Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Discussão de filmes; a arte pela arte.

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bretes
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by bretes »

Então vejamos, os trabalhos com a famosa "técnica" do balde de tinta do Pollock são arte?
Ainda há quem considere que a utilização do aerógrafo é "batota"...

Para mim são actividades criativas e estéticas... e fico-me por aqui.
Todos nós temos um conceito/noção de estética inerente a cada um.
Estou como o Samwise, é uma discussão em que também não vou participar.
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Cabeças
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Cabeças »

Para mim o conceito de arte envolve sempre uma actividade criativa inerente. O resultado, seja ele na forma de literatura, música, escultura, pintura, fotografia, cinema, etc, tem que fazer despertar da parte de quem olha, assiste ou "recebe" a informação, emoções ligadas às suas noções individuais de estética e de sensibilidade emocional.

Quanto aos filmes, nomeadamente o do Blade Runner, eu durante muitos anos preferia o primeiro, o que passou no cinema. Depois mudei de opinião e agora prefiro o Final Cut, embora para mim este devesse também incluir o final "feliz" da versão cinematográfica.

Também sou da opinião de que o autor pode efectuar as modificações que quiser, embora ache justo que deixe o original intacto, que foi o que fez o Ridley. Quem gostar mais do original e detestar o outro, pode nunca mais o ver e ficar pelo original. O Lucas fez isso com a Guerra das Estrelas, o Spielberg fez isso com o ET. Nestes últimos exemplos, prefiro os originais.

No caso do Blade, prefiro realmente o Final Cut pelas melhorias visuais e sobretudo pela inclusão da possibilidade para mim muito real do Deckard ser também um Replicant. Se juntarmos o sonho do unicórnio com o origami e a centelha vermelha nos olhos dele, não percebo que dúvidas poderão existir sobre isso. Quem não gostar, poderá sempre optar pelo primeiro... terá sempre Paris! :-)

Como já tive oportunidade de referir, a possibilidade do Deckard ser um Replicant só veio para mim expandir as possibilidades e tornar o filme mais rico. As várias versões para mim constituem um todo. Também não gostaria de "perder" o original, mas hei... ele está aí, e vai estar sempre. No meu entender as várias versões enriquecem o universo específico da obra. Penso que quem tiver a box de metal em dvd ou a caixa blu-ray com todas as versões e os montes de horas e horas de extras, terão que concordar que o Blade Runner não só se mantém, como se enriqueceu. Acho extraordinário aliás como este pormenor do Deckard-Replicant veio relançar um novo olhar sobre a obra e afirmar ainda mais o seu cunho de importância como filme de culto que mantém uma força incrível na actualidade.
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Lorde X
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Lorde X »

Quanto à qúestão aqui suscitada sobre se uma obra de arte deve ou não voltar a ser "tocada" pelo seu criador, julgo que se deve diferenciar entre as diferentes formas de arte e, talvez analisando o que sucede em cada uma delas, surja alguma luz sobre esta questão.

A pintura é naturalmente uma forma de arte em que a mesma quando se cria, assume contornos mais definitivos, isto porque o seu suporte não permitirá retoques infinitos... è de notar, contudo, que a tecnologia actual já permite fazer uma espécie de radiografia ás pinturas e descobrir estágios anteriores da mesma, ou seja, que opções foram tomadas pelo artista ao longo do desenvolvimento da sua obra, que aspectos foram deixados cair, etc. Acho isso bem interessante.

Mas passemos para uma forma de arte bem diversa, a qual permite ser constantemente reinterpretada / reinventada e que é a música.
Nesta área qual é que é a "obra de arte definitiva" já que ao longo da sua vida, a música / albúm vai sendo reinterpretado pelo artista, ao vivo e com novas gravações de estúdio, que, na maioria das vezes, mostram um amadurecimento das ideias e do sentimento?

Focando-me num dos meus grupos preferidos de sempre, os Pink Floyd, temos a hipótese de ouvir muitas (senão a maioria) das músicas na versão do albúm (que até nem será a primeira versão, já que teremos sempre uma versão anterior que é a da demo tape) e depois podemos ouvir as suas muitas versões nos albuns ao vivo... E aqui como é que ficamos? Será sacrilégio alterarem a música que ficou gravada no album do estúdio? O que eu noto quando comparo as diferentes versões, deste grupo em especial, mas não só, é que as músicas ao longo dos anos amadureceram. Aliás, os Pink Floyd tocavam normalmente ao vivo as músicas antes de as gravar em estúdio, isto para se certificarem de que as mesmas resultavam e para sentirem onde é que as podiam melhorar. E o que é certo é que, para mim, as gravações ao vivo são bem superiores às músicas, mais primitivas, dos albuns de estúdio. Um dos albuns em que se nota muito isso é no "Momentary Lapse of Reason". Músicas que neste album tem uma sonoridade mais comercial, mais cru, atingem, no Delicate Sound of Thunder um outro patamar...

Mas, fã dos Pink Floyd, como sou, podia estar aqui a falar muito mais deles e não era isso que pretendia... :-))) Voltando ao tema, A música é para mim uma das formas de arte em que é possível o artista continuar a trabalhar a sua obra, até porque ao tocá-la ao vivo, vai continuar a interagir com ela, a sentir e a fazer sentir, e essa sinergia vai causar, se calhar inevitavelmente, novos impulsos criativos e uma necessidade de alterar a sua obra de forma a espelhar, com mais acuidade, o sentimento que lhe subjaz.

O cinema permite, talvez menos que a música, mas mais que a pintura, que o artista volte à sua obra e que retoque aquilo com que se calhar nunca esteve satisfeito.

Para mim não há problema algum, desde que, e isto é o mais importante, a versão original esteja ao dispor do público. Não gostei mesmo nada das novas cenas do ET CGI, nem de alguns devaneios do Lucas nas alterações à trilogia original do Star Wars, mas muitas das alterações feitas ao Blade Runner aprimoraram o filme. Não me interessa qual a motivação que este na base dessas alterações. Mas se elas melhoraram ou não o filme. Como aqui foi dito, muitas delas corrigiram aspectos técnicos do filme o que é sempre positivo. Outras acrescentaram mais umas camadas a uma história já bem densa. Comparando as versões original e final (e esquecendo as intermédias), para mim a última é superior. Só tenho pena das ausências da voz off (apesar de reconhecer que as falas não estavam assim tão bem escritas, embora o desprendimento / desagrado com que o Harrison Ford as diz nao me incomode nada e até o ache adequado ao tom negro do filme) e do final aberto que para mim nada tinha de feliz. Era um final com similaridades com o do The Thing, em que ficamos sem saber o destino dos personagens. Se muitas vezes este tipo de final não funciona, nestes 2 filmes tinham resultado na perfeição, mantendo o tom negro e dando-nos uma última cena marcante com falas que se mantiveram na nossa memória durante anos.
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THX
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by THX »

Vejam lá que bela fogueira deu o meu fósforo...

Já agora :
http://www.significados.com.br/arte/
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
Samwise
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Samwise »

THX wrote:
Quanto aos artistas que apontas mais abaixo, aparentemente ficaram satisfeitos com as obras em questão a partir do momento em que pararam de lhes acrescentar detalhes.
Aparentemente eles sabiam que um verdadeiro artista que inicia uma obra tem de a finalizar...e depois nunca mais lhe tocam, não mexem mais, não podem retirar ou acrescentar mais nada.

Samwise, eu tenho um amigo alemão pintor, que está actualmente a expor as suas telas numa galeria em Los Angeles, e uma vez quando nos encontramos em Berlim ele disse-me uma coisa que ainda hoje eu penso nela :

-" Um pintor pode demorar 20 anos a pintar um quadro, mas a partir do momento que o assina e lhe coloca uma data...nunca mais dever perder um segundo com ele. Deverá deixar ser outra pessoa a perder tempo com ele, admirando-o."

Esse meu amigo é uma daquelas pessoas interessantes que te convida para um café, e passado umas horas estás a jantar com ele, e quando dás por ti estás a tomar um copo num bar ás 3h00 da manhã.

É um individuo que no meio de uma praia te faz uma escultura com umas pedras e uns paus e mais com o que conseguir arranjar com as mãos. É um gajo que até irrita, no bom sentido, por estar compulsivamente a querer fazer algo, a querer criar qualquer coisa, sem parar.

É uma necessidade inerente à sua pessoa, muito grande, muito forte...mas que já nasceu com ele.

Muita gente deseja ser atleta de alta competição, mas apesar de treinar muito nunca chegam a esse nível apenas por lhe faltarem alguns requisitos físicos. Podem treinar uma vida inteira mas se não tiverem uns bons pulmões e um coração forte jamais chegarão a esse patamar.

Para se ser considerado um artista não é preciso treino nenhum...é só preciso nascer com talento, com um dom para criar algo do nada, e é esse "Nada" que se vai tornar num pedaço de Arte mais tarde através das mãos de um genuíno artista (porque existem muitos que apesar de pensarem o contrário, NÃO o são).

E é essa transformação que deverá ficar inalterável, porque se não ficar...então não é Arte nenhuma e estamos a falar de outra coisa.
A propósito de algumas pesquisas sobre a obra de Eça de Queirós, tenho-me deparado com as questões relativas às várias versões em circulação que ele elaborou, ao longo da vida, sobre vários dos seus livros. Lembrei-me desta troca ideias aqui no DVDMania (penso que o Ridley Scott não se vai importar com mais um fugazita para Off-topic). Para ilustrar um dos argumentos que coloquei aqui acerca da liberdade de que um autor dispõe - e de que é suposto dispor - acerca da arte que faz nascer, proponho a leitura deste resumo acerca da visão que ele, Eça, tinha sobre o que escrevia:
2. Desde os começos da sua história literária, Eça foi um escritor traumatizado pelo tratamento editorial das suas obras: refiram-se, por exemplo, os incidentes que rodearam a publicação da primeira versão d’O Crime do Padre Amaro, envolvendo dois dos mais caros amigos do romancista, Jaime Batalha Reis e Antero de Quental.
A partir d’O Crime do Padre Amaro, pode dizer-se que a história literária de Eça é indissociável do suceder de versões sempre superadas das obras que foi publicando. Os factos não permitem dúvidas: as obras que Eça reeditou foram normalmente objeto de novas versões, diferindo consideravelmente das iniciais. O Mistério da Estrada de Sintra e O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, O Mandarim e A Ilustre Casa de Ramires reapareceram, de facto, substancialmente reelaborados; a exceção que A Relíquia constitui é por assim dizer “compensada” pela segura existência de versões prévias; e aos longos anos que demorou a redação d’Os Maias (não reeditados em vida do seu autor) não é estranho o árduo trabalho literário que as dimensões da obra permitem adivinhar.
Daqui chega-se a uma conclusão: Eça perfilhava uma atitude não só estética, mas também ética em relação ao seu labor de artista, atitude que não recuava perante a autocrítica, nem se desvanecia uma vez publicado um texto. A isto pode juntar-se a longa e árdua maturação de textos cujo aparecimento distava por vezes muitos anos do momento em que eram concebidos e anunciados, casos d’A Correspondência de Fradique Mendes e d’A Ilustre Casa de Ramires.
Deste modo, podemos inferir que, se Eça deixou não poucos textos inéditos, uns inteiramente, outros inéditos em livro, fê-lo decerto por predominantes razões estético-literárias. E o peso dessas razões parece tanto mais efetivo quanto é certo que este não foi um escritor que se tivesse confrontado com falta de editores ou com o desinteresse do público.
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«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.

«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death

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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by PanterA »

Lorde X
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Lorde X »

PanterA wrote:Blade Runner de volta aos cinema em 2015.

Estou lá batido.
Quando li a notícia até levei um susto pois pensei que iriamos ter um novo Cut... -stop-
Mas afinal é o Final Cut que irá ser exibido. Também irei marcar presença! yes-)
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Cabeças »

Lorde X wrote:
PanterA wrote:Blade Runner de volta aos cinema em 2015.

Estou lá batido.
Quando li a notícia até levei um susto pois pensei que iriamos ter um novo Cut... -stop-
Mas afinal é o Final Cut que irá ser exibido. Também irei marcar presença! yes-)
Também nunca falho! :-)))

Às vezes até gosto de colocar o filme na tv enquanto estou a fazer outras coisas, só para me sentir "acompanhado"! :-)
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by BurnCycle »

Sendo o meu filme favorito certamente que irei ver, a questão é, será que o filme estará em Portugal?
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by PanterA »

Não me admirava nada que não. Já não era a 1º vez que faziam isso, visto que é o género de filme que não chama muitas pessoas ao cinema.
paupau
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by paupau »

Dever ser mais uma das sessoes classicas do UCI. 2001, Lawrence e Taxi Driver tambem sao Warner.
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by lud81 »

Eu apoio as sessões clássicas do UCI, só não sei onde posso ver informação centralizada sobre a programação. Normalmente só sei mesmo em cima da hora e por boca a boca ou aqui no fórum. O site UCI é uma valente bosta nesse sentido.

Em Lisboa fui ver Psycho, Vertigo, 2001 e Lawrence of Arabia. Arrependo-me de não ter ido ver From Here to Eternity. Penso que o Casablanca também foi exibido, mas esse não me interessava muito. O Taxi Driver também não vi pois na altura em que foi exibido andava um bocado em baixo e não estava in the mood para ver esse filme. Sairia da sala ainda mais em baixo! :-)))

No passado dia 31 de Outubro fizeram uma sessão dupla de Halloween (Carpenter) e Night of the Living Dead (Romero), à qual não pude ir por outros compromissos, senão teria adorado ter ido.

E na passada quinta feira, por golpe de sorte por estar no Porto, fui ver o Pulp Fiction ao UCI Arrábida! Quanto a esse evento, que eu saiba, houve ZERO divulgação. Eu descobri por acaso pois, como ia ao Porto, estava a consultar os horários do Interstellar para ver nas salas AMC (actualmente UCI Arrábida) no Cinecartaz do Público e estava listada uma sessão apenas na 5ª feira do Pulp Fiction, precisamente o dia em que viajei para o Porto! Foi chegar lá, matar umas horitas e ir ao cinema ver esse marco dos anos 90. yes-)

Se o Blade Runner cá chegar, também estou lá! Há uns anitos re-exibiram o Alien mas nessa altura eu ainda estava no Algarve e não pude ir. :-(
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Ludovico
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Ludovico »

Talvez fosse ver se fosse o "Relatório Minoritário".
Blade Runner, na minha opinião, apesar de ser um grande filme, está longe de ser uma obra- prima. Compreendo quem ache mas eu não partilho dessa ideia. Sempre pensei assim.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by Cabeças »

E...

http://www.theverge.com/2014/11/25/7286 ... dley-scott

Tendo em conta o que o Ridley tem feito ultimamente... nails-) é capaz de não ser má ideia!

Alguém ligue ao Chris Nolan! :-)
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Re: Blade Runner (1982) - Ridley Scott

Post by BurnCycle »

Cabeças wrote:E...

http://www.theverge.com/2014/11/25/7286 ... dley-scott

Tendo em conta o que o Ridley tem feito ultimamente... nails-) é capaz de não ser má ideia!

Alguém ligue ao Chris Nolan! :-)
Era isso mesmo!!
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