The Neon Demon (2016)

[drakes]

Título Original: The Neon Demon
Ano: 2016
Dirigido: Nicolas Winding Refn
Gênero: Terror Thriller

Sinopse
A história se passa em Los Angeles e foca em Jesse, uma aspirante a modelo que tem sua juventude e vitalidade devoradas por um grupo de jovens maníacas obcecadas com beleza.


Trailer

[waltsouza]

Já tinha visto o trailer, e era para meter o filme por aqui ainda hoje, poupaste-me trabalho.

Editado: Dificuldades com o poster drakes?

[drakes]

Já tinha visto o trailer, e era para meter o filme por aqui ainda hoje, poupaste-me trabalho.

Editado: Dificuldades com o poster drakes?

Encontrei só esse, se viste um melhor pode editar...em dois sites travaram no anti-vírus do computador que estava usando...
uma pergunta o trailer saiu hoje, não?

[waltsouza]

Encontrei só esse, se viste um melhor pode editar...em dois sites travaram no anti-vírus do computador que estava usando...
uma pergunta o trailer saiu hoje, não?

Saiu pelo menos há 2 dias.

Editado: Editei o poster .Não sei se era este mas presumo que sim, não existe grande escolha no "Google Imagens".

[waltsouza]

'The Neon Demon' First Reviews: Five-Star Raves and Qualified Praise from Cannes

http://www.indiewire.com/article/first- ... s-20160519

[drakes]

Bem, eu pensava o filme de outra forma pelas imagens, mas não, esteticamente o filme é lindo, mas a história falta algo e Elle Fanning, no papel principal, não me convenceu, o ponto alto do filme para mim é Jena Malone (Ruby).

Entra nas minhas decepções do ano de filmes que acreditava que gostaria junto com: Ave, César!, Whiskey Tango Foxtrot, The Cell (2000), Money Monster, Macbeth (2015), Shingeki no kyojin endo obu za wârudo (2015), Cien años de perdón e Shisha no teikoku (2015).

[nimzabo]

Pois...
É um filme bizarro, mais uma vez de sentido e gostos duvidosos...
Esteticamente lindo também não diria...
É visualmente ousado e muito cuidado, muito bling, mas também aí acho que nem tudo resulta muito bem. Tal como a parte sonora que é estranha.
O forte do filme será talvez esse aspeto visual mas mesmo aí já tenho visto melhor e de algumas partes em concreto não gostei muito.
Há algumas maquilhagens espetaculares mas estava á espera de mais pinturas fluorescentes, daquelas que brilham com luz negra (tipo do filme 'paraísos artificiais' ).

A história, se é que há história, é macabra, assim a atirar para o surreal.
Anda à volta do efémero da beleza, da desgraça que pode trazer e da inveja (etc.) que suscita ...
Gostos não se discutem e acredito que haja gente que veja e que goste.
Eu, tal como o drakes, nem por isso.
É um filme estranho.
https://www.rottentomatoes.com/m/the_neon_demon

Do realizador, Nicolas Winding Refn , vi recentemente os dois 1ºs Pusher e já tinha visto também o Drive.
Pela minha avaliação desses filmes e agora deste e tendo em conta a altura em que foram feitos parece que é sempre a piorar.

[PanterA]

Percebesse perfeitamente como é que o filme divide opiniões, visto é bastante fácil ir de 8 ao 80.

Mesmo achando tal como o Drive que podiam dar muito mais, este aqui, do mesmo realizador, já me entrou bastante melhor. Tem a sua grande componente estética num estilo muito peculiar, onde a cor juntamente com os planos abertos e cheios de profundidade e beleza dá-lhe vida, e claro uma sonoridade psicadélica que faz a diferença e encaixa perfeitamente naquela narrativa e visuais estranhos.

A história em si, como disse em cima, podia dar mais pano para mangas contudo não deixa de ter as suas temáticas bem apresentadas. Já vimos muito filmes do género sobre o outro lado da elite da moda, mas este aqui dá-lhe certamente um toque especial. O tal ensaio sobre a beleza e os seus esforços, a (des)construção da imagem perfeita, passando pelas alucinantes aventuras do corpo ideal acabando num bizarro serão de cenas over-the-top mas que serve perfeitamente para perceber e exemplificar que muitos fazem o que for preciso para chegar ali.

Talvez pudesse esperar um pouco mais dele, admito, mas não deixou de ser um belíssimo filme.

7.5/10

[Cabeças]

Estava com bastante curiosidade relativamente a este filme, sobretudo por ter lido algumas comparações com o Mulholand Drive. Posso dizer-vos que este foi um filme que me chocou bastante.

Esteticamente muito belo, sem dúvida. A Elle Fanning foi um casting perfeito para o papel. Poderia ter sido também a Nicole Kidman com a mesma idade que a Elle tem agora, na minha opinião.

Para mim sobretudo ficou bem patente a linha ténue que separa a Beleza (enquanto Bem, Inocência) da Fealdade (enquanto Mal, Perversão), e de que modo as pessoas são corrompidas facilmente pelo dinheiro e pela necessidade de "fama", algo que para mim sempre foi, confesso-vos, muito estranho.

O filme é uma autêntica espiral descendente, que começa na esperança, beleza, ingenuidade, e vai descendo para a perversão, a maldade, a inveja insana. Na parte final o filme para mim quase chega a ser escatológico. O quadro oferecido é quase insuportável. E triste.

A parte do puma para mim foi um dos pontos altos. Um momento de inspiração, sem dúvida.

Gostei do filme, sinceramente. Mas é um filme que a partir do meio me custou a continuar a ver. Como já referi algumas vezes, o Cinema para mim é um escape para me sentir bem. Há filmes que são fantásticos, mas que me fazem sentir mal. Tendo a evitá-los, mesmo gostando de os ter.

Este é um filme que obviamente merecia uma edição em bluray. Gostava de perceber a lógica que preside ao facto das edições saírem cá em bluray ou apenas em dvd. A edição nacional é do mais pobre que há, nada de extras, e uma imagem que mesmo para dvd não achei nada de especial. Alguém reparou no círculo opaco que fica no rosto da Elle Fanning quando faz a prova fotográfica e depois quando sai, cá fora? Parece-me um erro técnico grave.

Sim, há uns pontos de contacto entre este filme e o Mulholand Drive, mas o filme do David Lynch para mim é uma obra-prima. O Neon Demon é um filme que achei sinceramente bonito esteticamente, com uns simbolismos interessantes, mas na minha opinião está a anos-luz do Mulholand Drive.

[Ludovico]

O cineasta Dinamarquês Nicolas Redne é um realizador da nova geração que muita gente adora por desenhar e arquitetar as suas histórias de uma maneira anti-explosiva serena e pausada. Ele pretende dar às suas histórias uma carga de dramatismo contido em “Só Deus Perdoa” mas, antes desse, houve o seu aposto em ”Drive” onde o seu excessivo e abundante de violência gráfica e desnecessária/gratuita redondou num filme estéril e sem conteúdo,a meu ver.
Eu sei que há imensos amantes deste dinamarquês mas parece-me a mim que as marcas de autor dele são um verdadeiro disfarce da sua incapacidade narrativa de mostrar a sua alma cinematográfica. Assim sendo, a violência estranha e descabida de “Drive” e a sua gélida narrativa de “Só Deus Perdoa” a meu ver são ideias dissimuladas que encobrem o vazio de ideias reais que ele mostra aos seus espectadores de cinema. Neste “O Demónio de Neon” resolve desta vez refletir no obsessivo mundo da moda e as suas rivalidades que esse mundo transparece e domina.
A ideia é muito boa na sua génese e premissa porque há poucos que retratem esse mundo com acutilância e arrojo. Mas, neste caso concreto Refn opta por ir numa direcção excessivamente abstrata e vazia apontando erradamente quanto a mim à abstração cinematográfica a contar a história. É verdade que é bem interpretado por Elle Fenning e é tecnicamente conseguido mas o resto é de tal maneira divagante e ilógico no quer contar que a sensação de enfado é a maior parte das vezes evidenciada por mim ao ver o filme.O filme quer retratar a ganancia e o sonho da beleza perfeita e de como isso pode destruir a vida pessoal e profissional da vida das jovens que querem singrar no mundo da moda. Esse é o objectivo de Refn mas ele não consegue fazer eficaz nem consistentemente. Vai na onda auto-importante e pretensiosa de mostrar e misturar terror físico e psicológico como fim em si mesmo e não como meio.Não resiste em mostrar imagens desordenadas e ilógicas para fazer a ideia que “sou um grande autor moderno” ou um autor “Como deve ser”.Pois bem, da maneira que realiza este filme torna esse objetivo FALHADO.Tinha que ser mais objectivo no conteúdo e mais inspirado na forma.Mostra-se demasiado artístico e encadeia o filme num registo que ninguém pode decifrar.
Assim sendo, no global tudo pesado origina um filme frouxo e sem sentido.
A mim a nota é: 5 em 10.

[nimzabo]

Do mesmo realizador, prefiro os Pusher a qualquer um desses que já viste, em especial o 1º e o 3º.
O 1º é o melhor mas os outros também são bons.

[Gaspar Garção]

Aqui ainda ninguém referiu, acho, o Vahalla Rising, grande filme.

Mas apanhei uma tal desilusão com o Só Deus Perdoa, que nem me dei ao trabalho de ver este...

[José]

Muita aposta formal para um conteúdo simplista, carregado de clichés. É verdade que o filme em termos plásticos é belíssimo, mas tem um fiapo de história por detrás e nem sequer tem um ritmo oleado para disfarçar a coisa; é que não acrescenta mesmo nada de novo. Depois, acho também que o realizador atinge aqui um ponto de auto-indulgência e pretensiosismo que chega a ser embaraçoso. Pacote bonito e sedutor, mas com um conteúdo que já passou largamente o prazo de validade. Fica mesmo a fotografia e a entrega de Fanning.

[Samwise]

Por acaso não achei este caso "tão péssimo" como algumas obras anteriores do Refn (sorry, Gaspar, mas o Vahalla Rising foi mesmo intragável para a minha pobre sensibilidade artística), com a ressalva de que ainda não vi os filmes iniciais dele, saga Pusher incluído.

Não achei um filme vazio nem muito deslocado da ideia que faço de um certo mundo da moda onde só não há canibalismo porque os corpos desapareceriam... No filme essa ideia é levada num sentido mais literal, digamos, pelo meio de um debate mais ou menos recalcado sobre o sentido da beleza.

O que não gostei neste filme foi dos planos "metafísicos" e algo abstractos, esses sim ancorados em ideias herméticamente distantes originadas na mente do Refn e que não traduzem nada de minimamente significativo para a narrativa. Sempre tive bastante dificuldade em interpretar cenas abstractas quando estas se afastam demasiado da minha noção do real - e no filme surgem uns quantos devaneios desses...

Mas foi o filme que de longe gostei mais dele, coisa aí para um 7/10. E a Fanning está realmente fantástica na sua entrega.