PanterA wrote: ↑June 10th, 2017, 6:54 pm
Por norma costumo usar os nomes em inglês, porque se vou usar os estrangeiros em certas línguas, quase que parecem um testamento.
Ahhh! Estavas à coca!
Mas Pantera, a regra do fórum sempre foi utilizar os títulos originais. Poderia haver alguma benesse se fosse um alfabeto cirílico ou asiático, mas os espanhóis usam o nosso alfabeto!
Lá estou eu com o meu "anti-americanismo", muahaha!
Tu irias utilizar o título inglês para um filme português?
Por essas e por outras, por haver títulos também nessas línguas que referes que parecem quase hieroglíficos, ou até mesmo em outras línguas que nos são próximas que normalmente uso sempre o inglês por uma questão de proximidade (com a internet).
Assim de cabeça, se eu referir aqui que vi o "Das Leben der Anderen" provavelmente poucos vão lá chegar, mas se falar em "The Lives of Others" o click pode ser quase instantâneo sem ter que ir googlar.
E não, neste caso em particular não iria usar os nomes em inglês de filmes portugueses.
Filmes camaronês, misto de ficção com documentário, inspirado em Paul Biya, atual presidente do país, que quase não fala, na verdade não teremos nada de chocante a não ser a realidade quando aparece em câmara aberta do país, que mostra um país empobrecido.
Apesar das críticas suaves, o filme é proibido no país.
7,1 vale como registro histórico ficcional e é bom ver algo tão próximo das nossas instituições (brasileiras)...
Muito longo. A ideia é passar o dia-a-dia de uma família com tudo de bom e mau que esta vai tendo, mas o build-up que fazem ou que tentam fazer ao longo de 3 horas parece que nunca acontece. Temos algo melancólico, algo que se arrasta e nunca chega haver uma verdadeira ligação com aquilo que se está a narrar. E neste caso quando esta não acontece em nenhum momento sem criar a devida simbiose, apenas se consegue aprecias alguns momentos e certos aspectos técnicos.
The Tree of Wooden Clogs - 8/10
Este com o mesmo runtime, mas aqui a diferença é logo feita pela época em questão (fins do século XIX), o tratamento cruel que era dado ás famílias e ás condições em que viviam, onde o melhor de tudo, e que vai fazer de rastilho para toda a trama, as inúmeras desigualdades sociais naquelas distribuição de classes. Tudo isto englobado e posto neste balão histórico marcante, junto com uma fotografia belíssima cheia de naturalidade e um leque de actores amadores mas super competentes, torna tudo o que vemos numa credibilidade incrível.
Ja nao vejo o Yi Yi ha varios anos, mas na altura achei um filme de grande sensibilidade.
E um daqueles filmes slice of life que nem sempre nos tocam. E o filme mais acessivel do Yang que dos poucos que vi por isso pode nao ser autor ao vosso gosto.
O arvore dos tamancos tenho a edicao da arrow debaixo de olho. Adoro o Il Posto e o I Fidanzati.
Filme fala de uma família afetada por uma ditadura brutal em um mundo pós-industrial, apesar de uma imagem ou outra, um ou outro ator e atriz, o roteiro não decola para nenhum lugar, cheio de lugares comuns.
What a Wonderful Family! (Japão, 2016) [DVD] - 8/10
Yoji Yamada regressa às comédias mais de 20 anos depois de ter concluído o último filme da série Tora-san.
A insatisfação de Tomiko (Kazuko Yoshiyuki) com o marido Shuzo (Isao Hashizume) e o seu casamento é incompreendido por Shuzo, que reage com indiferença depois de mais uma vez se esquecer do aniversário da sua esposa. Quando ela pede que o único presente que quer é o divórcio, ele pensa que é uma brincadeira mas quando Tomiko apresenta os papéis para assinar e a palavra passa para o resto da família o caos instala-se e todos tentam encontrar uma solução para evitar o divórcio.
Yamada volta a mostrar as suas qualidades como realizador e os actores estão todos muito bem ao longo do filme. Uma comédia familiar maravilhosa que nos deixa um sorriso na cara e no coração.
Cinema Asia - A minha página Facebook sobre cinema asiático.
Uma jovem com problemas de auto-estima e a lidar com uma tragédia familiar, vê tudo a colapsar novamente quando o irmão dela começa a namorar com a melhor amiga. Tem uma boa, e carismática, prestação da Hailee Steinfeld e o argumento foge de forma inteligente a alguns lugares-comuns, mas fica por aí, o resto já foi feito vezes sem conta, e melhor!
Esteticamente deslumbrante, com uns visuais e ambiente que aumentam a carga dramática da acção em muito. Já em relação ao argumento, além de ser um filme longo e ter tempo para expor as coisas com calma, que até foi o que aconteceu, mas ainda assim sente-se que falta sempre ali qualquer coisa. A ligação URSS-Polónia-Ucrânia-Alemanha por exemplo, para quem não vai para lá com algum background por vezes anda ali perdido a tentar cruzar todas as referencias e momentos históricos com o que estava a acontecer naquele instante.
Ainda assim, o filme desenvolve bem, não adormece e tem uns últimos 30 minutos que basicamente mete todas as facções sem excepção no mesmo saco do lixo, saco esse onde está o pior dos piores do ser humano.
Berlin Syndrome - 7/10
Tem um festival interessante de suspense, insanidade, ou mesmo a dicotomia física/psicológica entre o agressor e a vitima. Onde peca sobretudo é na substância para sustentar tudo isto sem cair muito naquilo que já se viu em "N" filmes do géneros. Foi bom, mas tinha potencial para ser bastante melhor.
Esteticamente deslumbrante, com uns visuais e ambiente que aumentam a carga dramática da acção em muito. Já em relação ao argumento, além de ser um filme longo e ter tempo para expor as coisas com calma, que até foi o que aconteceu, mas ainda assim sente-se que falta sempre ali qualquer coisa. A ligação URSS-Polónia-Ucrânia-Alemanha por exemplo, para quem não vai para lá com algum background por vezes anda ali perdido a tentar cruzar todas as referencias e momentos históricos com o que estava a acontecer naquele instante.
Ainda assim, o filme desenvolve bem, não adormece e tem uns últimos 30 minutos que basicamente mete todas as facções sem excepção no mesmo saco do lixo, saco esse onde está o pior dos piores do ser humano.
Ficha Técnica
Título original: Wołyń Ano: 2016 Realizador: Wojciech Smarzowski
The movie tells the story of young Polish girl, Zosia Głowacka, from Volhynia's village settled by Ukrainians, Poles and Jews.[9] The story begins shortly before the outbreak of World War II in 1939 with marriage of Zosia's sister to an Ukrainian. During the wedding, Zosia's father decides she would marry an older village administrator, Maciej Skiba, despite her being deeply in love with a local, young Ukrainian boy, Petro. There is also resentment shown by local Ukrainian population towards Polish officials, as they favor the Polish minority in Volhynia. In talks between the participants of the wedding, it is revealed that some Ukrainians carry out terrorist attacks against Polish authorities and Ukrainian collaborators, and how it is met with severe actions from the Polish government including closing Orthodox churches and humiliation of Ukrainian population. It is also shown, that some parts of Ukrainian and Polish population are trying to reconcile with each other.
When the war begins, Maciej is conscripted to Polish Army fighting against Germans in 1939 September Campaign. When the campaign is lost, Maciej and other survivors are trying to return to their homes. On their way back, all members of the group except Maciej are captured by local Ukrainians, tortured and killed, a scene which shows how some Ukrainians raised against the Polish State during its collapse in 1939. Maciej manages to get to the village only by disguising as a Ukrainian. When at home, Maciej, Zosia and other members of the village have to come to terms with a new reality, as the eastern part of the Poland is occupied by the Soviet Union, and new communist rules are established in the village. The local Ukrainians and Jewish population cooperate with the Soviet authorities, replacing pre-war Polish authorities as governors of the village.
In the meantime, Zosia gets pregnant, most likely with Petro, but wants Maciej to believe that the child is his. As part of massive deportation carried by the Soviets against the Poles in 1939–1941, Maciej, Zosia and Maciej's children from his first marriage are about to be sent to Siberia or Kazakhstan as forced labor. Zosia and the children are rescued in last moment, just as the train is about to depart, by Petro who bribes the guard with vodka. When they come back to Petro's home, Zosia gets contractions. While she is giving birth to her child, the guard arrives and kills Petro. Zosia then takes care of Maciej's home and children during his absence. The children are sent to school organized by the Soviets where all children learn to inform against their parents and give up on the religious symbols they are attached to.
The plot then switches to 1941 when German Army is conquering Volhynia during Operation Barbarossa. In the changed situation, the same part of local Ukrainian population who welcomed the Soviets two years before, now greets the Germans with vodka and bread, hoping again to establish the Ukrainian state and get rid of Polish people. Germans begin to kill local Jews, organizing local police units from local Ukrainians, who actively and enthusiastically participate in Holocaust of Jews. However, some people like Zosia and some Ukrainians are trying to help the Jews by hiding them in safe places.
Já algum tempo que não pegava em algo do Kurosawa, e este quase que apareceu aqui de pára-quedas para me dar aquele click e continuar na onda dele. Este é aquele típico filme que até admira não ter saído um remakezito americano da ordem, com esta premissa e qualidade claro, porque tem tem uma história base em modo thriller/suspense muito boa. Para algo com mais de 50 anos e o tema já visto e revisto milhões de vezes, a maneira como nos agarra desde o 1º minuto consegue dizer logo tudo. Melhor ainda quando isto é tudo conjugada em pano de fundo com as várias temáticas sociais japoneses da altura e onde o titulo é o exemplo perfeito disso mesmo.
Hwayi: A Monster Boy - 7/10
Vi-o no mesmo saco de filmes como o The Man from Nowhere e companhia por isso até ia com alguma expectativa. Não as superou, nem andou lá perto sequer, mas depois da 1º meia hora quando o filme se desdobra e veio a verdadeira acção e violência aí começou-se a comer bastante bem. Teve lá boas sequências, pena minha que muito poucas de corpo-a-corpo, mas as que nos ofereceram nada a dizer. Bastante imersivas, sem dúvida.
