PanterA wrote: ↑February 21st, 2017, 7:32 am
Boa surpresa. Pensei que iam entrar por um feminismo desenfreado com aquelas típicas mensagens em forma de critica que hoje em dia está em quase tudo, mas acabou por ser o aposto. Começa logo pelo ambiente criado, principalmente com os simbolismos da época (fins de anos 70) e dando bastante destaque, para o meu espanto, à música punk/post-hardcore e o impacto que teve. Mas o argumento, sem entrar em facilitismos ou clichés do género, juntamente com as suas personagens minimamente complexas, conseguem criar ali um circulo de 5 pessoas, cada uma mais interessante que a outra, com os seus problemas e defeitos. Isto tudo referido em harmonia e temos um belo serão de 2h.
8/10
Assino por baixo o que o PanterA novamente diz desta vez.Mas a matéria prima deste filme merece muito mais argumentação porque,para mim merece E MUITO MESMO!!!
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Esta história parece ter sido contada por uma avó inteligente.Numa frase sucinta é isto que me apetece dizer.
Vi-o à pouco tempo na box sugerido por um amigo cinéfilo, dizendo-me que para ele era uma obra prima.Apesar de não concordar com ele na designação de obra-prima é uma história tão sensacional que merece mais desenvolvimentos.
No final de década de 70 uma Mãe e o seu filho e mais duas mulheres de diferentes idades relacionam-se entre si partilhando a vida e sonhos sempre a olhar para como será o futuro delas.
Mike Mills já no anterior filme revelava-se um autor hábil e consistente contador de histórias reveladores do amâgo do comportamento humano.Agora neste "Mulheres do Século XX" aborda o passar do tempo e nas escolhas que as pessoas fazem e que podem e devem mudar as nossas vidas.Mills faz isso de uma forma a roçar o brilhante, servido de notáveis desempenhos como Bening,Fenning e Crudup que fazem retratos fabulosos nesta obra a roçar o fascinante. É um filme não linear, não é panfletário nem reinvidicativo é um filme de como o sonho deve comandar a vida mas não nunca da forma absoluta e cega.As nossas escolhas, as virtudes,os defeitos, as qualidades fazem tudo parte de um todo.É um filme dócil e com enorme bonomia e com TANTO,TANTO para sentir e degustar que não é fácil colocar em poucas palavras.Mills revela-se um autor de futuro no panorama de Hollywood oxalá o deixem.O mal deste filme é que é demasiado complexo na forma como o que conta,não conseguindo ser assim do que conta esse é talvez o grande mal dele.Se durasse mais um tempo e se não fosse tão NÃO-LINEAR como é,seria uma obra prima mas como está é um filme estupendo e quase mágico.Uma magia cheia de amor e sensatez porque essa é que é magia deste filme tem para oferecer ao espetador.
Urge ver este filme sem reservas.
Nota:8 em 10