[Faz Falta] Roy Thomas

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kon-el
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[Faz Falta] Roy Thomas

Post by kon-el »

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Roy Thomas é um dos maiores nomes da indústria de comics Norte-Americana, ele foi o sucessor de Stan Lee como editor-chefe da Marvel Comics e o principal impulsionador para a introdução da personagem de Conan o Bárbaro nas HQ's.

Para além de fases bem lembradas pelo público em equipas como Vingadores ou X-Men, Thomas é conhecido pelo seu amor pelas personagens da Golden Age Americana em especial personagens da Sociedade da Justiça.

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Após pouco tempo na DC, trabalhou cerca de 8 dias colaborando com o editor do Superman, Stan Lee ofereceu-lhe emprego na Marvel numa altura que só ele e o irmão apareciam regularmente como escritores nas revistas da Marvel. Na segunda metade da década de 60, Thomas começou a escrever histórias para comics juvenis românticos e a colaborar em plots de Lee e Ditko para super-heróis como o Homem de Ferro ou o Dr. Estranho. Roy admite que teve sorte em ter sido contratado para a Marvel na altura que foi, porque quando as suas histórias para a Charlton Comics saíram, numa altura em que ele já se encontrava na editora da casa de ideias, Stan afirmou não ter gostado nada das mesmas.

Mas isso não impediu Lee de lhe dar os seus primeiros longos trabalhos numa revista, Sgt. Fury and his Howling Commandos e os mutantes X-men em 1966. Com o bom trabalho demonstrado foi-lhe atribuído no final desse ano uma oportunidade na revista da maior equipa da companhia, os Vingadores, onde escreveu uma fase marcada pela regularidade na continuidade e cronologia abordando tanto os aspectos pessoais da equipa como colocando a mesma em grandes eventos cósmicos como a guerra Kree-Skrull.

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O talento de Thomas não passava despercebido, X-Men começava a apelar mais ao público com as suas histórias cheias de acção e aventura enquanto que Vingadores se tornava um favorito dos fãs o que fazia com que Lee desse mais trabalho ao escritor. Era comum ver histórias de Thomas estrelando Nick Fury ou Dr Strange na revista Strange Tales, e quando esta passou a chamar-se Dr.Strange foi Roy que escreveu as primeiras fases acompanhado por talentosos mestres do desenho como Gene Colan ou Tom Palmer.

Thomas era conhecido por demonstrar bem o lado pessoal dos heróis, a interacção deles com outros era uma das características do escritor assim como os colocar em sagas que faziam os mesmos ultrapassarem grandes dificuldades. Nos mutantes víamos desde rivalidades familiares a picardias entre amigos e depois em aventuras onde enfrentavam rivais que podiam roubar e/ou sugar os seus poderes, ou então com poderes muito acima da equipa de Mutantes. Em Vingadores quando não eram raças alienígenas se enfrentando, era heróis em crise de consciência e lutas internas por um lugar na equipa.

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A segunda passagem de Thomas pelos mutantes ficou marcada pela colaboração com Neal Adams salvando a revista do cancelamento e por isso no começo da década de 70 o mesmo teve oportunidades dadas como o lançamento da revista do Conan que teve um sucesso inesperado junto do público, muito pela fidelidade nas adaptações de Thomas e pela arte de Barry Windsor-Smith e passando a tomar o lugar máximo da companhia como editor chefe no lugar do Stan Lee.

Apesar do cargo, Roy não parou de escrever títulos de grande destaque tendo passagens por Amazing Spider-Man ou Quarteto Fantástico onde teve uma fase curta mas memorável com John Buscema a ajudar a que os fãs nunca se esquecessem dessa fase.

A passagem de Thomas pelo alto cargo ficou marcado pela criação de novos títulos que tiveram sucesso como a equipa Defensores ou a fantástica revista What If..? onde eram criadas soluções alternativas para as coisas que aconteciam no universo Marvel ou ajudando na criação de personagens como Iron Fist, Brother Vodoo ou Ghost Rider.

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Também se deve dar valor ao facto de que ele foi um dos principais obreiros para que X-Men se tornasse um campeão de vendas e pela vinda da brand Star Wars o que muitos consideram a salvação da editora naquela altura de vendas fracas e estagnação de público.

Até sair da companhia no começo dos anos 80, após desentendimento com o editor-chefe Jim Shooter, Thomas já mostrava o seu amor pelos heróis da Golden Age em revistas como Invaders e quando foi para a editora DC apareceu logo em revistas de destaque como Batman, DC Comics presents ou Lanterna Verde.

Escreveu 3 crossovers JLA/JSA com o seu amigo Gerry Conway, com o qual também escreveu histórias cómicas para Captain Carrot. Mas foi com o seu trabalho em heróis da Golden Age que começou mais uma vez a ter algum destaque, Justice Society e All-Star Squadron onde ele tentava resolver problemas de cronologia/continuidade com algumas das personagens e ajudou a estabelecer outras.

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Não contente ele lançou-se com uma revista onde estrelavam os descendentes da Sociedae, Infinity Inc. onde teve no desenho um novato chamado Todd Mcfarlane. No final da década de 1980, regressou à Marvel onde teve fases menos memoráveis por revistas como Dr.Strange ou Avengers West Coast, muitas das vezes em colaboração com a sua esposa, Dann Thomas.

E foi o canto do cisne nas 2 grandes companhias, já que na década de 1990 tentou fazer projectos para TV e escreveu para pequenas companhias.

O meu trabalho favorito dele é um empate entre Vingadores e Quarteto, sendo que o seu trabalho a partir do meio da década de 1980 é, na minha opinião, para esquecer. No entanto admiro e continuo a admirar a sua capacidade para escrever equipas de super-heróis, poucos podem se gabar de terem feito quase somente isso e com qualidade acima da média.

Nota 7 em 10.

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