Mas leiam a notícia:
https://www.tsf.pt/sociedade/saude/inte ... 98495.html
Esqueça o Dr. Google. Saúde cria buscas (científicas) sobre doenças
Quem é que nunca fez uma busca na Internet sobre uma doença? Governo e médicos querem evitar resultados sem bases científicas.
O Ministério da Saúde e a Ordem dos Médicos assinam esta terça-feira um protocolo inovador que vai permitir que os clínicos, mas também qualquer português, tenham acesso, a partir de janeiro, a quatro sistemas de informação, internacionais, aprovados cientificamente, de apoio à decisão dos médicos.
Até hoje os médicos que queriam estar atualizados, numa formação profissional contínua, e ter acesso a uma série de informação nestas bases de dados sobre doenças, baseadas na melhor evidência científica disponível à data, tinham de pagar e como sublinha o bastonário não ficava nada barato.
Miguel Guimarães destaca que o acesso a estes quatro sistemas ou bases de dados (que têm como nomes BMJ Best Practice, Cochrane Library, DynaMed Plus e UpToDate) já existe, de forma generalizada, para os médicos de outros países.
A novidade, em Portugal, que Miguel Guimarães não conhece que exista em qualquer outro país do mundo, é que Ordem e Ministério acordaram que estes sistemas de apoio à decisão clínica estarão acessíveis para toda a sociedade civil, aumentando "consideravelmente e de modo sustentado a literacia de cidadãos, dos doentes e dos seus familiares".
O fim do Dr. Google?
O bastonário da Ordem dos Médicos destaca que estamos perante plataformas informáticas internacionais muito reconhecidas e usadas em hospitais de todo o mundo que estarão ao serviço dos "10 milhões de portugueses".
Ouça as explicações de Miguel Guimarães
A ideia, inicialmente da Ordem, foi aceite e será financiada pelo Ministério, com Miguel Guimarães a destacar que "é um passo muito importante na literacia digital em saúde", aumentando claramente o acesso a informação fiável sobre doenças, prevenção, sintomas e tratamentos cientificamente válidos.
O bastonário destaca que hoje o que acontece é que muitas pessoas quando estão doentes ou têm algum familiar doente (ou há a suspeita de uma doença) vão à Internet, abrem o Google ou outro motor de busca, "indo parar a sites sem informação validada que lhes dá informações erradas o que complica muito a relação com o médico".
Miguel Guimarães destaca que assim doentes e famílias ficarão com a informação que os médicos também têm, evitando conflitos desnecessários com os clínicos e que, naturalmente, eram cada vez mais comuns com a facilidade de fazer buscas na Internet sem qualquer fiabilidade científica.