É o filme que mais quero ver este ano, a par com a sequela do Blade Runner. Contudo, prevejo que não vá ser distribuído cá a não ser que seja nomeado a algum Oscar...
O Lorde X anda à anos a dizer-me que é imperdível, mas ainda não arranjei coragem...
Na baliza Jackson, defesa com Scorsese, Coppola, Spielberg e Eastwood. No meio campo, Ridley Scott, Wes Anderson, Pollack e Carpenter. Avançados, Woody, e solto nas alas Tarkovsky. Suplentes: Bunuel, Fellini, Kurosawa, Visconti, Antonioni, Lynch e Burton.
Gaspar Garção wrote: ↑July 25th, 2017, 10:50 pm
Tenho mesmo de um dia ver este mítico The Room!!!
O Lorde X anda à anos a dizer-me que é imperdível, mas ainda não arranjei coragem...
PanterA wrote: ↑July 26th, 2017, 6:10 am
Tu e eu. Eu lembro-me ver algumas partes do filme, mas nunca o cheguei a ver completo. Não sei como ir para um filme desta natureza.
Vejam que não irão dar o tempo por perdido!
Com excepção das duas longaaaaaaas cenas de sexo, nada no filme é maçador. Não são apenas as tiradas mais conhecidas que tem piada. Há muitas mais para descobrir!
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!
Excelente interpretação do James Franco! Por vezes, enquanto as cenas do trailer se sucediam, nem me lembrava que não estava a ver (e a ouvir) o Tommy Wiseau. Conseguiu mesmo aquele tom de voz arrastado característico do Wiseau...
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!
The film known as "the worst movie ever made" — and the inspiration for James Franco's 'The Disaster Artist' — will play for one day in 600 theaters nationwide.
Equilibrando com alguma destreza o que há de hilariante e/ou de quase aterrorizante entre algumas das melhores histórias dos bastidores do filme de Tommy Wiseau, James Franco fez a melhor adaptação possível do livro de Greg Sestero (que é um melhor livro sobre cinema do que outras obras mais reconhecidas dentro do meio): nas modificações necessárias para a coesão do filme, nada do essencial se perde, e por vezes sai reforçado graças a acertadas decisões de corte e costura do guião.
Não é que este seja o "Ed Wood" do século XXI (e a comparação é totalmente desnecessária), mas há aqui uma coisa em comum com o biopic de Tim Burton sobre esse outro anti-herói do cinema: entre todos os "desastres" provocados pelo "artista", o espectador pode encontrar um conto intemporal sobre as raízes obscuras do sucesso e da Arte, quer seja um iniciado na cultura Wiseauniana ou um autêntico obcecado nesse ícone improvável que sabe o número exacto de colheres que surgem ao longo de "The Room".
E, se bem que fosse tentador, a transformação de Franco no infame autor/actor/produtor/realizador nunca se deixa levar pelo caminho da caricatura fácil, daquela que é uma tão grotesca personagem real que todos adoramos imitar: levou o seu trabalho muito a sério e, entre os nossos risos perante uma prestação tão completa, também acabamos por desconstruir o boneco Tommy Wiseau e o que esconde tão obscura máscara. E há muito mais para rir, ou para descobrir, do que nos momentos em que se recriam alguns dos melhores diálogos que esse "melhor pior filme de sempre" proporciona.