Chuck Norris vs Communism (2015) - Ilinca Calugareanu
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Chuck Norris vs Communism (2015) - Ilinca Calugareanu
https://en.wikipedia.org/wiki/Chuck_Norris_vs_Communism
http://www.imdb.com/title/tt2442080/
https://www.chucknorrisvscommunism.co.uk/ (site oficial, já se sabe que os sites oficiais de filmes são como as fraldas descartáveis, pelo que a sua duração é efémera)
Trailer oficial:
Sinopse (wikipedia)
Sinopse em PT-BR do You Tube
http://www.imdb.com/title/tt2442080/
https://www.chucknorrisvscommunism.co.uk/ (site oficial, já se sabe que os sites oficiais de filmes são como as fraldas descartáveis, pelo que a sua duração é efémera)
Trailer oficial:
Sinopse (wikipedia)
Chuck Norris vs Communism is a 2015 Romanian-British documentary film written and directed by Ilinca Călugăreanu. The film is about the illegal importation of American action and religious films on VHS cassettes to Romania in the late 1970s and 1980s, which the filmmakers believe contributed to the fall of the Nicolae Ceaușescu's communist dictatorship. The film recreates incidents and features interviews with Romanians such as film dubber Irina Margareta Nistor.
Sinopse em PT-BR do You Tube
Entrevista com a realizadora:Enquanto Chuck Norris soltava o braço nos vietcongues em “Braddock: O Super Comando” pouco mais de 30 anos atrás, a Romênia era um dos lugares mais fechados dentro da Cortina de Ferro, o grupo de países do Leste Europeu sob influência da União Soviética. Seus cidadãos viviam enclausurados dentro de um sistema totalitário em que qualquer referência ao Ocidente era proibida e delações de “traição” mesmo entre familiares eram estimuladas. A programação de TV se resumia a duas horas de transmissão de reuniões do Partido Comunista capitaneadas pelo ditador comunista Nicolae Ceausescu e muita propaganda patriótica. O único culto permitido era o da personalidade do ditador. Mas um outro mundo era possível em meados da década de 1980, no período mais sombrio do país. E esse mundo chegava aos lares romenos por meio de milhares de fitas VHS pirateadas, cheias de som e fúria de filmes como “Rambo”, “Rocky” e “Top Gun”.
Dentro dos conjuntos habitacionais em tons de cinza, a tela da televisão iluminava pequenos grupos que se reuniam para assistir a filmes americanos. “Flashdance”, “Uma Linda Mulher”, “9 ½ Semanas de Amor”, “Era Uma Vez na América”; todos eles dublados em “voice over” por uma mesma voz feminina muito aguda e levemente rouca. “Era a voz mais conhecida da Romênia depois da de Ceausescu”, lembra um dos personagens do documentário “Chuck Norris vs Communism”, filme que, em linhas gerais, conta a história de como as fitas de vídeo ajudaram a forjar o ambiente para a derrubada do ditador – e de como aquela voz misteriosa, de uma mulher chamada Irina Nistor, se tornou o símbolo da liberdade, do cinema e do Ocidente para toda uma geração de romenos. Dirigido por Ilinca Calugareanu, romena de 34 anos radicada na Inglaterra há dez, o filme foi exibido no Festival de Sundance em 2015
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4BQ-r8C9R-Y
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Re: Chuck Norris vs Communism (2015) - Ilinca Calugareanu
Eu tropecei nisto num "site streaming qualquer" (o documentário não está no You Tube), mas ainda não vi...
Sem eu ter sequer visto o documentário, sei que ele foca vários aspectos muito importantes para a 7ª Arte, vamos a ver:
Ponto nº 1, ver o seguinte mapa com atenção:

O que é que se passa aqui no mapa da Europa?
Portugal e o Reino Unido são os "bons" neste mapa, porque este é o mapa dos países europeus que legendam filmes! Já os EUA e Brasil teriam a mesma cor vermelha dos "idiotas e atrasados mentais" dos espanhóis, franceses e alemães, pois o vermelho é a cor dos países atrasados que dobram filmes.
Na zona vermelha do mapa, existem muitos cinéfilos culturalmente "aprisionados", que gostam de ver filmes estrangeiros com legendas, já li muitos relatos de espanhóis e norte-americanos que não suportam dobragem, e aqui no fórum temos o bom exemplo do Drakes do Brasil (zona vermelha - dobragem), que não tem nenhum problema em ver filmes russos no You Tube, com legendas, ainda por cima em inglês. Talvez o Drakes possa escrever aqui uma opinião acerca de como o resto do povo brasileiro considera a questão das legendas vs. dobragem.
Mas existem mais duas cores nesse mapa... o que vem a ser isto? Haverá mais opções do que legendagem vs. dobragem?
Infelizmente existem mais opções sim! Em Portugal, quando apenas haviam os dois canais da RTP 1 e RTP 2, existia um funcionário público chamado Eládio Clímaco, pago com os nossos impostos (impostos dos nossos paizinhos, porque acho que ninguém daqui ainda trabalhava e descontava nessa época). Esse sujeito era um locutor que apresentava os "Jogos Sem Fronteiras" e o "Festival da Canção"... o gajo ouvia alguns segundos da emissão em directo no idioma francês, e depois começava a "mandar bocas" em português do pouco francês que o gajo conseguiu perceber, ele só dizia estupidez e inventava comentários estúpidos, por não conseguir ter velocidade para traduzir o som em francês, esse homem nunca serviria para por exemplo traduzir um discurso do Ronald Reagen em directo no Telejornal, senão ainda haveria algum escândalo em Portugal.
Já imaginaram ver o filme "O Padrinho", com narração do Eládio Clímaco em voz off? Tamanha estupidez nunca existiu em Portugal (legendagem) ou Espanha (dobragem), mas era o procedimento standard na esfera de influência russa, conforme o mapa. Por exemplo o Samwise já viu o primeiro filme da pentalogia russa "Liberation", que na altura comentou que tinha gostado das cenas com os líderes (Estaline, Churchill, Roosevelt, Hitler e Mussolini), infelizmente essas cenas têm os actores a falarem no idioma natural (inglês, alemão, italiano ou russo, de modo realístico), mas aparece lá um narrador idiota estilo "Eládio Clímaco" com "voz off" em russo por cima das palavras dos actores.
Finalmente, a Roménia enquadra-se no caso nº4 (tem a mesma cor da Turquia no mapa), que era um país com sistema misto, e neste caso calhou o sistema da narração idiota por um "Eládio Clímaco". A protagonista do documentário é a mulher romena do movimento de cassetes piratas, armada em "Eládio Clímaco" a narrar o Chuck Norris, mas em Portugal existiam na província clubes de vídeo com cassetes piratas, com legendas PT-PT, criada pelos piratas portugueses, de filmes que nem sequer tinham saído no cinema (exemplo: Um ano antes do filme "Kalidor, a Lenda do Talismã" ter trailer de cinema, já eu tinha visto o filme pirata com o título "Talismã de Morte", porque os piratas portugueses não podiam adivinhar qual viria a ser o título oficial do filme em Portugal).
Existem mais pontos importantes de que quero falar, mesmo antes de ter visto o documentário. Ficam para depois...
Fonte para o artigo do mapa de legendagem, dobragem e "voz off": https://en.wikipedia.org/wiki/Subtitle_%28captioning%29
Sem eu ter sequer visto o documentário, sei que ele foca vários aspectos muito importantes para a 7ª Arte, vamos a ver:
Ponto nº 1, ver o seguinte mapa com atenção:

O que é que se passa aqui no mapa da Europa?


Portugal e o Reino Unido são os "bons" neste mapa, porque este é o mapa dos países europeus que legendam filmes! Já os EUA e Brasil teriam a mesma cor vermelha dos "idiotas e atrasados mentais" dos espanhóis, franceses e alemães, pois o vermelho é a cor dos países atrasados que dobram filmes.
Na zona vermelha do mapa, existem muitos cinéfilos culturalmente "aprisionados", que gostam de ver filmes estrangeiros com legendas, já li muitos relatos de espanhóis e norte-americanos que não suportam dobragem, e aqui no fórum temos o bom exemplo do Drakes do Brasil (zona vermelha - dobragem), que não tem nenhum problema em ver filmes russos no You Tube, com legendas, ainda por cima em inglês. Talvez o Drakes possa escrever aqui uma opinião acerca de como o resto do povo brasileiro considera a questão das legendas vs. dobragem.
Mas existem mais duas cores nesse mapa... o que vem a ser isto? Haverá mais opções do que legendagem vs. dobragem?
Infelizmente existem mais opções sim! Em Portugal, quando apenas haviam os dois canais da RTP 1 e RTP 2, existia um funcionário público chamado Eládio Clímaco, pago com os nossos impostos (impostos dos nossos paizinhos, porque acho que ninguém daqui ainda trabalhava e descontava nessa época). Esse sujeito era um locutor que apresentava os "Jogos Sem Fronteiras" e o "Festival da Canção"... o gajo ouvia alguns segundos da emissão em directo no idioma francês, e depois começava a "mandar bocas" em português do pouco francês que o gajo conseguiu perceber, ele só dizia estupidez e inventava comentários estúpidos, por não conseguir ter velocidade para traduzir o som em francês, esse homem nunca serviria para por exemplo traduzir um discurso do Ronald Reagen em directo no Telejornal, senão ainda haveria algum escândalo em Portugal.
Já imaginaram ver o filme "O Padrinho", com narração do Eládio Clímaco em voz off? Tamanha estupidez nunca existiu em Portugal (legendagem) ou Espanha (dobragem), mas era o procedimento standard na esfera de influência russa, conforme o mapa. Por exemplo o Samwise já viu o primeiro filme da pentalogia russa "Liberation", que na altura comentou que tinha gostado das cenas com os líderes (Estaline, Churchill, Roosevelt, Hitler e Mussolini), infelizmente essas cenas têm os actores a falarem no idioma natural (inglês, alemão, italiano ou russo, de modo realístico), mas aparece lá um narrador idiota estilo "Eládio Clímaco" com "voz off" em russo por cima das palavras dos actores.
Finalmente, a Roménia enquadra-se no caso nº4 (tem a mesma cor da Turquia no mapa), que era um país com sistema misto, e neste caso calhou o sistema da narração idiota por um "Eládio Clímaco". A protagonista do documentário é a mulher romena do movimento de cassetes piratas, armada em "Eládio Clímaco" a narrar o Chuck Norris, mas em Portugal existiam na província clubes de vídeo com cassetes piratas, com legendas PT-PT, criada pelos piratas portugueses, de filmes que nem sequer tinham saído no cinema (exemplo: Um ano antes do filme "Kalidor, a Lenda do Talismã" ter trailer de cinema, já eu tinha visto o filme pirata com o título "Talismã de Morte", porque os piratas portugueses não podiam adivinhar qual viria a ser o título oficial do filme em Portugal).
Existem mais pontos importantes de que quero falar, mesmo antes de ter visto o documentário. Ficam para depois...
Fonte para o artigo do mapa de legendagem, dobragem e "voz off": https://en.wikipedia.org/wiki/Subtitle_%28captioning%29
Re: Chuck Norris vs Communism (2015) - Ilinca Calugareanu
Aka dobragem é dublagem, houve uma crise e quase todos grandes estúdios fecharam, uma parte dos programas agora é feito em Miami, principalmente os da tv a cabo, apesar da qualidade dizem ter caído, aumentou o público dos filmes dublados nos cinemas, isso não é fenômeno de uma classe social por que é geral.
E mesmos nas dobragens bem feitas, começaram a usar voz de famosos que muitas vezes não batem com o personagem, mas o cara é humorista, apresentador, cantor, o que é uma pena por que diminui os bancos de vozes, por que a pessoa sabe que o filé da profissão outro será escolhido e não é um critério de mérito, e sim de fama.
As razões da preferência não é nem ideológica, também, cansei de ouvir não assisto filme asiático dá dor de cabeça eles falando (as pessoas não citam mas vale para qualquer língua sem ser o inglês), eu levo na brincadeira, por que aparece aquela frase contra o colonialismo americano no país, depois quando todos resolvem assistir um filminho, saia aquela frase: vamos ver o do Jonnhy deep
Eu prefiro a legenda, a técnica russa de dublar e deixar a voz original, como em Gibel Otrara tenho vontade de deixar mudo, essa sim acho que a precisa ter muita concentração. Mesmo dobragens em animações eu gosto, por exemplo tirando nas falas do gênio em Aladin, eu prefiro como vou deixar abaixo exemplo de cada um:
No meu caso, a legenda ajuda muito, José Miguel, nem sou uma raridade por que existe grupos de legenders brasileiros são muito ativos, mesmo a gurizada, são eles que deixam as portas das produções asiáticas, animes, por que quase não passa, eles fazem a tradução e muito boa, opção existe e tem gente que faz para outros de graça, mas a tendência é a dobragem crescer ainda mais aka.
E mesmos nas dobragens bem feitas, começaram a usar voz de famosos que muitas vezes não batem com o personagem, mas o cara é humorista, apresentador, cantor, o que é uma pena por que diminui os bancos de vozes, por que a pessoa sabe que o filé da profissão outro será escolhido e não é um critério de mérito, e sim de fama.
As razões da preferência não é nem ideológica, também, cansei de ouvir não assisto filme asiático dá dor de cabeça eles falando (as pessoas não citam mas vale para qualquer língua sem ser o inglês), eu levo na brincadeira, por que aparece aquela frase contra o colonialismo americano no país, depois quando todos resolvem assistir um filminho, saia aquela frase: vamos ver o do Jonnhy deep

Eu prefiro a legenda, a técnica russa de dublar e deixar a voz original, como em Gibel Otrara tenho vontade de deixar mudo, essa sim acho que a precisa ter muita concentração. Mesmo dobragens em animações eu gosto, por exemplo tirando nas falas do gênio em Aladin, eu prefiro como vou deixar abaixo exemplo de cada um:
No meu caso, a legenda ajuda muito, José Miguel, nem sou uma raridade por que existe grupos de legenders brasileiros são muito ativos, mesmo a gurizada, são eles que deixam as portas das produções asiáticas, animes, por que quase não passa, eles fazem a tradução e muito boa, opção existe e tem gente que faz para outros de graça, mas a tendência é a dobragem crescer ainda mais aka.