Bodycount - a minha análise

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Glorioso
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Bodycount - a minha análise

Post by Glorioso »

Este jogo foi sempre visto como um herdeiro de Black, shooter da Criterion que saiu no fim do ciclo das consolas 128 bits. Este jogo não vai certamente ficar conhecido por um enredo camoniano, mas vai ficar marcado para quem o jogar pelo prazer de matar, literalmente, tudo o que nos apareça pela frente.


A campanha coloca-nos numa luta entre duas fações, com a vantagem de não ter de ser fiéis a nenhuma delas, e termos de derreter tudo e todos para alcançar as nossas missões. O contador de mortes serve para encher o bónus, um trunfo que podemos usar a nosso gosto. Começamos sem nenhum e acabaremos com três, com vários níveis e o conceito “bodycount” esgota-se aí, num minúsculo contador num canto do ecrã que nos vai revelando quantas mortes temos em determinado nível.

A história em si nunca faz grande sentido, e os objectivos servem só de desculpa para nos levar de um lado para o outro, entre níveis repetitivos, e ir matando tudo quanto mexe. Apesar destas limitações o jogo apresenta alguns desafios, inimigos inteligentes e algumas secções que demoram a ultrapassar, com os pontos de gravação automáticos a nem sempre estarem nos locais mas adequados. Com a descrição anterior quase que matei o jogo, certo? Mas não, o jogo é divertido, a destruição dos cenários é poderosa e há três localizações - África, Ásia e uns Bunkers militares - que parecem saídos de Halo.

O sistema de controlo do jogo é um bocado estranho, quando fazemos mira a 100% o nosso personagem fica estático e podemos incliná-lo em várias posições, e com a mira a "meio” temos alguma mobilidade, que é irritante de início - e depressa me lembrei de RE5 -, mas depois de nos adaptarmos percebemos que tem aspectos positivos e interessantes.

Os cenários são repetitivos, o que é pena, mas a paleta de cores usada e alguns detalhes chegam a deslumbrar. A sonoplastia é excelente, com tiros e explosões a servirem de pano de fundo à destruição massiva que vamos provocando. Bodycount não oferece muito mais para além dos objetivos na campanha pois, este está desprovido de qualquer missão secundária, sem colecionáveis para amealhar, e sem nenhum motivo forte para voltar para repetir as missões. O modo multijogador está completamente despovoado, depois da primeira passagem, que se faz em poucas horas, o jogo será rapidamente encostado, é pena porque haveria potencial para ir bastante mais longe, em todos os aspectos do jogo.

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