Já vi este filme o ano passado, no festival MoteLX, e apesar de ter gostado bastante, as notas que por aí aparecem a meu ver estão um bocadinho exageradas, sobretudo a nota do Rottentomatoes. Mas é um bom filme, tem bons momentos de suspense e tensão. Estreia na próxima 6ª feira (dia 15) nos E.U.A
Bom. É um thriller bad-ass com valores de produção que parecem indie, e que não deixa os créditos em mãos alheias. A violência é requintada, realista, e por vezes bastante surpreendente na soluções que apresenta, mas dá a ideia de que o objectivo era mesmo filmar a violência apenas pela violência. Diria que é o shocker do ano - um murder-fest que pega numa situação provavelmente possível e filma um "dia de azar" para os protagonistas. Em termos de sumo, não há muito mais a espremer desta laranja. O filme anterior do Saulnier, o Blue Ruin, está uns furos acima deste, mas aí as intenções eram outras. 7/10
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
O filme tem uma mecânica interessante. Consegue surpreender com uma reviravolta em relação ao espaço da acção que não contava (ia a zeros para ele), o rumo que isto segue tem a sua harmonia juntamente com a violência bastante bem conseguida, mas depois acho que se perde um pouco. A historia até é interessante, com aquele background minimamente bem construido, mas faltou-lhe "algo" para ser tornar maior.
Não vi o Blue Ruin, apesar das boas referências que deram do filme. E peguei neste Green Room assim do nada, porque não tinha lá grande coisa p'ra ver. Está aqui um bom thriller bad ass, como alguém escreveu. Um filme que não pretende ser muito mais do que simplesmente um exercício de estilo, função que cumpre na perfeição, principalmente devido à realização crua, mas não excessivamente gráfica; ao facto de não se ter mitificado o personagem do Patrick Stewart - era um vilão forte, mas não precisou que nos espetassem isso na cara; e à interpretação do Anton Yelchin, um brilhante actor que nunca mais perdi de vista desde o Hearts in Atlantis e que nos deixou recentemente e em grande, neste Green Room.
Um filme que vale bem a pena, mesmo sem ser daqueles definitivos.
Como não sabia o que esperar, a intensidade e violência surpreenderam-me e não me deixaram pregar olho, apesar de o ter visto a horas bem tardias...
Concordo com aqueles que dizem que podia ter havido uma maior caracterização inicial das personagens de forma a que conseguíssemos identificá-las um pouco melhor, mas isso não retirou impacto à sorte que lhes foi sendo reservada. Acho até que poderá ter sido intencional, já que nenhum dos personagens beneficiou do foco que muitas vezes um realizador lhes dá para evidenciar certas características da sua personalidade. Nem mesmo as que assumem um papel de vilão. Tal contribuiu para dar um tom mais credível a tudo o que vivenciamos.
Gostei especialmente do tom indie e da forma como as situações de suspense foram filmadas, sem abusar dos habituais clichês do género.
Para mim, como thriller, vale 9/10 (muito bom)
Walk on the Sun! Dream on the Dark Side of the Moon!