Ghost in the Shell (2017) - Rupert Sanders

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drakes
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Re: Ghost in the Shell (2017) - Rupert Sanders

Post by drakes »

Samwise wrote: April 9th, 2017, 11:31 am Nesta última semana consegui ver um filme e meio (porque ainda não terminei): o Ghost in the Shell original, de 1995, para recordar, e o Ghost in the Shell 2 - Innocence, 2004, que ainda não tinha visto.

9 para o primeiro - é muito bom, e é pena que seja tão curto e tão superficial na exploração dos temas sobre as fronteiras entre a vida orgânica e a vida artifical (lança uma série de ideias para o ar e não tenta depois seguir esses fios), e 8 para o segundo, pelo menos até à parte em que fiquei. O segundo tem menos ação e é tremendamente filosófico. A Batou parece uma máquina de debitar citações de personalidades históricas que de alguma forma se dedicaram à temática da existência e daquilo que caracteriza a centelha de vida.
Também revi, mas a "remasterização " de 2008, e Ghost in the Shell 2 - Innocence, eu achei o primeiro olhando hoje uma animação que podia explorar melhor o universo, e não gostei do vilão, o mestre dos fantoches. O segundo tem um momento de invasão da casa, que achei cansativo, e o final ficou meio no ar.

Comecei a ver a série Ghost in the Shell: Stand Alone Complex = a segunda temporada (pulei a primeira) que parece que usam partes do roteiro do filme, tem questões atuais como a questão de refugiados, nacionalismo, terrorismo (homens bomba inclusive), governo de coalizão, corrupção, órgãos brigando entre si, tudo ligado a uma conspiração, claro que não é uma "tese sociológica" sobre o tema, mas tem o que se pensar.
PanterA
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Re: Ghost in the Shell (2017) - Rupert Sanders

Post by PanterA »

Ás vezes são este tipo de produções que irritam, não por serem más no seu todo mas sim porque nunca conseguem tirar o máximo de proveito delas. Ou seja, conseguem criar um ambiente brutal praticamente fidedigno e cheio de pequenas referência, efeitos sonoros psicadélicos, efeitos práticos que falam por si mesmo no CGI falharem um pouco, uma banda sonora à altura e um casting além de não estar deslumbrante (culpa do pouco desenvolvimento destes) cumpre bem. Pessoalmente até gostei da Scarlett. Ás vezes um pouco abusado no acting de não mostrar emoções que cai um pouco no exagero de repetir o que ela fez brilhantemente no Under the Skin.

Mas resumindo, conseguem na parte técnica ter cabeça e engenho para sacarem isto tudo, mas chega-se à historia e diálogos e espalham-se ao cumprido. São bons para uma coisa, e para outra no máximo conseguem fazer algo razoável. Além de o filme me ter agarrado e ter gostado q.b, sente-se claramente ali o pincel de alguém que soubesse trabalhar toda a desconstrução do man vs machine e as suas complexidades. Foi tudo muito superficial, e isto quando o era.
Cenas tipo estas nunca existiram.



6.5/10
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