Flash Forward

[DyingSun]

Mais um que ficou na mesma... houve uma clara diminuição de pace, mas os problemas continuam lá: interpretações que transmitem indiferença, conclusões demasiado rápidas e banais. Chamem-me pessimista, mas não me parece que esta série seja digna de qualquer associação com o Lost (mesmo que meramente publicitária) e não sei como alguns podem estar a achá-la genial (não consigo ter um nível de exigência tão baixo). Dito isto, e apesar de tudo, continuarei a ver... mas começo a reduzir consideravelmente as expectativas de que se venha a tornar um objecto de culto (a não ser na perspectiva do que poderia ter sido e não foi).

[Argaroth01]

Conclusões demasiado rápidas e banais. Conclusões demasiado longas e banais. Numa destas opções se pode colocar a 2ª temporada e metade da 3ª de "Lost". E não é por isso que deixo de a considerar a minha série de eleição. É difícil de encontrar um meio termo. Eu acho que em "Flashforward", também se deve pôr o caso dos acontecimentos que se vão desvendando terem várias ramificações que ainda se desconhecem, tipo, descobre-se um elemento, mas até aonde vai a sua conclusão lógica final ? E foi isso que senti neste 2º episódio: eles desvendaram mais um pouco do véu, mas tudo continua nublado ou ainda mais nublado e cativaram-me ainda mais o interesse. Ainda não temos ideia do Grande Evento a não ser umas meras pistas.

[DyingSun]

Conclusões demasiado rápidas e banais. Conclusões demasiado longas e banais. Numa destas opções se pode colocar a 2ª temporada e metade da 3ª de "Lost". E não é por isso que deixo de a considerar a minha série de eleição. É difícil de encontrar um meio termo. Eu acho que em "Flashforward", também se deve pôr o caso dos acontecimentos que se vão desvendando terem várias ramificações que ainda se desconhecem, tipo, descobre-se um elemento, mas até aonde vai a sua conclusão lógica final ? E foi isso que senti neste 2º episódio: eles desvendaram mais um pouco do véu, mas tudo continua nublado ou ainda mais nublado e cativaram-me ainda mais o interesse. Ainda não temos ideia do Grande Evento a não ser umas meras pistas.

Mas eu concordo contigo (no que acabaste de dizer, pelo menos). Acho que ainda não percebeste que o meu problema é com as interpretações e com os detalhes, ou melhor, com a falta deles. Em primeiro lugar, acho que as personagens não são interessantes (e os actores não fazem nada para melhorar essa situação). Em segundo lugar, é aquela sensação permanente de falta de credibilidade que a generalidade das séries de televisão têm (por falta de recursos e/ou limitações no desenvolvimento do argumento) - tudo parece abreviado, demasiado "limpo", demasiado "fácil" - e o meu suspension of disbelief vai por água abaixo. E podes perguntar: mas isso não te acontece com o Lost, que aborda temáticas bem mais difíceis de digerir? E eu respondo-te com toda a sinceridade: não, nem por um momento. Porque as personagens criam empatia, podes identificar-te com elas, o argumento desenvolve-se com muita calma, dando tempo para explorar todos os detalhes e mantendo tanto o espectador como as próprias personagens submersos nos mistérios. As coisas correm mal e é essa falibilidade (tão humana) que, a meu ver, confere a dose de realismo necessária a uma série do domínio do fantástico. Nesta, pelo contrário, as personagens são, por um lado, tão superficiais e, por outro, tão anormalmente perspicazes, que... meh!

[Shivers]

Flashforward estreia hoje em Portugal
Out 7, 2009 TV

Poucos dias depois de estrear nos EUA, na ABC, a série "Flashforward" começa hoje em Portugal, no AXN.

A estreia foi bem sucedida, com cerca de 12,5 milhões de espectadores no passado dia 24 de Setembro. Anteontem, em Espanha, foi o produto mais visto de televisão por cabo. Hoje à noite, pelas 22h25 chega o primeiro episódio.

Esta fórmula de lançar a série quase em simultâneo exigiu meios fora do comum, como o transporte quase secreto do material de forma a poder ser legendado em tempo recorde.

Em "Flashforward" um fenómeno desconhecido provoca o desmaio de toda a humanidade durante dois minutos e 17 segundos. Homens, mulheres e crianças têm uma visão, preenchida por pequenos "flashes" , do que será a sua vida nos próximos seis meses.

O elenco dispõe de Joseph Fiennes, John Cho, Dominic Monaghan, entre outros. O livro em que se baseia é um best-seller da ficção científica, de Robert J. Sawyer.

http://avidaeumpalco.com/?p=8565

[p_alucinado]

Conclusões demasiado rápidas e banais. Conclusões demasiado longas e banais. Numa destas opções se pode colocar a 2ª temporada e metade da 3ª de "Lost". E não é por isso que deixo de a considerar a minha série de eleição. É difícil de encontrar um meio termo. Eu acho que em "Flashforward", também se deve pôr o caso dos acontecimentos que se vão desvendando terem várias ramificações que ainda se desconhecem, tipo, descobre-se um elemento, mas até aonde vai a sua conclusão lógica final ? E foi isso que senti neste 2º episódio: eles desvendaram mais um pouco do véu, mas tudo continua nublado ou ainda mais nublado e cativaram-me ainda mais o interesse. Ainda não temos ideia do Grande Evento a não ser umas meras pistas.

Mas eu concordo contigo (no que acabaste de dizer, pelo menos). Acho que ainda não percebeste que o meu problema é com as interpretações e com os detalhes, ou melhor, com a falta deles. Em primeiro lugar, acho que as personagens não são interessantes (e os actores não fazem nada para melhorar essa situação). Em segundo lugar, é aquela sensação permanente de falta de credibilidade que a generalidade das séries de televisão têm (por falta de recursos e/ou limitações no desenvolvimento do argumento) - tudo parece abreviado, demasiado "limpo", demasiado "fácil" - e o meu suspension of disbelief vai por água abaixo. E podes perguntar: mas isso não te acontece com o Lost, que aborda temáticas bem mais difíceis de digerir? E eu respondo-te com toda a sinceridade: não, nem por um momento. Porque as personagens criam empatia, podes identificar-te com elas, o argumento desenvolve-se com muita calma, dando tempo para explorar todos os detalhes e mantendo tanto o espectador como as próprias personagens submersos nos mistérios. As coisas correm mal e é essa falibilidade (tão humana) que, a meu ver, confere a dose de realismo necessária a uma série do domínio do fantástico. Nesta, pelo contrário, as personagens são, por um lado, tão superficiais e, por outro, tão anormalmente perspicazes, que... meh!

Mais uma vez concordo plenamente com o DyingSun em tudo. ´Não será tanto o problema da temática em si mas dos personagens e da forma como tudo se desenvolve. Ainda assim, e como já referi, é uma série que vou continuar a seguir... pelo menos para já.

[Giribi]

Também não morro de amores pela maioria das interpretações. No entanto a ideia subjacente da história seduz-me. Vou continuar a ver mas sem grandes espectativas, porque normalmente este tipo de séries desiludem-me facilmente.

[DyingSun]

A mim não me parece mais do que uma tentativa de cash in por parte da 'abc', agora que o Lost vai queimar os últimos cartuchos. E como a generalidade dos cash ins, sacrifica qualidade em função da urgência de apresentar um produto cujo público alvo será teoricamente o mesmo da série que termina. Mas falha redondamente, ao apresentar um produto mediano e esquecendo-se que o público, após uma série com a dimensão mítica do Lost, quer uma pausa nessas temáticas para, a seu tempo, embarcar noutra aventura semelhante.

[Rocha]

A mim não me parece mais do que uma tentativa de cash in por parte da 'abc', agora que o Lost vai queimar os últimos cartuchos. E como a generalidade dos cash ins, sacrifica qualidade em função da urgência de apresentar um produto cujo público alvo será teoricamente o mesmo da série que termina. Mas falha redondamente, ao apresentar um produto mediano e esquecendo-se que o público, após uma série com a dimensão mítica do Lost, quer uma pausa nessas temáticas para, a seu tempo, embarcar noutra aventura semelhante.

Talvez por achar o Lost banal, tenho visto interessado o Flashforward.

[DyingSun]

Talvez por achar o Lost banal, tenho visto interessado o Flashforward.

Continuo a achar fantástico que se apelide de banal uma série que continua a motivar, 5 anos após a sua génese, discussões incrivelmente profundas sobre temáticas tão diversas como filosofia, mitologia, religião, física, astronomia, etc. Basta ir ao The Fuselage para se ficar perplexo com a proporção que isto tomou. Só me lembro de um fenómeno semelhante - The X-Files - e que, apesar de tudo, arriscaria afirmar não ter chegado tão longe (também não existia a Internet, pelo menos nos moldes em que hoje existe).

Gostos são gostos, mas o Lost pode ser tudo menos banal.

[Argaroth01]

Mas falha redondamente, ao apresentar um produto mediano e esquecendo-se que o público, após uma série com a dimensão mítica do Lost, quer uma pausa nessas temáticas para, a seu tempo, embarcar noutra aventura semelhante.

O público, neste caso, tu. O público, neste caso, eu, até agradece que continuem com séries desta temática (e, sinceramente, fala-se de "Lost" como se tivesse inventado algo de novo - é a minha série preferida, mas nem tanto ao mar nem tanto à terra).

[Argaroth01]

Continuo a achar fantástico que se apelide de banal uma série que continua a motivar, 5 anos após a sua génese, discussões incrivelmente profundas sobre temáticas tão diversas como filosofia, mitologia, religião, física, astronomia, etc. Basta ir ao The Fuselage para se ficar perplexo com a proporção que isto tomou. Só me lembro de um fenómeno semelhante - The X-Files - e que, apesar de tudo, arriscaria afirmar não ter chegado tão longe (também não existia a Internet, pelo menos nos moldes em que hoje existe).

Gostos são gostos, mas o Lost pode ser tudo menos banal.

Nada de novo. Star Trek já o fazia há muito, muito tempo, por exemplo. A única diferença de percepção é que agora tudo é mais mediatizado, acessível e instantâneo. E no entanto, há quem considere o universo Trek ridículo ou enfadonho (neste último aspecto, me acuso).

[DyingSun]

O público, neste caso, tu. O público, neste caso, eu, até agradece que continuem com séries desta temática (e, sinceramente, fala-se de "Lost" como se tivesse inventado algo de novo - é a minha série preferida, mas nem tanto ao mar nem tanto à terra).

Como queiras... para mim, alterou por completo o panorama das séries televisivas (como antes o tinha feito The X-Files, mas como disse, esta elevou tudo para um novo patamar). E se é a tua série preferida, acho um tanto ou quanto estranho a indiferença com que falas dela.

Tens razão em relação ao Star Trek (e à sua repercussão como fenómeno global) - é talvez o exemplo mais paradigmático. Mas quanto a mim não retira qualquer mérito ao Lost (que aliás, acho de longe mais interessante).

[Argaroth01]

E se é a tua série preferida, acho um tanto ou quanto estranho a indiferença com que falas dela.

Sim, é a minha série preferida. Agarra-me bastante, mantém-me interessado, gosto da forma como mantém a expectativa em relação ao episódio seguinte e à história geral (se bem que por vezes abusa) mas... não passa de uma série de televisão. É só isso.

[DyingSun]

Sim, é a minha série preferida. Agarra-me bastante, mantém-me interessado, gosto da forma como mantém a expectativa em relação ao episódio seguinte e à história geral (se bem que por vezes abusa) mas... não passa de uma série de televisão. É só isso.

Olha... óbvio, como qualquer outra. Mas acredita que para mim consegue ser mais do que isso - faz-me viver aquela mitologia de uma forma que transcende a (essa sim) banalidade e o carácter descartável da generalidade das séries, em que tu vês e desligas do assunto logo a seguir. Com o Lost, o "pós-episódio" consegue por vezes ser tão ou mais surpreendente do que aquilo viste, se te interessares e te deixares envolver nas discussões e teorizações que referi (que são, em muitos dos casos totalmente over the top, mas que te levam a conhecer e aprender muita coisa). É essa vida própria, a que a série parece ter dado origem, que me leva a reafirmar o seu carácter mítico.

[Borreicho]

E se é a tua série preferida, acho um tanto ou quanto estranho a indiferença com que falas dela.

Sim, é a minha série preferida. Agarra-me bastante, mantém-me interessado, gosto da forma como mantém a expectativa em relação ao episódio seguinte e à história geral (se bem que por vezes abusa) mas... não passa de uma série de televisão. É só isso.

Também já te vimos a dissertar páginas inteiras sobre determinados filmes. E... são só filmes.

Pessoalmente, o meu fascínio pela série vai muito mais além do que a maioria das sagas cinematográficas mais populares que por aí andam. Não chego ao ponto de analisar frame a frame como muito desse pessoal do Fuselage e outros sites do género, mas já revi as temporadas várias vezes e é uma obra de ficção que me dá verdadeiro prazer ver.