Artefactos arqueológicos em Marte?!...

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Artefactos arqueológicos em Marte?!...

Post by alquimista »

Ora muito bem, já estou em casa, estou excepcionalmente em frente a um Pc fora do trabalho, já tenho os meus snacks e os meus sumos aqui ao lado e finalmente chegou o silêncio. Vamos lá dar inicio a esta tarefa monumental em muitos sentidos, pois não é fácil apresentar este assunto a pessoas cépticas e muito menos a cépticos que salvo algumas excepções aparentemente o desconhecem por completo.[:)]

Para quem não sabe este meu gigantesco post saiu da necessidade de dar a conhecer ao pessoal aqui do forum dados suficientes para podermos ter uma discussão séria sobre o assunto.
Normalmente a ideia comum é que se uma coisa destas não é anunciada na televisão então é porque não existe. Esta ideia errada faz comque grande parte das pessoas nem faça ideia do historial e da polémica que já existe á volta do assunto, após mais de 25 anos de fascinantes controvérsias.[:)]
O meu objectivo aqui é o de pelo menos tentar dar uma introdução ao tema tentando resumir estes 25 anos de investigação o melhor que posso de modo a que todos voçês fiquem no minimo com umas bases para poderem fazer investigações por voçês próprios.

Inicialmente isto era apenas para ser um post aqui neste forum, mas acabei por escrever tanto, pois havia tanto para dizer que todo estas informações e mais algumas novas poderão daqui a algum tempo ser encontradas no meu novo site que vou criar especificamente sobre este assunto, visto não existir nada minimamente sério sobre isto no nosso País.
Além disso provavelmente este meu trabalho ainda poderá dentro em breve ter mais destinos do que eu pensava, mas por agora não adianto mais nada ainda.[;)]

Detesto começar isto com um aviso, mas é melhor faze-lo.
Claro que isto não é para o pessoal do Forum mas sim para possíveis gatunos de textos, pois como muitos de voçês se devem lembrar, há um par de anos, houve alguém que andava a plagiar textos meus de um outro site e teve logo o azar de o vir fazer aqui.[}:)][:D]
Como agora não gostava que isso me voltasse a acontecer especialmente nesta altura aqui fica então o meu aviso.[:)]

<b>AVISO DE COPYRIGHT</b> (Luis Peres 12-Março-2004) - Proíbida qualquer cópia para publicação lucrativa não autorizada. Todas as medidas legais já foram asseguradas para protecção dos textos que vou aqui apresentar sobre o assunto, por isso agradecia que algum curioso mais entusiasmado não tivesse a ideia de me furtar ou plagiar indevidamente o meu texto. [}:)][8D]
Este texto, não é ainda uma versão final do trabalho que estou a preparar. Apenas o rascunho mais rápido que pude escrever de modo a participar aqui no forum DVD Mania Portugal.
Posto isto, vamos ao que interessa.


Luis Peres (34 (já?!) anos)
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Post by alquimista »

Haveria logo muito a dizer apenas numa introdução sobre este assunto, mas para não tornar este texto maçador, vou tentar dividir alguns dados menos apelativos por todo o conteúdo desta minha longa exposição quando for necessário destacar algum pormenor mais lateral.
Mas desde já é melhor deixar bem claro que qualquer incoerência ou contradição nos dados que vou tentar apresentar será da minha inteira culpa e responsabilidade, pois voçês não imaginam a quantidade de informação que já há sobre tudo isto nestes mais de 20 anos de polémica e investigação e portanto por muito que eu queira vai ser impossivel apresentar-lhes este tema sem dar a ideia de que muitas das coisas estão cheias de buracos. Não estão.
Assunto mais bem documentado que este dentro desta area e com tanta informação disponivel ao público acho mesmo quase impossivel de encontrar outro igual.

E se não for pedir muito, agradecia que os mais cépticos/desconhecedores sobre tudo isto, partam pelo menos do principio que os nomes que vou citar, são pessoas crediveis, conceituadas no seu meio (apesar de tudo) e com curriculos exemplares dentro da sua especialidade na chamada "ciência a sério". Todos são cientistas "a sério" e não são própriamente o Billy Bob que vive na cave e tem um website sobre conspirações marcianas. Até porque como irão ler daqui a pouco pelas caves é que estas pessoas não andam ! Apesar de não disporem de uma máquina publicitária poderosa, há mais de vinte anos que incomodam quem aparentemente pretenderia que certos factos ainda não viessem a público por razões de que irei falar mais adiante.
No final tentarei então dar-lhes mais dados para que confirmem por voçês mesmo a idoniedade cientifica de todos os envolvidos nisto e para aborrecimento de muito boa gente são tudo menos pseudo-cientistas. Mais de vinte anos de guerra cientifica e politica com a Nasa será por agora no minimo uma boa razão para que até o mais céptico de vós fique com curiosidade para pensar num tema que se calhar nunca levou minimamente em consideração.

Quero só deixar claro que nada do que descreverei aqui foi propriamente tirado do Jornal do Incrivel. Sempre que citar alguém tentarei sempre faze-lo a partir de livros reconhecidos dentro da area (uns polémicos outros ou não, mas apenas onde a informação que refiro for coincidente de ambos os lados, isto no que respeita a citações oficiais claro).
Citarei também artigos de opinião escritos por pessoas com curriculo comprovado na ciência (cujo o curriculo voçês poderão depois comprovar), ou directamente a partir dos muitos programas de radio que disponho sobre o assunto na minha colecção e que fui colecionando ao longo dos anos.
E nem me vou colocar a discutir a veracidade das provas pois não sou cientista nem quero ser. A ideia aqui não é discutir aspectos técnicos de assuntos que não conheço relativamente a aspectos da ciência mas sim mostrar a quem me está agora a ler que o assunto actualmente já não é tão obscuro como voçês possam pensar.

Tomei conhecimento desta história há mais ou menos 15 anos atrás.
A minha primeira introdução a esta polémica aconteceu julgo em principios dos anos 90 e foi logo atravez da CNN.
Estavamos na altura em que muitas Câmaras Municipais montaram antenas parabólicas em várias cidades e na altura apanhava uma dezena de canais estrangeiros, Sky Movies, Sky News, BBC e também a Cnn.
Um dia qual não é o meu espanto quando vejo um senhor de barbas com uma foto de uma cara, afirmando que se tratava de uma foto tirada em Marte. A partir daí tinha mesmo de saber mais sobre o assunto. E pelo visto não era a primeira vez que ele lá aparecia a falar sobre o assunto.
Ainda não existia internet e por isso imaginam a dificuldade que havia para arranjar sequer o minimo livro sobre o caso, quanto mais aceder a informações ou a algum tipo de provas que me pudessem no minimo garantir que seria algo interessante de continuar a seguir.
Começei por cortar alguns recortes, noticias e artigos que de vez em quando iam aparecendo nas revistas que chegavam a Portugal de países como a França, Espanha, Italia, Russia (traduzido para inglés), Inglaterra e Eua.
Durante a "minha investigação" pessoal já passei por todas as fases. Também eu já fui um céptico convicto (por muito inacreditavel que isso possa vos parecer agora), também já acreditei practicamente que o Elvis tinha fugido para Marte e também já voltei de novo ao ponto em que isto me parecia afinal demasiado bom para ser real. Afinal como todos sabemos, estas coisas é tudo ficção-cientifica.
Li bons artigos, artigos-assim-assim e artigos péssimos sobre o assunto. Tanto sobre um ponto de vista como do outro. Todos tinham uma coisa em comum que me provocou por mais do que uma vez algum desinteresse relativo pelo assunto.
Notem que muitos dos textos e artigos que me chegavam ás mãos chegavam muitas das vezes, já com um atraso de anos e anos e muitas coisas que eram verdades absolutas nuns em outros já tinham um ponto de vista diferente e a maioria dos textos sofriam de uma falta gritante de "provas". Não provas relativas ao que supostamente poderá existir em Marte, mas provas em relação aos relatos de bastidores e discussões entre apoiantes e opositores. Como poderia eu ter a certeza que muitas das situações alguma vez poderiam ter existido? Não podia.
Havia "o diz-que-disse", mas encontrar um depoimento pessoal de alguém cientificamente credível (e que eu pudesse comprovar), que num artigo apoiasse abertamente quem tinha uma opinião diferente da Nasa sobre o assunto, era algo que pura e simplesmente não existia. Assunto encerrado. O que se sempre se encontrou foram os depoimentos relativos a pessoas do lado dos cépticos, facto que obviamente contribuiu ainda mais para a ridicularização de quem tentava fazer um estudo sério sobre o tema e que na verdade deveria era mas é fazer parte dos deveres da chamada ciencia séria, que no minimo deveria investigar os enigmas e não rejeita-los imediatamente em conferências de imprensa relampago mal alguma ideia menos ortodoxa vinha a público.
Notem que practicamente toda a informação que eu tinha no inicio sobre isto era de fragmentos de imprensa do inicio dos anos 80.

Só mais uma achega em relação á palavra "céptico". Vou usa-la muitas vezes como sinónimo para Nasa ou para o sistema académico mas faço-o contrariado, pois a palavra na realidade não tem de modo nenhum o significado moderno negativo que lhe está atribuido, significando isso sim, "aquele que procura a verdade". Mas na falta de um sinónimo mais curto é esta palavra que passarei a usar como exemplo do sistema vigente, embora bem vistas as coisas se há aqui um - céptico - sou eu.

Luis Peres (34 (já?!) anos)
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Post by alquimista »

Na realidade a minha posição sobre este assunto não pode ser mais clara. Não defendo que tudo o que envolve esta polémica é real, errar é humano e não tenho dúvidas nenhumas que até a melhor teoria agora apresentada poderá não passar de uma pura ilusão mesmo para quem tem conhecimento e credibilidade cientifica suficiente para acreditar o contrário.
E isto é válido para os dois lados, apesar da minha posição neste assunto não ser naturalmente de neutralidade, poi sigo isto em detalhe há mais de dez anos e se ainda não tivesse uma opinião sobre o tema então nem tinha nada que estar aqui a escrever textos sobre este assunto.

Se calhar quem está do outro lado até tem carradas de razão. Agora, não posso também partir do principio que existe alguém que tem todas as respostas só porque se encontra do chamado "lado oficial da ciência", pois como por exemplo foi independentemente provado há pelo menos dois anos, completamente ignorado oficialmente e agora finalmente oficializado há dois dias pela "Nasa" a diferença entre a ficção-cientifica e o facto-ciêntifico cada vez, está mais não nas descobertas mas sim no tempo que se leva a chegar até elas.
Mas já lá vamos mais adiante.
A minha posição sobre tudo isto é que, quer muita gente queira quer não, existem elementos verdadeiros suficientes para uma constructiva discussão aberta e muito produtiva sobre o verdadeiro Marte, que por um motivo puramente egoísta da parte de quem se encontra no topo da pirâmide académica definida como normal na nossa sociedade, tarda em ser levado junto do conhecimento do grande público.
Não daqueles que já estão minimamente interessados nisto e se calhar até já ouviram umas coisas, mas sim daqueles que se calhar por nunca terem ouvido nada sobre isto no telejornal continuam a pensar que é um assunto que só serve para os putos-"nerds" da ficção-cientifica.
A minha posição é de que se deveria tornar acessível toda informação e isto na realidade não acontece, pois só chega junto do grande público a posição oficial de uma suposta ciência homogenea que na realidade não existe.
Há que divulgar todos os dados referentes ao assunto o mais possivel pois só assim alguma vez haverá uma discussão realmente justa sobre uma coisa que a ser algum dia provada "in loco" irá certamente mudar muita coisa no nosso mundo, como muita gente já acha que poderá acontecer. Mas isto fica também para daqui a pouco.

Ora vamos então aos factos. Mais uma vez chamo a atenção dos cépticos para toda a credibilidade jornalistica e ciêntifica das fontes de tudo isto. Os currículos seguem mais á frente quando oportuno.

Nem vou sequer começar pelo inicio, pois parto do principio que pelo menos alguns de voçês estão mais ou menos a par do historial do envio de sondas para Marte, quanto mais nem seja de ouvirem por vezes falar em documentários. Começarei então pelo que interessa.
Pode parecer um bocadinho técnico no inicio, mas continuem a ler que vai valer a pena pois quem não conhece vai gostar dos pormenores. E vai certamente surpreender-se com muita coisa, a começar pelos factos que envolvem Carl Sagan.
Tentarei escrever da forma mais directa possivel sem deixar de apresentar informação relevante.

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<b>PARTE 1 - A PRIMEIRA DESCOBERTA</b>

Em Dezembro de 1971, após ter chegado mesmo na altura de uma daquelas famosas tempestades de areia á escala planetária que de vez em quando acontecem em Marte, a sonda americana Mariner 9 começou a mapear o planeta atravez de fotografia. Isto após varias outras sondas tanto americanas como russas terem falhado redondamente pelos mais diversos motivos. Por volta de Outubro de 1972, já tinha tirado mais de 7000 fotografias de alta resolução. De acordo com as fontes oficiais, resolução alta essa com capacidade para revelar detalhes até do tamanho de um pequeno campo de futebol.
Foi nesta altura que se obtiveram as primeiras imagens de locais tão conhecidos hoje como o "Valle Marineris" que é uma espécie de Grand Canyon mas várias dezenas de vezes maior pois abarca uma grande parte e também do "Olympus Mons", o maior vulcão conhecido com mais de 20 km de altura.

Entre as imagens obtidas surgiram umas que despertaram de imediato a curiosidade de toda a gente e que vieram a ficar conhecidas como as primeiras "Pyramids of Mars".
Para quem não nunca viu nenhuma foto, imaginem uma pirâmide normal completamente simétrica vista de cima, cubram-na com terra e obtêm a imagem mental do que apareceu naquelas fotografias. Não uma mas várias. infelizmente não tenho agora aqui possibilidade de lhes indicar um link que contenha essa foto original e que serviu depois como base para o primeiro estudo sério sobre o enigma que foi publicado pela primeira vez por um cientista Soviético e que deu básicamente a conhecer ao mundo a história.
Inicialmente tidas logo como ilusões ópticas cujo o efeito angular desapareceria assim que fossem tiradas mais fotos de outro angulo, começaram a fazer muita gente pensar duas vezes quando mais tarde uma quantidade enorme dessas novas fotografias tiradas de várias outras prespectivas teimavam em fazer com que as "Pyramids" continuassem a parecer-se com pirâmides e não com montanhas tal como as conhecemos, ou, pelo menos teriam sido formadas por processos geológicos diferentes dos da terra (tomem nota).
Após algum tempo, muita controvérsia e muito artigo publicado por muita gente de credibilidade ciêntica da época, da Rússia inclusive, (ainda não se tinham "inventado" os "pseudo cientistas"), foi decidido tentar reproduzir-se em laboratório os mesmos estranhos resultados geológicos de modo a provar-se de uma vez por todas que aquelas formas geológicas anómalas não passavam de montanhas naturais. Isto após conhecer-se em detalhe o tipo de clima, ventos, atmosfera e tudo o que pudesse contribuir para este tipo de fenómenos da natureza geológica.
A experiência fracassou em todos os sentidos. Pois além de nem conseguir reproduzir a anómalia na sua forma geral nem sequer se aproximou das precisas constantes matemáticas encontradas nas pirâmides e comuns a todas elas sem excepção.
Passo a citar um dos artigos mais tarde publicado:

"This simple explanation , [processo natural], does not stand up to closer examination. Wind tunnel tests were done by Nasa engineers to simulate the creation of formations similar to those photographed by Mariner 9. All this experiment proved, was that soil accumulation or wind sculpting would not provide for four equaly spaced tetrahedral formations. It was not possible to simulate an evenly spaced arrangement of objects in the wind tunnel to match the mathematical distances one finds in the four major and minor pyramids in the area of Elysium." - (Hurtak and Crowley in "The Face on Mars")

Tomem nota só mais de um pormenor. Estamos ainda a falar de uma época em que a Nasa era ainda a agência do sonho americano, de Kennedi, da Ida á Lua, do tempo dos desafios e da exploração. Uma Era em que todas as teorias eram válidas desde que publicadas com fundamento numa análise séria. Muito diferente da Era "criada" pela Nasa, após o que aconteceu a seguir resultado de mudanças politicas radicais na direção da Agência Espacial após as missões Viking.
Tomem a palavra "Nasa" não apenas como a agência mas principalmente como um exemplo práctico do Sistema académico da qual acabou por se tornar a face visivel para o público de todo o mundo. Lamentavelmente até a um ponto em que até há sete ou oito anos atrás tudo o que saia com o selo de garantia da Nasa, era para muita gente a única Lei que merecia ser ouvida. Mas adiante...
Voltemos então aos anos 70.


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1975, ano das mais famosas e mediáticas missões a Marte.
O assunto das piramides foi aos poucos entrando na cultura popular até a um ponto em que a sua popularidade acabou por se tornar sinónimo de vulgaridade. Em vez da opinião pública contribuir para uma pressão para que se investigasse o enigma mais em pormenor acabou por provocar o desinteresse pelo menos a nível oficial, em relação a tudo o que envolvesse algo mais que simples pedras na superficie de Marte. Aos poucos e poucos o facto de se tornar uma coisa que andava na boca do cidadão comum (fruto de um escandalo cientifico mediático ocorrido na época) ,fez com que muitos cientistas senhores das suas certezas olhassem para aquilo como algo que implicava automáticamente que a ciência séria tivesse de se rebaixar ao nivel de fantasias populares.
O facto de muitos autores duvidosos de ideologia "Hippie" terem imediatamente se apropriado do assunto publicando os textos mais imbecis sobre o tema, relegou de vez para o dominio das idiotices toda e qualquer tentativa para dar seriedade á questão por parte de quem tinha realmente algo válido a dizer sobre o assunto.
Resta dizer que muitos académicos nem se deram ao trabalho de ler ou querer saber o resultado das muitas das outras experiências que iam sendo feitas em Universidades ou Institutos ciêntificos de cada vez que surgia um novo dado sobre Marte que pudesse levar finalmente á prova de que as pirâmides eram mesmo apenas um fenómeno natural. Até aos dias de hoje e mesmo com tudo o que já sabemos sobre o planeta, as experiências para reproduzir as suas anómalias geológicas continuam a ser efectuadas sem sucesso.

Apesar de tudo e entre muitos outros factores, a Nasa inspirada pelos resultados da Mariner 9, enviou em 1975 as famosas Viking 1 e Viking 2, publicitadas perante o grande público como sendo as missões que iriam de uma vez por todas esclarecer se haveria vida em Marte.
Acontece que pela primeira vez na história da exploração espacial americana, houve um desacordo sobre este assunto entre membros da própria equipa da Viking dos quais apenas saiu uma versão oficial sobre o assunto. " A missão foi um sucesso, as experiências foram efectuadas e não há nem nunca houve vida em Marte." Assunto encerrado na comunicação social.
Voltemos então ao incio das missões Viking e vamos aos detalhes...

Quanto á Viking 1 a aterragem foi um sucesso aguardando-se então a aterragem da Viking 2 de modo a dar-se inicio ás experiências ciêntificas que todos voçês conhecem dos documentários.

Agora as atenções voltavam-se para a Viking 2 e em gravações da época (citadas inclusive em antigo material promocional sobre as missões), o próprio Carl Sagan contava com grande entusiasmo, que o local escolhido para a aterragem da segunda sonda seria um local conhecido como Cydonia. Por uma simples razão, após a análise dos dados que havia disponíveis era o concenso unânime da comunidade ciêntifica geral que o ano de 1976 seria quase certo o ano da descoberta de agua em Marte, inclusive água liquida.
Lembrem-se que estavamos ainda na Era de uma "Nasa" livre que á partida acolhia os livres pensadores. Como disse, havia ainda grande resistência dos cientistas veteranos bem mais velhos que do alto do seu pedestal não contemplavam sequer casos como o mistério das Pirâmides, mas, ainda era (documentadamente) oficial que quase com toda a certeza iriamos encontrar não só agua liquida como também vida em Marte e como tal o entusiasmo era enorme na esperança de poder apresentar-se ao mundo os primeiros micróbios marcianos.
Se havia vida em Marte Cydonia seria o local onde seria descoberta. E em nenhum outro local acessível haveria mais hipóteses ser encontrada do que nessa região, cujo o nome, Cydonia veio a tornar-se uma referência nesta história mas por razões bem mais interessantes e inesperadas.
Ainda por cima tinha o terreno perfeito para uma aterragem segura sem practicamente riscos para a missão (tomem nota).


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Agora o que certamente ninguém esperava era vir a encontrar aquilo com que a 25 de Julho de 1976, um dos membros da equipa de cientistas da Viking se deparou pela frente.
Ao examinar as fotografias tiradas de órbita, um jovem cientista chamado Tobias Owen (agora oficialmente esquecido na história oficial), estudava em detalhe a zona onde a Viking 2 iria aterrar dentro de várias horas de modo a se coordenar o processo de aterragem, quando na agora famosa "Frame 35A72" se deparou com a actualmente famosa "Face on Mars".
Ao canto da imagem no meio de uma planície plana salpicada por "mesas" rochosas encontrava-se algo que desafiava a imaginação pois a semelhança com uma escultura artificial era demasiado evidente para poder ser ignorada.
Cessou qualquer comunicação á imprensa que até ao momento tinha sido practicamente em simultâneo promovendo o sucesso das missões. Mas o boato sobre o assunto já se tinha espalhado pelos corredores das salas de imprensa.

Horas mais tarde o porta-voz oficial da Nasa para as missões Viking deu uma conferência de imprensa segurando uma foto ampliada da "Face on Mars" afirmando:

"Isn´t it amazing what tricks of light and shadow can do ?"

Concluíndo logo imediatamente com:

"When we took a picture a few hours later, it all went away ! It was just a trick, just the way the light fell on it."

A estas palavras seguiu-se uma breve explicação técnica sobre o assunto e o caso ficou oficialmente arrumado perante a comunicação social e na ideia do cidadão comum que podia agora voltar para o seu "SuperBowl" descansado.
Resumindo, tudo não passava de um efeito de luz e sombra e a prova estava no facto de algumas horas depois ter sido tirada uma segunda foto e nessa segunda foto a "Cara de Marte" tinha-se revelado aquilo que sempre tinha sido. Apenas mais uma "mesa" rochosa natural igual a tantas outras sem qualquer característica particular de interesse.
Facto importante, não se esqueçam que uma segunda foto foi tirada apenas logo algumas horas depois da descoberta da fotografia original.

Assunto encerrado, passava-se então á aterragem da Viking 2, mas curiosamente ou não, afinal o destino da sonda já não seria a região de Cydonia. Para surpresa de muita gente agora o local tinha sido declarado pouco seguro e de acordo com a "Press release P17384" da Nasa assinada por Carl Sagan foi descoberto ao ultimo momento que a zona de Cydonia tinha deixado de ser acessivel a um alcance preciso do radar e isso poderia fazer com que a Viking falhasse a aterragem batendo em algo que a tornasse inoperacional.
Após meses de preparação e investigação das características da região, Cydonia era agora um local que nunca mais iria alguma vez receber a visita de uma sonda terrestre tendo a sonda então sido enviada para um outro local conhecido como Utopia. Contradictóriamente um local extremamente rochoso.
Segundo Sagan foi a única alternativa que se arranjou tendo em conta a órbita da sonda.
James Hurtack um dos primeiros académicos indendentes a escrever sobre as missões Viking, nesse mesmo ano publicou um livro sobre o assunto tendo afirmado que:

"A multimillion dollar effort may have overlooked paydirt and may have become a trivial event...A poor selective factor had been used to choose an area of minor geological and biological significance.
It was like choosing the Sahaara Desert as a suitable landing site on our own planet."

Concluindo depois, que para uma missão que inicialmente tinha o objectivo de encontrar vida em Marte, a escolha da região de Utopia "á ultima da hora" para substituir Cydonia era no minimo discutível quando muito. Acima de tudo tinha muito pouco de cientifica na sua lógica.

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Mas a nova rota da Viking 2 não foi apenas a única coisa de inesperado. Tomem nota que tudo isto se passa após o episódio sobre Cydonia e do caso estar encerrado aos olhos da opinião pública.
Após a aterragem das sondas, deram-se então inicio ás experiências com vista a alcançar o tão publicitado objectivo de se descobrir vida microscópica em Marte.
Terminadas as experiências em 1976 saiu o comunicado oficial que concluia, que após inumeros esforços concluiu-se que Marte era um local totalmente desprovido de vida. Devido ás caracteristicas do planeta, nunca tinha havido nem poderia haver vida na superficie de Marte. O planeta era um mundo morto. Versão oficial comunicada, caso encerrado.
Mas o caso não estava encerrado para o Dr Gilbert Levin. Voltemos então um pouco atrás.

O Dr Levin era um dos principais cientistas da Viking cujo a missão era tal como outros do grupo conduzir experiências no solo de Marte com o objectivo de encontrar os tão desejados sinais de vida.
Para quem não sabe, é normal cada um dos cientistas ter o seu projecto pessoal aprovado e a partir desse momento passa a ser o responsavel máximo em relação á sua parte. Cada cientista, uma experiência, uma tentativa não apenas para descobrir algo mas principalmente de ser o primeiro a faze-lo. Em 1976 o Dr Gilbert Levin era o novo membro do grupo de cientistas da equipa.
Deu inicio aos seus testes e obteve imediatamente resultados concretos pois a sua experiência obteve um resultado positivo na procura de vida na superficie de Marte.
Não vou aborrecer toda a gente a descrever aqui o tipo de experiência. Quem quiser pode encontrar detalhes no site que darei mais abaixo.
Após a comprovação dos resultados, o Dr Levin tentou fazer o anuncio oficial da descoberta mas foi impedido hierárquicamente pelos seus superiores.
Numa entrevista dada por volta de 1996 (de que eu pessoalmente cheguei a ouvir extractos), o Dr. Levin afirma, tendo inclusive o apoio oficial de vários outros especialistas da area que :

" A number of explanations have been proposed to explain the results of my experiment. None of them are convincing. I believe that Mars has life today. "

Segundo o próprio e alguns colegas, o Dr Levin teve os seus testes rejeitados em 1976 porque eles simplesmente contradiziam todos os resultados dos seus colegas veteranos e como tal sendo ele apenas um cientista acabado de chegar ao grupo, os seus resultados foram pura e simplesmente postos de parte de modo a não embaraçar pessoas com uma posição já destacada dentro do meio.
Ou então, concluiem alguns investigadores, a partir de Cydonia teria de se evitar a todo o custo a ideia de que Marte era um planeta com condições bem mais próximas da terra, daí o "lobby" criado internamente para reprimir tudo o que pudesse contradizer uma versão oficial já devidamente preparada. O que nos leva á história da verdadeira cor de Marte. Mas isso fica para mais tarde (tomem nota).

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Mas voltemos ao Dr Levin.

O argumento usado pelos cientistas veteranos da missão Viking para contradizer a descoberta de Levin, foi o facto de todos eles terem anteriormente efectuado as suas experiências e nenhuma ter obtido qualquer sinal de vida da superficie marciana. Foi apontado o facto do "mass spectrometer" a bordo da Viking não ter detectado moleculas orgânicas em Marte e por isso o trabalho de Levin teria de estar a dar resultados ilusórios. Mais tarde o Dr Levin não resignado, acabou por conseguir demonstrar que havia um erro no equipamento da Vilking e que o instrumento que analisava essa area tinha um defeito técnico importante pois a sua potência tinha sido reduzida quase ao mínimo quando as experiências tinham sido efectuadas pelos colegas. Facto que não incomodou minimamente os seus superiores pois nessa altura já tinha sido oficializado muito rápidamente nas habituais conferências de imprensa que Marte era um mundo morto desde sempre.
Resta dizer que o jovem Levin passou rápidamente á obscuridade dentro do estrelato que era a nata dos cientistas veteranos da Nasa. Apesar de tudo conseguiu uma brilhante carreira não associada á parte mediática do Sistema cientifico embora pelo que me conste nunca mais tenha sido convidado para um projecto de exploração da Nasa ou pelo menos estado envolvido nele de uma forma directa. Nesta parte biográfica posso estar enganado pois ainda não tive tempo para ler toda a sua biografia.
Após este este episódio o Dr Levin tentou durante anos publicar os seus resultados nos chamados "orgãos cientificos" oficiais da Nasa mas acabou por ter de se resignar pois devido a existir uma versão definitiva sobre o assunto da vida em Marte ninguém queria tocar no trabalho dele. Apesar de tudo as suas tentativas ficaram registadas.

E isto conclui o curioso caso do Dr Levin. Ou talvez não.
Como muitos de voçês devem saber, oficialmente houve uma análise a um meteorito vindo de Marte e após muita discussão a Nasa veio finalmente em Agosto de 1996 anunciar que havia detectado possiveis micro-organismos marcianos. Era oficial. Afinal já havia a possibilidade de que as Viking se teriam enganado ao revelar apenas resultados negativos.
O que a Nasa se "esqueceu" de mencionar foi o caso do Dr Levin. Nem uma palavra sobre o assunto e muito menos sobre o senhor.
Mas não foi apenas isso que ficou "esquecido" no comunicado oficial de 96. Alguém se "esqueceu" de mencionar também que não havia apenas um grupo da Nasa fazer análises aos fragmentos do respectivo meteorito. Inclusive um segundo grupo de cientistas independentes ligados (julgo) a uma Universidade havia apenas trés ou quatro meses antes tentado oficializar eles os mesmos resultados junto da Nasa e tendo as suas conclusões sido imediatamente contestadas e ignoradas. Claro está que para este primeiro grupo não houve nenhuma conferência de imprensa.
(Não tenho aqui os dados precisos sobre esta parte dos acontecimentos pois perdi as referências que tinha. Vou tentar encontrar mais detalhes sobre o caso, caso alguém esteja interessado em provas mais substânciais do referido na minha narrativa.)


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Após anos "na sombra" o Dr Levin viu o anuncio oficial da Nasa sobre a análise do agora oficialmente famoso meteorito "ALH84001" e decidiu que chegara a hora de voltar a fazer barulho.

Foi o inicio do ressurgimento sobre a polémica da vida em Marte. Mas desta vez já de uma forma mais aberta em (quase) todos os meios de comunicação ao dispor (quase todos). E agora havia também a Internet. Alguém teria de ouvi-lo ao fins de tantos anos.
Resultado, após partilhar todos os seus dados com colegas cépticos e não só, obviamente que não conseguiu alterar dos livros de História a já selada Versão Oficial da Nasa mas acabou por ser um dos grandes responsáveis por actualmente existirem dois campos cientificos/politicos opostos na questão sobre o que estará realmente a nossa espera em Marte.
Inevitavelmente, o Dr Levin passou automáticamente de "Adepto da Teoria da Conspiração" e "Conspirador Pseudo Cientifico" a uma posição de autoridade na matéria e levou muita gente dentro do meio ciêntifico e não só, a pensar duas vezes antes de abrir a boca.

Espreitem o site do Dr Levin que contéminformações precisas sobre os seus resultados de 1976 na descoberta de vida em Marte:
http://www.biospherics.com/Mars/index.html

Ao contrário do estigma que perseguiu muita gente durante os anos 80, a partir daquele momento tonou-se necessário separar com muito cuidado os "Pseudo Cientistas" com créditos firmados (apesar de ridicularizados), daqueles imbecis sem qualquer conhecimento técnico que são na realidade quem contribui para que atitudes como as da chamada "ciência oficial" continuem a existir. Não se pode continuar a meter tudo no mesmo saco. Como está a caminho de ser provado e o futuro muito provalvelmente ainda acentuará essa faceta, se calhar muito "Pseudo Cientista" apelidado assim mais ingenuamente pelos "Media" do que na realidade que pela cuidadosa "Ciência Oficial" ainda alcançará um lugar na História muito mais destacado do que os auto-apregoados "Cientistas a sério" donos e senhores da verdade.

Também inevitavelmente a história do Dr Levin veio contribuir para dar um tom finalmente mais sério aos "outros malucos" que há mais de 20 anos afirmam que Marte contém não apenas micróbios, mas principalmente possiveis restos arqueológicos de uma muito antiga civilização do qual apenas a "Face on Mars" se tornou o exemplo mais conhecido. O que não quer dizer que seja a unica estrutra anómala em Marte. Já não haveria polémica se assim o fosse.
Depois como se tudo isto já não fosse suficiente para colocar a "Nasa" de orelhas a arder a, eis que entra em cena Arthur C. Clarke.
Conta a lenda que até ataques cardíacos houve entre certos responsáveis "cientistas a sério" no dia em que o A.Clarke também decidiu ele próprio tornar o mais oficial possivel as suas opiniões sobre o que está em Marte.
Desde esse momento em diante A.Clarke não se tem feito tímido em vir a público sempre que acha por bem contradizer o que a Nasa afirma que deverá ser o Oficial sobre o assunto. Ele é rádio, televisão, internet e jornais. Ninguém cala o Clarke. Tornou-se inclusive no primeiro cientista mediático a fazer declarações que apoiam as conclusões de quem luta pela prespectiva arqueológica sobre Marte. Conseguindo pela primeira vez passar este assunto em várias televisões dos EUA para desagrado de muita gente.
A partir desse momento tornou-se mais dificil ridicularizar toda a questão.
Resta dizer que actualmente o Arthur Clarke é "persona non grata" na Nasa, tendo sido inclusivamente proposto retirarem-no do quadro de Honra. Por acaso não sei se isso chegou a concretizar-se.

Mas já agora para quem quiser um pormenor realmente saído do fundo do baú da chamada "Teoria da Conspiração" no que respeita ao Clarke depois mais tarde conto uma coisa fascinante e muito curiosa.
A respeito de Clarke ainda há muito para dizer mas isso fica para mais adiante. Só para manter o suspanse.
Ainda há muito para contar e o melhor ainda está para vir.

Espero que no minímo os esteja a fazer pensar sobre o assunto.


Luis Peres (34 (já?!) anos)
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Espero que tenham gostado da parte 1 que acabou de terminar no post anterior. Pode não parecer, mas aquilo foi um breve resumo. Muito, mas muito ficou por pormenorizar.
Acreditem que não é fácil apresentar este tema a pessoas que o desconhecem em absoluto. E mais dificil ainda é apresenta-lo de uma forma que não o remeta logo para a area da chamada "Teoria da Conspiração" na sua conotação mais negativa. Principalmente porque a polémica começou precisamente com essa conotação e pelo menos até 1996 ainda era assim que costumava ser referido em comunicados da Nasa principalmente quando a meio das suas habituais conferências de imprensa precisavam de uma "palhaçada" para distrair os reporteres.
Mas que fique desde já claro uma coisa, a polémica sobre Marte começou com esse estigma porque obviamente não teve outra hipótese. Tendo a Nasa se dignado a discutir o assunto abertamente desde o inicio e todos os cientistas independentes que formaram opiniões contrárias nunca teriam de ter passado por anos de ridiculo, muitos com a agravante de terem tido as suas carreiras destruidas não só a nível de oportunidade em trabalhos governamentais ligados aos seus sectores de especialidade, mas principalmente façe á parte mediática intimamente ligada ao Sistema académico dito sério. Quantos cientistas a sério ligados á exploração espacial americana, é que voçês conhecem da Tv e das revistas que não sejam pessoas empregadas dentro do sistema Nasa/JPL e afins ? Quantas descobertas cientificas espaciais de relevo histórico é que voçês já viram anunciadas na televisão atribuidas a cientistas independentes fora da esfera da Nasa/JPL/Seti ?
A Ida á Lua em 69 criou na cabeça do publico a ideia que no planeta terra só existe um grupo de cientistas espaciais capazes de anunciar descobertas válidas, os cientistas americanos ou apoiados do topo da pirâmide, pelo Governo Americano. Acima de tudo porque têm naves e portanto se existe alguém que sabe oque diz só pode ser da Nasa pois todos os restantes não têm meios para verificar "em primeira pessoa" qualquer teoria e portanto qualquer conclusão por muito que seja anunciada por quem quer que seja ou em qualquer país só passará a constar nos livros de História no dia em que depois a Nasa poder oficialmente dar o seu "selo de garantia".
O público esquece-se que a investigação é feita principalmente através da análise de dados e a partir do momento em que eles ficam disponíveis qualquer cientista independente tem tanta credibilidade para oficializar uma descoberta feita a partir da análise desses mesmos dados como qualquer outro. Seja americano, japonês ou até porque não, Português !
A competência, credibilidade ou fiabilidade não podem ser rótulos que vêm agarrados ao protagonismo mediático, mas sim á análise de todo o material disponível e aqui é que chegamos ao ponto da questão. Quem até hoje tinha o melhor material disponível sobre Marte foi obviamente sempre a Nasa.

Acontece que a Nasa já desde os tempos das missões Apollo relativas aos anos 70, era alvo de queixas anónimas que afirmavam que nem todo o material conseguido era facultado livremente aos cientistas que seriam naturalmente os interessados mas tinham imensa dificuldade em obter o que precisavam, isto de uma forma geral. E estamos a falar de empregados da própria Nasa. Quanto ao público óbviamente só via aquilo que era considerado oficialmente importante e digno de ser mostrado.
Este clima segundo muitos cientistas, futuros protagonistas de acontecimentos que irei citar a seguir (ex-Nasa e não só), começou a agravar-se após o final das missões Viking a Marte. Especialmente no que respeita a documentos fotográficos relacionados principalmente com o planeta vermelho.

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<b>Parte 2 - "AFINAL HAVIA OUTRA"</b>

A partir de 1976 e após a conferência de imprensa oficial que "provou" ao público que a "Face on Mars" não passava apenas de uma ilusão de óptica provocada por luz e sombras a famosa imagem, ("Frame 35A72") evaporou-se literalmente da face da terra. Não fora a conferência de imprensa e nunca teria havido uma prova pública de que a fotografia alguma vez tinha existido.
Até aos cientistas (empregados Nasa), que pediam para ver pessoalmente a tão famosa foto era lhes dito que ninguém fazia ideia por onde a imagem andava. Isto em arquivos que supostamente deveriam estar no minimo organizados visto existirem na altura ja milhares de fotos de Marte. De outro modo como alguém poderia organizar um estudo cientifico sério sem antes ter de perder meses á procura de material espalhado ?
Mas a verdade é que a fotografia original, oficialmente estava perdida e nunca mais ninguém voltou a vê-la.

Entram os Dr.Vicent DiPietro e o seu colega Greg Molenaar.
Não vou agora colocar aqui uma extensa biografia pois nem há espaço para o curriculo de cada um. Como informação relevante destaco o facto de que eram ambos Engenheiros Informáticos contratados pela Nasa com o cargo de especialistas em análise de imagem. Já na altura o eram e continuam hoje a fazer parte da vanguarda cientifica no que toca principalmente a esse campo. Para terem uma ideia se muitos de voçês hoje têm um Photoshop instalado no computador, podem agradecer em parte a existência desse software a estes dois senhores, pois foram os responsáveis pela criação dos primeiros algorritmos modernos que hoje em dia são usados quando ampliamos uma imagem num computador. Chega de biografias portanto.

Após comprovarem a eficácia do seu novo algorritmo de imagem, DiPietro e Molenaar, decidiram que nada melhor do que a famosa foto da "Face on Mars" para servir de teste definitivo. E se finalmente havia ao dispor da ciência uma ferramenta moderna que poderia ajudar a Nasa a provar de uma vez por todas que a "Face" era uma formação natural seria esta a oportunidade perfeita.
Uma nota á parte para dizer que nesta altura os boatos sobre estátuas em Marte continuavam pois apesar de tudo aquela imagem ficou imediatamente na imaginação popular mesmo após a desmistificação oficial da Nasa.
DiPietro e Molenaar tinham a melhor das intenções e queriam acabar de uma vez por todas com as fantasias dos boatos. Como oficialmente ninguém fazia ideia onde a fotografia original estaria, os dois homens decidiram empreender uma pequena "investigação clandestina" e durante meses vasculharam todos os arquivos que podiam. Sempre sem resultado.

Até que em 1979 finalmente alcançaram os seus objectivos. Ou mais ou menos...
Encontraram "enterrada" num lugar dos arquivos completamente deslocada na sua ordem, não a fotografia original mas uma segunda foto da mesma "Face on Mars", foto esta tirada muitos dias mais tarde e desta vez de um angulo diferente. Ainda mais surpreendidos ficaram quando a face da "Face on Mars" agora iluminada pela luz parecia ser practicamente idêntica ao outro lado agora obscuro mas que tinha aparecido iluminado pelo sol na fotografia original.
Encontrarão muita informação sobre isto juntamente com imagens nos links que lhes darei mais a frente.
Devem recordar-se que na primeira parte, foi referido durante a conferência de imprensa oficial que a Nasa havia tirado uma segunda fotografia que tinha provado definitivamente que tudo não passava dum efeito da natureza. Pois, tal afirmação não só não tem qualquer relação com a fotografia descoberta por DiPietro e Molenaar, como se veio a descobrir e a provar mais tarde que a tão apregoada e reveladora segunda fotografia tirada horas depois afinal nunca existiu. Não de uma forma que pudesse provar sem sombra de dúvida o que a Nasa tornou oficial sobre a natureza da "Face".
Com a rapidez com que a Nasa organizou a conferência de imprensa era impossivel que tivessem obtido uma fotografia que provava o que pretendiam desmistificar. E porquê ?
Porque a tão apregoada segunda fotografia teria de ser uma fotografia nocturna, facto que parece que alguém se "esqueceu" de mencionar durante a conferencia de imprensa. Tinha caido a noite sobre Cydonia e nunca uma fotografia em condições poderia ter sido tirada a tempo para uma análise cientifica rigorosa concludente. Muito menos para um comunicado á imprensa um par de horas logo a seguir ao boato se ter espalhado pelos corredores de que alguém havia encontrado uma estátua em Marte.
Notem que durante esse anuncio aos jornalistas, nunca foi mostrada pela Nasa qualquer segunda fotografia. Apenas uma ampliação embaciada da imagem original foi mostrada. Foi apenas referido que a Nasa tinha encontrado a prova de que tudo era natural numa segunda foto e portanto já podiam ir todos para casa porque agora os cientistas tinham de tratar de ciência a sério (nem faltou a tão clássica "piadinha" sobre os homenzinhos verdes).

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Acontece que devido ás investigações dos chamados conspiradores, malucos e afins, quase 20 anos mais tarde a Nasa foi forçada a admitir em comunicado á imprensa, que no que respeita á desculpa incial relativamente á segunda foto da "Face on Mars" tinha havido um pequeno erro de interpretação e afinal a foto que provava que tudo era apenas um truque da natureza não tinha sido tirada logo a seguir, mas sim durante uma outra órbita (data imprecisa) muitos dias mais tarde e durante o dia. Apesar desta pequena correcção a Nasa concluiu o comunicado afirmando que mantinha toda a sua versão sobre a natureza da "Face", pois como era sabido, as viking provaram definitivamente que Marte era um mundo morto, pois se nem sequer havia agua, nunca podia ter havido qualquer tipo de vida no planeta e como tal esse facto anulava automáticamente qualquer espéculação sobre possiveis artefactos arqueológicos. Caso encerrado mais uma vez.

Agora de uma coisa nisto tudo a Nasa já não se conseguia livrar. Ou seja, do facto de ter sido obrigada a vir a público justificar uma acusação fundamentada com provas fotográficas e iniciada precisamente por aqueles que durante anos foram considerados pseudo-cientistas e malucos de Marte que até têm sites para doidos.
Detalhes sobre isto nos links mais á frente.
E perguntam voçês, então mas onde é que raio é que esses tipos foram desencantar essas supostas fotografias ?!! Não estava tudo em segredo e guardado a sete chaves ?
Perguntam bem meus amigos e a resposta não podia ser mais simples. Mas ainda não a vou dar agora pois tem a ver com mais outra altura em que a coitada da Nasa teve de vir novamente a público justificar-se. Tudo por causa de gente sem credenciais, sem nível nem ciência a sério vejam lá.
Curiosamente em nenhum dos comunicados de "arrependimento" á imprensa a Nasa organizou agora uma daquelas conferências de imprensa tão prestigiosas de que tanto gosta. Mandaram em vez disso uns paragrafozinhos para a imprensa (o minimo possivel) e só admitem algo quando confrontados directamente em debate público.

Infelizmente, relativamente a este assunto de momento só posso remete-los para os links que darei mais tarde e para referências em livros que poderão consultar para obterem mais dados comparativos concretos que os poderão convencer melhor do que eu da veracidade do que aqui contei.
Infelizmente também, na altura em que tive oportunidade de ler com os próprios olhos estes comunicados da Nasa ainda não tinha por hábito gravar "htmls" e por isso agora não lhes posso dar mais referências directas sobre o assunto. Na altura também pensei que dada á importancia quase histórica da declaração (afinal a Nasa nunca erra), pensei na minha ingenuidade que seria depois muito fácil de voltar a encontrar as páginas nos arquivos do site oficial da Nasa e afins. Burro.
Pelo menos da ultima vez que procurei nem sinal do assunto. Parece que no site só ficam em arquivo as façanhas técnicas dos senhores. Ou então se calhar arquivaram esta parte menos gloriosa mas nem a ligaram á base de dados de um "search".
Outra coisa, obviamente que a minha afirmação tem a validade que tem, mas eu tive o prazer de ouvir em directo num debate, o coitado do senhor da Nasa admitir tudo o que eu ja tinha lido nessa mesma semana na internet. Foi lindo ! Especialmente as partes com longos silêncios em que ele parava para pensar o que ia dizer a seguir. Um verdadeiro clássico da rádio que infelizmente nem sequer cheguei a gravar, pois na altura estava plenamente convencido que não ia sair nada de significante da intervenção, que foi apenas um pequeno apontamento de debate sobre o assunto. Isto porque os pseudo-cientistas até hoje nunca se recusaram a um confronto cientifico directo e graças aos seus desafios a Nasa normalmente vê-se na obrigação de responder para não ficar ainda com mais má imagem do que já tem junto de muitos sectores da população pois graças ao trabalho e á pressão de muito pseudo-cientista volta e meia lá são desafiados para um confrontozinho de ideias.

Mas voltemos a DiPietro e a Molinaar.
Na mesma fotografia da area na qual se encontrava a nova versão da Face, os dois cientistas repararam que a 15km a sul existia mais uma formação anómala tambem exactamente pela sua geometria. Foi a descoberta de uma estrutura em forma de piramide com cinco lados que hoje em dia se conhece como a "D&M pyramid" (Dipietro e Molenaar) cujo as proporções matemáticas eram tudo menos as que podem existir numa formação natural causada pela erosão. Pelo menos de acordo com o que se conhece da Terra.
Até hoje continua-se a tentar criar os mesmos efeitos em laboratório que provem que a "D&M" é apenas outra montanha. Mas voltemos atrás.
Aqui estavam dois cientistas a sério, de reputação confirmada e ainda por cima cientistas da Nasa e ambos estavam convencidos que tinham no minimo descoberto algo que poderia vir a tornar-se na primeira prova de que a humanidade tinha no passado tido uns vizinhos no planeta ao lado visto as proporções do design da estrutura matemáticamente apontarem para uma explicação artificial.
Na sua ingenuidade tentaram comunicar a descoberta aos seus superiores, mas ninguém os quis ouvir.
As sondas Viking já tinham provado que nunca tinha havido vida em Marte. E mais uma vez ponto final.
No caso de DiPietro e Molenaar foram mais reticências e mais tarde acabaram por mediáticamente pagar caro pelas suas ideias de ficção-cientifica. Mas já lá vamos...
Fica para a parte 3.


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<b>Parte 3 - OS ANOS DA CONSPIRAÇÃO, CONSPIRADORES MALUCOS E PSEUDO-CIÊNTISTAS.</b>

Por volta de 1981 e fartos de andarem a tentar fazer com que alguém dentro da Nasa lhes examinasse ao menos o seu trabalho sem nunca o terem conseguido, o Dr Vicent DiPietro e o Dr Greg Molenaar, decidiram publica-lo numa edição de autor financiada por ambos.

Uma das pessoas que comprou o livro por pura curiosidade foi um senhor chamado Richard Hoagland. Jornalista/escritor para assuntos de ciência, com um curriculo a todos os níveis irrepreensivel e uma carreira que levaria mais umas centenas de linhas a descrever aqui, Richard Hoagland haveria de passar de céptico convicto ao maior e mais importante divulgador de todo este assunto, tornando-se na pessoa que contra tudo e todos manteve o tema sempre actual ao longo de mais de duas décadas. Mal sabia ele o preço que iria pagar por isso ao longo dos anos pois a sua carreira sofreu danos irreparáveis que só um dia a quando da conclusão final deste assunto poderão ser verdadeiramente consertados.
Hoagland apesar de ter uma formação cientifica académica tradicional na areas da Biologia e da Física e ter estado ligado intimamente a areas da Astronomia planetária, nunca foi digamos, um "cientista practicante" no que respeita a uma carreira clássica ligada especificamente a apenas uma area. Embora tenha sido a primeira pessoa a propor a existência dos agora cada vez mais prováveis oceanos de agua na lua de Jupiter, "Europa" (sendo citado por Arthur Clarke nos agradecimentos do romançe 2010 como tendo dado um contributo cientifico fundamental para a existência do romance). Isto entre muitas outras previsões que se vieram depois a revelar correctas com o passar dos anos para grande incómodo dos seus criticos.
O que não quer dizer que Hoagland tenha sido sempre infalivel, pois se por um lado graças a ele e aos seus esforços o assunto nunca foi colocado numa prateleira, por outro lado também cometeu uns erros a nível editorial que acabaram por dar as armas perfeitas aos seus ferozes criticos, antes colegas e admiradores, agora pode quase dizer-se inimigos académicos mortais.
No inicio da investigação chegou a publicar conclusões de pessoas que na realidade não tinham quaisquer bases para as fazer e logo aí á partida os seus objectivos de criar um veiculo promocional para dar a conhecer os enigmas de Marte ao grande publico ficaram logo gravemente afectados por uma reputação manchada logo de inicio que não foi mais que o fruto de alguma ingenuidade pela parte de Hoagland e dos poucos dados relevantes disponiveis para se invetigar a tese arqueologica marciana como ela deveria ter sido investigada logo desde o inicio.

A sua amizade com Carl Sagan e a relação "amor-ódio" a nível intelectual entre os dois dará certamente um dia, só isso um livro. Especialmente pela sua inesperada conclusão a quando da morte de Carl Sagan, surpreendendo inclusive toda a gente deste lado da barricada e não só. Mas mais uma vez vão ter de esperar mais um bocadinho até que lhes possa contar em detalhe.

Resta apenas dizer que por causa do assunto de Marte Hoagland tornou-se talvez no maior alvo a abater que a chamada ciência a sério alguma vez teve de enfrentar, mas também possivelmente num dos melhores e mais persistentes adversários de que há registo em questões envolvendo este tipo de polémica. Diga-se que quando Hogland morrer a Nasa "dormirá" muito mais descansada.
Quando me refiro á expressão "ciência a sério" talvez devesse dizer antes "ciência oficial a sério da américa para o mundo", pois na realidade o que se passa é que o problema de credibilidade de Hoagland é acima de tudo com a Nasa, um problema "americano" e não com os restantes "cientistas a sério" do resto do mundo. Exemplo disso são por exemplo os convites para falar sobre a sua investigação em Universidades e Academias em varias partes do mundo ao longo destes vinte anos. Sendo inclusive bastante popular na Russia onde para se fazer justiça a todo este caso, tenha que se dizer que foi possivelmente o país onde primeiro surgiram vozes cientificamente comprovadas a defender abertamente a teoria arqueológica logo no inicio dos anos 70 com a publicação de varios artigos em revistas governamentais de ciência sobre este assunto. Nomeadamente varios estudos sobre a artificialidade das primeiras "Pyramids of Mars" descobertas pela Mariner 9 e mais tarde fotografadas novamente pela unica sonda soviética que não desapareceu antes de obter resultados.
Fora dos EUA os cientistas cépticos que não se interessam em absoluto pelo o assunto, simplesmente ignoram os trabalhos divulgados por Hoagland mas têm a nobreza de não ataca-lo nem académicamente nem intelectualmente. Não leram, não analisaram em pormenor nenhum dos trabalhos, não comentam.
Daqueles cientistas europeus que se interessaram, (muito atraidos pelas primeiras publicações certificadas dos sábios soviéticos dos anos 70), esses a sua maioria não têm qualquer problema em afirmar que ao menos há que investigar mais sériamente o assunto pois as suas bases são mais que sólidas e merece ser tratado com o respeito e a curiosidade que deveria fazer sempre parte da Ciência. Outros mesmo, hoje fazem parte da Fundação "Enterprise Mission" fundada por Hoagland e atravez dela publicam os seus estudos sobe o tema nos EUA tendo contribuindo de forma significativa para a crescente respeitabilidade do assunto na América. Existe inclusive um site Alemão sobre as anómalias de Marte que é quase o equivalente ao Enterprise Mission de Hoagland com a diferença de que este é publicado por cientistas livres (se é que se pode usar o termo). Todas as ideias e teorias são aceites desde que contribuam para a discussão, mas principalmente nenhum cientista Europeu veio alguma vez afirmar que foi perseguido ou excluido por apoiar a Tese Arqueológica a propósito do problema da vida em Marte. Ao contrário do site oficial do americano Richard Hoagland aqui nenhum cientista é automáticamente apelidado com o estigma de "pseudo cientista" só por enveredar por uma investigação que pode levar a resultados diferentes do que são actualmente considerados a norma dentro desta area.
Fosse o espirito "cientifico oficial americano" o mesmo que o Europeu e nunca este assunto teria se tornado no mar de calunias, ataques pessoais e invejas académicas que se tornou. Possivelmente já saberiamos as respostas e toda a gente já se tinha ido embora para casa. Possivelmente estariamos a viver já num mundo que tinha a certeza de que pelo menos um dia não estivemos sózinhos.
Do mesmo modo que existe no público anónimo a ideia que só a Nasa tem a verdadeira versão dos factos, muita gente ainda pensa que a resistência a este assunto é global da parte da comunidade ciêntifica quando na verdade é acima de tudo um fenómeno americano num sentido local, mas também num sentido mediático. Vê-se uma entrevista na televisão sobre qualquer assunto polémico ou desafiante e hão de reparar que inevitavelmente há de aparecer a tão popular expressão " ...os cientistas da Nasa...". Aos olhos de muita gente é logo caso encerrado.
Mesmo muitos daqueles que se recusam a examinar o tema mais aprofundadamente, fazem-no imediatamente usando a justificação, "...porque os cientistas da Nasa já disseram que...". Agora esquecem-se é que os cientistas da Nasa, nos ultimos 20 anos vieram por pelo menos trés vezes a público admitir que afinal no assunto de Marte, houve umas "interpretações erradas" e uns "esquecimentos", nomeadamente a propósito de alegações originais e dasaparecimento de fotografias.
E quantas pessoas da população tiveram ocasião de assistir a estes "arrependimentos" súbitos da Nasa ? Provavelmente nem 1% das pessoas que tomaram conhecimento da parte "que interessa pois é ciência a sério" sempre muito animada pelas tão populares conferências de imprensa.
Mas já lá vamos mais adiante.

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Estudem o assunto, investiguem as fontes e vão descobrir que pelo menos na Europa não há qualquer incompatibilidade entre fazer-se ciência a sério e apoiar a tese arqueológica Marciana. Muitos ciêntistas fazem-no inclusive por hobby e publicam os seus resultados aqui e ali discreta mas abertamente. Obviamente não em publicações patrocinadas pelos americanos.
Especialmente desde 96 tem-se assistido a um unir de forças entre a europa e os independentes americanos.
Perguntam voçês, então mas eu ainda não vi a ESA vir a público emitir comunicados sobre quaisquer ruinas em Marte. Onde é que está esse apoio ás teorias dos "pseudo cientistas" publicados atravez dos esforços da fundação de Hoagland ?
Está exactamente na não repressão académica de quem investiga discretamente o assunto e está no debate e na troca de ideias que já tem havido em publicações cientificas. Mas só isto agora dava para escrever mais umas cem linhas e nem vou tocar no assunto.
Além disso quem dispôe da maior informação sobre o assunto é a Nasa e esses não estão nada dispostos a dar de mão beijada elementos que um dia ainda lhes vai servir para fazerem muitas conferências de imprensa muito proveitosas.
Podem apostar, que no dia em que se confirmar a tese arqueológica sobre a vida em Marte, voçês vão ligar a televisão e vão ouvir algo como " ...Os cientistas da Nasa descobriram restos arqueológicos em Marte...", podem escrever o que digo.
Tem sido o padrão habitual nas comunicações oficiais desde ha varios anos. As descobertas mais recentes relativas a Marte são sempre anunciadas com grande pompa como sendo novíssimas em folha quando nada poderia estar mais longe da verdade. Mas já lá vamos.
Felizmente a abertura ao tema acima de tudo já existe.

Mas não no que respeita aos EUA certamente. Embora já se notem muitos sinais prometedores a verdade é que do outro lado da barricada, a chamada "ciência oficial" selada pela Nasa faz tudo para arrasar, e a palavra aqui é mesmo "arrasar" quem por qualquer instante pensa sequer em colocar-se do lado da "ciência independente". Ser um cientista defensor da tese arqueológica marciana e ainda por cima apoiado pela Enterprise Mission de Richard Hoagland é na práctica o mesmo que ser-se pedófilo na Casa Pia hoje em dia em Portugal.
E não há nada pior que um desgraçado de um cientista que tenha trabalhado para a Nasa mas agora se ponha a "inventar" histórias sobre ruinas Marcianas. Até esse momento pode ter tido a carreira mais brilhante dentro do Sistema, ter sido dos mais conceituados na sua area, ser inclusive um veterano no seu campo, mas se na semana a seguir a vir a público com as suas ideias "blasfemas" é garantido que aparecem na Net uns dez sites anónimos, oficiais e daqueles..."não oficialmente patrocinados" pela Nasa a arrasar por completo o curriculo dessa pessoa. DiPietro, Molenaar, John Brandenburg e o próprio Richard Hoagland são bem o exemplo desse tipo de guerrilha "académica" tão popular actualmente na américa no que respeita ao assunto sobre Marte.
Não se atacam as ideias, atacam-se antes as pessoas e acima de tudo atacam-se as suas referências biográficas, tentando ao máximo distanciar os "traidores" da pureza imaculada dos verdadeiros portadores do conhecimento cientifico oficial.
Então a partir do momento em que o Dr Levin e Arhtur Clarke entraram na jogada parece que alguém entrou em pânico e é ver sites ditos "cépticos" a aparecerem como cogumelos, atacando não o conteudo das ideias (de uma forma analitica exacta) mas principalmente as credenciais de quem as formulou. Chegando mesmo ao cumulo de em trés sites diferentes encontrarem-se trés versões daquilo que alguém acha que a verdadeira biografia de um qualquer coitado agora apelidado de "pseudo cientista" deve ser contrastando com o embusteiro que oficialmente agora é.
Até o Einstein se fosse vivo e tivesse o azar de apoiar a teoria arqueologica alguém haveria de repente descobrir que afinal "o gajo" era um embusteiro que só tinha a 4ª Classe !
Nisto tudo o único que se tem safado, tem sido o Clarke pois apesar das "sugestões" da Nasa para que se cale, ainda ninguém conseguiu publicar um unico website a demolir toda a sua biografia académica. A sorte do Clarke actualmente é que a sua obra é por demais conhecida do grande público e por isso não será uma tarefa fácil criar no publico leigo a ideia de que "este gajo" afinal também nem sabe ler.

Mas nisto tudo não há só ataques deste género. As entidades mais oficiais têm uma estratégia mais inteligente. Normalmente pegam em vários bocados do estudo dos "traidores" e publicam uma suposta análise do trabalho deles dando a ideia que os contradizem cientificamente ponto por ponto. Na realidade o que fazem é escolher segmentos , "esquecendo-se" de outros. Depois analisam esses segmentos uns com os outros e óbviamente sem as partes que faltam o trabalho do "traidor" é simplesmente apresentado como uma imbecilidade fantasiosa sem bases cientificas.
Isto começou a acontecer de ha um ano para cá especialmente no que toca á parte técnica e matemática da teoria arqueológica. Houve uma altura em que os sites "cépticos" ditos independentes, curiosamente parece que tinham todos o mesmo programa de ataque. Numa semana eram todos a arrasar com os calculos matemáticos da "vitima da semana". De repente paravam. No momento seguinte andava tudo a "arrasar" a análise das imagens, curiosamente as mesmas...
Isto claro enquanto aproveitavam para denegrir os curriculos das pessoas visadas e "esquecer-se" de mencionar coisas nas biografias.

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Óbviamente que é uma ideia fantastica. Especialmente hoje, onde a Internet deve ser a principal referência de informação para quase toda a gente. Imaginem alguém que não conhece absolutamente nada sobre este assunto. Não acompanha há anos e anos, as carreiras e os esforços das pessoas envolvidas nesta luta. O que é que uma pessoa vai pensar ao encontrar tanta informação contraditória ?!
Ou se torna um céptico agarrado ás normas do que é oficialmente defendido chegando a um nível de fundamentalismo quase religioso, ou então não tem opinião sobre o que vê e perde naturalmente o interesse sobre o assunto.
E quanto a mim acho que é mesmo esse o objectivo da "ciência oficial americana" actualmente. Não desacreditar a teoria arqueológica desacreditando "pseudo-cientistas" mas sim tornar o tema banal de modo a não provocar a minima reação de curiosidade no publico anónimo pois o desinteresse por Marte contribui para que não se faça perguntas e as versões oficiais sobre o enigma se mantenham imaculadas como pretendido.
O ataque académico aos chamados pseudo-cientistas que só são pseudo porque já não partilham o mesmo ponto de vista que a Nasa, não é quanto a mim o objectivo, mas sim um meio.
Acompanho isto ha anos e nunca tinha visto um numero da ataques pessoais a tão grande escala como nestes ultimos anos.

Curiosamente ou não durante este período, a Nasa sempre recusou confrontar-se directamente com qualquer cientista independente em publico. Todos os desafios das pessoas visadas para que se realizasse um debate público numa rádio nacional em que se pudessem comparar provas, foram pura e simplesmente ignorados. Desta vez com a justificação de que a Nasa já não dialogava com pessoas comprovadamente embusteiras detentoras de curriculos falsos.
Cheguei a ouvir respostas destas na rádio muitas vezes. Richard Hoagland então, esse está no topo da lista de pessoas a evitar a todo o custo por qualquer membro da Nasa. O nome dele ligado directamente a qualquer desafio académico no que toca á Nasa é logo garantia de recusa imediata.
Aguns dos cientistas visados irritados com o facto de não poderem contra-argumentar em publico todas as acusações e calúnias de que foram alvo acabaram por processar alguns sites. Foi quando se percebeu que por detrás desses sites na realidade não existia ninguém que pudesse ser responsabilizado pelas ofensas e más análises aos trabalhos.
Actualmente a posição dos visados é de pura e simplesmente ignorarem as calúnias e seguir em frente, pois no futuro o que irá ficar para a história serão os resultados. Mas não antes sem já terem desmentido ponto por ponto em varias intervenções na rádio practicamente toda a palha especulativa sobre o trabalho deles. Óbviamente que quem segue o trabalho dessas pessoas ha pelo menos tanto tempo quanto eu reconheçe imediatamente quando encontra algo que não corresponde á verdade a propósito de cada pessoa, mas todos os dias chegam pessoas novas interessadas á partida neste assunto e como tal por muito que os investigadores-independentes não queiram convém sempre perder-se um bocado de tempo quanto mais não seja a demonstrar dentro das possibilidades onde está a difamação, seja ela pessoal ou académica.
Há que evitar a todo o custo o desinteresse das pessoas por este tema relativo á teoria arqueológica e isso só é conseguido se houver um fluxo de constante informação que as pessoas possam interiorizar e chegar ás conclusões que entenderem.

Notem que após as Viking nos anos 70 e o imediato inicio da polémica nos anos 80, as sucessivas missões a Marte que se seguiram (e não desapareceram misteriosamente) parecem ter tido acima de tudo o objectivo de tornar o planeta ainda mais desinteressante aos olhos do público. O que é que vimos ao longo dos anos ? Sempre o mesmo deserto, sempre a mesma "fantástica" experiência apregoada , sempre o mesmo resultado negativo quando conseguiam colocar a experiência a funcionar e claro sempre o mesmo céu de cor vermelha sobre o qual ainda há muito a dizer (já lá vamos). Isto quando as sondas não fracassavam todas misteriosamente sem sequer conseguirem aterrar no planeta ou entrar em órbita.

Voçês têm consicência de que a taxa de sucesso cientifico da Nasa tem uma percentagem incrivel de mais de 110% em todas as missões de exploração que efectuou ao longo dos anos ? A Nasa pode ter muito a esconder mas ninguém lhe tira o mérito tanto técnico como cientifico no que toca a missões ao sistema solar. Conhecem muitas missões da Nasa, que não tenham tido um sucesso absoluto nos resultados que obtêm ?! Lua, Mercurio, Venus (!!!), Jupiter e todo o restante sistema solar, sondas a cometas no meio do espaço.
Quantas é que falharam ? Contam-se pelos dedos de uma mão. E por razões conhecidas, documentadas e apresentadas ao público.
Mais de 20 missões a Marte desde as Viking.
Quantas resultaram ? Contam-se pelos dedos de uma mão.
E com que resultados ? O planeta não tem vida. Nunca teve. Caso encerrado. Mas vamos lá mandar mais uma sonda exactamente com as mesmas experiências quando podiamos enviar uma quantidade enorme de novos testes propostos por dezenas de candidatos que vêem contantemente negada uma oportunidade de marcarem a diferença.
E que tal umas sondas com umas boas câmaras de video com uma resolução tão boa como aquelas que espiam o nosso próprio planeta atravez dos satélites militares ? Resposta da Nasa - "Não vamos gastar dinheiro a tirar fotos de coisas que não podem existir".

Desculpem esta longa explicação de tudo isto, mas era fundamental para que pudesse agora começar a falar das partes que sei que vão gostar. Como disse no inicio de tudo isto, é um verdadeiro desafio tentar apresentar este tema da forma correcta, especialmente quando a Internet actualmente acaba mais por desinformar do que informar tal é a quantidade de informação e contra-informação disponível e que já houve ao longo dos anos nesta verdadeira guerra pela informação.

Voltemos então a Hoagland, DiPietro e Molenaar.
Sigam para a parte 4.

Luis Peres (34 (já?!) anos)
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