The Departed (2006) - Martin Scorsese

[Ghost_Punisher]

para mim é o melhor policial que já vi

[Samwise]

apenas um bando de marmelos a dizer fuck uns aos outros e a mandar insultos ao ar. Isso e que e uma bom guiao?

O guião está aqui, e não é "apenas um bando de marmelos a dizer fuck uns aos outros", embora o termo tenha facto um certo protagonisto :

http://www.imsdb.com/scripts/Departed,-The.html

Percebo que seja uma forma abreviada de expressares o teu desagrado pelo texto, mas creio que dá para entender quem tem muito mais "sumo" (mesmo a nível de "preenchimento lexical") do que aquilo qua a tua frase deixa antever.

[No Angel]

apenas um bando de marmelos a dizer fuck uns aos outros e a mandar insultos ao ar. Isso e que e uma bom guiao?

O guião está aqui, e não é "apenas um bando de marmelos a dizer fuck uns aos outros", embora o termo tenha facto um certo protagonisto :

http://www.imsdb.com/scripts/Departed,-The.html

Percebo que seja uma forma abreviada de expressares o teu desagrado pelo texto, mas creio que dá para entender quem tem muito mais "sumo" (mesmo a nível de "preenchimento lexical") do que aquilo qua a tua frase deixa antever.

Sinceramente foi aquilo que eu achei enquanto via o filme. Acho que um guiao que vive so de insultos e palavroes e superficial... ainda se tivesse piada, mas nem isso! Sei la, no Goodfellas tambem diziam muitos palavroes, mas acho que sempre teve um guiao mais interessante. Eu acho que o melhor do The Departed e mesmo a reta final, porque de resto e um filme banal, isto pra mim claro, e acho que so e tao adorado pelas pessoas envolvidas nele. Eu nao vi muitos filmes do Scorsese (5, acho eu), mas este foi o que menos gostei dele. Tambem tou pra ver o "Wolf of Wall Street", mas agora tenho receio seja do mesmo genero deste.

[Samwise]

O Wolf of Wall Street ainda deve ter mais calão e "fuck-use" do que o The Departed, se bem me recordo, mas por outro lado o volume de conversa "normal" também é muito maior, com outra preocupação a nível da construção de diálogos consistentes, e Voz Off descritiva.

---

Se queres filmes sem nenhum calão ---> Hollywood Hays Code Era - anos 30, 40 e 50

Como ando a ver uma catrefada de filmes noir, é engraçado notar que não usam nenhum calão carroceiro nem termos religiosos a servirem de "válvula de escape", quando as situações puxam para esses lados à força toda. Mas é a tal coisa, também não podiam mostrar nudez e nem sequer quase sangue, quando estes filmes são extremamente violentos e propícios a abordadem a sexualidade. É ainda mais engraçado ver como os argumentistas e realizadores contornam as restrições...

[THX]

Acho que um guiao que vive so de insultos e palavroes e superficial...

Sorry No Angel, não me contive.

[No Angel]

O Wolf of Wall Street ainda deve ter mais calão e "fuck-use" do que o The Departed, se bem me recordo, mas por outro lado o volume de conversa "normal" também é muito maior, com outra preocupação a nível da construção de diálogos consistentes, e Voz Off descritiva.

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Se queres filmes sem nenhum calão ---> Hollywood Hays Code Era - anos 30, 40 e 50

Como ando a ver uma catrefada de filmes noir, é engraçado notar que não usam nenhum calão carroceiro nem termos religiosos a servirem de "válvula de escape", quando as situações puxam para esses lados à força toda. Mas é a tal coisa, também não podiam mostrar nudez e nem sequer quase sangue, quando estes filmes são extremamente violentos e propícios a abordadem a sexualidade. É ainda mais engraçado ver como os argumentistas e realizadores contornam as restrições...

Eu ADORO um bom guiao, com dialogos bem escritos e inteligentes, e por isso que gosto de ver filmes adaptados de peças de teatro, pois normalmente esses filmes teem sempre um bom guiao.

Atençao, eu nao sou contra os palavroes, mas acho que um guiao nao vive disso. Isso pra mim e um acessorio, e uma ferramente para dar realismo a uma situaçao ou a um certo tipo de personagens. Por exemplo, o Blue Velvet tambem tem bastantes palavroes e nesse nao achei que fosse mal empregue, ate porque praticamente restringido a uma personagem e tinha um certo sentido comico (intencional ou nao).

Quando havia a censura dos EUA (o tal Hays Code), os guionistas, como estavam extremamente limitados no que podiam mostrar, tinham que ir por outras vertentes, serem mais criativos. Eu nao tenho saudade nenhuma desses tempos, sou totalmente contra a censura. Mas a verdade e que o cinema moderno perdeu uma certa sutileza, e depois as coisas perdem o seu poder. Por exemplo, quando saiu o Psycho e o The Exorcist havia pessoas a sentirem-se mesmo mal a ver o filme, mas hoje em dia aquilo nao assusta ninguem, ja estamos mais do que habituados a ver violencia por todo o lado, todos os orgaos e entranhas e litros de sangue sao repetidamente mostrados, etc. Quando se mostra TUDO, perde-se o efeito, penso eu. E o mesmo se aplica aos palavroes. Esses fucks todos ja nao teem efeito absolutamente nenhum, as pessoas passam a vida a ouvir isso nos filmes e series, isso e todo o tipo de palavroes. E uma pena que por causa de nos terem exposto a tudo e mais alguma coisa com frequencia e tanta intensidade, tenhamos perdido o poder que essas coisas deveriam despertar. Um "damn" nos anos 30 valia muito, hoje em dia 30 fucks nao valem nada de nada, nao tem efeito nenhum (talvez o comico se fir bem feito, mas mais nada)

[Samwise]

Atençao, eu nao sou contra os palavroes, mas acho que um guiao nao vive disso. Isso pra mim e um acessorio, e uma ferramente para dar realismo a uma situaçao ou a um certo tipo de personagens.

(...)

Quando se mostra TUDO, perde-se o efeito, penso eu. E o mesmo se aplica aos palavroes. Esses fucks todos ja nao teem efeito absolutamente nenhum, as pessoas passam a vida a ouvir isso nos filmes e series, isso e todo o tipo de palavroes. E uma pena que por causa de nos terem exposto a tudo e mais alguma coisa com frequencia e tanta intensidade, tenhamos perdido o poder que essas coisas deveriam despertar. Um "damn" nos anos 30 valia muito, hoje em dia 30 fucks nao valem nada de nada, nao tem efeito nenhum (talvez o comico se fir bem feito, mas mais nada)

A quantidade "desmesurada" de calão que há no The Departed e no The Wolf of Wall Street é como eu imagino que suceda na vida real, naqueles ambientes. A tua crítica para mim não faz sentido enquanto factor depriciativo do guião, da mesma forma que não fazia em relação à inverosimilhança do final do Cenas da Vida Conjugal. Ou seja, entendo que te desagrade ver a situações expostas dessa forma, mas não entendo que não as vejas como intenções de espelhar da forma mais realista possível o que se passa naqueles contextos e situações.

[No Angel]

Atençao, eu nao sou contra os palavroes, mas acho que um guiao nao vive disso. Isso pra mim e um acessorio, e uma ferramente para dar realismo a uma situaçao ou a um certo tipo de personagens.

(...)

Quando se mostra TUDO, perde-se o efeito, penso eu. E o mesmo se aplica aos palavroes. Esses fucks todos ja nao teem efeito absolutamente nenhum, as pessoas passam a vida a ouvir isso nos filmes e series, isso e todo o tipo de palavroes. E uma pena que por causa de nos terem exposto a tudo e mais alguma coisa com frequencia e tanta intensidade, tenhamos perdido o poder que essas coisas deveriam despertar. Um "damn" nos anos 30 valia muito, hoje em dia 30 fucks nao valem nada de nada, nao tem efeito nenhum (talvez o comico se fir bem feito, mas mais nada)

A quantidade "desmesurada" de calão que há no The Departed e no The Wolf of Wall Street é como eu imagino que suceda na vida real, naqueles ambientes. A tua crítica para mim não faz sentido enquanto factor depriciativo do guião, da mesma forma que não fazia em relação à inverosimilhança do final do Cenas da Vida Conjugal. Ou seja, entendo que te desagrade ver a situações expostas dessa forma, mas não entendo que não as vejas como intenções de espelhar da forma mais realista possível o que se passa naqueles contextos e situações.

Talvez seja mais realista, mas mais do que o realismo interessa-me a qualidade e se é ou nao interessante. A mim nao me incomoda que um guiao inclua palavroes, mas irrita-me que ande sempre a bater nessa tecla e nao explore coisas mais interessantes. Isso do realismo e muito relativo... os dialogos dos filmes do Bergman nao sao realistas, nem os dialogos das peças de teatro o sao. Ninguem fala assim, mas e entao? Eu quero e ver dialogos de qualidade, que me permitam refletir, que explorem temas diversos e que desenvolvam as personagens.

[Salgueiro]

Pessoalmente, acho que é um dos piores filmes do Scorsese. É uma cópia do original. Estava a ver o filme e já sabia o que ia acontecer às personagens. Talvez gostasse mais do filme se não tivesse visto o original! Tem bons actores com boas interpretações e uma grande banda sonora.

[PanterA]

É a mesma coisa que ver um Goodfellas sem todos aqueles geniais Fuck's. O filme nem fazia sentido.

[No Angel]

É a memaa coisa que ver um Goodfellas sem todos aqueles geniais Fuck's. O filme nem fazia sentido.

Nesse filme foi muito mais bem feito do que neste, e o guiao ia para la disso.

[rui sousa]

Ao pé das descrições que o Jordan Belfort faz no livro original, com todos os pormenores e palavrões, o filme e o seu palavreado é um programa do Baby TV...

[JoséMiguel]

Este filme passou na TDT (RTP 2) este último domingo, e eu vi o filme...

Epá! Eu sempre fiz questão neste fórum e fiz ponto de honra em diferenciar uma nota ou opinião de um filme, conforme o critério com inteligência de julgar um filme pela sua qualidade e méritos, de diferentes ângulos. Eu não dou uma nota a um filme com base no "prazer que o filme me dá", e protesto veemente contra todos os membros do fórum DVD Mania ou do IMDB que o fazem. Digo isto com referências ao tópico do filme do Stephen King "The Mist" de 2007 e a vários debates entre mim e o Samwise (se calhar vou ter de ir ao próximo jantar do DVD Mania para esclarecer isso com ele, a beber um copo).

Sendo assim farei uma simulação da minha opinião pessoal do filme, conforme esse critério, que eu considero imbecil, estúpido e inútil, de julgar um filme sem utilizar os nossos neurónios, apenas com base num qualquer conceito infantil do "prazer que o filme me dá". A seguinte simulação de opinião irá contra os meus valores pessoais, enquanto comentador de cinema do fórum, mas será útil para certas pessoas "abrirem os olhos"...

A minha opinião sincera pessoal, apenas com base nos meus gostos pessoais (perfeitamente inútil e escrita como lição)

Ora bem, eu acho que o realizador Martin Scorsese é um puto estúpido imaturo e infantil, que só faz filmes parvos de merda acerca dos fetiches pessoais dele do mundo do crime.

Eu nunca tive paciência para ver os filmes dele, pela mesma razão que não tenho paciência para mudar fraldas mal-cheirosas (de crianças ou de idosos).

Eu acho que o Martin Scorsese é um menino rico e mimado, que tem dinheiro e cunhas para se divertir a fazer os filmes de que ele gosta, é um realizador "puto estúpido" que deita fora a oportunidade das cunhas que tem, pois com as cunhas deles poderia fazer cinema de intervenção socialmente relevante ou então avançar a arte e técnica do cinema, mas em vês disso arma-se em criancinha a fazer filmes de bandidos.

Por não ter paciência para aturar putos estúpidos, sem nada inteligente na cabeça, sejam cineastas ou não, começaria por uma nota de 1/10 a este filme. Em seguida observando a estagnação técnica de cinema deste filme de 2006 (muito artificial e muito feia, pobre e obsoleta, quando comparada com filmes do Stanley Kubrick ou do cinema de leste), também daria uma nota de 1/10 nesse campo, e assim:

A minha nota pessoal (usando o critério defendido pelo Samwise "prazer que o filme me deu"): 1/10

A minha opinião adulta com lógica e conhecimento de cinema

Ok, este Martin Scorcese tem fetiche por filmes de crime... É uma pena ele ser assim tão limitado e egoísta ao ponto de tratar o cinema como um brinquedo...

Aspectos positivos: O filme não tem fórmula cliché de enredo de Hollywood e não utiliza CGI a gozar na cara dos espectadores.

Aspectos negativos: Filme muito comercial e estiloso do tipo Tarrantino, premissa imbecil, enredo imbecil. Filme de vedetas de Hollywood concebido para maximizar lucros, tipo limão seco em que se espreme e não sai de lá nenhum sumo de jeito. Filme fútil do tipo Barbie loira burra.

Nota: 6/10 (porque o cinema de Hollywood do séc. XXI é muito mau, e dar mais do que 6/10 a este filme seria ofender o cinema europeu, iraniano, russo, etc.)

[PanterA]

Aposto se visses o Infernal Affairs que ias dar o dobro da nota só porque era asiático. E para que conste também prefiro essa versão que a americana.

Btw, o filme usa e tem bastante CGI. Tu é que não o viste. E nem que o CGI fosse uma coisa má, diga-se de passagem.

[Cabeças]

Aposto que se fosse um filme russo era dos melhores do mundo. E acho que já há algum tempo que andas a exagerar no modo como escreves.

Para mim, por acaso o Scorsese é um dos realizadores de referência. Pelo que sei, para muita gente.

Como já foi aqui dito inúmeras vezes, respeitam-se todas as opiniões desde que fundamentadas, mas é de evitar recorrer ao tipo de linguagem que utilizaste, pois há pessoas que podem ficar melindradas. É que ao dizeres tão agressivamente que achas o Scorsese um puto estúpido que só faz filmes de merda, estás indirectamente a chamar estúpidos também às pessoas que gostam dele e dos filmes dele. E que penso são uns milhões, o que fará de ti uma espécie de iluminado (pelo menos deve ser como te vês).

A propósito do que referiste do Samwise, que é o único que tem coragem para te "enfrentar", talvez devesses pensar que há muitas pessoas que simplesmente não têm pachorra nem para te ler nem para te responder. Eu por acaso sou uma delas.

Aqui não é suposto as pessoas "enfrentarem-se". É suposto partilharem opiniões e conhecimentos, com respeito pelas opiniões contrárias.

Acho que fazes uma contribuição muito válida com os teus posts sobre cinema soviético e filmes que quase ninguém conhece. Pessoalmente, não aprecio esse tipo de Cinema, mas não me passaria pela cabeça dizer, como tu fizeste sobre o Scorsese e os filmes dele, que são filmes de merda feitos por putos imbecis que versam na maior parte das vezes sobre dramas e de guerras.