Qual foi o último filme que viram ?

[mansildv]

The Stalking Moon / Emboscada na Sombra (1968) Robert Mulligan

Já estou para ver este filme há imenso tempo e a tua crítica deixou-me ainda mais interessado
Vai ser já um dos próximos!

[technicolor]

The Stalking Moon / Emboscada na Sombra (1968) Robert Mulligan

Já estou para ver este filme há imenso tempo e a tua crítica deixou-me ainda mais interessado
Vai ser já um dos próximos!

Se gostaste assim tanto do Hombre como escreveste, (excelente filme) acho que que também poderás gostar deste, embora no IMDb tenha uma classificação inferior

[mansildv]

The Stalking Moon / Emboscada na Sombra (1968) Robert Mulligan

Já estou para ver este filme há imenso tempo e a tua crítica deixou-me ainda mais interessado
Vai ser já um dos próximos!

Se gostaste assim tanto do Hombre como escreveste, (excelente filme) acho que que também poderás gostar deste, embora no IMDb tenha uma classificação inferior

A classificação do IMDb é sempre muito relativa! Costumo seguir as tuas publicações e esta já é suficiente para querer vê-lo o mais rápido possível

[mansildv]

Born Yesterday (1950) - 8.5/10

viewtopic.php?f=11&t=51737&p=625355#p625355

[Samwise]

The Stalking Moon / Emboscada na Sombra (1968) Robert Mulligan

Mulligan é um realizador com pouca obra e notoriedade mas com alguns excelentes títulos na sua carreira. Só para destacar alguns dos meus favoritos: To Kill a Mockingbird (1962), Love with the Proper Stranger (1963), Summer of '42 (1971) ou The Man in the Moon (1991). Este The Stalking Moon, um muito peculiar western, está um pouco esquecido (e underrated) quanto a mim injustamente. É uma mistura de western com suspense que divide as opiniões: uns dizem que quer ser ambas as coisas (suspense e western) e acaba por não ser nada e outros entre os quais eu modestamente me incluo acham-no notável. Mulligan reúne um pequeno mas muito eficaz cast encabeçado por Gregory Peck e Eva Marie Saint ladeados por um conjunto de actores "secundários" altamente! Um pequeno resumo em linguagem simples e sem spoilers: Sam Varner (Mister Peck) um batedor veterano do exercito acolhe e protege Sarah Carver (Miss Eva Marie Saint) uma mulher branca raptada por índios que na fuga trouxe consigo o filho que teve durante o cativeiro, de um temível guerreiro apache conhecido por Salvaje... o pai do miúdo não quer abrir mão do filho e move-lhes uma perseguição implacável... Enfim é um western produzido por outro interessante realizador, Alan J. Pakula, já no declínio do género em Hollywood, do mesmo ano de Once Upon a Time in the West que representa o apogeu do "western europeu" e que pela sua vincada diferença de estilo estava a conquistar o apreço do público mundial... na américa alguns ainda teimavam em apostar no género (em 68 também apareceram entre vários The Scalphunters com Burt Lancaster, Will Penny com Charlton Heston e Hang 'Em High com Eastwood (acabada a trilogia dos dolares) e em 69 a obra prima de Sam Peckinpah The Wild Bunch)
Mas voltando ao filme (perdoem as divagações mas achei interessante dar algumas referências temporais da obra) que vi esta madrugada, resta acrescentar o que já é habitual, magníficos actores, excelente fotografia (exteriores rodados no deserto de Sonora) e uma OST "honesta" de Fred Karlin. É talvez um bocadinho reacionário mas eu gosto (do filme claro )
A minha nota 7.5/10 (no IMDb 6.8 )

Eu vi este quando andei a fazer uma passeata alargada pelo género - e na altura gostei bastante. Ficaram-me na memória as sequências nocturnas, o "jogo do gato e do rato" entre o Peck e os vilões.

Do Mulligan e com o Peck vi também o To Kill a Mockingbird, já depois de ter lido o livro imortal da Harper Lee nas duas versões em simultâneo (original e tradução). Também gostei imenso - a relação pai-filha está magnificamente encenada, e o Robert Duvall interpreta, na primeira aparição na tela, uma das personagens mais enigmáticas que a literatura contemporânea nos ofereceu, o Boo Radley. Mas para apreciar o filme como deve ser é mesmo necessário ler o livro.


Mulligan... mais uns quantos filmes para colocar no post da wishlist.

[rui sousa]

Suspiria - 8/10

Visualmente é brilhante. Aquela mistura de som (a banda sonora é perfeita), cores, fotografia, ambiente e suspense deixa mesmo uma pessoa KO. Daqueles coisas que te agarra tanta que nem dás pelo tempo a passar, ou estás tão vidrado naquilo que viajas completamente do sofá em transe mode. Só foi pena a maneira como abordaram os últimos 10 minutos que os achei um pouco fora do contexto. Não é que fossem maus, mas esperava outro desfecho com outra explicação.

Essa trilogia por acaso está na minha watch list...

https://en.wikipedia.org/wiki/Suspiria

Uma cópia restaurada em 4k vai passar na próxima Festa do Cinema Italiano, em Lisboa e noutras cidades!

[PanterA]

Viseu é que não deve aparecer cá nada.

[PanterA]

The Love Witch - 7.5/10

Topei este filme praticamente do nada e diria que foi uma boa surpresa. Tem as suas falhas e um pouco pretensioso em alguns aspectos, mas diria que mesmo assim acaba por ser algo singular e unique hoje em dia.

Começa logo por o seu seu aspecto visual tresloucado, cheio de cor, um ar vitoriano e um guarda-roupa que tudo junto ali um certo vibe que não se vê todos os dias. Mesmo passar-se nos anos de hoje, tem um ar de anos 60/70, com homenagens a vários estilos e realizações daquela época. E que só por aí uma pessoa sente-se logo agarrado de uma maneira curiosa.

[mansildv]

The Love Bitch - 7.5/10

Se for o mesmo filme que estou a pensar, é The Love Witch

http://www.imdb.com/title/tt3908142/

[PanterA]

Eu sei, enganei-me a escrever. Além dela no filme ser mesmo isso e muito mais.

[mansildv]

Eu sei, enganei-me a escrever. Além dela no filme ser mesmo isso e muito mais.

Eu sei, só achei piada porque dá todo um sentido diferente

[technicolor]

Tucker: The Man and His Dream (1988) Francis Ford Coppola

Continuando a minha campanha a favor alguns filmes que pessoalmente acho underrated trago agora (revisto ontem à noite) este que será talvez um dos menos "amados" filmes de Copolla, mas não por mim que há anos que desejo ter uma edição BD desta quase esquecida pérola , (talvez mais "olvidada" mesmo que The Conversation). Nove anos depois do alucinante e genial Apocalypse Now (de um período de alguma tranquilidade depois da extenuante rodagem de AN) e antes de completar a trilogia de The Godfather, Copolla, ele próprio um grande fã do carro do inovador Preston Tucker (um visionário da indústria automóvel americana) resolve quase por gozo pessoal realizar este saboroso "biopic" ( um sonho que acalentava desde 1976?) aplicando nele todo o seu savoir faire o que resulta numa obra, como alguém disse, a fazer lembrar um pouco os filmes de Capra. Só que se por um lado a crítica o aclamou, o público não correspondeu com grande entusiasmo e Copolla depressa esqueceu e se lançou noutros projectos bem mais sucedidos... Eu que o vi no cinema na estreia há quase três décadas, só agora lhe voltei a por os olhos em cima, não em HD como desejo mas numa edição DVD emprestada (caríssima) que não faz justiça em qualidade de imagem à fabulosa cinematografia de Vittorio Storaro e confirmei que envelheceu bastante bem passado todo este tempo. Jeff Bridges dá vida a um Tucker enérgico e optimista mas é ofuscado pelo talento do veterano Martin Landau que foi mesmo nomeado para o oscar de melhor actor secundário (ganharia o Globo de Ouro). Outros nomes conhecidos participam e enriquecem a obra com o seu talento ; Frederic Forrest, Christian Slater, Dean Stockwell, o papá Lloyd Bridges e também com uma pequeno papel... Sofia Coppola. A minha nota 8.0/10 (IMDb 6,9)

Em vez de uma sinopse que poderia ser demasiado reveladora deixo o trailer (mas vi que existem duas versões completas do filme no tube)

[Samwise]

Hey... o Tucker!!! Esse filme é muito fixe!

Dizes bem sobre o "período de tranquilidade", até porque a alucinação raivosa e lamacenta que foi o Apocalypse Now encontra aqui uma imagem quase invertida - a acalmia visual polida e brilhante (como o carro), o "politicamente correcto" de todo o projecto, e uma época que corresponde à prosperidade capitalista em expansão - mesmo que o foco deste filme fuja, e muito bem, dos ambientes mais luxuosos e abastados - por contraste a um período de alta tensão social e política por conta da guerra no Vietname.

Não vi o filme no cinema, mas lembro-me de ter passado umas horas às espera no videoclube para o conseguir alugar nos primeiros dias em que foi lançado. Este e o Frenético do Polanski...

Outro filme bastante "olvidado" do Coppola é o The Cotton Club.

[technicolor]

Hey... o Tucker!!! Esse filme é muito fixe!

Dizes bem sobre o "período de tranquilidade", até porque a alucinação raivosa e lamacenta que foi o Apocalypse Now encontra aqui uma imagem quase invertida - a acalmia visual polida e brilhante (como o carro), o "politicamente correcto" de todo o projecto, e uma época que corresponde à prosperidade capitalista em expansão - mesmo que o foco deste filme fuja, e muito bem, dos ambientes mais luxuosos e abastados - por contraste a um período de alta tensão social e política por conta da guerra no Vietname.

Não vi o filme no cinema, mas lembro-me de ter passado umas horas às espera no videoclube para o conseguir alugar nos primeiros dias em que foi lançado. Este e o Frenético do Polanski...

Outro filme bastante "olvidado" do Coppola é o The Cotton Club.

Humm o Frantic uma excelente sugestão (do mesmo ano e com a mesma miserável nota). E o Cotton Club magnífico, com uns vergonhosos 6.6 !? Ficam na lista porque para esta noite já tenho "pograma" como dizia um ex-presidente ; The Right Stuff que pelo que pesquisei aqui no forum sei que também aprecias (!?)

[Samwise]

The Right Stuff que pelo que pesquisei aqui no forum sei que também aprecias (!?)

"Aprecio" é um eufemismo. Eu venero esse filme. É um favorito pessoal meu desde a primeira visualização - com 15 ou 16 anos. Andava no liceu, e lembro-me bem de andar uma semana com um sorriso nos lábios a tentar impingir o VHS aos meus amigos (sem grande sucesso, pois não sofriam da mesma atrofia por cinema ). Mais tarde, foi um dos primeiros DVD's que comprei na vida, no caso no aeroporto de Amesterdão, com capa em holandês (que não consigo ler), quando ainda muito poucos títulos havia no mercado português (menos de uma centena, talvez). Mais tarde ainda, deu-me para ler o romance do Tom Wolfe, que é igualmente magnífico.

Continuo a gostar do filme da mesma maneira e com a mesma intensidade. É uma obra que para mim não definhou com o passar dos anos nem com as visualizações repetidas.

É um grande filme por uma série variada de razões, que conjuga uma série de aspectos e vertentes, e também por ser daqueles que "acertam na fórmula"- combinam um conjunto de ingredientes de primeira (alguns deles "instáveis") e fazem um bolo com o tempo certo de cozedura.

Não estou a entrar em detalhes específicos porque acho que vale a pena saborear tudo de um ponto de vista virgem, descobrir tudo pela primeira vez.

Boa sessão!