Qual foi o último filme que viram ?

[Samwise]

Encontro do André Téchiné

Este não apreciei por aí além, as personagens são extremamente brutas umas com as outras, melhora bastante quando uma personagem desaparece e entra o Jean Louis Trintigant, um Senhor!

Passou-se o mesmo comigo - comprei o filme pela colecção do Publico e acabei por não gostar.

As Praias de Agnés, de Agnés Varda

Este achei delicioso, é um falso documentário com a realizadora a contar a sua bio e filmografia, tudo misturado numa salgalhada que achei refrescante. Apesar de uma vida cheia e interessante ( China na Revolução Cultural, Cuba na Revolução, Panteras Negras, conviver com Jim Morrison ou Warhol, etc, etc...), como muito do filme mostra a relação com o marido Jacques Demy e clips dos filmes de ambos, convém ter algum contacto com a autora para apreciar completamente o filme.

Da Varda ainda só vi o Cléo de 5 à 7 e achei muito bom. Muito dentro do espírito da Nouvelle Vague e sem ficar nada a dever às primeiras obras do Truffaut ou do Godard. Não sei se viste, mas recomendo vivamente!

[rui sousa]

OK Samwise. Quando eu vir o Celebrities digo qualquer coisa :P

Entretanto, mais dois filmes vistos pela minha pessoa:


Sydney Lumet é um realizador que cada vez mais aprecio. Simplesmente adorei os dois outros filmes realizados por este senhor («Serpico» e mais recentemente «Network»). Gosto da forma como conta uma história. Sabe como, através de algum ângulo de câmara, de algum truque de montagem, pode dar mais intensidade a uma cena, alterando consideravelmente a mesma e tornando-a única, inesquecível e inimitável.
Já tinha comprovado isto nas duas outras fitas que tinha visto de Lumet, mas «Dog Day Afternoon» foi a confirmação que eu esperava. Lumet volta a fazer parceria com Al Pacino depois de «Serpico». E, se nesse filme, Pacino interpretou (brilhantemente) um polícia incorruptível americano, desta vez o lendário ator dá corpo a um homem que, juntamente com o seu parceiro, interpretado por John Cazale (e um terceiro sujeito que, covardemente, desistiu do que estava planeado), decidiu assaltar um banco. O motivo? Esse não conto, pois já seria um spoiler demasiado grande para o caso de algum de vós tiver curiosidade em ver (ou rever) este filme. Posso só acrescentar que este filme foi, curiosamente, baseado numa história verídica, mas é claro, teve a adição de muita ficção no mesmo, como por exemplo nos nomes das personagens e na relação que as mesmas têm umas com as outras.
O que achei curioso é que o argumento (excelente e vencedor de um Oscar) não faz uma espécie de prólogo ao assalto (como acontece em muitos filmes que envolvem esse tipo de patifaria), do género de: os indivíduos conhecem-se, preparam engendrosamente o plano, etc. Não! Lumet (e toda a sua equipa) decidiu começar «Dog Day Afternoon» com uma pequena sequência de imagens de um dia normal da cidade de Nova Iorque. E logo a seguir, tumbas! É o assalto.
«Dog Day Afternoon» é uma comédia que não pretende passar por isso (embora tenha grandes momentos sujeitos ao riso do espetador), estando misturada com thriller e drama. A realização e a montagem são muito envolventes, elaboradas e diferentes do que a maioria dos realizadores talvez preferisse usar na feitura deste filme. Sydney Lumet não usa rodeios na sua história, tentando contar tudo da forma mais pura e dura possível. Este é um excelente filme (com uma classificação etária algo exagerada, penso eu) e que não deve ser esquecido.

Nota: * * * * *



«Hollywood Ending» é mais uma grande sátira de Woody Allen, que eu não consigo compreender bem o motivo pelo qual não foi muito bem recebida. OK, talvez a maioria das pessoas não o ache um filme muito bom, como eu achei, mas caramba, mau não me parece ser. Woody Allen volta a interpretar o seu papel semi-autobiográfico, repleto de neuroses e manias muito próprios (sim, é a mesma personagem pela 48327439.ª vez, mas continua a ter graça). Neste filme, o realizador-autor-ator é um realizador americano que está na pior fase da sua carreira, arranjando apenas trabalho a realizar anúncios publicitários nos "confins do mundo", até que a sua ex-mulher fala com o seu novo namorado, proprietário da Galaxie Productions, uma grande produtora de cinema (fictícia, está claro), e convence-o que Allen é o realizador indicado para a feitura do próximo projeto da produtora, com um orçamento de 60 milhões de dólares, de nome «A Cidade Que Nunca Dorme». Contudo, um pequeno contratempo irá fazer com que a rodagem do filme seja completamente virada do avesso, condicionando Allen e os seus colaboradores.
Gosto de comédias assim, mais "leves", penso eu, mas não menos divertidas. O elenco é formidável, assim como o argumento (mais uma vez, da autoria de Woody Allen), e penso que, apesar das críticas "assim-assim" que «Hollywood Ending» recebeu e da nota fraquinha que tem no IMDB (e que, tal como maior parte dos filmes do Allen que eu vi e que estão também mal classificados, eu gostei) e noutros sites, penso que vale a pena a sua visualização. Sei lá, entre o visionamento de uma obra mais pesada, talvez uma comédia assim seja boa para descontrair e ficar com um sorriso de orelha a orelha.

Nota: * * * * 1/2

[Cabeças]

«Hollywood Ending» é mais uma grande sátira de Woody Allen, que eu não consigo compreender bem o motivo pelo qual não foi muito bem recebida. OK, talvez a maioria das pessoas não o ache um filme muito bom, como eu achei, mas caramba, mau não me parece ser. ...
...Gosto de comédias assim, mais "leves", penso eu, mas não menos divertidas. O elenco é formidável, assim como o argumento (mais uma vez, da autoria de Woody Allen), e penso que, apesar das críticas "assim-assim" que «Hollywood Ending» recebeu e da nota fraquinha que tem no IMDB (e que, tal como maior parte dos filmes do Allen que eu vi e que estão também mal classificados, eu gostei) e noutros sites, penso que vale a pena a sua visualização. Sei lá, entre o visionamento de uma obra mais pesada, talvez uma comédia assim seja boa para descontrair e ficar com um sorriso de orelha a orelha.

Nota: * * * * 1/2

O próprio Woody referiu que esperava maior reconhecimento relativamente a este filme.

Este também é, tal como muitos outros, um dos que gostamos de rever com mais agrado. Ainda há pouco tempo o vimos novamente. Achei deliciosamente inspirada a crítica subjacente que penso que o Woody faz com este filme ao público norte-americano: depreende-se que se ele fizer filmes "normais" nos Estados Unidos, as pessoas até podem gostar, mas não tem sucessos estrondosos. Mas basta-lhe fazer um filme de "olhos fechados", (mesmo cego!) que a Europa imediatamente o adora e o eleva para um patamar de génio!

[rui sousa]

O que, por um lado, até é verdade :) e não é o único, há outros casos, como o de Charlie Chaplin. Na época da Caça às Bruxas estava o FBI e tudo o mais atrás dele, por causa das (falsas) suspeitas do realizador ser comunista, e entretanto, na Europa, continuava a ser aclamado.
Talvez os americanos tenham ficado um pouco ofendidos com a crítica (que me parece ser bem verdadeira) do Woody Allen, não sei :/

[Samwise]

A sequência em que a actriz principal se prontifica a ir para a cama com o realizador, porque é a forma "normal" para ela de estabelecer uma relação de trabalho saudável e aberta, é de ir às lágrimas... (e também muito característica do autor no volte-face que apresenta como resolução: está ali tudo à disposição para que se concretize um momento carnal irresistível para o homem, e pelas razões mais estranhas imagináveis a coisa não avança... - ele tem duas destas com a Charlize Theron - logo ela, haha - , uma no Celebrity, que também é de partir a rir, e outra no The Curse of the Jade Scorpion...)

Em todo o caso, este filme representa para mim o momento em que vi o Allen mais em overdrive, sem ligar a restrições de nenhuma ordem, a exagerar em praticamente todos os aspectos e vertentes possíveis, incluindo a metáfora sob a qual assenta todo o argumento. Nota-se também fortemente na sua personagem, que em praticamente todos os filmes que entra, nos momentos de nervosismo e discussão, nunca se irrita ou torna agressivo, coisa que sucede aqui neste Hollywood Ending, em momentos que são explorados ainda mais obsessivamente do que o costume. Para quem não gosta dele, vê-lo neste filme deve ser mesmo insuportável.

[rui sousa]

Não gostaste do filme no geral Samwise?

[Samwise]

No geral, gostei, não gostei foi no particular (de alguns aspectos particulares, colocando a coisa de outro modo).

Face a tudo o que ele fez, foi dos menos conseguidos para mim. Quantificando, daria aproximadamente um 6 numa escala de 0 a 10.

[paupau]

Hollywood ending para mim é uma das obras menores do Allen, mas há sempre muitos bons momentos, e é realmente dos filmes mais exagerados da carreira, mas não me convenceu totalmente.

Da Varda aconselho principalmente Sem Eira nem Beira, um filme extraordinário, o melhor filme da autora por muito bom que seja o Cleo, conta o período final da vida de uma vagabunda por opção ( fenómeno da época parece) com pequenos relatos das pessoas com quem se cruza. Um filme muito duro mas muito belo, com uma interpretação marcante da sandrinne bonnaire. A Mona do filme e das personagens mais enigmáticas que alguma vez vi em qualquer filme.

La Ponte Courte vale nem que seja para ver a estreia do Philippe Noiret, e os académicos dizem que a génese da Nova Vaga, e um filme feito de uma forma muito crua e imediata. A Felicidade é título muito irónico, basicamente e um família a fazer um piquenique e aquilo não corre como devia. Tem uma Ost de autores clássicos que assenta muito bem.

[Samwise]

Hollywood ending para mim é uma das obras menores do Allen, mas há sempre muitos bons momentos, e é realmente dos filmes mais exagerados da carreira, mas não me convenceu totalmente.

É regra geral para os filmes dele, mesmo os "menores".

[PanterA]

8.8/10



4h30 de puro épico português.
Inicialmente estava com um pé atrás por causa da sua duração, mas tenho que dizer que souberam ultrapassar essa "contrariedade" e ter um enredo forte que conseguisse prender de todas as maneiras e feitios. Nesse aspecto, não há nada a apontar.
Se tive algum desconforto por ver um filme tão grande? Não de todo. Além de a última parte com os franceses, não ter gostado tanto desse trecho de história como dos outros.

Na vertente mais técnica, pouco ou nada a apontar ou mesmo criticar. Ruiz esteve excelente.
Apenas de realçar os nossos actores tugas que afinal não servem só para as telenovelas.

[PanterA]

7/10

(Tystnaden)

Penso que foi o 1º filme do Bergman que não me satisfez (bem) por inteiro. Não sei se foi por ter usado principalmente mais a fotografia em vez do dialogo para mostrar/descrever cada cena, a verdade, é que o filme em si, tornou-se um pouco "soft" a nível de argumento. Pelo menos foi essa a sensação que tive.
Não vi aquela complexidade na temática do filme, ou mesma nas personagens, que tanto estava habituado em Bergman.

[Woody]

O Rei de Nova York é um filme recomendado para quem gosta de filmes de crime / acção. A história, basicamente, segue a vida de narcotraficante Frank White (Christopher Walken) depois de ele ser libertado da prisão e de voltar a entrar no mundo do crime para recuperar seu império de drogas. Com excelentes interpretações, sequências de acção e com uma frieza absoluta. Um filme à frente do seu tempo (1990) e, posteriormente, largamente copiado.

Nota: ****

[Net_Holer]

A imagem não aparece PanterA.

Convem por sempre o titulo do filme mesmo quando a imagem aparece, assim no futuro se a imagem desaparecer de onde está alojada sabe-se na mesma qual o filme.

[ruben]

É o "Tystnaden" se não me engano...

[PanterA]

Não?
Por acaso até aparece. :P Se fizeres "View Image" ou "Reloaded Image", continua a não aparecer?