A History of Violence (2005) - David Cronenberg
Moderators: mansildv, waltsouza
Nota: O Cronenberg já fazia um filme de gangsters....
Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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Re: A History of Violence (2005) - David Cronenberg
Sendo um dos títulos mais "acessíveis" da filmografia de Cronenberg, é também um dos seus mais espantosos. Um thriller intimista, uma tragédia familiar em puro crescendo - e em tom de série B - sobre os enigmas da identidade, o (des)conhecimento do outro e a sedução e os sobressaltos do Mal versus a utopia da instalação de um Bem redentor. O filme pergunta: Quem sou eu? Quem és tu? Quem e o que é que nós somos? Em que contexto somos o quê e porquê - e, enfim, para quê?
Passado numa pacata e simpática comunidade rural, a violência física, psicológica e emocional do que se vê em cena contrasta grandemente com aquele cenário tão idílico. Todo esse radicalismo traz à tona a velha expressão que diz que até podemos cortar com as amarras do passado, mas as amarras do passado podem não querer cortar connosco… É da violência endémica, ancestral, gutural que se trata aqui - daquela que pode morar em nós, quer o aceitemos ou não (e que podemos, qual herança genética, "transmitir" aos que mais amamos e queremos proteger). Assim sendo, não é A History of Violence também o mais radical dos melodramas e o mais político dos filmes (com o seu subtil desmembrar da aparentemente adormecida violência que habita na América mais profunda)?
Passado numa pacata e simpática comunidade rural, a violência física, psicológica e emocional do que se vê em cena contrasta grandemente com aquele cenário tão idílico. Todo esse radicalismo traz à tona a velha expressão que diz que até podemos cortar com as amarras do passado, mas as amarras do passado podem não querer cortar connosco… É da violência endémica, ancestral, gutural que se trata aqui - daquela que pode morar em nós, quer o aceitemos ou não (e que podemos, qual herança genética, "transmitir" aos que mais amamos e queremos proteger). Assim sendo, não é A History of Violence também o mais radical dos melodramas e o mais político dos filmes (com o seu subtil desmembrar da aparentemente adormecida violência que habita na América mais profunda)?