Lost in Translation (2003) - Sofia Coppola
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Lost in Translation (2003) - Sofia Coppola
Olá
Alguém sabe quando estreia cá o novo filme da Sofia Coppola "Lost in Translation"? É com o Bill Murray e a Scarlett Johansson, em Tokyo.
Segundo li deve ser um excelente filme mas aínda não ouvi falar de nada cá para os nossos lados...
http://www.lost-in-translation.com/
http://www.metacritic.com/film/titles/l ... anslation/
Senser
Alguém sabe quando estreia cá o novo filme da Sofia Coppola "Lost in Translation"? É com o Bill Murray e a Scarlett Johansson, em Tokyo.
Segundo li deve ser um excelente filme mas aínda não ouvi falar de nada cá para os nossos lados...
http://www.lost-in-translation.com/
http://www.metacritic.com/film/titles/l ... anslation/
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A LNK adquiriu os direitos para exibição em Portugal.
Como se espera que o filme tenha algumas nomeações para os óscares, é provável que só lá para fevereiro- março estreie em Portugal.
E um filme que eu também aguardo com muita expectativa.
Fala-se muito dos novos talentos que surgiram no campo da realização nos últimos anos, e quase sempre a Sofia é esquecida. Para mim, e tendo em conta apenas as obras de estreia, os 3 cineastas americanos mais interessantes dos últimos anos, são Vincente Gallo, Sofia Coppola e Richard Kelly.
Como se espera que o filme tenha algumas nomeações para os óscares, é provável que só lá para fevereiro- março estreie em Portugal.
E um filme que eu também aguardo com muita expectativa.
Fala-se muito dos novos talentos que surgiram no campo da realização nos últimos anos, e quase sempre a Sofia é esquecida. Para mim, e tendo em conta apenas as obras de estreia, os 3 cineastas americanos mais interessantes dos últimos anos, são Vincente Gallo, Sofia Coppola e Richard Kelly.
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E provavelmente lá para fevereiro-março, além de "Lost in Translation" teremos a estreia de "The Brown Bunny" de Vincent Gallo (também adquirido pela LNK)
Quanto ao Richard Kelly esta em pre-produção de um projecto chamado "Knowing", que pela sua sinopse (http://us.imdb.com/title/tt0367937/plotsummary) parece bem interessante.
Quanto ao Richard Kelly esta em pre-produção de um projecto chamado "Knowing", que pela sua sinopse (http://us.imdb.com/title/tt0367937/plotsummary) parece bem interessante.
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Fui ontem vê-lo ao Saldanha, e na minha opinião Lost in Translation é um filme brilhante.
È um filme que nos prova mais uma vez, (aquilo que toda a gente já sabe, mas que é bom ser relembrado de vez em quando) que para fazer bom cinema, não são precisos milhões de dólares, nem efeitos especiais, sem proezas estilísticas e maneirismos de realizadores. As vezes apenas basta um realizador preocupado em contar uma história e actores preocupados em torná-la real.
Sofia filma de um modo estupendo. Simples, sem excessos, limita-se quase a observar os personagens principais. Parece deixar as personagens a solta, limitando-se a encontrar a melhor maneira de as filmar. Como se a câmara estivesse apaixonada pelos personagens. Para encontrarmos algo semelhante no cinema mais recente, temos que recuar até a câmara de Kar Wai Wong em “In The Mood For the Love” (Disponível para Amar). Em relação ao cinema americano temos de recuar até “Before Sunrise” (Antes de Amanhecer)” de Richard Linklater.
O filme todo passado em Tóquio, mais não é, do o que a história de dois estranhos (Bob (se Bill Murray não ganhar um óscar, pela sua interpretação neste filme, nunca mais o irá ganhar) e Charlotte) que se conhecem em um lugar estranho. Personagens que se aproximam pouco a pouco, movidos pela solidão dos seus casamentos.
E a partir desta realidade Sofia consegue algo espantoso. Mais do que amor (como nos diz o título português), Sofia fala-nos de carinho entre duas pessoas. E carinho, é um sentimento muito difícil, de levar ao grande ecrã.
Houve tanta coisa que eu gostei neste filme, começando pelo sentimento bom que trespassa do filme. Depois é óptimo vêr personagens, bem caracterizadas, conversando como gente normal, com silêncios entre as frases. Gostei também da forma, como a câmara se demora nos pequenos gestos, num simples toque, numa troca de olhares, num abraço, num aperto de mão.
Enfim, já há muito tempo, que eu não sentia uma empatia igual por duas personagens. [^]
È um daqueles filmes em que ficamos na sala até os créditos terminarem, ate sair toda a gente da sala, até o funcionário nos colocar na rua. E depois vamos calmamente até a bilheteira e compramos um bilhete para a sessão seguinte. Para mais 100m de carinho. Doses destas nunca são demais.
O filme tem algumas falhas. Num determinado momento senti-me perdido, e há uma cena que parece-me um pouco ridícula. Mas talvez por ter algumas imperfeições, ainda me parece mais humano, e ainda gosto mais dele.
E depois há um momento fascinante no final do filme, em que a opção da Sofia Copolla é genial. [^] Se houvesse dúvidas sobre o talento da Sofia, esse “momento” acaba com elas.
um abraço
È um filme que nos prova mais uma vez, (aquilo que toda a gente já sabe, mas que é bom ser relembrado de vez em quando) que para fazer bom cinema, não são precisos milhões de dólares, nem efeitos especiais, sem proezas estilísticas e maneirismos de realizadores. As vezes apenas basta um realizador preocupado em contar uma história e actores preocupados em torná-la real.
Sofia filma de um modo estupendo. Simples, sem excessos, limita-se quase a observar os personagens principais. Parece deixar as personagens a solta, limitando-se a encontrar a melhor maneira de as filmar. Como se a câmara estivesse apaixonada pelos personagens. Para encontrarmos algo semelhante no cinema mais recente, temos que recuar até a câmara de Kar Wai Wong em “In The Mood For the Love” (Disponível para Amar). Em relação ao cinema americano temos de recuar até “Before Sunrise” (Antes de Amanhecer)” de Richard Linklater.
O filme todo passado em Tóquio, mais não é, do o que a história de dois estranhos (Bob (se Bill Murray não ganhar um óscar, pela sua interpretação neste filme, nunca mais o irá ganhar) e Charlotte) que se conhecem em um lugar estranho. Personagens que se aproximam pouco a pouco, movidos pela solidão dos seus casamentos.
E a partir desta realidade Sofia consegue algo espantoso. Mais do que amor (como nos diz o título português), Sofia fala-nos de carinho entre duas pessoas. E carinho, é um sentimento muito difícil, de levar ao grande ecrã.
Houve tanta coisa que eu gostei neste filme, começando pelo sentimento bom que trespassa do filme. Depois é óptimo vêr personagens, bem caracterizadas, conversando como gente normal, com silêncios entre as frases. Gostei também da forma, como a câmara se demora nos pequenos gestos, num simples toque, numa troca de olhares, num abraço, num aperto de mão.
Enfim, já há muito tempo, que eu não sentia uma empatia igual por duas personagens. [^]
È um daqueles filmes em que ficamos na sala até os créditos terminarem, ate sair toda a gente da sala, até o funcionário nos colocar na rua. E depois vamos calmamente até a bilheteira e compramos um bilhete para a sessão seguinte. Para mais 100m de carinho. Doses destas nunca são demais.
O filme tem algumas falhas. Num determinado momento senti-me perdido, e há uma cena que parece-me um pouco ridícula. Mas talvez por ter algumas imperfeições, ainda me parece mais humano, e ainda gosto mais dele.
E depois há um momento fascinante no final do filme, em que a opção da Sofia Copolla é genial. [^] Se houvesse dúvidas sobre o talento da Sofia, esse “momento” acaba com elas.
um abraço
- Paulo Sousa Dias
- Fanático
- Posts: 598
- Joined: February 20th, 2002, 1:28 pm
- Location: Lisboa / Portugal
Olá,
Também já fui ver o Lost in Translation e adorei. Até agora o meu filme favorito do Bill Murray era o Groundhog Day, mas agora já não sei [:)]
Este LIT é de uma beleza, de uma subtileza extremas e consegue combinar muito bem o lado de comédia (o Bill Murray no duche japonês, as filmagens do anúncio do Whisky Santori...) com um lado mais dramático, pleno de melancolia e ternura.
Também não me lembro de ter alguma vez visto tão bem representado o sentimento de solidão e alienação que surge quando se está num lugar estranho, enorme - um sítio que não compreendemos e do qual não gostamos muito. (Um bocado o que eu sinto por Londres... [xx(])
É certamente um filme a comprar, quando saír o DVD.
Paulo Dias
Também já fui ver o Lost in Translation e adorei. Até agora o meu filme favorito do Bill Murray era o Groundhog Day, mas agora já não sei [:)]
Este LIT é de uma beleza, de uma subtileza extremas e consegue combinar muito bem o lado de comédia (o Bill Murray no duche japonês, as filmagens do anúncio do Whisky Santori...) com um lado mais dramático, pleno de melancolia e ternura.
Também não me lembro de ter alguma vez visto tão bem representado o sentimento de solidão e alienação que surge quando se está num lugar estranho, enorme - um sítio que não compreendemos e do qual não gostamos muito. (Um bocado o que eu sinto por Londres... [xx(])
É certamente um filme a comprar, quando saír o DVD.
Paulo Dias
- Paulo Sousa Dias
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Olá
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O filme tem algumas falhas. Num determinado momento senti-me perdido, e há uma cena que parece-me um pouco ridícula. Mas talvez por ter algumas imperfeições, ainda me parece mais humano, e ainda gosto mais dele.
E depois há um momento fascinante no final do filme, em que a opção da Sofia Copolla é genial. Se houvesse dúvidas sobre o talento da Sofia, esse “momento” acaba com elas.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Só por curiosidade, a que cenas te referes?
(Para evitar spoilers, basta que me dês umas pistas [:)])
Paulo Dias
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O filme tem algumas falhas. Num determinado momento senti-me perdido, e há uma cena que parece-me um pouco ridícula. Mas talvez por ter algumas imperfeições, ainda me parece mais humano, e ainda gosto mais dele.
E depois há um momento fascinante no final do filme, em que a opção da Sofia Copolla é genial. Se houvesse dúvidas sobre o talento da Sofia, esse “momento” acaba com elas.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Só por curiosidade, a que cenas te referes?
(Para evitar spoilers, basta que me dês umas pistas [:)])
Paulo Dias
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<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by Paulo Sousa Dias</i>
Só por curiosidade, a que cenas te referes?
(Para evitar spoilers, basta que me dês umas pistas [:)])
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não foi possível evitar os spoilers, por isso
<b><font size="2">SPOILERS SPOILERS, SPOILERS, SPOILERS,</font id="size2"></b>
Lembras-te quando Bob vai ao talk show do Johnny Carson Japonês. Então ele não tinha fugido do hotel na cena anterior. Ali perdi-me...
Cena um pouco rídicula – “Lip my stockings”, “Lip my stockings...”
Parece-me uma cena um pouco patética e de humor "forçado".
O Momento Fascinante – Quando Bob diz algo junto ao ouvido de Charlotte, nós, os espectadores, não ouvimos nada do que é dito. Ouvimos apenas Charlotte responder “Ok”. Ficamos todos a perguntar, o que será que Bob disse. È como se aquele última conversa entre as duas personagens, fosse tão íntima, que nem o espectador tem permissão para a partilhar.
um abraço
Só por curiosidade, a que cenas te referes?
(Para evitar spoilers, basta que me dês umas pistas [:)])
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não foi possível evitar os spoilers, por isso
<b><font size="2">SPOILERS SPOILERS, SPOILERS, SPOILERS,</font id="size2"></b>
Lembras-te quando Bob vai ao talk show do Johnny Carson Japonês. Então ele não tinha fugido do hotel na cena anterior. Ali perdi-me...
Cena um pouco rídicula – “Lip my stockings”, “Lip my stockings...”
Parece-me uma cena um pouco patética e de humor "forçado".
O Momento Fascinante – Quando Bob diz algo junto ao ouvido de Charlotte, nós, os espectadores, não ouvimos nada do que é dito. Ouvimos apenas Charlotte responder “Ok”. Ficamos todos a perguntar, o que será que Bob disse. È como se aquele última conversa entre as duas personagens, fosse tão íntima, que nem o espectador tem permissão para a partilhar.
um abraço
Neste filme, miúdos de 10 anos deixam-se dormir ao fim de 20 minutos, ou então começam a fazer birra para se irem embora.
<hr noshade size="1"><b>Filipe Pedro
A minha colecção:</b> http://www.dvdprofiler.com/mycollection ... ias=n0nick
<b>"I can taste the bubbles!"</b>
<hr noshade size="1"><b>Filipe Pedro
A minha colecção:</b> http://www.dvdprofiler.com/mycollection ... ias=n0nick
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