Sobre os "10 Mandamentos" brasileiro, que me saltou à vista:
A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou o filme e fez solicitações em seus cultos para que seus fiéis comprassem ingressos do filme e doassem para outas pessoas.[25] Em Recife uma única pessoa comprou 22.700 ingressos por R$ 220 mil, segundo o site UOL.[26] O site Universo Online também informou que, apesar dessa estratégia, os jornalistas observaram salas vazias na estreia do filme em São Paulo.[27] Em uma primeira nota no seu site oficial, a IURD negou veementemente as informações e classificou-as como acusações, afirmando ainda que a igreja jamais obrigou ninguém a praticar qualquer ato e criticou duramente o site.[28] Em outra nota a IURD também negou as informações do UOL sobre lugares vagos em sessões esgotadas, afirmando que não eram de pré-venda e sim comercializados de forma avulsa.[28]
Em abril de 2016, cerca de 11,204 milhões de ingressos haviam sido vendidos para Os Dez Mandamentos, fazendo da obra o maior público do cinema nacional de toda a história.[29] Contudo, a Folha de S.Paulo ressalta que a lista da Ancine menciona público e não bilhetes comercializados, ao passo que várias sessões de Os Dez Mandamentos tiveram poltronas vazias mesmo com todos os ingressos vendidos.[30] O Globo acrescentou que bilhetes podiam ser recebidos em cultos da IURD.[29] Após duas semanas, a arrecadação era R$42 milhões,[31] chegando a R$115 milhões em abril.[32]
O filme teve uma má recepção da crítica especializada, que reprovou sua narrativa, interpretações dos atores, edição de cenas e adaptação em duas horas de duração dos 176 capítulos da telenovela de sua origem. Escrevendo para o site especializado em cinema CinePop, Renato Marafon deu ao filme 1 estrela e meia em uma classificação que vai até 5, dando ênfase às "cenas desconexas e a falta de foco nos personagens principais" e ressaltou as "gírias modernas" usadas pelo roteiro em uma produção sobre o Antigo Egito.[33] Renato Hermsdorff, do site AdoroCinema, também deu ao filme uma avaliação de 1 estrela e meia em 5, dando destaque a adaptação da telenovela em um filme, escrevendo que "personagens entram e saem de cena em um ritmo alucinante, sem que o espectador familiarizado com o folhetim tenha instrumentos para poder compreender exatamente o que se passa", e contestou o ponto de vista técnico do filme como "baseada no exagero e, paradoxalmente, pobre [...] Dos cenários ao figurino, tudo lembra um grande desfile de carnaval".[34] O jornal Folha de S.Paulo, em sua versão online escrita por Inácio Araújo, criticou a narrativa, roteiro, elenco e edição do filme, mas elogiou as cenas de ação, "em particular as com efeitos especiais", mas também criticou o uso de câmera lenta nestas.[35] Giovanni Rizzo, do Observatório do Cinema, deu ao filme uma classificação de 1 estrela em 5, dizendo que "a mixagem de som é mal trabalhada e algumas vezes o áudio estoura e é impossível entender o que algum personagem diz".[36] Roberto Sadovski, escrevendo uma resenha em seu blogue no UOL, fez duras críticas ao filme, como a falta de contexto em partes importantes como as relações entre Moisés e o Faraó, e a "pobreza visual e da inadequação de elenco e cenários".[37]
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Dez_Ma ... e_de_2016)