Lorde X wrote:Atenção: contém SPOILERS:
Vi hoje o filme e estava a ser uma boa surpresa até à famigerada cena do frigorífico. Essa, a das cataratas, a da perseguição automóvel na selva com luta de espadas, etc, etc foram diminuindo o gozo que o filme me estava a proporcionar...
Tb vi o documentário do dvd e a conclusão que tiro é que o "light motif" foi tornar o filme, o mais espectacular (leia-se rentável) possível, à custa, como sempre, do enredo e da credibilidade.
O que me irrita é que era possível ter conciliado essas 2 vertentes: espectacularidade e credibilidade. Só que isso exigiria uma qualidade de escrita e ideias que em Hollywood muito poucos tem, principalmente os que se dedicam ao, chamemos-lhe assim, gênero Blockbuster...
No final ficou uma familiar e amarga sensação de desencantamento... Exponenciada pelo facto de o filme até ter tido algumas boa ideias, como o regresso da personagem da Marion (esta boa ideia foi tratada, infelizmente, com a ligeireza habitual) e o facto de ter tentado conciliar 2 mistérios que sempre me atrairam: Cidades do Ouro e a caveira de Cristal. Só que a forma como as banaliza, misturando com "ET's" interdimensionais, esqueletos vivos com poderes paranormais, estraga totalmente o que poderia ter sido um excelente filme... Fiquei com a ideia que o responsável foi o Lucas. A certa altura do documentário, o Spielberg diz que não queria fazer um filme com ETs e que o Lucas é que o convenceu. Além disso também refere que o filme foi o resultado de várias cedências de todos os envolvidos...
Achei curioso o facto de tanto este como o National Tresure 2 terem tido como tema as Cidades do Ouro. Não sei é qual é que copiou qual...
Para comprovar como este tema pode ser tratado com muita imaginação e muita qualidade, basta rever a fabulosa série de animação, As Misteriosas Cidades do Ouro, que para mim continua a ser um dos "ex libris" deste subgênero cinematográfico.
Exactamente. Foi o q eu senti tb.
Os 3 filmes tem algumas cenas exageradas mas tentam não abusar. O 4º é um abuso de cenas exageradas e ridiculas. A cena "à Tarzan" com os macacos nas leanas(ou lá como se chama aquilo), foi do mais ridiculo q já vi. Noutro filme comum passaria despercebido q qualificaria de má qualidade desse filme, agora num Indiana Jones? Tudo tem um limite e neste filme foram todos ultrapassados.
Quem ouve as entrevistas de 1980/81 sobre as ideias pra personagem e suas aventuras foi ser o mais arcaico, sem grandes efeitos especiais modernos q se destacassem o maximo possivel, o maximo de credibilidade na historia e acções. Tentar reproduzir o tipo de filmes de aventuras de matiné dos anos 30 e 40. O 4º filme não respeitou nada disso. São clichés uns atras dos outros. Tantos q eu ainda o filme não ia a meio e já adivinhava qual seria o resultado final de cada cena q acontecia mas mesmo assim não consegui adivinhar as já referidas cenas parvas, pois nunca acreditaria q o fizessem num filme do IJ. Até a banda sonora sobre do mesmo sindroma, com bocados de musicas dos filmes anteriores. Uma desgrça.
Pra mim o 4º filme nunca existiu.