WRC 2 - A minha análise

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Glorioso
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WRC 2 - A minha análise

Post by Glorioso »

Durante muitos anos as duas mais importantes franquias da FIA, WRC e F1, andaram perdidas. Depois da F1 ter sido entregue à Codemasters - a mais lógica escolha -, a WRC foi confiada à Milestone, produtora conhecida pelas suas incursões arcade no mundo das duas rodas. Num mercado que ficou órfão, desde que a série Colin McRae se virou para um espectro mais abrangente, os amantes de Rally só voltaram a ter um jogo que correspondesse às suas necessidades no ano passado. Se o primeiro título deixou a ideia que poderíamos ter uma evolução, o segundo jogo mostrou que os últimos doze meses foram um puro desperdício de tempo e o resultado final ficou longe de ser uma evolução, e em muitos aspectos parece pior que o seu antecessor lançado em 2010.

O jogo opta por nos colocar num modo de carreira em que temos de competir e gerir a nossa equipa, contratando e aumentando o nosso staff, disponibilizando novos patrocínios e novos desafios. Curiosamente, é aqui que o jogo mais se destaca. Apesar dos menus confusos e pouco polidos, o modo carreira é o único ponto de interesse do jogo.

Em termos de condução, e apesar dos carros transmitirem uma sensação de peso, e de presença, ao conduzir foram várias as ocasiões em que senti que o carro e a estrada são duas entidades separadas. Parece que o carro "voa" baixinho e nem na estrada toca. A jogabilidade aprende-se a dominar, mas nunca é intuitiva nem agradável.

Os gráficos muito maus também não ajudam nesta segunda remessa. Desde a pista aos cenários, passando pelos modelos mediocramente desenhados dos bólides. O jogo peca gravemente no capítulo grafismo. Sonoramente o jogo também não deslumbra, com os carros a soarem bastante parecidos uns aos outros, e o rugido das máquinas a não ajudar a colocar-nos "dentro" do carro.

Passado um ano, ficamos com a sensação de que mais valia se terem ficado pelo primeiro jogo, e que este além de não evoluir em nada em muitos aspectos, só podemos concluir que este é um retrocesso na série. Gráficos deste calibre não são admissíveis nos dias que correm, com os recursos existentes e com o conhecimento que há das potencialidades da consola.
Depois do último jogo de condução que tive nas mãos ter sido o maravilhoso Forza Motorsport 4, parece que regredi dez anos e que estou a jogar um título dos primórdios das 128 bits. Um jogo a evitar, especialmente pelos amantes do desporto automóvel.

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