Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Moderators: waltsouza, mansildv
- waltsouza
- Moderador
- Posts: 3698
- Joined: March 19th, 2005, 8:26 am
- Location: Sobreda, Terra dos cães e dos gatos
- Contact:
Steve Jobs (2015) - Danny Boyle

The true story of the life of visionary Apple CEO Steve Jobs.
http://www.imdb.com/title/tt2080374/?ref_=nv_sr_1
https://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Jobs_(2015_film)
TRAILER
TRAILER 2
Estreia a 23 de Outubro nos E.U.A
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Uma pequena, grande, desilusão. Mais ainda pelos intervenientes envolvidos, neste caso o do Sorkin e pelo brilhante trabalho no Social Network que cada frame era um vicio tremendo para saber o que vinha a seguir. E a maneira que encontro neste momento para caracterizar o filme é que nem foi carne nem foi peixe. Foi basicamente uma salada russa que nunca se sabia muito bem o que se estava a comer.
Deram-nos a vida pessoal como a vida tecnológica do Jobs, mas nenhum dos 2 lados conseguiu ser minimamente bom ou neste caso interessante o suficiente. O da sua vida pessoal teve demasiado melodrama esmiuçado e a cenas emotivas caídas do céu como as da Kate por exemplo, quase que se tivessem a apelar à audiência não se sabe bem o quê. Já o tecnológico, quem não conhecia aquele mundo, acho que ficou a saber o mesmo apenas com meia dúzia de detalhes a mais. Sempre pensei que não saltassem os anos tão rapidamente e entre eles fossem mais explicativos de como, e em alguns casos, as invenções do Jobs mudaram a tecnologia daquela área. Serviram-nos as entradas mas o almoço e o resto ficou de fora (tenho mesmo que parar com as analogias a comida, porque já se está a tornar estranho :D). Aliás, eu cheguei ao final do filme e disse mesmo: "Já acabou? Era só isto? Ok então." Mas pronto, além de ter mais defeitos que virtudes, ainda se viu minimamente bem e é sempre bom rever um pouco desta história.
No resto, não houve assim nada por ai além por assinalar. Apenas de realçar se o Fassbender merecia ser nomeado era certamente pelo seu papelão no Macbeth que neste aqui. Além de ter estado bem, não esteve tão bem como ali.
7/10
Deram-nos a vida pessoal como a vida tecnológica do Jobs, mas nenhum dos 2 lados conseguiu ser minimamente bom ou neste caso interessante o suficiente. O da sua vida pessoal teve demasiado melodrama esmiuçado e a cenas emotivas caídas do céu como as da Kate por exemplo, quase que se tivessem a apelar à audiência não se sabe bem o quê. Já o tecnológico, quem não conhecia aquele mundo, acho que ficou a saber o mesmo apenas com meia dúzia de detalhes a mais. Sempre pensei que não saltassem os anos tão rapidamente e entre eles fossem mais explicativos de como, e em alguns casos, as invenções do Jobs mudaram a tecnologia daquela área. Serviram-nos as entradas mas o almoço e o resto ficou de fora (tenho mesmo que parar com as analogias a comida, porque já se está a tornar estranho :D). Aliás, eu cheguei ao final do filme e disse mesmo: "Já acabou? Era só isto? Ok então." Mas pronto, além de ter mais defeitos que virtudes, ainda se viu minimamente bem e é sempre bom rever um pouco desta história.
No resto, não houve assim nada por ai além por assinalar. Apenas de realçar se o Fassbender merecia ser nomeado era certamente pelo seu papelão no Macbeth que neste aqui. Além de ter estado bem, não esteve tão bem como ali.
7/10
- DarkPhoenix
- DVD Maníaco
- Posts: 4022
- Joined: February 13th, 2004, 2:58 pm
- Location: Norte
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Não aprecio biopics, nem gosto do Steve Jobs.
Mesmo assim, dei uma chance a este filme, principalmente para avaliar o trabalho do (nomeado para os Oscars) Michael Fassbender.
Não fiquei nada convencido, confesso até que gostei mais dos desempenhos da Kate Winslet e do Jeff Daniels, para não dizer de todo o restante elenco!
Monocórdico e ausente, este trabalho de Fassbender não difere o suficiente do que nos tem trazido ultimamente, e quando um actor se começa a repetir a si próprio, a interpretar-se a si próprio, isso para mim é um problema.
Quanto ao resto do filme, gostei da estrutura em três actos, da forma como caracterizaram o Steve Jobs através dos minutos que antecederam 3 dos lançamentos de produtos mais importantes da sua carreira.
Por outro lado, esperava uma biografia mais convencional, com mais alguma informação.
Infelizmente, apesar de terem variado o rótulo, a essência continua a mesma e ficamos "a saber" que o sr.Jobs era um imbecil -mas um imbecil com coração! - como é habitual neste tipo de lamechices.
Gostei da recriação das várias décadas, da banda sonora.
5/10
Mesmo assim, dei uma chance a este filme, principalmente para avaliar o trabalho do (nomeado para os Oscars) Michael Fassbender.
Não fiquei nada convencido, confesso até que gostei mais dos desempenhos da Kate Winslet e do Jeff Daniels, para não dizer de todo o restante elenco!
Monocórdico e ausente, este trabalho de Fassbender não difere o suficiente do que nos tem trazido ultimamente, e quando um actor se começa a repetir a si próprio, a interpretar-se a si próprio, isso para mim é um problema.
Quanto ao resto do filme, gostei da estrutura em três actos, da forma como caracterizaram o Steve Jobs através dos minutos que antecederam 3 dos lançamentos de produtos mais importantes da sua carreira.
Por outro lado, esperava uma biografia mais convencional, com mais alguma informação.
Infelizmente, apesar de terem variado o rótulo, a essência continua a mesma e ficamos "a saber" que o sr.Jobs era um imbecil -mas um imbecil com coração! - como é habitual neste tipo de lamechices.
Gostei da recriação das várias décadas, da banda sonora.
5/10
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Dos filmes recentes que vi recentemente (parece um pleonasmo, mas não é), nos últimos dois ou três meses, este foi o que me encheu mais as medidas, e aquele que recordo com mais intensidade.
Não me revejo em quase nada das duas opiniões acima partilhadas - foi um filme que me maravilhou por completo, e que considero ter ficado a um pequeno passo da genialidade. Tudo me agradou: argumento, realização (dinâmica, com uma milimetria espacial particularmente imponente, e visualmente cativante), interpretações (com o Fassbender à cabeça, num trabalho diria de "underacting") e trabalho de edição e "efeitos visuais" (que também marcam a sua presença de forma categórica, apesar do filme aparentemente não se prestar a isso).
Vou escrever mais sobre o filme, mas primeiro quero vê-lo uma segunda vez.
Vi-o há umas semanas atrás, e a nota por enquanto é um 9/10.
Não me revejo em quase nada das duas opiniões acima partilhadas - foi um filme que me maravilhou por completo, e que considero ter ficado a um pequeno passo da genialidade. Tudo me agradou: argumento, realização (dinâmica, com uma milimetria espacial particularmente imponente, e visualmente cativante), interpretações (com o Fassbender à cabeça, num trabalho diria de "underacting") e trabalho de edição e "efeitos visuais" (que também marcam a sua presença de forma categórica, apesar do filme aparentemente não se prestar a isso).
Vou escrever mais sobre o filme, mas primeiro quero vê-lo uma segunda vez.
Vi-o há umas semanas atrás, e a nota por enquanto é um 9/10.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Ainda não fiz a segunda incursão, mas ocorre-me falar da excelente interligação e adequação que há neste filme entre os vários "departamentos".
É sabido que os argumentos do Sorkin têm como característica nevrálgica central os diálogos em ritmo rápido, apresentando interlocutores em situações de confronto ideológico/emocional, e com uma articulação argumentativa de elaboração acima da media. São discursos e tomadas de posição impositivas, proferidos por pessoas de raciocínio rápido, que avaliam analiticamente os contextos com facilidade, pesam as alternativas, e respondem em conformidade. Portanto, o primeiro nível de adequação que me parece evidente no filme ocorre entre este tipo de abordagem e as personagens que são retratadas. Tal como sucedia no The Social Network, o Sorkin teu ao seu dispor o tipo de personalidades/personagens históricas, e o tipo de contextos de socialização, em que os seus diálogos podem assentar sem soarem a falso, e sem estarem em dissonância com as características de tais personagens nem com as exigências dos momentos em que são proferidos.
Ponto dois, e segundo nível de adequação: a realização do Boyle face a um argumento/guião deste género, com muito incidência nos diálogos, e com personagens fortes e inteligentes para os proferir - como filmar isto na prática?, como tornar apetecível e empolgante esta forma intensa, e intensiva, de comunicação e (anti-)socialização? Como filmar a dinâmica dos diálogos de forma também ela dinâmica? Partindo pelo lado oposto, a forma mais básica de fazer isto seria fixar uma câmara a focar um plano, e filmar sequencialmente um diálogo sem mexer em mais nada. Quando este estivesse concluído, passar a outro plano fico, e a outro diálogo, e assim sucessivamente. Uma abordagem próxima do nosso ponto de vista (que é apenas um só) numa experiência de teatro. O que o Boyle faz neste filme aproxima-se do exacto contrário disto. Toda a coordenação espacial das personagens, do ponto de vista das câmaras e planos, das suas (câmaras e personagens) movimentações pelo cenário, bem como dos tempos milimétricos de justaposição e sequenciação nas interacção, obedecem uma dinâmica "enfurecida", aparentemente caótica, mas ao mesmo tempo rigorosa (algo que é uma característica identificável no seu cinema), e assenta que nem uma luva nos diálogos que tem para filmar. Em cima disto, o trabalho de edição posterior em estúdio, o "corte" e montagem dos planos, e os efeitos visuais subtis que foram acrescentados aqui e ali, fornecem as camadas adicionais de virtuosismo que "preenche as folgas", e dá um sentido artístico ao filme que, mais uma vez, está em sintonia com o mundo tecnológico que lhe serve de contexto. Do ponto de vista estritamente técnico, o filme é um portentoso delírio cinematográfico - um delírio a que limaram profissionalmente os excessos, mas que permanece acima de qualquer abordagem tarefeira ou simplista.
Terceiro nível de adequação: os actores face às personagens que estão a interpretar. Houve um filme recente, feito a propósito do Steve Jobs. Nele, a personagem principal era interpretada com bastante acerto e vigor (sublinhar "vigor") por Ashton Kutcher, alguém com uma fisionomia incrivelmente semelhante ao do Jobs real. Não custava muito nesse filme percorrer a ponte que nos faz "passar para lado de lá", e acreditar naquela interpretação tornando-a real, esquecendo que é uma encenação. Confesso que neste filme mais recente, a questão é mais bicuda, porque Michael Fassbender não tem qualquer semelhança fisionómica ou facial com o Steve Jobs. Creio contudo que a nossa resistência à crença se dissolve ao fim de alguns minutos de fita (pelo menos foi o que sucedeu comigo). A abordagem de Fassbender é totalmente diferente da de Kutcher. Em vez de se focar na forte gesticulação (esforçando-se por imitar ao máximo o Jobs real) e na força corporal com que transmite as ideias, Fassbender prefere a subtileza, e apoia-se na lógica intrínseca dos diálogos, para não ter de "falar alto". Paralelamente, a sua postura física é de uma contenção notável, porque ao mesmo tempo que consegue não estar praticamente nenhum momento parado, os gestos e as movimentos que exibe não são de todo as que esperaríamos mais normais ou naturais. Para quem se interessar por estas coisas, creio que é revigorante observar à minúcia esta interpretação. Em relação aos restantes actores e actrizes, parecem-me todos muito adequados para os papéis, capazes de lhes insuflar personalidades autónomas de forma credível, com notas altas em particular para as interpretações de Kate Winslet e Seth Rogen.
É sabido que os argumentos do Sorkin têm como característica nevrálgica central os diálogos em ritmo rápido, apresentando interlocutores em situações de confronto ideológico/emocional, e com uma articulação argumentativa de elaboração acima da media. São discursos e tomadas de posição impositivas, proferidos por pessoas de raciocínio rápido, que avaliam analiticamente os contextos com facilidade, pesam as alternativas, e respondem em conformidade. Portanto, o primeiro nível de adequação que me parece evidente no filme ocorre entre este tipo de abordagem e as personagens que são retratadas. Tal como sucedia no The Social Network, o Sorkin teu ao seu dispor o tipo de personalidades/personagens históricas, e o tipo de contextos de socialização, em que os seus diálogos podem assentar sem soarem a falso, e sem estarem em dissonância com as características de tais personagens nem com as exigências dos momentos em que são proferidos.
Ponto dois, e segundo nível de adequação: a realização do Boyle face a um argumento/guião deste género, com muito incidência nos diálogos, e com personagens fortes e inteligentes para os proferir - como filmar isto na prática?, como tornar apetecível e empolgante esta forma intensa, e intensiva, de comunicação e (anti-)socialização? Como filmar a dinâmica dos diálogos de forma também ela dinâmica? Partindo pelo lado oposto, a forma mais básica de fazer isto seria fixar uma câmara a focar um plano, e filmar sequencialmente um diálogo sem mexer em mais nada. Quando este estivesse concluído, passar a outro plano fico, e a outro diálogo, e assim sucessivamente. Uma abordagem próxima do nosso ponto de vista (que é apenas um só) numa experiência de teatro. O que o Boyle faz neste filme aproxima-se do exacto contrário disto. Toda a coordenação espacial das personagens, do ponto de vista das câmaras e planos, das suas (câmaras e personagens) movimentações pelo cenário, bem como dos tempos milimétricos de justaposição e sequenciação nas interacção, obedecem uma dinâmica "enfurecida", aparentemente caótica, mas ao mesmo tempo rigorosa (algo que é uma característica identificável no seu cinema), e assenta que nem uma luva nos diálogos que tem para filmar. Em cima disto, o trabalho de edição posterior em estúdio, o "corte" e montagem dos planos, e os efeitos visuais subtis que foram acrescentados aqui e ali, fornecem as camadas adicionais de virtuosismo que "preenche as folgas", e dá um sentido artístico ao filme que, mais uma vez, está em sintonia com o mundo tecnológico que lhe serve de contexto. Do ponto de vista estritamente técnico, o filme é um portentoso delírio cinematográfico - um delírio a que limaram profissionalmente os excessos, mas que permanece acima de qualquer abordagem tarefeira ou simplista.
Terceiro nível de adequação: os actores face às personagens que estão a interpretar. Houve um filme recente, feito a propósito do Steve Jobs. Nele, a personagem principal era interpretada com bastante acerto e vigor (sublinhar "vigor") por Ashton Kutcher, alguém com uma fisionomia incrivelmente semelhante ao do Jobs real. Não custava muito nesse filme percorrer a ponte que nos faz "passar para lado de lá", e acreditar naquela interpretação tornando-a real, esquecendo que é uma encenação. Confesso que neste filme mais recente, a questão é mais bicuda, porque Michael Fassbender não tem qualquer semelhança fisionómica ou facial com o Steve Jobs. Creio contudo que a nossa resistência à crença se dissolve ao fim de alguns minutos de fita (pelo menos foi o que sucedeu comigo). A abordagem de Fassbender é totalmente diferente da de Kutcher. Em vez de se focar na forte gesticulação (esforçando-se por imitar ao máximo o Jobs real) e na força corporal com que transmite as ideias, Fassbender prefere a subtileza, e apoia-se na lógica intrínseca dos diálogos, para não ter de "falar alto". Paralelamente, a sua postura física é de uma contenção notável, porque ao mesmo tempo que consegue não estar praticamente nenhum momento parado, os gestos e as movimentos que exibe não são de todo as que esperaríamos mais normais ou naturais. Para quem se interessar por estas coisas, creio que é revigorante observar à minúcia esta interpretação. Em relação aos restantes actores e actrizes, parecem-me todos muito adequados para os papéis, capazes de lhes insuflar personalidades autónomas de forma credível, com notas altas em particular para as interpretações de Kate Winslet e Seth Rogen.
Last edited by Samwise on April 7th, 2016, 6:13 pm, edited 1 time in total.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
A abordar de seguida: a estrutura narrativa invulgar e o enquadramento emocional das personagens.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Samwise:
Os teus comentários sobre este filme são tudo aquilo que eu desejava dizer e não era capaz
.
Para mim, é o melhor filme dos novos que vi recentemente.
Estou arrependido de não ter visto em sala no ano passado,vi-o na NOS.
Para mim, é de MUITO LONGE o melhor guião feito até hoje pelo Aaron Sorkin. Ou então,o melhor guião trabalhado pelo Danny Boyle.
Os teus comentários sobre este filme são tudo aquilo que eu desejava dizer e não era capaz



Para mim, é o melhor filme dos novos que vi recentemente.
Estou arrependido de não ter visto em sala no ano passado,vi-o na NOS.
Para mim, é de MUITO LONGE o melhor guião feito até hoje pelo Aaron Sorkin. Ou então,o melhor guião trabalhado pelo Danny Boyle.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Deixo aqui uma questão: Se já não existisse o filme "Jobs" será que este tinha tomado esta direção?
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Não sei como responder a isto - não há forma de o saber. Não há forma de saber até que ponto um influenciou o outro, ou em que direcção, ou ainda se o Sorkin o viu, etc. Apenas se sabe que houve muito boa gente descontente com o primeiro, como por exemplo o Steve Wozniak. Eu não achei um mau filme de todo, mas também não fiquei impressionado.Helldr wrote:Deixo aqui uma questão: Se já não existisse o filme "Jobs" será que este tinha tomado esta direção?
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Em relação ao Boyle, considero que até agora teve nas mãos três grandes guiões: o Trainspotting (que transformou num grande filme), o Slumdog Millionaire (que transformou literalmente num cocó, e ganhou uns quantos óscares à conta disso), e este sobre o Steve Jobs. Este é o que lhe assenta e se ajusta melhor ao estilo.Ludovico wrote:Samwise:
Para mim, é de MUITO LONGE o melhor guião feito até hoje pelo Aaron Sorkin. Ou então,o melhor guião trabalhado pelo Danny Boyle.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Devo dizer que não vi muitos filmes do Danny Boyle vi alguns mas o único cócó que teve é "A Praia" esse é que é o cócó da carreira dele. Slumdog Millionaire é uma obra prima,para mim,claro e mereceu ter ganho os óscares principais.Saí da sala empolgado e arrebatado. Está ao nível de Steve Jobs, só que enquanto em "Slum" o final é repentino e um bocado tolo em Steve Jobs falta um "clique" qualquer para ser nota máxima.Samwise wrote:Em relação ao Boyle, considero que até agora teve nas mãos três grandes guiões: o Trainspotting (que transformou num grande filme), o Slumdog Millionaire (que transformou literalmente num cocó, e ganhou uns quantos óscares à conta disso), e este sobre o Steve Jobs. Este é o que lhe assenta e se ajusta melhor ao estilo.Ludovico wrote:Samwise:
Para mim, é de MUITO LONGE o melhor guião feito até hoje pelo Aaron Sorkin. Ou então,o melhor guião trabalhado pelo Danny Boyle.
São ambos filmes assombrosos

"Sempre as horas,as horas,as horas......"
- Rui Santos
- Site Admin
- Posts: 6208
- Joined: June 4th, 2001, 11:42 pm
- Location: Portugal - Lisboa / MAC
- Contact:
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Vi ontem à noite.
Como nota previa, sinalizo que adoro Steve Jobs há mais de 20 anos. E, 1998 fui a NY e por várias vezes com a minha câmera analógica fotografei a campanha do Think Different na altura de boca aberta.
Estou a ler a fotografia do Walter Isacsoon, mas estou precisamente na parte do Macintosh.
Adoro a Apple, mas tenho um extremo sentido crítico quer à Apple que ao génio intratável Steve Jobs. Não deixando de achar que o balanço ainda assim é extremamente positivo.
Agora o filme... Não estava preparado para tanto.
Que argumento genial, que forma de filmar mais pessoal, que papéis de todos os atores... Como é possível ver Steve Jobs num homem completamente diferente. Houve momentos em que me apetecia aplaudir, a posição dos braços, a forma de falar, a forma de olhar. Arrepio-me só de pensar.
O argumento extremamente bem conseguido e corajoso. Como se faz uma biografia de SJ sem falar do iPhone, do iPad e do iPod?
Excelente a opção em abordar a relação com a sua filha "rejeitada", um argumento 100% Sorkin que cansa só de ler. Excelente Kate Winslet no papel de "mulher do trabalho"
Só aponto um defeito ao filme, passei a vida a pausar o mesmo para explicar o porquê de algumas coisas que SJ disse ao longo do filme. É um filme que para quem não conheça a história da Apple passará muito ao lado. É um filme que para quem cresceu com a Apple irá adorar.
Tecnicamente irrepreensível, não irei sequer comentar, depois de ler o excelente texto do SamWise.
Edição UK com legendas Pt, extras poucos mas muito interessantes e legendados em Português.
Não vi ainda as duas pistas de comentários (Estes so com legendas ingles) mas o que vi estava muito interessante.
9/10 a roçar o 10/10. Obrigatório para quem queria ver uma biografia diferente, de alguém que quer se goste quer não, mudou o mundo.
Agora o
Como nota previa, sinalizo que adoro Steve Jobs há mais de 20 anos. E, 1998 fui a NY e por várias vezes com a minha câmera analógica fotografei a campanha do Think Different na altura de boca aberta.
Estou a ler a fotografia do Walter Isacsoon, mas estou precisamente na parte do Macintosh.
Adoro a Apple, mas tenho um extremo sentido crítico quer à Apple que ao génio intratável Steve Jobs. Não deixando de achar que o balanço ainda assim é extremamente positivo.
Agora o filme... Não estava preparado para tanto.
Que argumento genial, que forma de filmar mais pessoal, que papéis de todos os atores... Como é possível ver Steve Jobs num homem completamente diferente. Houve momentos em que me apetecia aplaudir, a posição dos braços, a forma de falar, a forma de olhar. Arrepio-me só de pensar.
O argumento extremamente bem conseguido e corajoso. Como se faz uma biografia de SJ sem falar do iPhone, do iPad e do iPod?
Excelente a opção em abordar a relação com a sua filha "rejeitada", um argumento 100% Sorkin que cansa só de ler. Excelente Kate Winslet no papel de "mulher do trabalho"
Só aponto um defeito ao filme, passei a vida a pausar o mesmo para explicar o porquê de algumas coisas que SJ disse ao longo do filme. É um filme que para quem não conheça a história da Apple passará muito ao lado. É um filme que para quem cresceu com a Apple irá adorar.
Tecnicamente irrepreensível, não irei sequer comentar, depois de ler o excelente texto do SamWise.
Edição UK com legendas Pt, extras poucos mas muito interessantes e legendados em Português.
Não vi ainda as duas pistas de comentários (Estes so com legendas ingles) mas o que vi estava muito interessante.
9/10 a roçar o 10/10. Obrigatório para quem queria ver uma biografia diferente, de alguém que quer se goste quer não, mudou o mundo.
Agora o
Rui Santos - 54 Anos | 23 Anos DVDMania
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
DVD/BR | Jogos | Life is Short, Play More | FB Collectors HV-PT
Re: Steve Jobs (2015) - Danny Boyle
Hmmm... não cheguei a terminar os meus comentários...
(e para isso vou ter de ver passar as bobinas novamente na minha sala de cinema privada, com brutal ecrã panorâmico de 21 polegadas
).
Recordo-me de um pormenor interessante, um pequeno grande pormenor: a forma ternurenta (não tenho outro termo) como o Jobs chama por vezes o amigo (e antagonista nalguns momentos): Woz. Num filme em que questões estruturais estão simbioticamente ligadas a aspectos técnicos, em que o grande tema para lá do homem é a tecnologia e alguns dos seus grandes avanços, e ainda em que a personagem central é famosa pelas sua personalidade fria e irascível, os sentimentos e emoções são muito bem contextualizadas e tratadas no filme. Deixam marca. E nem sequer estou a abordar a questão da filha que o Rui mencionou.


Recordo-me de um pormenor interessante, um pequeno grande pormenor: a forma ternurenta (não tenho outro termo) como o Jobs chama por vezes o amigo (e antagonista nalguns momentos): Woz. Num filme em que questões estruturais estão simbioticamente ligadas a aspectos técnicos, em que o grande tema para lá do homem é a tecnologia e alguns dos seus grandes avanços, e ainda em que a personagem central é famosa pelas sua personalidade fria e irascível, os sentimentos e emoções são muito bem contextualizadas e tratadas no filme. Deixam marca. E nem sequer estou a abordar a questão da filha que o Rui mencionou.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva