja ainda me surpreende com as suas posições que me parecem tão ambiguas e por vezes contraditórias ao longa dasua história de 2 mil anos! Numas coisas consegue ser humana e à frente do seu tempo, noutras completamente retrógrada... suponho que também dependa do Papa.

Não me surpreende nada a igreja ser contra a eugenia...
Já o resto que referes... podes concretizar?

Bem, isso seria uma mensagem muito longa, mas a Igreja no geral sempre quis controlar o comportamento do Homem. Tudo é pecado: a sexualidade (tirando a estritamente necessária do casamento), todos os prazeres do corpo, o divórcio, o aborto, enfim, no geral o Homem deve ser submisso a Deus, e a Igreja é a sua mensageira. Quem não cumpre as ordens era morto (queimado, enforcado) ou excomungado, ou simplesmente renegado para o Inferno.

O que me surpreendeu, foi que a Eugenia mais não era do que uma forma de controlar o Homem, assim como a Igreja sempre tentou fazer (os seus costumes, as suas ideias, os seus comportamentos, o que faz fora e dentro de casa).

[nimzabo]

Pois, eu tinha resposta para isso mas como disseste e concordo:

Bem, isso seria uma mensagem muito longa,

Não me está a apetecer ficar agarrado a uma discussão.
Vou antes ver um filme.
Paz.

[Samwise]

No Angel, o filme não aprofunda muito a questão da eugenia (embora a mensagem sobre o assunto me pareça bastante clara), mas é o tipo de obra que deve ser do teu agrado.

[Samwise]

Bem, isso seria uma mensagem muito longa, mas a Igreja no geral sempre quis controlar o comportamento do Homem. Tudo é pecado: a sexualidade (tirando a estritamente necessária do casamento), todos os prazeres do corpo, o divórcio, o aborto, enfim, no geral o Homem deve ser submisso a Deus, e a Igreja é a sua mensageira. Quem não cumpre as ordens era morto (queimado, enforcado) ou excomungado, ou simplesmente renegado para o Inferno.

O que me surpreendeu, foi que a Eugenia mais não era do que uma forma de controlar o Homem, assim como a Igreja sempre tentou fazer (os seus costumes, as suas ideias, os seus comportamentos, o que faz fora e dentro de casa).

Parece-me que estamos a falar em "tipos de controlo" diferentes, e que a comparação não faz grande sentido. Num caso controlar comportamentos e impor submissão, no outro controlar geneticamente o produto hereditário da procriação.

Em todo o caso, a Igreja sempre defendeu a vida como um dos valores supremos a preservar, seja qual for a forma - e muito em particular no caso dos "sofredores e oprimidos". Seria surpreendente era que tivesse uma posição diferente sobre esse assunto.

[No Angel]

Bem, isso seria uma mensagem muito longa, mas a Igreja no geral sempre quis controlar o comportamento do Homem. Tudo é pecado: a sexualidade (tirando a estritamente necessária do casamento), todos os prazeres do corpo, o divórcio, o aborto, enfim, no geral o Homem deve ser submisso a Deus, e a Igreja é a sua mensageira. Quem não cumpre as ordens era morto (queimado, enforcado) ou excomungado, ou simplesmente renegado para o Inferno.

O que me surpreendeu, foi que a Eugenia mais não era do que uma forma de controlar o Homem, assim como a Igreja sempre tentou fazer (os seus costumes, as suas ideias, os seus comportamentos, o que faz fora e dentro de casa).

Parece-me que estamos a falar em "tipos de controlo" diferentes, e que a comparação não faz grande sentido. Num caso controlar comportamentos e impor submissão, no outro controlar geneticamente o produto hereditário da procriação.

Em todo o caso, a Igreja sempre defendeu a vida como um dos valores supremos a preservar, seja qual for a forma - e muito em particular no caso dos "sofredores e oprimidos". Seria surpreendente era que tivesse uma posição diferente sobre esse assunto.

Talvez não tenha sentido, mas foi o que me ocorreu. A Eugenia também acaba por ser sobre submissão, portanto enquadrava-se no estilo "eu mando e tu obedeces" que a Igreja sempre operou. Mas pensando agora melhor, eu penso que um dos motivos da Igreja ter sido contra pode ter sido o facto da Eugenia estar ligada à ciencia, e nós sabemos que a Igreja nunca gostou muito da ciência...

Quanto a isto " a Igreja sempre defendeu a vida como um dos valores supremos a preservar", não acho que seja bem assim, se ofosse não teria assassinado milhares de pessoas ao longo da história, pelo mero motivo de ir contra as suas ordens, ou não ter-se-ia ligado a regimes fascistas (como o português, espanhol e italiano), em que acabou sendo conivente de todas as atrocidades desses regimes. Mas essa é uma das tais contradições da Igreja... deve ser aquele ditado "faz o que eu digo, não o que eu faço"

Mas bem, isto agora já é off-topic, e também não me quero alongar demasiado.

[nimzabo]

Carmen y Lola
https://www.imdb.com/title/tt7485508/?r ... f_=nv_sr_1
https://www.rottentomatoes.com/m/carmen_and_lola

[Samwise]

Quanto a isto " a Igreja sempre defendeu a vida como um dos valores supremos a preservar", não acho que seja bem assim, se ofosse não teria assassinado milhares de pessoas ao longo da história, pelo mero motivo de ir contra as suas ordens, ou não ter-se-ia ligado a regimes fascistas (como o português, espanhol e italiano), em que acabou sendo conivente de todas as atrocidades desses regimes. Mas essa é uma das tais contradições da Igreja... deve ser aquele ditado "faz o que eu digo, não o que eu faço"

Mas bem, isto agora já é off-topic, e também não me quero alongar demasiado.

De igual forma sem me querer alongar, também aqui acho que estás errado, e reitero que a Igreja (Católica) sempre fez da vida um valor essencial a preservar. Mesmo que tenha ao longo da história havido aberrações e desvios, como é o caso da Inquisição, a surpresa aqui não é a Igreja não estar de acordo com as práticas de eugenia, a supresa é a Igreja permitir os castigos, o uso de tortura e os autos de fé dentro de uma isntituição como a Inquisição. A surpresa é a Igreja ser usada demasiadas vezes por indivíduos com demaisado poder para servir interesse próprios (algo que ainda hoje em dia prevalece, como se vai descobrindo frequentemente). Isso é que para mim é a surpresa.

Mas em relação à Inquisição, e sem querer estar a tentar defender o indefensável, tem havido um cetro revisionismo histórico recente que aponta que a visão que existe dela está fortemente distorcida e hiperbolizada - até em relação aquilo que seria da autoridade da Igreja, e aquilo que seria da autoridade dos estado e dos poderes reinantes. Como não estou muito por dentro do assunto deixo apenas como nota para se quiseres investigar:

https://en.wikipedia.org/wiki/Historica ... nquisition

https://www.amazon.com/Inquisition-Edwa ... 0520066308

[No Angel]

Quanto a isto " a Igreja sempre defendeu a vida como um dos valores supremos a preservar", não acho que seja bem assim, se ofosse não teria assassinado milhares de pessoas ao longo da história, pelo mero motivo de ir contra as suas ordens, ou não ter-se-ia ligado a regimes fascistas (como o português, espanhol e italiano), em que acabou sendo conivente de todas as atrocidades desses regimes. Mas essa é uma das tais contradições da Igreja... deve ser aquele ditado "faz o que eu digo, não o que eu faço"

Mas bem, isto agora já é off-topic, e também não me quero alongar demasiado.

De igual forma sem me querer alongar, também aqui acho que estás errado, e reitero que a Igreja (Católica) sempre fez da vida um valor essencial a preservar. Mesmo que tenha ao longo da história havido aberrações e desvios, como é o caso da Inquisição, a surpresa aqui não é a Igreja não estar de acordo com as práticas de eugenia, a supresa é a Igreja permitir os castigos, o uso de tortura e os autos de fé dentro de uma isntituição como a Inquisição. A surpresa é a Igreja ser usada demasiadas vezes por indivíduos com demaisado poder para servir interesse próprios (algo que ainda hoje em dia prevalece, como se vai descobrindo frequentemente). Isso é que para mim é a surpresa.

Mas em relação à Inquisição, e sem querer estar a tentar defender o indefensável, tem havido um cetro revisionismo histórico recente que aponta que a visão que existe dela está fortemente distorcida e hiperbolizada - até em relação aquilo que seria da autoridade da Igreja, e aquilo que seria da autoridade dos estado e dos poderes reinantes. Como não estou muito por dentro do assunto deixo apenas como nota para se quiseres investigar:

https://en.wikipedia.org/wiki/Historica ... nquisition

https://www.amazon.com/Inquisition-Edwa ... 0520066308

Peço desculpa, mas em relação à vida não acho que esteja errado. Isso é a tua opinião e eu respeito, mas não é isso que a história demonstra. Tanto valoriza a vida que a Igreja fez as Cruzadas e outras guerras ditas "santas" que mataram milhares de pessoas... isso é valorizar e defender a vida? Para mim não.

[PanterA]

Jeanne Dielman, 23 Commerce Quay, 1080 Brussels - 4/10

Sendo muito directo, de 3h30 de filme tivemos literalmente apenas e só 30 minutos de conteúdo. Até se percebe toda a ideia e daquilo que querem tentar transmitir com as rotinas, a vida doméstica, todo aquele acumular de tarefas diárias que a levariam ao descalabro mental nos 3 dias que narram. Mas chega-se a um ponto que tudo o que vemos é apenas pretensioso, arrastam as cenas de uma maneira que qualquer imersão e vontade que estejas a ter é facilmente dissimulada por um certo desconforto da repetição que fazem over and over again.

Dancer in the Dark - 7.5/10

É todo um build-up para um final espectacular e macabro, mas a maneira como pelo meio trazem a componente musical como forma de escapar à realidade diria que é o core do filme e aquilo que se exalta logo. Ainda que apenas 1 das músicas tenha ficado no ouvido para ser sincero. E já agora grande papelão da Bjork. Tinha jeito para a coisa.

Jacob's Ladder - 7/10

Mesmo sendo de 90, ainda é daquela colheita dos filmes de terror dos anos 80 e mostra bem como exalta todos aquele ambiente natural aterrorizador, os efeitos práticos e ao mesmo uma história bem contada. Ainda que não lhe tira um bocado de preguiça porque querem-nos forçar tanto a vender que o final não vai ser aquele que se espera praticamente desde o inicio do filme, e por momentos ainda acreditamos que vai ser outra coisa, mas acaba mesmo por ser o esperado. Não é que seja um mau final longe disso, mas a abordagem tinha que ser um pouco diferente para realmente surpreender.

In the Mouth of Madness - 6/10

Vindo de quem vem um gajo espera sempre mais, e este aqui é um daqueles que viaja em piloto automático sem dar grande tempo para contemplar. Vai um pouco na onda do filme de cima nos efeitos e ambiente, mas vai falhando em entregar o que é suposto a cada intriga ou twist que tentam passar.

[nimzabo]

A Place in the Sun - Um Lugar ao Sol (1951), de George Stevens
https://www.imdb.com/title/tt0043924/?r ... f_=nv_sr_1

Digamos, para início de conversa e para simplificar, que se trata, mais coisa, menos coisa, do "Match Point" de 1951. Jovem rapaz de origens humildes tem a oportunidade de crescer profissionalmente no negócio de sucesso de um tio abastado. Ao início, apaixona-se por uma jovem de raízes também ela humildes, mas com o passar do tempo começa a encantar-se por uma socialite amiga da família. Um acontecimento inesperado irá colocar tudo em causa e comprometer para sempre os destinos destas personagens. Grande realização, grandes interpretações (Elizabeth Taylor, Montgomery Clift e Shelley Winters) e uma história triste e devastadora sobre o desejo, ambição e culpa fazem deste filme um clássico imperdível.

Aproveitei a sugestão e vi também, antes de ler o que escreveste.
Tenho algumas duvidas sobre o ele ter-se apaixonado pela 1º rapariga.

[nimzabo]

Blue Caprice
https://www.imdb.com/title/tt2027064/?r ... f_=nv_sr_1
https://www.rottentomatoes.com/m/blue_caprice_2013
Um filme sobre violência e sobre influência paterna mas atmosférico e sem ser muito explicito no mostrar a violência.
Uma presença muito forte do Isaiah Washington, quase um sósia do Idris Elba, e o rapaz também está bem.
Bem actuado, bem realizado e com base numa história verídica.

[PanterA]

The Hidden - 7/10

Filme Oldschool com aquela boa premissa, um enredo que cativa q.b, acção á lá anos 80 e uma banda sonora brutal. Não fascina mas também não complica, e até pode ser tão simplista naquilo que conta que muitas das vezes faz a verdadeira diferença. E este aqui tem um ritmo perfeito desde inicio ao fim.

The Last Metro - 7.5/10

Sente-se logo nas questões do romance e temas similares o realizador em questão. São poucos que trabalham tão bem essas temáticas e que me consigam realmente colar sem cair naquela lamuria e mesquinhices que caracteriza e agora ainda mais o género. Depois a vertente WWII para narrar a história faz a diferença juntamente com personagens ricas, bem desenvolvidas e que se percebe cada decisão feita.