An African American father struggles with race relations in the United States while trying to raise his family in the 1950s and coming to terms with the events of his life.
Notas:
- É o primeiro trailer,
- O filme ainda se encontra em pós-produção,
- Denzel Washington e Viola Davis ganharam em 2010 o prêmio Tony (teatro) pelos mesmos papéis.
Fences, novo filme dirigido e estrelado por Denzel Washington, que tem Viola Davis como sua principal parceira de cena, vai ter a atriz na corrida para os prêmios voltados ao cinema, como Oscar e SAG Awards – mas na campanha para a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, segundo The Playlist.
Originalmente, acreditava-se Davis iria concorrer para uma vaga na categoria de Melhor Atriz, mudando o panorama para a concorrência da época de prêmios, que deve incluir Natalie Portman (Jackie), Emma Stone (La La Land), Ruth Negga (Loving), Amy Adams (A Chegada, Animais Noturnos), Meryl Streep (Florence – Quem é Essa Mulher) e Marion Cotillard (Aliados).
E para variar, mas só mesmo para variar, mais outro filme com o mesmo tema (preconceito racial), neste caso a servir de bases para algo que me deixou com mixed feelings. Foi q.b, mas ao mesmo tempo sentia-se ali um certo arrasto na situações, por vezes drama over the top, mas onde o diálogo foi certamente a sua arma mais forte.
No momento até fiquei minimamente agradado com o filme, já no dia seguinte, quando se está em modo de reflexão e pensasse no que se viu, já não ficou cá grande coisa. Ficou sim foi foi a grande prestação do Denzel (como a óptima realização a condizer), que sempre que a entrava a Viola com aqueles choros desmesurados e metidos ali a pressão estragava-lhe as cenas.
O texto é fantástico e adaptação para cinema está muito bem conseguida, e já seria suficiente para me agarrar durante os 139 minutos, que nem dei por eles a passar! Em termos de representação é o melhor filme do ano, com desempenhos para Óscar do Denzel Washington, que brilha também na realização, e da Viola Davis, com dois secundários de nível, Stephen Henderson e Mykelti Williamson.
Vi-o à uma semana e ainda estou a pensar nele .
Muito,muito bom no global .
São duas horas e meia que passam a correr o que denota bem que o filme foi muito bem trabalhado.
É fabulosamente escrito e dialogado,na prática é isso mesmo que apetece dizer mas nunca chega só dizer isso.
"Lincoln" também era um filme magistral nos desempenhos mas é um mau filme mas "Vedações" tem um sumo narrativo exemplar. É baseado numa peça teatral mas da maneira que Denzel Washington o trabalha é cinema de primeira qualidade como é prazer ver.É sobre a condição racial na década de 50 mas bem podia ser o mesmo nesta década que vivemos.Parece que não se mudou muito desde essa altura.Washington e Viola Davis e a química que eles têm é verdadeiramente exemplar.Nesse aspeto roçam a perfeição e mesmo os secundários estão em nível elevado. O filme na prática é filmado num só sitio e em nenhum momento se fica enfadado porque tudo que as personagens dizem às outras é que é o verdadeiro EFEITO ESPECIAL do filme.Esse é que é o mérito de Denzel Washington e é um mérito incrível de ser visto. De certa maneira este filme parece-me o "Lincoln" deste ano só que um é MAU em termos narrativos porque é ATROZMENTE ACADÉMICO E BEM COMPORTADO até dizer chega e é mau porque Spielberg escolheu uma forma IMPESSOAL E NEUTRA do contar a história sobre a abolição da escravatura,neste "Vedações" para mim dá uma grande estalada cinematográfica sobre A CONDIÇÃO NEGRA na década de 50 aos olhos atuais. É pena que um filme deste género tenha tão poucos posts de análise.Se há filme que merece muitos posts este é um deles.
Um filme verdadeiramente sensacional e amplamente recomendável.
Nota:8 em 10
Fiquei absorvido de tal forma que nem dei pelo tempo passar! Qualquer pessoa, de uma forma ou de outra, poderá identificar-se com o mais breve instante que se passe neste filme. A depuração narrativa é de tal ordem que todas as personagens têm espessura dramática, até no mais discreto dos movimentos. Tudo é verdade, todos importam…
É um microcosmos familiar, de todas as convulsões íntimas e afectivas, enquadrado por uma conjuntura social subtilíssima. Mais até do que um tratado sobre a condição racial naquela década - que está lá, é certo - penso que o filme se debruça sobre as ramificações psicológicas da vida interior; as "vedações" enquanto metáfora para as cercas que construímos à nossa volta, por vezes isolando-nos e afastando-nos cada vez mais dos que estão junto de nós e, talvez, de nós mesmos.
Denzel Washington e Viola Davis são prodigiosos de sensibilidade; contraditórios, complexos e fascinantes. Mas, na verdade, todo o elenco é excepcional (li que muitos dos actores transitaram dos seus papéis no palco para o filme). Em suma, um verdadeiro objecto de cinema que não esconde as suas raízes teatrais, antes as exponencia para atingir todos e quaisquer efeitos dramatúrgicos.