Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Discussão de filmes; a arte pela arte.

Moderators: waltsouza, mansildv

Post Reply
JoséMiguel
DVD Maníaco
DVD Maníaco
Posts: 3076
Joined: August 30th, 2011, 9:33 pm
Location: Lisboa

Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Post by JoséMiguel »

Image

Wikipédia Russo / Wikipédia inglês / IMDB

Trailer/Re-mix Musical, feito por mim



Sinopse

No século XXIII, a nave exploratória Pushkin resgata um clone sobrevivente dos destroços da nave alienígena Gaia. Este modelo de clone foi criado para resistir à poluição e condições atmosféricas letais do planeta Dessa, criado numa última tentativa de reverter os estragos planetários causados pelas corporações, em nome da ganância do lucro e do poder...



Curiosidades



Argumentista

Image
Igor Mozheyko (Kir Bulychev) em 1997

O Igor Vsevolodovich Mozheyko (1934-2003) foi um conceituado escritor de livros de ficção científica, galardoado com ordens de mérito pelo seu trabalho literário. Quem acompanha os meus tópicos acerca de cinema de leste, poderá lembrar-se da série "Guest from the future", que foi escrita por ele.



Realizador

Image
Richard Viktorov Nikolaevich (November 7 1929 g of., Tuapse - September 8, 1983, Moscow) - Soviet film director, screenwriter, Honored Artist of the RSFSR, winner of the State Prize of the RSFSR behalf of the Vasilyev brothers (1977), laureate of the State Prize of the USSR (1982).

Este é o realizador do filme infantil "Moscovo-Cassiopeia", que já divulguei anteriormente. Mas atenção que este Ad Astra não é infantil. Foi "por causa dessas e outras" que só agora vi este filme, com receio que este trabalho fosse infantil, mas afinal não é.



Versão restaurada

O filme foi restaurado em 2001 pelo filho do realizador original, também ele próprio realizador. Embora seja esta versão que eu recomende (apenas pela qualidade restaurada de imagem), e esteja disponível no You Tube com legendas inglesas, sou pessoalmente contra as alterações que ele fez.

Versão restaurada (não-oficial) no You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=dfW-F_nlJxI

O "rapazinho" filho do realizador armou-se em George Lucas e em produtor norte-americano obcecado pelos lucros ou popularidade, e fez as seguintes alterações:

Image

A) Introduziu uma cena nova feita a cgi com o Spaceport acima.

B) "The duration of the film is aligned with the standards of contemporary film distribution, as a result it is reduced by 20 minutes." Vergonha! Vergonha! Vergonha! Como é que o filho de um realizador soviético foi capaz duma atrocidade hollywoodesca destas!!!? Fico com vontade de chorar...

C) Censura de nudez

Image

Imagem da versão original de 1981, sem a censura estúpida feita pelo filho

Testemunho do IMDB, por quem era um menino de 14 anos em 1981 e gostou de ver a cena de nudez:
Cherez ternii... was released when I was a boy of 14 living in the Soviet Union and hungry for anything sci-fi. Well, this one fit the bill perfectly. With a typical 1980s story (ecological catastrophe, hints on the "soullessness of the capitalist society") and special effects somewhat more advanced than those of the British Dr. Who series, it still was two heads above anything else released in the USSR until then.

The film became an instant hit.

Now, keep in mind that we could not see the Star Wars or any other of the many Western sci-fi flicks of the time, with rare exceptions. And the sci-fi culture of the "socialist camp" was, no pun, campy. Special effects were typically like those of the early Dr. Who series (not that we had heard anything of Dr. Who either), and the plot simple as a nursery rhyme. In this context, Cherez ternii was a star indeed.

Plus, the nude scene, albeit short, was unusual for the Soviet cinematography of the time and rather attractive to the boys who had just advanced to the adolescent state.

All this made the fan base of the movie as wide as the Soviet Union itself, which is about as wide as Russia is now. Speaking of which, those boys of 1981 are today grownups, and so they decided to re-release Cherez ternii, with an improved picture and sound quality and somewhat rehashed frame sequence. If you understand Russian and decide to watch it, you can order it online.

As an adult, I would rate Chere Ternii k Zvezdam about the same as an average Star Trek episode, no better, no worse. Wish I could see Star Trek when I was a child.

The director of Cherez Ternii, R. Viktorov, made two more cult sci-fi films: Moskva-Kassiopeya (Moscow to Cassiopeia) and Otroki vo Vselennoj (Youths in the Universe). Check them out if you feel like it.

Oh, and btw, this Sandy Frank's version, Humanoid Woman, is total crap. But you knew that already, didn't you?
Image

Na verdade a cena de nudez é apenas vista de lado e semelhante à nudez dos filmes infantis de contos de fadas soviéticos, tais como "A Pequena Sereia", que já mostrei aqui. A versão restaurada de 2001 tem essa cena tão cortada e trucidada, que parece a censura árabe a cortar crucifixos cristãos e bebidas alcoólicas, nos filmes americanos. Isto é vergonhoso na Federação Russa em 2001! A cena original é muito inteligente e bem conseguida, acerca do choque de moral, numa situação de primeiro contacto com civilizações extraterrestres. Lamento mas o filho do realizador parece ser um fan-boy do George Lucas e tentou americanizar/estupidificar o filme, por motivos desconhecidos.

Mas continuo a aconselhar a versão restaurada pelo filho em 2001, quer pela qualidade de imagem, quer pela disponibilidade no You Tube. Se gostarem muito do filme, podem sempre ver a versão de 1981 mais tarde.



Contexto Soviético: Cinema e Governo

Análise e enquadramento por um cinéfilo da ex-URSSS, que nos escreve da Sibéria, no IMDB. Ler com muita atenção porque isto desvenda mistérios do Cinema Soviético, incompreensíveis e desconhecidos para os portugueses (incluindo eu próprio que ainda não sabia disto):
It's hard to comment this movie for the non-Russian auditory but I'll try to explain everything.

As far as I see nearly no one here knows the reasons why all the Soviet sci-fi had poor special effects. The reason is simple: in Soviet Union were NO commercial movie industry at all. Movie makers were making their movies and had month pays for their work. When they began making a new movie they showed the screenplay to the ministry of culture and if the ministry accepted it it allotted them some money from the state budget. Any sci-fi had never been that politically correct in comparison to war or revolution movies and thus the budget of such movies was ALWAYS very small. You can understand how much devotion to the work and art was needed to make such films in such conditions. This is the reason why soviet sci-fi movie makers always tried to put into their movies the things that were not dependent on budget. They put ideas. Soviet way of life and way of thinking was much enclosed in itself and developed enclosed. Influence of western culture was rather subtle because all the borders were closed. Contraband products were rare and highly illegal. No one have seen any of the non-Soviet sci-fi movies until the very end of 80's.

"Cherez ternii k zvyozdam" ("Per aspera ad astra" is the correct translation) have one of the best special effects ever made in the Soviet Union, seriously. So ignore them, they are not the central piece of the movie. The central piece is the ideas, the characters and the acting. The visions of the ecological catastrophe were rather fresh in 1981 for the whole world, the more in the Soviet Union where government always told everyone that the future is bright. According to the screenplay there should have been the ending title saying "All the scenes of the dying planet Dessa were shot at the territory of the Soviet Union". No need to say that that title was censored out (now it was added in the new re-edited DVD version).

I see that many of those who have seen "Cherez ternii k zvyozdam" misunderstand its plot. It's very strange because the plot is clear and straightforward, possibly it's all because of the poor translation. In fact only the concluding scene may be found somewhat strange because it has purely allegoric meaning: creation of the new life.

All acting is nearly perfect, no need to describe it, especially amazing are the roles of the economical tyrant Turanchox by Vladimir Fyodorov, Ambassador Rakan by Vadim Ledogorov and of course, Niya the Artificial Human by Yelena Metyolkina.

9 of 10. Find a well-translated version, turn on your brain and you'll understand why I rated it so.
Observação: Análise do filme mais tarde. Já há muito tempo que não criava tópicos assim (tópico à Zé), mas esta preciosidade e brutalidade de filme inspira e motiva-me. yes-)

Image
Gato Vasily a bordo da nave espacial Astra. :-P
JoséMiguel
DVD Maníaco
DVD Maníaco
Posts: 3076
Joined: August 30th, 2011, 9:33 pm
Location: Lisboa

Re: Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Post by JoséMiguel »

O caminho para os astros é áspero

A frase interessante que dá o título genial ao filme, é da autoria do filósofo romano (nascido em Córdova no ano 6 A.C. na actual Espanha) Lúcio Aneu Séneca, que foi conselheiro do Imperador Nero. Aqui está o busto do sujeito:

Image

Atenção que esse sujeito foi também o autor da expressão "Errar é humano", há dois mil anos atrás:

Image

Mas há dois mil anos atrás não existiam ficção científica nem histórias acerca de naves espaciais, e para percebermos o contexto da famosa frase romana Per aspera ad astra, passo a palavra ao wikipédia italiano:
Per aspera sic itur ad astra: frase latina, dal significato letterale: «attraverso le asperità alle stelle» e, in senso traslato, «la via che porta alle cose alte è piena di ostacoli»

(Ou seja, o caminho que leva ao enaltecimento e grandiosidade, é pleno de obstáculos.)
Neste filme, o título romano é duplamente genial, primeiro pelo sentido restrito moderno óbvio acerca da exploração do espaço e do cosmos, mas em segundo lugar pelo sentido em que foi escrito há dois mil anos, acerca da dificuldade e dos obstáculos ao aperfeiçoamento, melhoria e avanço da sociedade e humanidade, concretamente o obstáculo dos psicopatas donos de empresas que comandam chefes de estado como marionetas, e colocam em perigo o futuro do planeta.

Image

Este filme mostra os momentos finais End Game de um planeta extraterrestre levado à extinção planetária, devido à ganância de dinheiro e sede de poder, de gerações e gerações de psicopatas intocáveis (donos de corporações), que manipularam os governos e a sociedade. Primeiro o negócio eram fábricas poluidoras, depois eram máscaras de gás, no limite final o negócio era vender ar puro e água não contaminada.

Image

No argumento original estava prevista uma citação no final do filme, com uma mensagem que dizia que todas as cenas de poluição foram filmadas na União Soviética. Essa mensagem foi proibida e censurada pelo governo soviético. A ideia é que o filme seria de intervenção contra os estragos ecológicos causados pela indústria soviética, e o governo não gostou dessa mensagem, tal como também proibiu mulheres carecas.

Image

A proibição de mulheres carecas pelo governo soviético (Ministério da Cultura) obrigou ao uso das perucas com carapinha branca pelos clones. Na imagem anterior vemos a colocação de peruca num clone bebé.

Eu não entendo esta proibição e fico perplexo...

Um filme como este é precioso, raro, único, etc. mas requer paciência e fé no cinema de leste. É que o filme é genial e em vez de desiludir, surpreende na positiva, mas cuidado porque de início aparece o seguinte robot:

Image

Epá, eu quase que desistia de ver o filme, quando vi a macacada desse robot palhaço... "What the fuck?"

Aquilo é um anão ou um puto a mexer-se vestido com um fato estúpido, foleiro, infantil e imbecil de pseudo-robot. Eu vi o filme infatil "Moscovo-Cassiopeia" de 1973 deste mesmo realizador e fiquei lixado com a segunda parte em que aparece um planeta de palhaços.

Já estava de pé atrás quando li nos créditos iniciais "Terceira Divisão Artística dos Estúdios Gorky", e fiquei logo com medo que fosse "malta do Chapitô" (expressão lisboeta de há 20 anos atrás), ou seja Xana Toc-Toc, artes circenses, mimos, pessoal com meias altas às riscas, etc. Com todo o respeito pela malta dessa onda artística circense, essa onda não é compatível com o teor e âmbito deste filme de ficção científica dura do tipo Gene Rodenberry. Esses tipos já causaram estragos (mínimos) no (bom) filme russo Kin-Dza-Dza, que também foi feito por uma divisão artística-criativa número tal do estúdio Mosfilm.

Image

Mas eu não desisti (tive fé no cinema de leste) e depois fiquei encantado ao descobrir um dos melhores filmes de ficção científica que conheço. Adorei este filme! Reparam que eu estava a espreitar o filme às cegas e não fazia ideia da sinopse, riqueza, alcance e grandiosidade do filme. Estava com medo que o filme fosse todo passado na Terra com a clone a viver na vivenda do cientista, e nem sonhava que a maioria do filme seria depois passado a bordo de naves espaciais e planetas extraterrestres!

Por isso quando virem o robot-palhaço a jogar ténis não desliguem o filme, e tenham fé na originalidade e imprevisibilidade do cinema de leste.

Image

Ainda na primeira parte do filme, no planeta Terra, existe uma cena que adorei passada nas ruínas maias de Chichén Itzá no México (não sei se foi mesmo filmado lá). Até tinha preparado um segmento vídeo para o meu trailer, mas já não coube. O arqueólogo traduz um poema maia, escrito em glifos numa laje, à clone extraterrestre.

--- Fim da Parte I ---

Obs. Vou tentar escrever a parte II noutro dia. Um texto destes demora imenso tempo... e ainda nem falei no gato preto Vasily. :-D

Image
JoséMiguel
DVD Maníaco
DVD Maníaco
Posts: 3076
Joined: August 30th, 2011, 9:33 pm
Location: Lisboa

Re: Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Post by JoséMiguel »

Parte II

A caminho do planeta Dessa

Image

Uma obra como esta é no mínimo insólita, a ficção científica desta escala, alcance e dimensão é um género de cinema muito raro em todo o mundo, refiro-me a conceitos de ficção científica que envolvem naves espaciais, planetas extra-terrestres, destruição de mundos e afins. No Cinema, os norte-americanos são os líderes inquestionáveis deste conceito de ficção científica, seguidos dos canadianos na televisão e dos japoneses na animação. Fora deste triângulo, o resto do mundo é um deserto.

Nesse deserto mundial por vezes surgiram pequenas bolsas de oásis aqui e ali, até existe um filme interessante inglês de 1969 filmado em Portugal, em que o centro de comando espacial da Federação Europeia (U.E. futurística em guerra fria com a URSS) está sediado no Algarve. Para que não digam que não existam filmes com naves espaciais em Portugal:
Lançados do Centro Espacial do EUROSEC em Portugal na nave Phoenix, Ross e Kane passam a primeira metade da viagem de seis semanas em estase. Três semanas após o lançamento, os astronautas voltam a consciência na órbita do planeta. Escaneamentos para encontrar vida extraterrestre se mostram inconclusivos, e Ross e Kane decidem pousar a nave. Enquanto os astronautas descem na atmosfera, uma tempestade elétrica danifica a nave de pouso Dove, que cai em uma região montanhosa que revela-se ser Ulan Bator, Mongólia. Quando uma unidade de resgate leva Ross e Kane, o último lutando contra sérios ferimentos, de volta para o Centro Espacial em Portugal, fica aparente que a missão da Phoenix se encerrou depois de três semanas quando os astronaustas voltaram para a Terra.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Doppelg%C ... 28filme%29
Image

Mas a "bolsa de oásis" do bloco soviético foi mais longe e rompeu as barreiras que mantêm a ficção científica do modelo norte-americano limitado e estagnado, e talvez seja esse o mérito desta obra russa. O problema do cinema norte-americano (que é muito forte no género sci-fi, e digo isto como elogio), é que o sistema comercial de querer "agradar a gregos e troianos" impede a adaptação de um bom livro de ficção científica, porque os produtores vão logo lá meter um argumento pobrezinho e imaturo (que vende muito e agrada às massas, gregos e troianos, mas que deixa alguns fãs de sci-fi mais séria "a ver navios...").

O Ad Astra não é um filme perfeito e sofre de diversos problemas, a começar pela infantilidade do robot-palhaço que já ilustrei, algumas situações foleiras (de mau gosto) aqui e ali, uma montagem audio-visual que deixa algo a desejar e poderia ser muito melhorada, etc., mas o balanço final é bastante positivo. Eu diria que vale a pena ver o filme para vermos pela primeira vez certos conceitos interessantes da literatura da ficção científica, que mais ninguém foi capaz de adaptar para o cinema.

Image

Vou falar um pouco acerca da nave espacial "Astra". No universo do filme, a Terra está tecnologicamente mais avançada do que as poucas civilizações tecnológicas que encontrou na "vizinhança" das nossas estrelas locais, e a "Astra" é uma nave que presta auxílio humanitário. Na imagem acima vemos a destruição de um mundo, momentos após lançar um sinal de S.O.S. Nesse planeta, à semelhança da Lua na série "Espaço 1999", os resíduos nucleares armazenados em minas profundas durante séculos, entraram em reacção nuclear descontrolada.

5 anos mais tarde, ocorreu o famoso desastre nuclear de Chernobyl...

Aqui podemos começar a entender a seriedade dos aspectos de intervenção e crítica social, e a profundidade filosófica do título romano da obra acerca da humanidade como um todo, e a sua dificuldade em melhorar e evoluir. Gosto de imaginar que o grande Carl Sagan teria aprovado este filme.

Image

Outra civilização que surge no filme, são umas criaturas aquáticas que vivem num planeta 100% coberto por oceano. Na imagem acima vemos o cientista desse planeta, transportado pela "Astra" de regresso ao seu planeta, após conferência científica na Terra:

Image

Embora a imagem acima seja apenas uma maquete da Astra, contra um background de um oceano, gostei do visual da cena. O cientista aquático tem muito medo do gato Vasily:

Image

Finalmente a terceira civilização mostrada no filme, são os humanóides do planeta Dessa, cujos embaixadores pediram auxílio formal à Terra para reverter os danos ecológicos.

Image

Se olharmos para os últimos 34 anos do nosso planeta, desde que o filme foi feito (1981-2015), O protocolo de Kyoto, "lobbies" da indústria automóvel, "lobbies" da indústria petrolífera, aquecimento global, buraco de ozono, subida dos oceanos, etc., constatamos que a nossa civilização caminha em direcção ao "End Game" / Xeque-Mate do planeta Dessa.

Image

A mensagem ecológica do filme está ainda mais válida hoje, do que em 1981. O valor de entretenimento do filme pode ser baixo, mas enquanto obra curiosa para apreciar e analisar, merece uma visualização por quem gosta de ficção científica ou de História do Cinema.

Image

A minha classificação: 85%

--- Fim da minha análise e apresentação (mas ficou muito por dizer) ---
drakes
DVD Maníaco
DVD Maníaco
Posts: 2576
Joined: June 10th, 2015, 11:44 pm

Re: Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Post by drakes »

É um filme dividido em duas partes não apenas na tela, uma na ação da terra e outra espaço/planeta Dessa, a primeira parte é excelente com a história muito bem contada, ali o diretor consegue discutir os temas do roteiro, a segunda eu achei que a história foi contada em um ritmo mais acelerado, no sentido que não aproveitou algumas ideias ou situações até por que tem um turbilhão sobre impacto ambiental, dominação, sistema de governo além do romance no ar.

Quem gosta de scfi vai gostar muito do filme, é mais um achado do José Miguel.
JoséMiguel
DVD Maníaco
DVD Maníaco
Posts: 3076
Joined: August 30th, 2011, 9:33 pm
Location: Lisboa

Re: Per aspera ad astra / Через тернии к звёздам (1981) - Richard Viktorov

Post by JoséMiguel »

Excelente trailer, que descobri agora:

Post Reply