Eu acho que não, só se forem psicopatas.
De resto, a Rússia ainda tem censura no cinema, não é exemplo pra ninguém. E mesmo fora do cinema, eles ainda há pouco tempo legalizaram a violência doméstica contra as mulheres, aquilo está um degredo.
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Eu acho que não, só se forem psicopatas.
Hello.JoséMiguel wrote: ↑January 24th, 2018, 4:18 am EDIT: Pois! Este filme arrelia-me um bocado por causa do enredo com fórmula zombi. É que existem bons filmes de acção como o "The Thing" do John Carpenter ou o primeiro filme da saga Rambo, com excelentes argumentos, que não impôem esta desgraçada fórmula de enredo atrasado mental (o herói salva a namorada e derrota o vilão, enquanto manda bocas (as pessoas verdadeiras não andam por aí a mandar bocas, como os personagens de Hollywood), etc.). O meu problema aqui é mesmo o enredo.
Sim, eu aqui estou a "ajavardar" (será que esta palavra existe?) armado em idiota da taberna a embirrar sem razão, porque me apetece. Obrigado pelo elogio/reconhecimento ao esforço que eu faço em espreitar traduções para inglês de sites em línguas esquisitas, mas eu faço isso para filmes interessantes.Dado o histórico de investigador atento e contextualizador histórico-mor que todos te reconhecem por aqui, José Miguel, creio que estás neste caso a fazer um péssimo trabalho de análise, quer particular, quer geral, no caso do Die Hard (e de outros por acréscimo).
Eu acho que vai até para além desses aspectos. Não é apenas a vulnerabilidade emocional (sobretudo) da personagem principal, é a proximidade com o "common Joe" que lhe enfiaram no ADN. O John McClane é alguém com quem o espectador se consegue identificar - uma pessoa quase normal, com um trabalho normal, sem ser um brutamentes, e com uma situação familiar em clara derrapagem - algo que o faz sofer. É um gajo normal que tem de se superar para poder sobreviver, e que numa série de situações acaba mesmo por beneficiar do factor sorte. Ele sai do avião logo ao início com um urso de peluche gigante nos braços (deve ser para oferecer aos filhos), um pequeno detalhe que é apenas um no meio de muitos aspectos que foram tratados com um cuidado especial, longe dos filmes desmiolados e "insensíveis" de tiro ao boneco. A nível físico, lembro-me bem da conversa que a sequência dos vidros deu que falar na minha escola - não estávamos habituados a ver um herói a arrastar-se pelo chão e a deixar quase um rio de sangue atrás...lud81 wrote: ↑January 29th, 2018, 9:58 am Não tenho a certeza, mas penso que Die Hard é capaz de ter sido o primeiro filme de acção de Hollywood a apresentar um herói vulnerável, um homem quebrado que sofre e chora. Antes deste filme, em 1987, só me vêm à cabeça leading men tipo Clint Eastwood, Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Charles Bronson, Lee Marvin, Steve McQueen, Sean Connery (como Bond), etc. Todos eles máquinas sem sentimentos e uma determinação inabalável, que passavam o filme sem hesitações e tinham sempre tudo sob controlo, e tratavam as mulheres como objectos descartáveis. Como exemplo, basta ver Lone Wolf McQuade, com o Chuck Norris (que é um dos melhores filmes do Chuck Norris, se não o melhor, mas serve perfeitamente de exemplo para um tipo de herói totalmente diferente do John McClane).
Hmm, pensando um pouco, houve o First Blood em 1982, com um muito bom personagem John J. Rambo, que nos filmes seguintes não teve nada a ver com o que foi no primeiro. Até Stallone o redimir no filme final, Rambo de 2008. Poderão haver outros exemplos.
PS: refiro-me a Hollywood. Em Hong Kong, John Woo já havia criado heróis assim, começando em A Better Tomorrow, 1986.
Também não vejo o Die Hard há uns anos valentes, e estou a ganhar novamente vontade.Rui Santos wrote: ↑February 5th, 2018, 9:13 am Tenho de rever o filme, percebo bem o que falas Samwise, mas já não o vejo há muito tempo para me lembrar dele com exatidão.
Vi recentemente o Speed, que imho partilha muito deste filme, aliás era para ser John McTiernan a realizar o mesmo.